De Sepultura a Mozart, passando por Slayer, Black Sabbath e Richard Wagner, a banda Gladio Tempus destaca referências que mesclam heavy metal e música clássica. Fundado em 2021 em Goiânia, o grupo lança o seu segundo disco de estúdio intitulado Minutes to Battle neste sábado (20), a partir das 18 horas, no De Leon Music Pub, dentro do projeto Cidade Rock. A entrada é gratuita até às 20 horas.

Ao combinar a intensidade do metal e a fúria do thrash metal, sempre envolta aos riffs marcantes dos anos 1980, a banda apresenta um novo disco com diversas inspirações sonoras. Formada por Nick Mac (vocal e guitarra), Geovani Maia (produção e guitarra), Ed Drummer (bateria) e Alper Basbug (baixo), a Gladio Tempus já tocou em diversos festivais de rock, como o Goiânia Noise, o Full Metal, o Metal Warriors e o Leprosy Fest.

O novo trabalho da banda foi produzido por Geovani Maia, do Fantom Studio, que gravou cada instrumento capturando a essência do metal, além do vocal, mixagem, masterização e toda parte de engenharia de som. De acordo com Nick, a criação do disco uniu as diversas inspirações dos componentes, que se reuniram para discutir ideias e riffs, além de refletirem sobre as temáticas contemporâneas.

“O processo de criação e gravação do nosso novo trabalho não fugiu da pegada ‘old school’ como no primeiro álbum. O grupo estudou muita música nos últimos dois anos e houve um grande crescimento técnico de todos”, conta o vocalista. Há referências clássicas contemporâneas do death, heavy e thrash metal e de música clássica, como Motorhead, Paganini e Johann Sebastian Bach. “O álbum é um pouco de tudo isso, mas com características pessoais da própria banda”, completa.

Trata-se do segundo disco produzido pelo grupo. Em 2023 eles lançaram o álbum Fauda, disponível nas plataformas digitais. Os artistas também divulgaram no streaming em 2024 o single Deaths Will Occur, que mostra toda a evolução musical em relação a performances e composições. Para o novo trabalho que será apresentado no final de semana, a ideia é que o público goiano conheça ainda mais o repertório da banda.

“Fazer metal em Goiás é muito bacana, com o mundo globalizado e com a força das plataformas e das redes sociais, que interligam todos os gêneros. Vivemos em um Estado do agrobusiness, com inúmeros artistas sertanejos e com uma rica música enraizada na cultura e na identidade regional, das nossas belezas naturais, do nosso povo e das nossas tradições”, reflete Nick. “Goiás vive um momento especial, as pessoas de todo o mundo querem nos conhecer e muitos desejam até viver aqui por vários motivos. Eu vejo que tem espaço para todos os estilos desde que haja qualidade”, continua o vocalista.

A Gladio Tempus também assinou recentemente o contrato com o lendário estúdio Morrisound Records, com sede em Tampa, nos Estados Unidos, para gravar em abril de 2026 faixas inéditas e separadas especialmente para a ocasião. No mesmo estúdio passaram bandas consagradas internacionalmente como Sepultura, Obituary e Cannibal Corpse.

Além da apresentação do disco Minutes to Battle no projeto Cidade Rock, a noite de sábado também será agitada por outras quatro bandas: Señores, Alice in Chair e Dergo, ambas de Goiás, e Gritando HC, de São Paulo. Depois do show, a Gladio Tempus ainda sairá em turnê que passará por Brasília (DF) e seguirá para os estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. “A nossa tour será agora em outubro, estaremos nos apresentando ao lado de outra banda goiana, o Leprosy”, revela o guitarrista Geovani Maia.

