Exatos 59 anos separam o Raoni Metuktire da fotografia que estampa as paredes da exposição Xingu: Contatos, em Goiânia, com o líder indígena de hoje, então com os seus 92 anos. Guerreiro defensor do meio ambiente e dos povos originários, o militante está na capital goiana desde a segunda-feira (19) para participar das atividades do Centro Audiovisual do Museu Nacional dos Povos Indígenas (CAud), no Setor Pedro Ludovico. A trajetória de luta, o semblante e a idade já avançada conferem ao cacique Raoni uma espécie de entidade viva brasileira. Não é fácil estar diante de tal nome, primeiro porque o líder indígena só se expressa em sua língua nativa, o kayapó. É preciso de intérprete para acompanhá-lo em entrevistas e palestras. Segundo porque suas falas articuladas e expressivas parecem querer dizer muito mais do que quando é traduzido.