O Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro pode ter sido ocupado em 2017, com a volta de projetos como Canto de Ouro e FestCine, mas uso integral do espaço ainda é um projeto que a Secretaria Municipal de Cultura (Secult) pretende realizar neste ano. Quem passar hoje pelo espaço, localizado na Rua 3, no Centro, vai encontrar o café desativado e as salas de cinema e teatro fechadas. Tudo porque o ano ainda não começou no centro cultural. A pasta já abriu um edital na semana passada para o chamamento público de cantores e bandas que desejam se apresentar o Canto de Ouro, que deve começar na segunda quinzena de abril. Já a sala de cinema vai ter que esperar as ações de ocupação do Festcine, que ocorre apenas no próximo semestre. Até lá, serão realizadas mostras preliminares, ainda sem datas programadas.

Centro de Cultura Goiânia Ouro

Magazine

Magazine - título

Assine - Offers Target - 2

Matéria - Magazine

Profissionais da cultura se queixam da falta de transparência e de mudanças em datas previstas para projetos da Lei Paulo Gustavo (LPG). Publicada na segunda-feira (4) no Diário Oficial, a alteração nos cronogramas dos editais de número 1 a 20 da LPG Goiás 2023 traz informações importantes, como novas datas para habilitação dos projetos aprovados, divulgação do resultado final e, ainda, a nova previsão de repasse dos recursos aos proponentes aprovados: 10 de janeiro até 10 de fevereiro de 2024. Ou seja, o pagamento, bem como a execução total da lei, não serão realizados neste ano como previsto.

Os interessados, no entanto, só ficaram sabendo das novas datas acessando o Diário Oficial ou entrando na página de editais no site da LPG, vinculado ao site da Secretaria da Cultura de Goiás, e descobrirem a inserção de um novo documento intitulado “Alteração no Cronograma 04”, já que a informação não foi divulgada em nenhum canal de comunicação da Secult Goiás. Há somente a publicação do novo prazo para envio de recursos administrativos, estendido até 10 de dezembro.

A falha de comunicação é apenas um dos entraves que os produtores e realizadores culturais vêm enfrentando com os editais da LPG 2023. A complexidade dos textos dos editais e a grande quantidade de erratas e alterações nos últimos meses causaram confusão nos proponentes.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/cine-astor-quer-deixar-de-ser-porno-e-se-tornar-espaco-cultural-do-centro-de-goiania-1.3083171" target="_blank">Cine Astor quer deixar de ser pornô e se tornar espaço cultural do Centro de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/politica-publica-precisa-ser-democratica-diz-nova-secretaria-de-cultura-de-goias-1.3026323#state=7820a454-d00d-40be-97bb-82ac8cc0d8c6&amp;session_state=86d4b0b0-97ec-487a-8e5e-e0ab85c92054&amp;code=7df62a57-6f44-4baf-bf29-97c183c0c856.86d4b0b0-97ec-487a-8e5e-e0ab85c92054.b9b3328a-640e-4deb-9f63-4c9096be6cf7" target="_blank">“Política pública precisa ser democrática”, diz nova secretária de Cultura de Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/projeto-discute-produc-o-audiovisual-do-brasil-central-1.3077758" target="_blank">Projeto discute produção audiovisual do Brasil Central</a></div>

A princípio, também estava prevista a cobrança do Imposto de Renda tanto para Pessoa Física quanto Jurídica, o que desestimulou diversos produtores de se inscreverem porque o valor final para execução dos trabalhos não valia a pena. A decisão foi revogada posteriormente. A cobrança que estava sendo feita pelo Estado de Goiás foi criticada publicamente no Seminário Direito e Cultura - Novo Regime Jurídico de Fomento à Cultura, promovido pelo MinC e Advocacia Geral da União no dia 28 de novembro com a participação da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia.

“Essa falha de comunicação ampla e a quantidade de erratas e alterações de cronograma atrapalham muito todos os proponentes. Primeiro porque, como estamos falando de editais públicos, a comunicação precisa ser o mais transparente possível e precisa atingir todos que queiram concorrer aos recursos”, diz a produtora executiva Cecília Brito.

