Antes de pegar a estrada, uma das preocupações do repórter fotográfico e videomaker Marcello Dantas, 30, e da namorada, a economista Ana Clara Elisa Novato de Lima, 28, foi a escolha da mochila. O casal saiu de Goiânia no dia 17 de julho de 2018 e passou quase dois anos fazendo expedições, trilhas e escaladas. Os primeiros 11 meses de aventura foram por terra no Brasil, onde eles viajaram por Minas Gerais, todo o Nordeste, Pará e Amazônia. Depois, foram para a Europa, onde ficaram três meses; em seguida, estiveram no Oriente Médio, Turquia, Israel, Egito, Emirados Árabes e Ásia.“A escolha certa da mochila fez toda a diferença porque você está escolhendo como carregar o seu corpo e o impacto que ele vai levar. Para quem está pensando em cair na estrada, é bom tirar um tempo para pesquisar diferentes marcas, a durabilidade de cada modelo e se fica bem encaixada no corpo. Eu sou muito pequenina, tenho 1,5 metro de altura e peso 38 kg. A minha comprei há dez anos por ficar perfeita para a minha estatura”, conta Ana Clara, que tem uma cargueira de 65 litros e o namorado uma de 80. O casal retornou a Goiânia no dia 2 de junho de 2020, pouco tempo depois do início da pandemia.Ana conta que não passaram por nenhum apuro por conta das mochilas e que aprendeu com outros viajantes alguns macetes para evitar problemas na coluna, como montar todos os equipamentos na bolsa e colocar nas costas quando estivesse sentada na cama ou num banco e subir, como se fosse um aparelho de academia. “Isso é essencial para não machucar. A gente tem o hábito de jogar direto no ombro e como a nossa estava muito carregada podia ter alguma lesão. Outra coisa importante é não exagerar no peso. Eu tinha roupa suficiente para uma semana, sapatilha de escalada e itens de dormir”, lembra.