Serviço

Evento: lançamento do disco Minutes to Battle, da Gladio Tempus

Shows das bandas Señores, Alice in Chair, Dergo e Gritando HC

Data:&nbsp;neste sábado (20), a partir das 18 horas

Local:&nbsp;De Leon Music Pub, Av. 86, nº 605, Setor Sul

Entrada gratuita&nbsp;até às 20h (R$ 30 após o horário)

Informações:&nbsp;@gladiotempus

Banda goiana Gladio Tempus lança novo disco neste sábado (20), em Goiânia

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SOM E FÚRIA

Três décadas depois de estrear de forma improvisada em uma quadra escolar, o Goiânia Noise Festival chega a sua 30ª edição como símbolo de resistência e reinvenção no rock brasileiro. Entre esta quinta-feira e domingo (4 e 7), o Centro Cultural Martim Cererê será tomado por 42 apresentações de artistas de várias regiões do País, além de oficinas, palestras e atividades do projeto Noise na Escola, que antecede os shows.

Para Leo Razuk, sócio da Monstro Discos e um dos idealizadores do evento, a marca mais notável dessa trajetória é a persistência. “São 30 anos ininterruptos. Mesmo na pandemia conseguimos realizar uma edição on-line só com bandas goianas. Isso já mostra a essência do festival: adaptação e sobrevivência”, afirma.

O Noise é feito também de momentos emblemáticos. Razuk lembra o show explosivo dos The Mummies no Martim Cererê, espaço que se tornou parte indissociável da identidade do festival e já recebeu 12 edições. “O Cererê é a cara do Noise. Gostamos das grandes edições, mas aquele lugar traduz muito da essência underground do festival”, comenta. Ele ainda cita a passagem do Guitar Wolf no Jóquei e a ousadia da primeira edição com dois palcos intercalados, em 1999, como exemplos da inventividade que moldou a história.

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Violins (Divulgação)

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A edição comemorativa mantém esse espírito ao reunir gerações distintas. Todas as noites, uma banda goiana encerrará um dos palcos: Carne Doce (quinta), Violins (sexta), Black Drawing Chalks (sábado) e Hellbenders (domingo). Entre os nomes nacionais e internacionais, estão o trio mineiro Black Pantera, o irreverente Rogério Skylab, os veteranos Ratos de Porão e a estreia em Goiânia da Swave, formada por ex-integrantes do Far From Alaska e Violet Soda.

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Hellbenders (Divulgação)

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Conciliar tradição e novidade, admite Razuk, é o maior desafio da curadoria. “Não podemos ficar datados. O desafio é misturar nomes históricos como Ratos de Porão e Skylab com artistas novos como Layse e os Sinceros, Jovens Ateus e Gótia. Essa combinação garante fôlego e aponta tendências”, diz.

Esse olhar para frente já deu frutos. Bandas como Cachorro Grande e Bidê ou Balde fizeram seus primeiros shows fora do Rio Grande do Sul no Noise e, depois, alcançaram projeção nacional. O mesmo vale para grupos locais, como Mechanics e Black Drawing Chalks, que encontraram no festival uma vitrine para sair de Goiânia. “Sempre fomos um palco de projeção. É parte da nossa identidade contribuir para que artistas daqui e do Brasil sejam vistos além de suas fronteiras”, completa.

Essência

A memória também é protagonista nesta edição comemorativa. A mostra História em Imagens, em cartaz até o dia 13, na Vila Cultural Cora Coralina, reúne cartazes, fotos e registros de bastidores. O acervo expõe desde improvisos iniciais, como a edição realizada em um antigo cinema pornô, até a evolução estética dos trabalhos assinados por coletivos como Bicicleta sem Freio e Nitro Corpus. “Nunca cedemos a modismos de mercado. Crescemos, diversificamos, mas mantivemos nossa essência”, afirma Razuk.

O Noise na Escola, iniciado no dia 1º, também reforça essa missão. O projeto leva oficinas e debates gratuitos para o Basileu França e o Gustav Ritter, com temas que vão de produção de eventos e direção de palco ao mercado fonográfico, fotografia de shows e relacionamento com a imprensa. A proposta é formar público e preparar novas gerações de profissionais. “O público envelhece, as bandas envelhecem, nós envelhecemos. Mas o Noise segue se reinventando e criando novas plateias. Essa é a essência que nos mantém vivos até hoje”, resume Razuk.

