<img attr-cid="policy:1.3355120" attr-version="policy:1.3355120:1767011526" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3355120/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site (25).png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Fundadores do Grupo Íz, com 7 operações e um hotel boutique em Goiânia (Reprodução / Forbes)

<a href="https://opopular.com.br/magazine/amigos-de-infancia-criam-imperio-gastronomico-de-quase-r-100-milh-es-em-goiania-1.3355094" target="_self">Depois de fechar 2025 com faturamento estimado em R$ 89 milhões</a>, o Grupo&nbsp;Íz, comandado pelo chef Ian&nbsp;Baiocchi&nbsp;e pelo empresário Domingos Ávila, projeta alcançar R$ 115 milhões em receita em 2026. O crescimento está ancorado na consolidação das operações já existentes, na ampliação da&nbsp;equipe de colaboradores&nbsp;e no fortalecimento do modelo de gestão que&nbsp;expandiu&nbsp;o grupo em Goiânia.&nbsp;

Atualmente, o grupo reúne sete operações gastronômicas e hoteleiras, atende cerca de 50 mil clientes por mês e emprega centenas de profissionais, segundo dados divulgados pela revista Forbes.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/amigos-de-infancia-criam-imperio-gastronomico-de-quase-r-100-milh-es-em-goiania-1.3355094" style="font-size: 12px;" target="_self">Amigos de infância criam império gastronômico de quase R$ 100 milhões em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/consumidor-de-alta-renda-quer-luxo-como-experiencia-1.3352392" style="font-size: 12px;" target="_self">Consumidor de alta renda quer luxo como experiência</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/mercado-de-alto-padr-o-busca-conex-o-com-arte-e-bem-estar-1.3352380" style="font-size: 12px;" target="_self">Mercado de alto padrão busca conexão com arte e bem-estar</a></div>

<h2>Expansão&nbsp;dos negócios&nbsp;</h2>

Diferentemente de um crescimento&nbsp;focado somente em aumentar os dígitos, a estratégia para 2026 prioriza&nbsp;“crescer em profundidade”, segundo&nbsp;contou Ian à Forbes. A previsão é que o grupo chegue a mais de 520 colaboradores no próximo ano, abrindo espaço para novas linguagens, experiências e formas de hospitalidade.&nbsp;

Entre os planos de médio prazo também está a consolidação da holding gastronômica, com desenvolvimento de produtos de marca própria e possível expansão para outros estados, sempre de forma estruturada e sustentável.&nbsp;

Para Domingos Ávila, a consolidação do modelo de gestão é um dos pilares para sustentar o faturamento projetado. O grupo traz uma gestão grande para os negócios. Para o empresário, a influência do grupo no espaço gastronômico goiano foi significativo.

<h2>Portfólio diversificado sustenta crescimento&nbsp;</h2>

O faturamento projetado para 2026 se apoia na diversidade do portfólio do Grupo&nbsp;Íz, que reúne casas com propostas distintas, mas alinhadas em&nbsp;um mesmo propósito e persistência, conforme Ian disse à revista.

Fazem parte do grupo o&nbsp;Íz&nbsp;Restaurante, carro-chefe da operação; a 1929&nbsp;Trattoria, de culinária italiana; o&nbsp;Grá, bistrô francês instalado na cobertura do prédio mais alto do Centro-Oeste; o&nbsp;Fulles&nbsp;Kitchen, focado em preparos na lenha; e a sorveteria artesanal&nbsp;Alata.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3355122" attr-version="policy:1.3355122:1767012244" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3355122/Life_Grupo-Iz-4.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Quarto do Íz Hotel Conceito, junto ao restaurante, com café da manhã à la carte e frigobar gourmet(Reprodução / Forbes)

A mais recente aposta é o&nbsp;Íz&nbsp;Hotel Conceito, inaugurado em Goiânia para marcar os dez anos do grupo. O empreendimento combina restaurante e hotel boutique no formato&nbsp;restaurant&nbsp;with&nbsp;rooms, primeiro no Brasil, com apenas três suítes e diárias a partir de R$ 2.500.&nbsp;

