A voz empossada e o jeito articulado com as palavras de Antônio Pitanga revelam como o homem de 86 anos é um dos ícones da cultura brasileira. Baiano de Salvador, a trajetória do ator atravessa gerações desde a efervescência do Cinema Novo, movimento que transformou o audiovisual do País. O artista celebra a ótima fase na carreira com o filme Malês, que segue em cartaz nos cinemas e reconta o episódio histórico da Revolta dos Malês na Bahia do século 19. Ao longo das décadas, Pitanga construiu uma obra diversa, transitando entre filmes políticos, tramas populares, novelas de grande audiência e produções mais experimentais. Entre suas atuações mais emblemáticas estão Barravento (1962), de Glauber Rocha, que o projetou nacionalmente, e O Pagador de Promessas (1962), de Anselmo Duarte, filme vencedor da Palma de Ouro. No teatro, ele se destacou em peças que exploram a força da dramaturgia afro-brasileira. O ator esteve em Goiânia no início do mês para falar sobre Malês, que tem no elenco nomes como os filhos Camila Pitanga e Rocco Pitanga. Em entrevista ao POPULAR, o ícone brasileiro comenta sobre o Dia da Consciência Negra, comemorado nesta quinta-feira (20) em todo o Brasil, o longa-metragem, família e carreira. Confira.