“É fundamental a transparência em relação à divulgação e publicização dessas alterações. Essas divulgações precisam estar no Diário Oficial, nas redes sociais e no site da pasta”, aponta o diretor e produtor audiovisual Daniel Calil. “Além disso, acredito que falta um empenho para que essas divulgações também cheguem não só para os proponentes, mas também para a população acompanhar a relevância e repercussão de editais de tamanha importância”, diz.

Questionada pelo POPULAR, a secretária de Estado de Cultura, Yara Nunes, explicou que a ampliação do cronograma foi realizada para que haja um maior prazo de análise dos recursos administrativos, que estão sob responsabilidade do Conselho Estadual de Cultura e da própria secretária. “Trata-se de um recurso constitucional e que, diante de algumas reclamações e questionamentos dos proponentes em relação às avaliações, ampliamos o cronograma para ter mais prazo para analisar e dar uma oportunidade para aqueles que não concordam com as decisões”, destaca.

Ela ressalta que o prazo para execução da LPG foi curto e que, com a prorrogação da lei feita oficialmente para dezembro de 2024, houve a possibilidade de ampliação do cronograma. “É um recurso que já recebemos praticamente nesse semestre, no mês de junho de 2023, e teríamos efetivamente seis meses para executar a lei inteira entre prazos de inscrição, para recursos e para nossas análises. A prorrogação foi feita por questões de necessidade e de segurança tanto para o governo, que vai pagar, quanto para quem vai receber”, aponta.

Editais

Para a formulação dos editais e divisão dos recursos, foi realizada uma consulta pública com artistas, produtores e trabalhadores do setor cultural. O resultado, no entanto, não foi satisfatório para os profissionais da área. “Além dos erros e correções recorrentes, os editais se mostraram muito complexos e de difícil compreensão, o que exigiu um conhecimento e costume dos proponentes com esse tipo de certame”, diz Cecília Brito.

Quanto à divisão de recursos prevista nos editais, a produtora Luana Otto, de 42 anos, diretora geral da Balaio Produções, comenta que não atende ao setor de forma satisfatória. “Por se tratar de um edital com foco no audiovisual e tendo em vista que estamos no Centro do País, totalmente fora do eixo de grandes produções cinematográficas e sem uma Lei do Audiovisual local, esperávamos que a oportunidade da LPG traria um número bem maior de produção de longas-metragens em suas três categorias, bem como de séries e curtas”, destaca.

A quantidade e divisão de recursos para cada linha, segundo ela, foi bem abaixo do esperado pelos profissionais da área. “Por exemplo, para longas-metragens, tivemos três vagas de R$ 1 milhão e outras sete vagas de R$ 650 mil. Tal recurso não chega nem perto do mínimo praticado pela Ancine do que é considerado em editais federais como longa de baixo orçamento. Assim, perdemos a chance de fazermos muito mais longas genuinamente goianos e com recursos mais próximos da realidade do audiovisual brasileiro”, diz.

“Na minha opinião, os maiores problemas estão na própria formulação dos editais, que foram elaborados às pressas, com pouco diálogo com o setor e com o intuito populista de pulverizar os recursos”, destaca Daniel, que considera um dos grandes equívocos a previsão de 365 dias para execução e divulgação de projetos de longa-metragem. “Será necessário a Secult Goiás rever esse prazo para projetos maiores, como as modalidades de longas, pois é impossível que as obras sejam realizadas dentro desse período, a não ser que sejam realizadas de qualquer jeito e com a etapa de divulgação mal feita.” 
 
Avaliações 
Entre as críticas de proponentes que chegaram ao POPULAR está o não cumprimento de pontos previstos no edital para a realização das avaliações dos projetos. “Eu não tive problemas diretos com os meus pareceres. Pelo contrário, eu fiquei surpreso porque a maioria está bem embasada e justificada, tanto para conceder pontos, como para retirar”, comenta Daniel Calil.