Além de reforçar a marca, o&nbsp;Íz&nbsp;Hotel Conceito tem papel estratégico no crescimento do faturamento. O projeto aposta em experiências personalizadas e conecta gastronomia, hospitalidade e identidade regional em um único espaço.&nbsp;

O café da manhã no espaço é servido à&nbsp;la&nbsp;carte e inclui pamonhas, charcutaria curada e produtos artesanais. O frigobar, com sorvetes artesanais e carne de porco na lata, reforça a proposta de valor agregado.&nbsp;

Amigos de infância que criaram império gastronômico de quase R$ 100 milhões pretendem faturar R$ 115 milhões em 2026

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Crescimento gastronômico

WEBSTORIES: Aterro em Padre Bernardo

A questão dos lixões foi um tema de debates e preocupações em Goiás em 2025, ano marcado pelo desmoronamento de uma <a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-determina-ac-o-emergencial-do-estado-no-lix-o-de-padre-bernardo-1.3351409" target="_self">pilha gigantesca de lixo no Aterro Ouro Verde, em Padre Bernardo</a>, no Entorno do Distrito Federal. Mas antes mesmo do desastre ambiental, discussões intensas e disputas sobre o cumprimento de prazos legais para a erradicação dessas áreas já dominavam as esferas políticas e jurídicas, com destaque para a situação do Aterro Sanitário de Goiânia. 
 
Construído de forma inapropriada em área de preservação permanente (APP) dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) da <a href="https://opopular.com.br/cidades/aterro-de-goiania-tem-risco-de-desabar-aponta-relatorio-1.3281683" target="_self">Bacia do Rio Descoberto, afetando diretamente córregos e o lençol freático</a>, o lixão em Padre Bernardo operava por força de liminar expedida pela Justiça do DF quando registrou, em 18 de junho de 2025, o primeiro dos três deslizamentos ocorridos no local este ano. O volume de resíduos que desmoronou no incidente foi estimado em mais de 43 mil toneladas, equivalente a 16 piscinas olímpicas.&nbsp; 
 
O lixo <a href="https://opopular.com.br/cidades/empresa-responsavel-por-lix-o-deve-desviar-corrego-1.3280736" target="_self">obstruiu o Córrego Santa Bárbara e a contaminação alcançou outros dois mananciais</a>, o Rio do Sal e o Rio Maranhão. A reportagem do POPULAR esteve no local e mostrou o impacto do desastre na vida da população ribeirinha, convivendo com mau cheiro, infestação de moscas e a proibição de uso da água, medida que vale até os dias de hoje para as propriedades às margens do Santa Bárbara.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/retrospectiva-2025-sino-gigante-crise-das-maternidades-e-grama-sintetica-marcam-o-ano-1.3355764" target="_self">Retrospectiva 2025: sino gigante, crise das maternidades e grama sintética marcam o ano&nbsp;</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/retrospectiva-2025-terras-raras-colocam-goias-em-destaque-1.3355760" target="_self">Retrospectiva 2025: Terras raras colocam Goiás em destaque&nbsp;</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/revogac-o-da-taxa-do-lixo-e-confirmada-com-emenda-invalidadora-1.3355747" target="_self">Revogação da taxa do lixo é confirmada com emenda invalidadora&nbsp;</a></div>

A empresa responsável foi multada e assinou um termo de ajuste de conduta (TAC) para a remoção dos resíduos. Entretanto, quando o trabalho estava próximo de ser concluído, com o retorno do período chuvoso, <a href="https://opopular.com.br/cidades/novo-deslizamento-em-lix-o-de-padre-bernardo-e-maior-do-que-o-do-inicio-do-mes-1.3342519">outros dois deslizamentos ocorreram</a>, nos dias 12 e 25 de novembro.&nbsp; 
 
Alegando dificuldades e atrasos da empresa na remoção dos resíduos, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e o Ministério Público Federal (MPF) solicitaram que o Estado assumisse a gestão e as medidas emergenciais. Em 18 de dezembro, a Justiça determinou que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) apresentasse e executasse um plano de emergência. A Semad recorreu e, nesta semana, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) suspendeu a liminar.&nbsp; 
&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3355788" attr-version="policy:1.3355788:1767148399" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3355788" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3355788', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3355788">WEBSTORIES: Aterro em Padre Bernardo (1.3355788)</a></div>

