Afonso Felix de Sousa, homem tímido e amoroso, traduzia em seus versos aquilo de mais íntimo e profundo da existência humana. O goiano de Jaraguá fez parte do grupo de poetas da chamada Geração de 45, ao lado de João Cabral de Melo Neto. Figura fundamental e premiada na história da literatura brasileira, publicou 12 livros de poesia, fundou revistas literárias e traduziu obras de Garcia Lorca, John Donne e Giacomo Leopardi. Sua vida e obra ganham uma série de celebrações especiais no mês de julho para marcar o centenário do autor, com início nesta quinta-feira (3), na Academia Goiana de Letras (AGL). A programação vai, na sequência, para as cidades de Jaraguá, Goiás e Rio de Janeiro. No dia 5 de julho, é comemorado o centenário do poeta e tradutor que viveu em diferentes lugares do mundo, mas não deixou de evocar Goiás em seus versos. Especialmente Jaraguá e suas lendas com o livro chamado O Amoroso e a Terra (1953), com poemas que valorizam a tradição interiorana ao abordar o folclore de sua terra natal. Afonso Felix mudou aos 10 anos para Pires do Rio com a família. Ao lado de Domingos, um de seus nove irmãos, estudou no Colégio Anchieta de Silvânia, de onde veio para Goiânia fazer a segunda série. Nessa época, começou a publicar os primeiros poemas.