Ele, no entanto, acompanhou casos de parceiros que se sentiram prejudicados por pareceres que consideraram incabíveis. “Isso denota que alguns projetos tiveram pareceristas sérios e comprometidos, enquanto outros tiveram o azar de contar com pareceres que não condizem com as exigências do edital ou com o setor audiovisual”, diz. “Um ponto grave é o fato dos projetos serem avaliados apenas por um parecerista. Na minha opinião, todos deveriam ser avaliados por três pessoas. Isso tornaria as avaliações menos suscetíveis a gostos pessoais e diminuiria as chances de alguns projetos serem prejudicados por discrepância entre as visões dos avaliadores”, aponta.

Segundo a secretária Yara Nunes, o fato de uma parte dos pareceristas selecionados serem de fora do Estado prejudicou algumas avaliações. “São pessoas com experiência com pareceres, mas não com os pareceres aqui do Estado de Goiás. É um formato e padrão de parecer que é um tanto quanto mais completo do que acabaram fazendo, mas não porque não receberam treinamento ou muito menos porque não tinham capacidade técnica para fazer aquela análise”, disse, reiterando que a seleção ficou a cargo da Fundação RTVE da Universidade Federal de Goiás. 
 
Recursos 
O deslocamento do repasse dos recursos para 2024 preocupa os proponentes. “Esse adiamento causa uma insegurança, já que muitos estão aguardando há meses esse repasse e estavam programando a execução dos projetos. Somado a todas as falhas e problemas que ainda estamos enfrentando, só aumentam as incertezas quanto ao andamento do edital”, comenta Cecília Brito. Já Daniel Calil compreende as alterações, já que ainda há erros a serem corrigidos. “Porém, é necessário que a Secult e o Estado de Goiás se comprometam a cumprir o atual cronograma, sob pena de prejudicar os proponentes, os projetos selecionados e os profissionais do setor”, aponta.

Para a execução dos 20 editais da LPG em Goiás, foi feito o repasse de R$ 62 milhões por meio do Fundo de Arte e Cultura de Goiás. Deste total, R$ 710.463,64 foram repassados para a Fundação RTVE/UFG para a execução dos editais de seleção de pareceristas, que foi liquidado em 3 de outubro de 2023. A liquidação do valor destinado ao pagamento dos aprovados na LPG, no entanto, ainda não foi feita, o que pode significar atrasos no repasse aos proponentes na data estipulada (10 de janeiro a 10 de fevereiro de 2024).