Plano Nacional x lei estadual 
O caso de Padre Bernardo é o mais grave, mas não é um fato isolado no ano marcado pelo não cumprimento das metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A PNRS estabeleceu prazos para o fechamento dos lixões. Mesmo tendo sido adiada por diversas vezes, a data-limite havia se encerrado em agosto de 2024. Uma lei estadual prorrogando o prazo até maio de 2026 para os municípios goianos chegou a ser aprovada na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego).&nbsp; 
 
Uma Frente Parlamentar pela Erradicação dos Lixões foi criada na Alego para realizar diligências em municípios críticos e pressionar por soluções definitivas. Reportagem do POPULAR mostrou que, assim como em Padre Bernardo,<a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-tem-27-lix-es-em-situac-o-precaria-1.3287433"> Goiás tinha pelo menos outros 26 empreendimentos em estado crítico</a>, muitos deles com lixões a céu aberto.&nbsp; 
 
A lei estadual foi contestada pelo Ministério Público, sob o argumento de representar <a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-pede-ajuda-ao-estado-para-licenciar-aterro-sanitario-de-goiania-1.3349422" target="_self">“um retrocesso ambiental”</a>. Atendendo à ação direta de inconstitucionalidade (ADI) proposta pelo MP, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) suspendeu a eficácia da lei estadual. 
 
Aterro Sanitário de Goiânia 
Paralelamente, uma disputa era travada envolvendo a Prefeitura de Goiânia, o MP e a Semad: <a href="https://opopular.com.br/cidades/coreanos-exploram-biogas-do-aterro-de-goiania-1.3342977" target="_self">a situação do Aterro Sanitário de Goiânia</a>. As divergências entre Paço Municipal e Estado começaram já no início da gestão do prefeito Sandro Mabel (UB), quando ele se posicionou de forma contrária ao modelo adotado pelo Programa Lixão Zero. 
 
De acordo com o programa, a <a href="https://opopular.com.br/cidades/chorume-se-acumula-no-aterro-de-goiania-sem-ter-destinac-o-1.3355727" target="_self">gestão dos resíduos urbanos deve ocorrer de forma regionalizada</a>, com os municípios agrupados em microrregiões e destinação do lixo em aterros licenciados, acabando com os lixões individuais. O aterro de Goiânia, que na época operava de forma irregular, sendo considerado pela Semad como lixão, deveria, pelo modelo, ser desativado em longo prazo e os resíduos destinados a um aterro licenciado (podendo ser público ou privado).&nbsp; 
 
Contudo, Mabel contestou a medida e defendeu a permanência do local, protagonizando embates com a titular da Semad, Andréa Vulcanis. O prefeito chegou a chamar a <a href="https://opopular.com.br/cidades/apos-mabel-chamar-vulcanis-de-descontrolada-e-dizer-que-semad-e-cancer-conselho-da-mulher-emite-nota-de-repudio-1.3329299">secretária de “descontrolada”</a>, fala que gerou reações, por seu caráter misógino. 
 
Enquanto relatórios da Semad apontaram 12 falhas consideradas gravíssimas, o prefeito destacava adequações feitas pela gestão. Entre os principais pontos de disputa estava a competência de quem poderia licenciar o aterro. No iníio de novembro, Mabel conseguiu uma vitória sobre a secretaria estadual e o MP, quando a<a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-mantem-aterro-de-goiania-aberto-e-autoriza-amma-a-conceder-licenca-1.3333714"> Justiça acatou o recuros da Prefeitura e autorizou a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) </a>a fazer o licenciamento.

