O escudo continua o mesmo, mas o Capitão América nunca esteve tão veloz – literalmente, um jato humano. Sam Wilson (Anthony Mackie) não herdou o soro do supersoldado, mas trouxe algo que Steve Rogers nunca teve: asas. Em Capitão América 4: Admirável Mundo Novo, que estreia nesta quinta-feira (13) nos cinemas de Goiânia e Aparecida, o herói assume de vez o legado e, logo em seu primeiro filme solo, enfrenta o Hulk Vermelho (Harrison Ford).

Dirigido por Julius Onah, o filme chega cercado de polêmicas após uma série de refilmagens e de roteiro alterado. Existe uma campanha de boicote na internet contra a produção, liderada por fãs mais conservadores que ainda questionam a legitimidade de Sam como sucessor do Capitão América. Muitos queriam que o manto fosse passado para Bucky Barnes, o Soldado Invernal, melhor amigo de Steve Rogers e também um portador do soro do supersoldado.

Sam recebeu o escudo de Steve Rogers no final de Vingadores: Ultimato (2019), assim como nos quadrinhos em 2015. Ele mereceu ganhar o posto, mas precisa se provar com o uniforme. Desde a série Falcão e o Soldado Invernal (2021), ele está numa jornada para se tornar o Capitão América o que não é uma missão fácil. O antigo dono é um herói de guerra, um ídolo mundial, representa ideais invioláveis e nos cinemas foi imortalizado pelo ator Chris Evans.

Apesar das controvérsias, Capitão América 4 tem a missão de consolidar Sam Wilson como o novo líder de uma geração de heróis e expandir o universo da Marvel após um período de incertezas. Depois de Ultimato, o estúdio promoveu uma substituição em massa dos personagens mais amados, mas não soube construir bem essas transições. Saíram Tony Stark (Robert Downey Jr.) e Steve Rogers, e os que entraram acabaram sendo tratados como cópias genéricas.

As refilmagens tentaram corrigir esse problema, dando mais peso à passagem do escudo. O filme adicionou cenas de flashback para reforçar a importância da escolha de Steve Rogers e o impacto dessa decisão na construção do novo Capitão América. O que é fundamental já que Anthony Mackie disse que pretende ficar dez anos no papel. Além disso, a pós-produção aprimorou o CGI, melhorando as cenas de ação e os efeitos visuais que haviam sido criticados nos trailers.

Com um histórico recente de bilheterias decepcionantes e críticas pesadas, a Marvel aposta em Capitão América 4 como uma oportunidade de reencontrar o caminho do sucesso. Desde Deadpool e Wolverine, o estúdio não lançou um grande acerto. Filmes como As Marvels (2023), Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (2023) e Madame Teia (2024) fracassaram tanto financeiramente quanto na recepção do público, levantando dúvidas sobre o futuro do universo.

Trama

Sam Wilson estreou no UCM como Falcão em Capitão América 2: O Soldado Invernal (2014) e se juntou aos Vingadores em A Era de Ultron (2015), permanecendo no grupo até o desfecho das fases iniciais do universo. Agora, como protagonista, ele carrega o peso da comparação com Steve Rogers enquanto se vê envolvido em um perigoso conflito internacional, que tem como peça central o presidente dos EUA, Thaddeus Ross (Harrison Ford). A trama resgata a atmosfera de espionagem política que marcou O Soldado Invernal.

Além da ameaça global, Sam precisa lidar com desafios internos, questionando seu próprio papel como Capitão América em um mundo dividido. A presença de antigos aliados e novos inimigos torna a missão ainda mais complexa, enquanto segredos do governo e conspirações emergem, colocando em xeque a confiança do herói nas instituições que jurou proteger. O longa também traz discussões sobre o adamantium, material que faz parte do esqueleto do Wolverine, o que pode ser o início da expansão do universo.

