O goiano Christie Queiroz, autor do Cabeça Oca, foi premiado com o Troféu Angelo Agostini, um dos mais antigos e importantes prêmios do quadrinho brasileiro, na categoria Mestre do Quadrinho Nacional. Christie vai receber o troféu em São Paulo no dia 30, Dia do Quadrinho Nacional, no Memorial da América Latina em São Paulo. O prêmio é organizado pela Associação dos Quadrinistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo (AQC-ESP).“Não esperava ser indicado, apesar de saber do grande potencial do Cabeça Oca, um trabalho de muita dedicação construído ao longo de muitos anos", disse o autor, que publica a tirinha protagonizada pelo personagem em o POPULAR, na página do Almanaque. “Estou muito contente porque fazer cartum infantil é algo muito difícil de ser reconhecido, não só em Goiás, mas no Brasil em geral", observa Christie.No entanto, acrescenta, apesar dos obstáculos, o público do personagem é uma grande e sempre renovada satisfação. “É muito gratificante ver a sua criação ultrapassando gerações. Tem gente que foi leitor do Cabeça Oca quando criança e agora já é pai, e repassa essa leitura para o filho. A resposta do público é muito importante e tem sido muito positiva", comenta o cartunista. Criado há 26 anos, o personagem já virou gibi e também protagonizou alguns livros, entre eles Cabeça Oca no Mundo de Cora Coralina, premiado como melhor livro infantil da Associação Brasileira da Indústria Gráfica. Segundo o autor, o personagem e seu universo foram inspirados em sua própria infância, com histórias que fazem referência às situações do cotidiano. Apesar da alegria, Christie Queiroz não está tendo muito tempo para comemorar o Troféu Angelo Agostini, pois está se dedicando à produção da primeira peça de teatro do cartum, uma adaptação do livro Cabeça Oca no Mundo de Cora Coralina. A peça, adianta ele, vai estrear em abril e será um musical. “O espetáculo vai ser uma grande produção com bonecos e efeitos especiais, e que contará com a colaboração de cantores como Sabah Moraes e Marcelo Barra", afirma.