Retrospectiva 2025: Crise dos lixões escancara impasses

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Relembre o ano

WEBSTORIES: Paço fará ajuste na LOA

A Câmara Municipal de Goiânia aprovou nesta terça-feira (30) definitivamente, e sem votos contrários, o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026. A <a href="https://opopular.com.br/politica/vereadores-confirmam-loa-com-remanejamento-de-23-1.3355410" target="_self">Casa confirmou ainda a proposta que autoriza um novo empréstimo</a> de R$ 132 milhões junto ao BNDES, com ou sem a garantia da União.

No caso da LOA, o texto prevê receita e despesa estimadas em mais de R$ 10,8 bilhões. Entre as emendas aprovadas está a adequação do texto à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), confirmada pelo líder do governo, Wellington Bessa (DC), que <a href="https://opopular.com.br/politica/vereadores-aprovam-alterac-o-na-cosip-mas-rejeitam-trava-na-taxa-1.3355403" target="_self">manteve em 23% o índice de remanejamento orçamentário autorizado ao prefeito Sandro Mabel</a> (UB). O montante estabelecido às emendas impositivas (recursos destinados pelos vereadores às suas bases) ficou em R$ 5 milhões por parlamentar.

Apesar da aprovação unânime, a votação foi marcada por críticas da oposição sobre o trâmite atabalhoado das propostas orçamentárias. Kátia Maria (PT) criticou a votação conjunta da LOA e do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e disse que <a href="https://opopular.com.br/politica/comiss-o-aprova-loa-e-nega-trava-em-taxa-da-cosip-1.3354606" target="_self">as matérias “não contemplam a todos, principalmente a quem mais precisa”</a>. Já Coronel Urzêda (PL) fez elogios ao trabalho do líder do governo, mas por outro lado pediu que, em 2026, a LDO chegue à Câmara com mais antecedência para discussões.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/vereadores-aprovam-a-ldo-de-2026-em-definitivo-1.3353536" target="_self">Vereadores aprovam a LDO de 2026 em definitivo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/comiss-o-aprova-loa-e-nega-trava-em-taxa-da-cosip-1.3354606" target="_self">Comissão aprova LOA e nega trava em taxa da Cosip</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/vereadores-confirmam-loa-com-remanejamento-de-23-1.3355410" target="_self">Vereadores confirmam LOA com remanejamento de 23%&nbsp;</a></div>

Dentre as propostas tidas como “prioritárias” pelo Paço, os vereadores também aprovaram definitivamente empréstimo de R$ 132 milhões. A proposta não constava na pauta do dia e foi incluída por inversão. Votaram contra o projeto Kátia Maria, Fabrício Rosa e Professor Edward (os três do PT), Coronel Urzêda (PL), Vitor Hugo (PL) e Aava Santiago (PSDB).

Segundo a justificativa da proposta, “os recursos serão destinados à modernização da gestão pública de Goiânia, por meio de investimentos em implantação de tecnologias, processos e sistemas”. Apesar de ter sido aprovada, a informação de bastidores é a de que integrantes da base não queriam aprovar a proposta, temendo desgastes junto à opinião pública.

<div attr-cid="policy:1.3355756" attr-version="policy:1.3355756:1767144886" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3355756" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3355756', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3355756">WEBSTORIES: Paço fará ajuste na LOA (1.3355756)</a></div>

Como a matéria foi incluída na pauta já perto do fim da sessão, o líder do governo articulou pedido de prorrogação da sessão, que se estendeu até o início da tarde. Antes disso, o plenário havia começado a se esvaziar. Bessa chamou vereadores da base para a votação. A reportagem também apurou que houve blitz do Paço, à distância, para garantir os votos ao empréstimo. A Câmara emitiu portaria estabelecendo o recesso parlamentar de 5 de janeiro de 2026 a 5 de fevereiro.&nbsp;

Vereadores aprovam empréstimo de R$ 132 milhões e a LOA de 2026

Política

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Câmara de Goiânia

Votação de nova emenda na Câmara

WEBSTORIES: Revogação taxa do lixo

Na última sessão legislativa do ano na Câmara Municipal de Goiânia, os vereadores confirmaram de forma definitiva e <a href="https://opopular.com.br/politica/camara-de-goiania-revoga-taxa-do-lixo-mas-imp-e-trava-a-extinc-o-1.3355529" target="_self">sem votos contrários o projeto de lei que revoga a Taxa de Limpeza Pública</a> (TLP), a taxa do lixo. Apesar da aprovação, nesta terça-feira (30), a revogação não deve ter efeitos práticos. Isso porque a proposta passou com uma emenda de Thialu Guiotti (Avante) - articulada entre integrantes da base e o Paço - que condiciona a validade da lei à apresentação de estudo de impacto financeiro, medidas de compensação da renúncia de receita e aval da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz).