O Capitão América se torna um inimigo dos EUA e quem está por trás disso tudo é Samuel Sterns, conhecido como o Líder. O vilão, ausente do UCM desde O Incrível Hulk (2008), manipula os eventos nos bastidores e coloca o herói em uma situação cada vez mais delicada. Com o governo contra ele e poucas pessoas em quem confiar, Sam Wilson precisará agir nas sombras para descobrir a verdade e impedir que uma conspiração ainda maior tome forma. Além do Hulk Vermelho, ele terá pela frente Seth Voelkner (Giancarlo Esposito), líder do grupo criminoso conhecido como Sindicato da Serpente.

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Hulk Vermelho

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O Hulk Vermelho é a forma transformada do General Thaddeus “Thunderbolt” Ross, um personagem clássico da Marvel, pai de Betty Ross e um dos principais antagonistas de Bruce Banner. Como militar de alta patente, ele sempre considerou o Hulk uma ameaça e dedicou sua vida a capturá-lo ou destruí-lo. Sua transformação ocorre após um acordo com uma organização criminosa liderada pelo Líder, que usa uma combinação de radiação gama e raios cósmicos para criar o Hulk Vermelho. Diferente do original, que se transforma com a raiva, Ross mantém sua inteligência e disciplina militar.

O personagem estreou nos quadrinhos em Hulk Vol. 2, #1 (2008), criado por Jeph Loeb e Ed McGuinness. Inicialmente um antagonista, ele passa por um arco de redenção, lutando ao lado de outros heróis da Marvel. Com o tempo, se junta aos Vingadores e aos Thunderbolts, buscando um novo propósito. Entre suas habilidades, destacam-se resistência extrema, fator de cura acelerado e a capacidade de emitir calor intenso de seu corpo.

A presença do Hulk Vermelho em Admirável Mundo Novo faz sentido. Diferente dos quadrinhos, onde sua origem é independente, no universo cinematográfico ele está diretamente ligado ao projeto do supersoldado. O Incrível Hulk (2008) mostrou que Bruce Banner se tornou o gigante esmeralda enquanto Ross tentava recriar o soro do Capitão América. Sem saber a real finalidade da pesquisa, Banner substituiu a infusão de raios vita por raios gama, resultando no acidente que o transformou. Esse elo narrativo torna natural o crossover entre Sam Wilson e Ross no novo filme.

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'Capitão América 4' estreia em Goiânia e Aparecida com novo protagonista e o Hulk Vermelho

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Novo dono do escudo

Após 21 semanas movimentando o circuito nacional, Ainda Estou Aqui se despediu dos cinemas no Brasil. Em sua longa carreira, marcada pelo forte apoio e engajamento do público brasileiro, o longa dirigido por Walter Salles foi visto por 5,8 milhões de espectadores. A produção entra em cartaz no Globoplay, streaming da TV Globo, neste domingo (6).

O filme alcançou importantes conquistas para o cinema nacional, incluindo o primeiro Oscar do Brasil, na categoria de Melhor Filme Internacional, o primeiro Goya, na categoria de Melhor Filme Ibero-Americano, o inédito Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama, com Fernanda Torres, e o prêmio de Melhor Roteiro, no Festival de Veneza, além de sete prêmios de Melhor Filme do júri popular.

Ainda Estou Aqui também trilha uma longa carreira nos cinemas do circuito comercial internacional, e já foi lançado em 42 países, incluindo Itália, Bolívia, Chile, Venezuela, Colômbia, Israel, Argentina, República Dominicana, Nova Zelândia, Paraguai, Peru, Uruguai, México, Romênia, Espanha, Polônia, Austrália, Eslováquia, Turquia, Alemanha e Taiwan, onde estreou nesta semana.

As próximas estreias acontecem na China (17/05), Japão (Agosto/2025), Escandinávia (12/09), Dinamarca (02/10) e Noruega (03/10). A trajetória de Ainda Estou Aqui nas premiações continua no Prêmio Platino, uma das maiores premiações do cinema Ibero-Americano, onde concorre a Melhor Filme Ibero-Americano.