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Serviço 
Goiânia Noise Festival – 30 anos 
Data: De 4 a 7 de setembro de 2025 
Local: Centro Cultural Martim Cererê (Travessa Bezerra de Menezes, Setor Sul) 
Ingressos: Bilheteria Digital (quinta e domingo gratuitos, com retirada antecipada) 
Programação completa: goianianoisefestival.com.br e Instagram @goianianoisefestival

 
Programação Goiânia Noise Festival

 
Quinta-feira (4) – Gratuito 
Palco Pyguá | Palco Yguá 
19h30 – Sangra D’Água (GO) 
20h – Abajur Always On (GO) 
20h30 – Idos de Março (GO) 
21h – Ousel (GO) 
21h30 – Swave (SP) 
22h30 – Carne Doce (GO)

Sexta-feira (5)&nbsp; 
Palco Pyguá | Palco Yguá 
19h30 – Tatame (GO) 
20h – Trio Tunda (GO) 
20h30 – Amados Mortos (GO) 
21h – Tess (RS) 
21h30 – Gótia (SP) 
22h – Red Sand King (GO) 
22h30 – Garotos Podres (SP) 
23h15 – Mateus Fazeno Rock (CE) 
00h – Violins (GO) 
01h00 – Black Pantera (MG)

Sábado (6) 
Palco Pyguá | Palco Yguá 
17h30 – Banana Bipolar (GO) 
18h – Realife (GO) 
18h30 – Burning Rage (GO) 
19h – Can sad (GO) 
19h30 – Maré Tardia (ES) 
20h – Corujones (DF) 
20h30 – Porno Massacre (SP) 
21h – Valentina (GO) 
21h30 – Jovens Ateus (PR) 
22h – Fat Drive Factory (GO) 
22h30 – Layse e os Sinceros (PA) 
23h15 – Overfuzz (GO) 
00h – Black Drawing Chalks (GO) 
01h – Skylab (RJ)

Domingo (7) – Gratuito 
Palco Pyguá | Palco Yguá 
16h – Agnoizze (GO) 
16h30 – Madam No Mercy (GO) 
17h – Ímpeto (GO) 
17h30 – Teia (GO) 
18h – Leprosy (GO) 
18h30 – Dona Iracema (BA) 
19h – União Clandestina (GO) 
19h30 – Budang (SC) 
20h – Devotos de NSA (SP) 
20h45 – Mechanics (GO) 
21h30 – Hellbenders (GO) 
22h30 – Ratos de Porão (SP)

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Goiânia Noise celebra 30 anos com 42 shows no Centro Cultural Martim Cererê

Barulho consagrado

Depois de duas edições de sucesso em Brasília, chegou a vez de Goiânia receber o Festival Rock Popular Brasileiro 2025. O evento promete reunir gerações de fãs em uma noite que celebra a força do gênero com quatro atrações de peso: Frejat, Biquini, Mr. Gyn e Piano Rock. Os shows serão realizados neste sábado (23) na Arena Multiplace, com abertura dos portões às 17 horas.

Frejat, nome fundamental do rock nacional desde os tempos do Barão Vermelho, destaca a importância de festivais que aproximam artistas veteranos e novos nomes. “Isso renova o cenário, é muito importante para a renovação do universo daquela linguagem, daquele vocabulário que você trabalha. Vale para todos os estilos, e não deveria ser diferente dentro do rock brasileiro. Fico muito feliz quando tem uma molecada nova abrindo os meus shows”, disse em entrevista ao POPULAR.

Com mais de quatro décadas de carreira, ele segue emocionando plateias ao revisitar sucessos como Pro Dia Nascer Feliz e Exagerado, mas sem deixar de lado novas composições. “As minhas canções contam histórias nas quais as pessoas se reconhecem, e isso é muito poderoso. O cotidiano é algo atemporal, fala para todas as idades. E eu continuo compondo coisas novas que acredito terem a mesma qualidade das que já fiz”, comenta.