A sessão foi marcada por série de questionamentos e <a href="https://opopular.com.br/politica/revogac-o-da-taxa-do-lixo-n-o-deve-ter-efeito-pratico-1.3355423" target="_self">críticas de vereadores independentes e de oposição acerca da validade da matéria</a>, além de articulações para suprimir a emenda de Guiotti, visando que o texto original, de Lucas Vergílio (MDB), fosse mantido. Entretanto, a iniciativa não vingou.

Reportagem do POPULAR na segunda-feira (29) mostrou que, na prática, a emenda de Guiotti, confirmada pelo plenário, invalida a derrubada da TLP - aprovada pela Câmara em dezembro de 2024 e que começou a ser cobrada dos goianienses em julho deste ano.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/camara-de-goiania-revoga-taxa-do-lixo-mas-imp-e-trava-a-extinc-o-1.3355529" target="_self">Câmara de Goiânia revoga taxa do lixo, mas impõe trava à extinção</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/revogac-o-da-taxa-do-lixo-n-o-deve-ter-efeito-pratico-1.3355423" target="_self">Revogação da taxa do lixo não deve ter efeito prático</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/lider-de-mabel-admite-aprovac-o-de-texto-que-revoga-a-taxa-do-lixo-1.3354604" target="_self">Líder de Mabel admite aprovação de texto que revoga a taxa do lixo</a></div>

Ao aprovarem o projeto, os governistas, em tese, respaldam o fim da taxa, mas a emenda protege o Executivo quanto à sua efetivação, já que não há no texto as medidas exigidas para que a cobrança seja, de fato, revogada. Após a aprovação da matéria, <a href="https://opopular.com.br/politica/lider-de-mabel-admite-aprovac-o-de-texto-que-revoga-a-taxa-do-lixo-1.3354604" target="_self">oposicionistas e independentes sinalizaram que irão judicializar a mudança</a>.

No plenário, Coronel Urzêda (PL) apresentou uma emenda para suprimir o texto de Guiotti, assinada pelos outros três vereadores do PL - Vitor Hugo, Oséias Varão e Willian Veloso -, e por Sanches da Federal (PP). Ao apresentar a sugestão, Urzêda afirmou que “manobra se combate com manobra”, em referência à emenda de Guiotti. “A manobra foi feita pelo Paço. E eu parabenizo o Paço porque realmente conseguiu formar uma base, porque não tinha até o meio do ano”, disse ele, em tom irônico.

Na sequência, Urzêda afirmou, sem citar nomes, que <a href="https://opopular.com.br/cidades/taxa-do-lixo-em-goiania-tera-valor-minimo-de-r-22-45-em-2026-1.3353522" target="_self">“estão mentindo para a população dizendo que vereador não tem competência para derrubar a taxa do lixo”</a>. E então atacou o secretário da Fazenda, Valdivino Oliveira: “O Valdivino tem coragem. Ele falou que vai mexer em emenda de vereador, tirar duodécimo da Câmara. Eu gosto de homem com coragem igual a ele. Quero ver ele fazer isso aí. Mexe na minha emenda, mexe no duodécimo dessa Casa para ver. Acha que aqui não tem impeachment, não?”, declarou na tribuna.

A emenda apresentada por Urzêda foi rejeitada por 20 a 13, após orientação do líder do governo, Wellington Bessa (DC). (Veja o quadro). Com o empenho de parlamentares do PT e PL para avançar com a revogação da taxa do lixo sem as condicionantes, Kátia Maria (PT) chegou a pedir destaque da emenda de Guiotti, mas o pedido da petista foi rejeitado pela maioria dos vereadores.

