Em uma época em que não existia celular, o artista plástico Amaury Menezes caminhava sempre munido de sua câmera analógica pelos parques de Goiânia. Quando via alguma imagem que lhe chamava a atenção, tratava logo de bater o retrato que, depois, se tornaria uma pintura. Muitas dessas cenas cotidianas podem ser vistas na exposição Reconhecimento e Gratidão - O Legado de um Pioneiro, que entra em cartaz nesta terça-feira (18), no Museu de Arte de Goiânia (MAG), que reabre suas portas após revitalização estrutural. O contraste entre as flores coloridas da cidade e o trânsito dos carros, as singelas nuances de pessoas que caminham apressadas na calçada, uma bailarina se refrescando em um bebedouro. Para Amaury, o cotidiano é sempre uma temática que ultrapassa a memória. Não por menos, o artista de 95 anos é um cronista do tempo.