Também no Prêmio Platino, o longa compete na categoria de Melhor Atriz, com Fernanda Torres, e Melhor Direção, com Walter Salles, além de concorrer ao Prêmio do Público nas categorias de Melhor Filme Ibero-Americano de Ficção e Melhor Atriz. A cerimônia de premiação acontece no dia 27 de abril, no Palácio Municipal IFEMA Madrid, localizado na capital espanhola, e terá transmissão ao vivo pela plataforma SmartPlatino TV.

Selecionado para mais de 50 festivais nacionais e internacionais, Ainda Estou Aqui já recebeu 27 prêmios nacionais e internacionais, incluindo sete prêmios de Melhor Filme segundo o Júri Popular: no Festival Internacional de Cinema de Roterdã; na 48ª Mostra de S. Paulo; no Festival Internacional de Cinema de Vancouver, no Canadá; Festival de Cinema de Mill Valley, nos Estados Unidos; Festival de Pessac, na França, onde também recebeu o Prêmio Danielle Le Roy, dado pelo júri jovem; Festival Internacional de Cinema de Miami.

O filme já foi exibido em festivais de mais de 20 países, incluindo Itália, Canadá, França, Estados Unidos, China, Suíça, Inglaterra, Turquia, Áustria, Portugal, Espanha, Marrocos, Egito, Alemanha, Estônia, Eslovênia, Sérvia, Bulgária, Irlanda, Austrália e Holanda.

Globoplay

Neste domingo (6), Ainda Estou Aqui chega com exclusividade ao Globoplay, iniciando uma nova jornada no streaming, após meses de sucesso nas telonas. O primeiro filme Original Globoplay, é baseado no livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva e que conta a história real e emocionante da família Paiva, que viveu o desaparecimento de Rubens Paiva nos anos 1970, quando o Brasil enfrentava o endurecimento da ditadura militar.

Eunice, sua esposa, representada por Fernanda Torres e por Fernanda Montenegro, inicia a busca pela verdade sobre o destino de seu marido e é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus cinco filhos. Tem ainda no elenco nomes como Selton Mello, Marjorie Estiano, Antônio Saboia, Maeve Jinkings, Humberto Carrão e Dan Stulbach. A produção é da VideoFilmes, RT Features e Mact Productions, em coprodução com Globoplay, ARTE France e Conspiração, com distribuição no Brasil pela Sony Pictures.

'Ainda Estou Aqui' entra no catálogo do Globoplay neste domingo (6)

AUDIOVISUAL

Animação, terror e comédia: confira a programação dos cinemas de Goiânia e Aparecida

AGENDA

'Um Filme Minecraft' é destaque entre as estreias de abril nos cinemas de Goiânia e Aparecida

Estreias

Embates políticos, a busca pela modernização de clássicos e uma protagonista que não precisa de um príncipe para ser salva são algumas das polêmicas que a nova versão de Branca de Neve enfrenta mesmo antes de chegar nas salas de cinema. O filme, que provoca burburinho nas redes sociais, entra em cartaz nesta quinta-feira (20), em Goiânia e Aparecida.

Escalada para viver uma das princesas mais famosas dos estúdios Disney, Rachel Zegler é neta de colombianos. Desde que foi anunciada como a nova Branca de Neve, a atriz, cantora e youtuber se posicionou contra Donald Trump e suas medidas impostas contra a comunidade latino-americana nos Estados Unidos. Também criticou a primeira versão da história dizendo que a narrativa era ultrapassada e que o príncipe era um verdadeiro stalker (perseguidor).

A ala mais conservadora americana foi para a internet condenar a atriz e dizer que no clássico original a princesa era “branca como a neve”, o que não se aplicava à Rachel, de descendência latina. A artista ficou conhecida pelo público depois de atuar em filmes como Amor, Sublime Amor (2021), Shazam! Fúria dos Deuses (2023) e Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes (2023).