Para Frejat, o tempo nunca foi um obstáculo para a conexão com o público mais jovem. “Eu não me vejo apenas como um artista do rock. Minhas canções estão por aí há bastante tempo, então as pessoas acabam ouvindo e curtindo, mesmo sem saber se é nova ou antiga. Isso é muito bonito.” Sobre Goiânia, ele garante que o carinho do público é recíproco. “Sempre tive uma receptividade maravilhosa. Para mim é um prazer enorme tocar aqui e espero que, mais uma vez, a gente possa cantar junto e se divertir muito.”

Outro destaque da noite é o Biquini, que comemora 40 anos de carreira sem perder o frescor de hits que marcaram gerações, como Vento Ventania, Janaína e Tédio. Para o vocalista Bruno Gouveia, a marca é mais sobre continuidade do que celebração de um ponto de chegada. “Mais que o orgulho de ter construído tamanho passado, é sentir o resultado disso nesse presente. O Biquini hoje faz parte de um seleto grupo surgido naquela década de 1980 que continuou ativo e criativo. Não celebramos a chegada, mas a trajetória, pois ela não acaba agora.”

A relação de Bruno com Goiânia é carregada de lembranças pessoais. Desde a infância, ele passava férias na cidade, visitava o Mutirama e clubes locais, ao lado dos avós que moravam em Goiás. Eles não chegaram a assistir a um show da banda, mas, segundo o cantor, subir ao palco aqui sempre traz uma sensação de reencontro. “Sentir a energia dos goianos é como sentir a presença deles. Isso torna a experiência única para mim”, diz.

Para o artista, o maior desafio da trajetória da banda foi ignorar críticas maldosas. “O meio musical pode ser cruel e enterrar um artista. Nós passamos anos difíceis, mas soubemos nos reinventar, mantendo amizade e respeito entre nós como algo indissolúvel”, explica. Para ele, a força do público foi essencial. “É uma surpresa e um orgulho ver jovens cantando letras lançadas décadas atrás. Foram eles que eternizaram nossas músicas, passando adiante para outras gerações.”

Serviço: 
Evento: Festival Rock Popular Brasileiro 2025 
Atrações: Frejat, Biquíni, Piano Rock e Mr. Gyn 
Data: Sábado, 23, a partir das 17h 
Local: Arena Multiplace. Alameda Barbacena, Qd. 28, Lt. 18, Vila Alto da Glória 
Ingressos a partir de R$130 à venda no site bilheteriadigital.com. 
Informações e lounges: (62) 99966-2470

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Pop rock goiano

Representando a cena local, o Mr. Gyn retorna aos grandes palcos com a responsabilidade de mostrar a força do pop rock goiano no &nbsp;Festival Rock Popular Brasileiro. Conhecida pelo hit Minha Juventude, a banda mantém viva a conexão com o público por meio de novos projetos e apresentações intimistas, como a série Sons da Minha Juventude, Em Casa, que reforça sua identidade musical.

Fechando a programação, o Piano Rock, projeto de Glaucio Cristelo, leva para o piano clássicos de Beatles, Foo Fighters, Bon Jovi e Paralamas em versões energéticas que unem virtuosismo e irreverência. O sucesso começou nas redes sociais e ganhou os palcos de todo Brasil em um formato ousado que promete surpreender até os fãs mais tradicionais do rock.

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Frejat, Biquini, Mr. Gyn e Piano Rock são as atrações do Festival Rock Popular Brasileiro em Goiânia

ARENA DO ROCK

O ano era 2010 e Gilberto Gil topou um convite ousado feito pela produtora goiana Monstro Discos: abrir mão da sua banda oficial para tocar ao lado do trio cuiabano Macaco Bong em dois shows especiais, que passaram apenas por Goiânia e pela cidade de São Paulo. “Até hoje é meio inacreditável que aconteceu”, comenta Leonardo Razuk, sócio da produtora. Essa é uma das histórias de bastidores da exposição Goiânia Noise Festival – 30 Anos: A História em Imagens, que tem abertura nesta quinta-feira (21), às 19 horas, na Vila Cultural Cora Coralina.