Lei Paulo Gustavo enfrenta entraves e incertezas em Goiás

Política cultural

Para muitos, ir ao cinema é uma maneira de admirar uma obra. A mistura da imagem com a qualidade do som é uma boa experiência quando também é combinada com aquela pipoca em uma sala escura com uma tela gigante à frente. Foi neste cenário que torcedores goianos assistiram à derrota do Brasil, por 1 a 0, para Camarões, no encerramento da fase de grupos da Copa do Catar, nesta sexta-feira (2), em Goiânia, no Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro, no centro da cidade.O ambiente considerado familiar por muitos torcedores foi um dos motivos que levou dezenas de pessoas ao Cine Ouro, na rua 3, no centro de Goiânia. Sozinhos, com amigos ou em família, torcedores lamentaram chances perdidas pelo Brasil no 1º tempo da partida contra Camarões, mas mesmo com a derrota, seguem confiantes na conquista do hexa.Leia também -&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/noticias/esporte/em-goi%C3%A2nia-torcedores-lamentam-acidente-de-percurso-do-brasil-1.2572616" target="_blank">Em Goiânia, torcedores lamentam ‘acidente de percurso’ do Brasil</a> -&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/noticias/esporte/brasil-perde-para-camar%C3%B5es-mas-avan%C3%A7a-em-1%C2%BA-lugar-1.2572581" target="_blank">Brasil perde para Camarões, mas avança em 1º lugar</a> -&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/noticias/esporte/veja-os-confrontos-das-oitavas-e-cruzamentos-da-copa-do-catar-1.2572632" target="_blank">Veja os confrontos das oitavas e cruzamentos da Copa do Catar</a>“Foi minha primeira experiência de assistir a um jogo no cinema. Gosto da cultura, sou ambientado com música, aqui sempre tem apresentações e costumo frequentar. Qualquer espaço cultural que está disponível, tento estar presente para valorizar a cultura. O ambiente é bom, bar é bagunçado. Aqui no cinema, é possível se concentrar melhor, é uma experiência bem diferente”, contou o funcionário público Joelmar Sousa de Oliveira, de 62 anos.Com pipoca, refrigerantes e cerveja, torcedores assistiram ao revés para Camarões. Para o comerciante Rafael Borges, a experiência foi única e uma boa forma de iniciar memórias de Copa do Mundo nos filhos Gustavo Ferraz (10 anos) e Fernando Ferraz (8 anos).“Achei a iniciativa de transmitir o jogo no cinema bem interessante. Resolvi trazer meus meninos, é um ambiente mais tranquilo, de família. Desde moleque, eu frequento esse cinema, mas nunca tinha assistido a um jogo. Vai ser uma boa forma de criar memórias nos meus filhos, essa é a primeira Copa que vão lembrar com clareza. Faltou só o gol, mas estou confiante que vamos ser campeões”, contou o torcedor de 40 anos.Durante o jogo do Brasil, as ruas do centro de Goiânia ficaram vazias. Poucos carros, movimentação maior em frente a locais com televisões. No Cine Ouro, poucas cadeiras ficaram vazias durante a partida. No intervalo, no tradicional cinema goiano, a galera deixou a sala disponível para tomar aquela água.“Apesar de tudo, temos totais condições de conquistar o hexa. Os principais times europeus não estão bem. Acho que isso é um diferencial. Nós estamos bem, nosso time titular está bem encaixado e nosso caminho (até a final) está tranquilo. Vamos caminhar bem para conquistar o título", falou&nbsp;Jefferson Chaves, técnico em eletrônico de 25 anos.Todos os jogos da seleção brasileira estão sendo transmitidos no Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro. Antes da bola rolar, os torcedores podem curtir um show, que começa uma hora antes do início dos jogos do Brasil. A entrada é gratuita.<div attr-cid="policy:1.2572724" attr-version="policy:1.2572724" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.2572724" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.2572724', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.2572724">Imagem (1.2572724)</a></div><div attr-cid="policy:1.2572723" attr-version="policy:1.2572723" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.2572723" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.2572723', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.2572723">Imagem (1.2572723)</a></div><div attr-cid="policy:1.2572718" attr-version="policy:1.2572718" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.2572718" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.2572718', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.2572718">Imagem (1.2572718)</a></div><div attr-cid="policy:1.2572716" attr-version="policy:1.2572716" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.2572716" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.2572716', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.2572716">Imagem (1.2572716)</a></div>