<div attr-cid="policy:1.3355748" attr-version="policy:1.3355748:1767143638" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3355748" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3355748', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3355748">Votação de nova emenda na Câmara (1.3355748)</a></div>

Votações

Houve confusão com relação às votações, com acusações de vereadores de que a mesa diretora não havia levado em consideração os votos virtuais. Os questionamentos levaram o presidente, Romário Policarpo (PRD) a refazer as votações - tanto da emenda do PL, como do destaque pedido por Kátia.

“Por mais que votem aqui, vossas excelências já mostraram que são contra a revogação da taxa do lixo”, disse Kátia. “Esse projeto está inconstitucional do começo ao fim, até a sua revogação. Não por acaso PT e PSDB entraram com ação na Justiça.” Já Vergílio reforçou a fala de que a taxa do lixo “não é obrigatória”, porque “há uma decisão política de se cobrar a taxa”.

<div attr-cid="policy:1.3355752" attr-version="policy:1.3355752:1767144131" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3355752" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3355752', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3355752">WEBSTORIES: Revogação taxa do lixo (1.3355752)</a></div>

Questionado sobre a “morte” do projeto, com a emenda de Guiotti, o líder do governo disse em coletiva que o projeto “já nasceu morto por ser eivado de inconstitucionalidade”. “O que foi feito foi justamente o contrário. Foi apresentar a possibilidade de você apresentar um impacto financeiro, bem como também uma medida compensatória. O objetivo é justamente salvar o projeto e poder dar sequência a essa aprovação”, afirmou Bessa, que liberou a base para votar a proposta, sem outras orientações.

Antes da aprovação definitiva da revogação da TLP, o secretário da Fazenda afirmou ao Giro, na segunda (29), que se os vereadores derrubarem o veto de Mabel ao projeto, “terá de ser indicada outra fonte para bancar os serviços e isso não existe”, classificando o movimento de “politicagem pura”. “Teria de tirar R$ 40 milhões da saúde, R$ 50 milhões da educação, R$ 9 milhões do duodécimo da Câmara, R$ 4 milhões das emendas dos vereadores. A lei ficará inócua, sem aplicabilidade”, afirmou Oliveira.

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Revogação da taxa do lixo é confirmada com emenda invalidadora

WEBSTORIES: Aterro de Goiânia

O chorume – líquido altamente poluente resultante da decomposição de resíduos orgânicos – se acumula sem tratamento adequado <a href="https://opopular.com.br/cidades/volta-das-chuvas-liga-alerta-para-chorume-no-rio-meia-ponte-1.3314699" target="_self">no aterro sanitário municipal de Goiânia desde o dia 4 de dezembro</a>, quando a estatal Saneamento de Goiás (Saneago) parou de receber o material por determinação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), que administra o aterro, alertou a Prefeitura que a capacidade das lagoas de armazenamento se esgotaria em 25 de dezembro, mas, conforme O POPULAR apurou, a única solução concreta está prevista para até o final de fevereiro.

Até então, todo o chorume produzido no aterro era encaminhado para a estação de tratamento e esgoto (ETE) da Saneago no Setor Goiânia 2, às margens do Rio Meia Ponte. Entretanto, em 19 de novembro, a estatal informou ao prefeito Sandro Mabel (UB) que <a href="https://opopular.com.br/cidades/futuro-do-aterro-sanitario-de-goiania-esta-em-10-perguntas-de-desembargador-1.3308161" target="_self">foi notificada pela Semad para que interrompesse o recebimento do material “sob pena de aplicação de pesadas multas”</a>. Isso porque, segundo a pasta ambiental do Estado, a empresa de saneamento não possui licença para recebimento desse tipo de efluente. No ofício, a Saneago lembra que o mesmo pedido foi feito em 16 de setembro em um auto de infração por outra situação, na qual foi multada em R$ 15 milhões.