Muito além da situação política dos Estados Unidos, a história também foi criticada por ressignificar a personagem e fazer com que ela ganhasse mais poder de voz. Uma das cenas mais emblemáticas da animação de 1937, quando a personagem canta Someday My Prince Will Come, que fala sobre a chegada de um belo príncipe, foi cortada da nova versão.

E as polêmicas não param por aí. Rachel também manifestou apoio aos palestinos diante da guerra em Gaza, em um posicionamento político oposto ao de sua colega de elenco, Gal Gadot (Mulher-Maravilha), que vive a Rainha Má. Israelense, a intérprete tem defendido seu País natal desde que este foi atacado pelo Hamas em outubro de 2023.

Prato cheio para os conversadores que já colocaram Rachel em posição de “progressista” e o filme como moderno demais, a Disney acabou limitando a exposição de suas estrelas na campanha de lançamento. O fato é visto como algo incomum para blockbusters desse porte, e dispensou a presença de jornalistas e influenciadores na première em Los Angeles.

Há ainda outro debate envolvendo o longa-metragem. Nessa versão, os sete anões acabaram se tornando criaturas fantásticas. A decisão se deve à tentativa de escapar do debate em torno do tratamento pejorativo dado a pessoas com nanismo. Tudo isso surtiu efeito contrário: o ator Peter Dinklage, famoso pela série da HBO Game of Thrones, criticou a decisão de readaptar Branca de Neve. Os personagens famosos, como Zangado, Mestre e Atichim foram criados em computação gráfica.

Live Action

O filme segue como um dos maiores lançamentos da Disney em 2025 mesmo com todas as polêmicas antes da estreia. Quem dirige a trama é Mark Webb, cineasta por trás de obras audiovisuais como (500) Dias com Ela (2009), O Espetacular Homem-Aranha (2014) e Apenas um Garoto em Nova York (2017). Já quem escreveu o roteiro foi Erin Cressida Wilson e Greta Gerwig – esta que burburinho com o filme Barbie (2023) e que está com um projeto de nova adaptação da saga literária de As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis.

Já tem se tornado comum as versões live actions das animações históricas da Disney. Foi assim com A Pequena Sereia, que ganhou um novo filme em 2023 e também causou polêmica por escalar a cantora e atriz negra Halle Bailey para viver a princesa dos mares. Outros exemplos são de Mulan (2020) e Aladdin (2019). Em maio, os estúdios lançam a nova versão de Lilo e Stitch, já revisto como uma das maiores estreias do ano.

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Três vezes Branca de Neve

Confira outros filmes que ajudaram a consolidar a personagem&nbsp;

Branca de Neve e os Sete Anões (1937)

Primeiro longa-metragem de animação produzido nos Estados Unidos e também o primeiro totalmente a cores no mundo, o filme é uma adaptação do conto de fadas homônimo dos Irmãos Grimm. O musical é considerado o expoente em tecnologia e abriu caminhos para outros clássicos da Disney. Está disponível no Youtube.&nbsp;

Mirror, Mirror (2012)

Com Julia Roberts como a Rainha Má e Lily Collins no papel de Branca de Neve, a versão tem uma roupagem mais contemporânea e foi indicada ao Oscar na categoria Melhor Figurino. O longa-metragem está disponível no Prime Vídeo.&nbsp;

Branca de Neve e o Caçador (2012)

Kristen Stewart, Charlize Theron e Chris Hemsworth são o trio de protagonistas nesta versão que ganhou uma cara mais realista e soturna. Dirigida por Rupert Sanders, a trama está disponível na Netflix e no Prime Vídeo.

Releitura moderninha do clássico 'Branca de Neve' provoca polêmicas e embates políticos

Espelho, espelho meu

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