<h3 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; color: rgb(0, 0, 0); text-rendering: optimizelegibility;"><a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a></h3>

A mostra abre as comemorações de três décadas do festival realizado pela Monstro Discos, que ocupa o Martim Cererê entre 4 e 9 de setembro. O público confere cartazes e fotografias que contam a história de um dos mais longevos eventos de música do País, com curadoria do artista e fotógrafo João Paulo Alves, o Jotape. “Seria muito difícil pra gente selecionar as fotos. São muitos shows históricos, momentos inesquecíveis e divertidos”, diz Razuk. “Por isso, pedimos a ajuda para o Jotape, para que ele desse uma visão diferente de nós, da Monstro”, continua.

A exposição reúne imagens do acervo da produtora e registros de artistas, fotógrafos, produtores e do próprio público. “Fiquei super feliz com o convite. Tenho contato com o Goiânia Noise há alguns anos, fiz artes, vídeos e até trabalhei na portaria do 12º festival”, conta Jotape. No ano passado, a produção do evento teve contato com o trabalho fotográfico do artista e o convite para colaborar na mostra veio.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/recital-em-homenagem-a-nhanha-do-couto-sera-realizado-nesta-quarta-feira-20-no-centro-cultural-ufg-1.3301874#google_vignette" target="_self">Recital em Homenagem à Nhanhá do Couto será realizado nesta quarta-feira (20), no Centro Cultural UFG</a> 
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No processo de vasculhar drives antigos, DVDs, CDs e até fotos impressas que precisaram ser escaneadas, Jotape identificou momentos marcantes também para ele. “Bandas de amigos, pessoas muito queridas que passaram pelo festival. Fotos minhas trabalhando, lá no fundo, que nem eu tinha. Foi um trabalho muito emocionante”, diz. “Percebi o tanto que essas imagens precisam voltar a ser vistas. Sair um pouco da rede social, da tela e serem impressas, mostradas e contempladas. A curadoria procura valorizar essa união e resistência do festival, que ainda hoje funciona de forma conjunta, entre produção, músicos e público”, comenta.

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Los Hermanos (Anderson Brito/Divulgação)

<h2>Bastidores</h2>

Ainda que seja muita coisa para selecionar de 30 anos de festival, Leonardo Razuk destaca algumas histórias. O show de Gil com o Macaco Bong é uma daquelas que dá orgulho de acrescentar entre os feitos do evento. Em Goiânia, a apresentação aconteceu no Centro de Eventos da UFG em uma parceria entre o festival e o projeto Música no Câmpus, da Universidade Federal de Goiás.

Ele define a produção desse show como uma verdadeira loucura. “Viajamos nessa ideia, entramos em contato com a produção do Gil. Fomos conversando por quase um ano, até que ele topou!”, conta. “A Macaco estava no auge, com disco eleito melhor do ano, representavam uma ruptura da produção Rio-São Paulo e o próprio Gil já havia os elogiado. De repente, ele topou e fez apenas dois shows nesse formato.”

O registro da passagem da banda Los Hermanos pelo Martim Cererê, em 2002, não ficou de fora. “Pensa? Era o 8º Goiânia Noise, a banda já tinha estourado com Ana Júlia, era fenômeno nacional, mas lançou um segundo disco querendo mostrar que ainda dialogava com o independente e underground, e topou vir de ônibus e tocar no Cererê”, conta. Eles gravaram o áudio do show na intenção de lançar um disco ao vivo eventualmente, que o produtor se diverte ao lembrar. “Temos registro do Marcelo Camelo falando: ‘Quem quiser nosso novo CD, compra na banquinha da Monstro’. Quer algo mais Goiânia Noise que isso?”