No cinema, torcida goiana lamenta derrota do Brasil, mas aprova experiência

Esporte

Esporte - título

Matéria - Esporte

Um imbróglio jurídico coloca em risco o funcionamento da Orquestra Filarmônica de Goiás (OFG), motivo de orgulho para os goianos. Os músicos – 50 no total - atualmente têm contrato temporário e nesse regime de trabalho não podem atuar mais, segundo recomendação do Tribunal de Contas do Estado, que constatou ilegalidade. Algumas alternativas para resolver a situação estão na mesa, como recontratar o corpo sinfônico em cargos públicos ou criar um edital de chamamento público para contratação de uma Organização Social (OS). Outra opção – mais dolorosa – seria o encerramento da OFG.O prazo para desvinculação dos contratos temporários dos músicos da Filarmônica – recomendado pelo TCE – foi de 90 dias e venceu no início do segundo semestre de 2019. Um pedido de prorrogação foi feito para se criar um novo modelo de gestão, mas ainda não foi deferido ou indeferido. A opção mais forte ventilada nos corredores da Orquestra é da volta da administração por OS e um chamamento público deve ser feito nos próximos dias para seleção da empresa. A justificativa, de acordo com o que foi apurado pela reportagem, é que essa proposta é a melhor alternativa para resolver o problema rápido.Como o prazo é curto, a melhor alternativa deve ser o chamamento para a contratação de uma OS, já em fase de deliberação, explica uma das fontes ouvidas pela reportagem. A ideia nasceu ante o reconhecimento de ilegalidade dos contratos temporários dos músicos e que é preciso uma solução “urgente”. A Secretaria Estadual de Cultura (Secult Goiás) se esquivou de três de quatro questionamentos específicos do POPULAR. Em nota, disse que “o trabalho é, naturalmente, para manter a Orquestra e também para ter sempre os melhores maestros do Brasil e do mundo; além de um modelo econômico e de bom custo-benefício”.Por e-mail, a reportagem havia questionado se o governo pretende manter a Filarmônica; se o contrato do maestro será ampliado, já que ele se encerra em abril e tem opção de renovação; sobre como funcionaria um modelo de OS; e sobre qual seria a previsão de edital de chamamento público. A estreia da temporada 2020 está prevista para 12 de março, no Oscar Niemeyer. Organização socialSer administrada por uma entidade não governamental não seria uma novidade para a Filarmônica, que não traz boas lembranças. Em junho de 2017, o grupo passou a ser gerido pela Elysium Sociedade Cultural para contrato de quatro anos. O casamento não foi bem-sucedido e durou menos de um ano, com suspensão de contrato e elaboração de dossiê da Filarmônica contra a empresa.A parceria terminou de forma nada amigável. Falta de conhecimento no segmento, intromissão nas decisões artísticas que são tomadas pelo maestro inglês Neil Thomson e o não pagamento de cachês de convidados foram alguns dos problemas então apontados pela Orquestra. Havia também insatisfação dos músicos e da administração da Filarmônica. Na época, a Elysium culpou a burocracia dos termos do contrato e afirmou que o rompimento ocorreu principalmente por questão financeira porque o valor era pequeno para o nível de exigência. O acordo foi suspenso e a rescisão ocorreu em julho de 2018.A Idesa, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), assumiu a gestão, sem edital. No primeiro ano do governo Caiado, os músicos foram contratados como temporários. Mas, segundo o TCE, esse tipo de contrato fere o artigo 37, incisos 5 e 9, da Constituição Federal. Segundo a legislação, cargos em comissão devem ser exercidos por servidores de carreira e o tempo de contrato deve ser determinado para atender a necessidade de interesse público. Ou seja, não poderia haver contratação e posteriormente uma desoneração da função.

Estado cogita OS para manter Filarmônica de Goiás

Matéria - genérica

Destaque da programação desta quinta-feira (17) do Goiânia em Cena, a peça Prego na Testa, dos Parlapatões, de São Paulo, será apresentada, às 21 horas, Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro. A montagem é um solo do ator e palhaço Hugo Possolo baseada no texto Pounding Nails in the Floor with My Forehead (Batendo Pregos no Chão Com Minha Testa), de Eric Bogosian, com direção e adaptação de Aimar Labaki. No palco, ele interpreta nove personagens sucessivos, que vão do esquisito ao hilariante. A comicidade da tragédia de cada um de seus personagens é a matéria-prima do trabalho do ator.Um pouco mais cedo, às 19 horas, a Cia. de Teatro Nu Escuro apresenta o espetáculo Gato Negro, no Centro Cultural UFG. Recheada de surpresas e momentos fantasmagóricos, a montagem aborda a vida no interior no início do século 20, tendo como cenário uma fazenda onde a tal figura – que, de acordo com o diretor do espetáculo, Hélio Fróes, não é nem bicho nem homem – aparece para atormentar a família. Em 2015, os artistas goianos foram premiados com Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz.