O Altas Horas deste sábado (15) reúne nomes da dramaturgia e música, que discorrem sobre seus mais recentes trabalhos, e dá visibilidade a projetos solidários, criados por alguns convidados. Um deles é o cantor Belo, que celebra 30 anos com o grupo Soweto e 25 anos de carreira solo, e ainda vive uma nova fase como ator na novela Três Graças, de Aguinaldo Silva. “Faço um personagem que tem tudo a ver comigo porque é um cara da comunidade. Foi um presente. Depois que fiz o teste e passei, tive de desconstruir o Belo para viver o Misael, que bebe, e eu nunca bebi na vida”, conta o cantor, que ainda recorda o pai: “Meu pai era alcoólatra. Quando minha mãe disse que eu estava a cara dele, percebi que tinha dado certo. Consegui me transformar para fazer o personagem”. No palco, Belo divide os vocais com Pablo do Arrocha em Quem Será. Pablo também embala o público com hits como Mega Sena, Porque Homem não Chora e Tomara.Aguinaldo Silva, criador de Três Graças, também participa do programa e fala sobre o novo projeto, desenvolvido desde o início do ano: “Já tinha a sinopse pronta e comecei com a escrita dos capítulos”, conta. Ele relembra ainda sua colaboração em Roque Santeiro: “Quando decidiram que a novela iria ao ar, o Dias Gomes já tinha 40 capítulos prontos e me chamou para escrever. No total, foram mais de 200.”Dona Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo, se emociona ao apresentar seu novo espetáculo, Meu Filho É um Musical. A peça nasceu de um sonho interrompido do próprio humorista, e agora ganha vida como uma homenagem ao seu legado. “Esse musical, o Paulo estava fazendo antes de partir. Veio a Covid, e isso ficou na minha cabeça, virou um sonho que eu achava impossível, até que fui para a televisão, e veio o convite para fazer”, afirma.No teatro musical, Raul Gazolla fala sobre sua participação em Chorus Line, que conta a história de dançarinos competindo em uma audição para vagas em um novo show da Broadway. A montagem está em cartaz com 26 artistas no elenco e 16 deles apresentam um número do espetáculo no programa. “Há muito tempo eu não trabalhava com pessoas tão talentosas. É encantador ver a disposição e a entrega desse grupo”, celebra.Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, que transita entre a carreira de músico e projetos sociais, compartilha o trabalho do Pat Fest, festival beneficente criado em homenagem à esposa, Patrícia, que faleceu em 2022, em decorrência de um câncer. “O projeto dá visibilidade à importância dos cuidados paliativos e das comunidades compassivas, redes de apoio que acolhem pessoas com doenças graves e suas famílias. Toda a renda vai para essas iniciativas na Rocinha e em Heliópolis”, explica. Andreas também anuncia que 2025 marcará a turnê de despedida do Sepultura, após 42 anos de estrada: “É um privilégio poder encerrar essa história por vontade própria, em um momento bom para todos.”O programa ainda conta com apresentações da banda Os Pitais, formada por músicos de diferentes grupos de rock, entre eles o próprio Andreas Kisser, que levam música a hospitais e instituições de saúde. No palco do Altas Horas, eles tocam clássicos como Whisky a Go-Go, Primeiros Erros e Tempo Perdido, e recebem João Gordo, que participa cantando Aluga-se e fala sobre o projeto social que mantém com a esposa, distribuindo marmitas veganas a moradores de rua há quase seis anos.