Folhas, flores, cascas e galhos decompostos são as matérias-primas fundamentais para as paredes da Sertão Serrapilheira, exposição do Sertão Negro Ateliê na SP-Arte Rotas Brasileiras, braço da maior feira de arte contemporânea da América Latina. O evento, que começa nesta quarta-feira (28) em São Paulo, reúne mais de 60 expositores de todo o País para apresentar o que há de mais hype na arte contemporânea brasileira. Sob batuta de Dalton Paula, artista consagrado no cenário internacional, o Sertão Negro participa do projeto pelo segundo ano consecutivo. O ateliê, localizado no Setor Shangrilá, é um misto de centro cultural e de pesquisa e escola de artes. Na edição de 2024, 15 artistas que produzem em parceria com o espaço integram a SP-Arte. “O tema escolhido foi a junção da serrapilheira, que são as camadas de folhas que caem e cobrem a terra, em um processo de decomposição, transformação e nutrição do solo, juntamente com os painéis botânicos, que fazem um recorte da paisagem presente no Sertão Negro”, explica o artista Genor Sales, que integra o time de profissionais residentes e atuantes no ateliê goiano.