No período mais seco do ano, quando o Cerrado se veste de tons cinzas e o ar se torna mais pesado, os ipês florescem com intensidade quase desafiadora. É como se a natureza, em meio à escassez, escolhesse esse momento para se mostrar em sua forma mais exuberante. O engenheiro florestal Francieudes Pereira do Nascimento, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), explica que essa beleza não é apenas um encanto aos olhos. É também uma sofisticada estratégia de sobrevivência. “Os ipês perdem as folhas durante a seca para economizar energia e água. Com isso, as flores ficam mais visíveis e atraem com mais eficiência polinizadores como abelhas e beija-flores”, explica. As flores dos ipês caem no decorrer de uma semana, cobrindo o chão com a sua cor (Wildes Barbosa)