A vinda de Hermeto Pascoal, em 2009, foi outro evento marcante. “Hermeto nos presenteou com uma música que ele escreveu, uma partitura que está emoldurada até hoje na sede da Monstro”, conta. O músico a escreveu no restaurante do hotel, naqueles papéis que servem como forro de mesa, enquanto esperava a van que o levaria para o show, e a dedicou “para o povo de Goiânia, com grande carinho”.

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Biohazard (Flávio Monteiro/Divulgação)

A invasão do palco no show da banda de hardcore norte-americana Biohazard, no 20º Noise, no Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), é lembrada até hoje por quem presenciou a cena. “De repente, todo mundo subiu no palco e a banda seguiu tocando como se nada tivesse acontecido”, lembra Razuk. A passagem do Guitar Wolf, na 9ª edição, no Jóquei Clube, foi outro momento histórico. “Uma banda do Japão vir parar em Goiânia, em um festival de música independente? Essa edição, inclusive, é cheia de lendas e esse show é a essência de tudo que rolou nesse ano”, diz.

O show de Gerson King Combo, no 17º Noise, no Clube Jaó, também é lembrado. “O Léo Bigode (sócio da Monstro) toda hora tinha de entrar no palco e segurar o Gil Brother, que estava apresentando o evento, para ele não pisar nos pedais e cabos dos instrumentos”, conta. “Os dois já morreram, infelizmente. Mas nós criamos esse encontro memorável deles”, completa. Ivo Mamona no auge de sua bicicleta “croisinha”, a aula de rock da banda Helmet, a presença dos Toy Dolls, lendas do punk rock no palco do festival… o que não faltam são memórias para celebrar os 30 anos do evento na capital.

SERVIÇO

Exposição: Goiânia Noise Festival – 30 Anos: A História em Imagens 
Abertura: Quinta-feira, 21 de agosto, às 19 horas 
Visitação: Até 13 de setembro&nbsp; 
Local: Vila Cultural Cora Coralina (Rua 3, 1016, Centro) 
Entrada gratuita

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Exposição abre as comemorações de 30 anos do Goiânia Noise Festival a partir desta quinta-feira (21)

História em imagens

O projeto Cidade Rock chega à sua quinta edição neste sábado (19), em clima de celebração ao Dia Mundial do Rock, comemorado no dia 13 deste mês. O festival, no Centro Cultural Martim Cererê, reúne uma seleção de bandas que representam a atitude e a diversidade da cena goiana. O evento realizado pela Monstro Discoscomeça às 19 horas.

Com shows, discotecagens, feira alternativa e uma praça de alimentação com diversas opções gastronômicas, o grande destaque da noite é a banda A Última Theoria (foto), que tem se consolidado como um dos nomes mais originais e intensos do metal experimental brasileiro. Formada em meados de 2010, em Goiânia, o grupo constrói sua identidade a partir de influências que vão do metal de Korn, SlipKnoT, Meshuggah e Whitechapel, ao peso poético de Sabotage e Facção Central, criando uma sonoridade densa e espiritualizada.

Além do grupo, a quinta edição do Cidade Rock 2025 conta ainda com Sheena Ye, Black Lines, 6º Sentido e Oitavo Selo, bandas que transitam entre o punk, o post-hardcore, o alternativo e outras vertentes do rock com autenticidade e energia ao vivo. O evento ainda terá discotecagens com os DJs Ovnnee e Eloah, no pátio do Martim Cererê.

&nbsp;Serviço

Evento: 5ª edição do Cidade Rock 2025

Data:&nbsp;neste sábado (19), a partir das 19 horas

Local:&nbsp;Centro Cultural Martim Cererê, Travessa Bezerra de Menezes, Setor Sul

Entrada:&nbsp;gratuito até às 20 horas (mediante doação de 1kg de alimento). Após, R$ 30 (valor de meia entrada com 1kg de alimento)

Informações:&nbsp;@monstrodiscos