Inicialmente, a Comurg havia comunicado à Prefeitura que o sistema do aterro tinha capacidade de armazenamento para até 30 de dezembro, “considerando condições operacionais normais e variações sazonais esperadas”. Porém, em 19 de dezembro, encaminhou um novo ofício dizendo que o limite havia caído para 25 de dezembro. No dia 23, em última manifestação técnica, a companhia informou que as três lagoas de contenção existentes no aterro tinham capacidade para armazenar mais 825 m³ (metros cúbicos) de chorume, mas que havia a previsão de produção de 852 m³ do material nos próximos dois dias. A Prefeitura não se manifestou sobre o que aconteceu depois do Natal.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-pede-ajuda-ao-estado-para-licenciar-aterro-sanitario-de-goiania-1.3349422" target="_self">Prefeitura pede ajuda ao Estado para licenciar aterro sanitário de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/volta-das-chuvas-liga-alerta-para-chorume-no-rio-meia-ponte-1.3314699" target="_self">Volta das chuvas liga alerta para chorume no Rio Meia Ponte</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/futuro-do-aterro-sanitario-de-goiania-esta-em-10-perguntas-de-desembargador-1.3308161" target="_self">Futuro do aterro sanitário de Goiânia está em 10 perguntas de desembargador</a></div>

A Prefeitura admite, em seus despachos internos na busca por uma solução rápida, que não há, atualmente, qualquer sistema alternativo instalado capaz de absorver a vazão de chorume gerada no aterro e que a “interrupção imediata” do envio do material para a ETE da Saneago é “tecnicamente inviável”, <a href="https://opopular.com.br/cidades/tj-go-mantem-desembargador-em-processo-sobre-aterro-de-goiania-1.3315564" target="_self">“sob pena de provocar sobrecarga e consequente transbordamento das lagoas internas, com graves riscos ambientais</a> e sanitários”. Os órgãos municipais envolvidos nas tratativas falam em “risco ambiental e sanitário de magnitude excepcional, com potencial de desencadear desastre ambiental evitável”.

A única solução que avançou foi a contratação da Solos Solution Comércio de Produtos Agrícolas, de Uberlândia (MG), de forma emergencial por 12 meses, pagando R$ 2,15 milhões ao todo, para instalar uma biofábrica no aterro capaz de dar o tratamento adequado ao chorume para que o material possa ser despejado na rede coletora de esgoto sem risco ambiental. A empresa já estava sendo contratada por meio de outro processo administrativo, <a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-pede-ajuda-ao-estado-para-licenciar-aterro-sanitario-de-goiania-1.3349422" target="_self">porém os trâmites burocráticos impediriam que ela conseguisse atuar em tempo hábil</a>. Com isso, a Seinfra resolveu fazer a contratação emergencial, até a definitiva se concretizar.

O contrato com a Solos foi assinado em 29 de dezembro e publicado no mesmo dia no Diário Oficial do Município (DOM). Conforme O POPULAR apurou, uma equipe da empresa chega a Goiânia na terça-feira (6) para dar início à estrutura da biofábrica no aterro, um módulo de fácil construção por onde o chorume vai ser tratado em um sistema chamado de biorremediação acelerada por bioaumentação de microrganismos autóctones. O início dos trabalhos, de fato, está previsto para dia 12. Ao POPULAR, a Seinfra informou que a empresa terá 280 dias para “atingir gradualmente todas as metas estabelecidas”, mas que o tratamento já terá eficácia em até 60 dias.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) convidou o presidente da Saneago, Ricardo José Soavinski, para uma reunião de emergência na manhã da próxima segunda-feira (5) com o prefeito e representantes da Seinfra, Comurg, da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), da Procuradoria-Geral do Município (PGM) e da Secretaria Municipal da Eficiência (Sefic), para deliberar sobre a “necessidade de alinhamento institucional e técnico quanto à destinação do chorume”. A intenção é elaborar um cronograma a ser apresentado à Semad para que libere a Saneago a receber o chorume até que a Solos Solution consiga lidar com todo o material.

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A Prefeitura tentou agendar uma reunião antes com a Saneago, para o dia 26, mas sem sucesso. Dois dias antes, a estatal informou que repassou no dia 22 a demanda do município para que o prazo para recebimento do chorume fosse alargado e aguardava que a administração municipal agendasse uma reunião com a pasta ambiental do Estado para resolver isso, se colocando à disposição para participar do encontro. Porém, a Semad informou ao jornal que ainda não analisou o ofício da Saneago e que qualquer autorização dependeria da capacidade para tratar de forma adequada do chorume que chega à ETE, o que a Saneago não possui.

A primeira vez em que a Prefeitura reconheceu publicamente o problema foi na edição do DOM desta segunda-feira (29) ao admitir o “estado de emergência ambiental e operacional” no aterro para justificar a contratação emergencial da Solos Solution. Porém, não detalha como a Comurg está fazendo para lidar com o material que está sendo acumulado nas três lagoas de contenção existentes nem disponibiliza informações sobre a capacidade atual do sistema do aterro. Na resposta enviada ao POPULAR, a administração municipal diz apenas que “mantém tratativas com a Saneago visando ao estabelecimento de um cronograma de transição para o tratamento do chorume”.

Em 15 de dezembro, a Prefeitura encaminhou ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) ofício sobre a situação do aterro após questionamento do promotor Juliano Araújo de Barros a respeito da retomada da licença operacional corretiva municipal que estava suspensa desde dezembro de 2024. A decisão de voltar com a licença foi revelada pelo POPULAR quatro dias antes. No documento enviado ao promotor, não se fala sobre a situação do chorume nem da decisão de fazer o contrato emergencial com a empresa mineira. Porém, foi apresentado um cronograma com as soluções previstas antes da decisão da Saneago de suspender o recebimento.

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Respostas

Em nota enviada ao jornal, a Saneago começa ressaltando que não é a geradora do chorume nem a responsável pela gestão do aterro e que o tratamento e a destinação “ambientalmente adequados” são responsabilidades legais do ente municipal responsável. Além disso, afirma que o assunto envolve tratativas entre a Prefeitura e a Semad. Questionada se não poderia providenciar a licença para ficar capacitada a tratar do chorume, respondeu que o recebimento sempre ocorreu em caráter excepcional e colaborativo, como medida de mitigação de risco ambiental, diante da inexistência, por parte do município, de solução própria para o tratamento do efluente.

A Saneago não quis responder se deixou de receber o chorume. Mesmo após insistência do jornal, afirmou apenas que notificou formalmente o município sobre a determinação da Semad e que a interrupção definitiva depende de articulação institucional entre a Prefeitura e o órgão ambiental. “A companhia solicitou que as tratativas seguissem sendo conduzidas entre a Prefeitura e a Semad, com participação da Saneago quando formalmente convocada, não sendo a companhia a responsável pela definição de cronograma ou pela solução definitiva para o tratamento do chorume.” A estatal informou que sua atuação sempre se deu de forma “gratuita, excepcional e colaborativa”.

A Semad informou que a ETE do Goiânia 2 não foi dimensionada para o recebimento de chorume de resíduos sólidos, uma vez que possuem uma carga poluidora muito superior à carga dos esgotos sanitários domiciliares. “Há, portanto, limitação de ordem técnica que impede a emissão, por parte da Semad, de qualquer tipo de autorização que permita a continuidade do recebimento do chorume.” A pasta também afirmou que não caberia uma negociação direta com a Prefeitura para dilatar o prazo de envio de chorume à ETE porque a interrupção tem a ver com a falta de uma licença ambiental específica da estação para tratar do material altamente poluente.

A Prefeitura ressaltou em sua resposta que o envio do chorume para a ETE ocorria desde 2008, mediante a devida autorização dos órgãos competentes, e que o prefeito, desde o início da gestão, em janeiro deste ano, tem conduzido tratativas voltadas à “implementação de medidas técnicas capazes de solucionar os problemas identificados no aterro”. Na nota, tratou da contratação da Solos Solution como forma de elevar “os padrões de controle ambiental e no aumento da eficiência do tratamento do efluente”. O município frisou a necessidade de um “planejamento de transição pactuado com a Saneago”.

Chorume se acumula no aterro de Goiânia sem ter destinação

Meio ambiente

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