O Cine Cultura reabre oficialmente na sexta-feira (31), às 19 horas, para o público, com uma sessão com entrada gratuita do filme O Dia Que Te Conheci, de 2023, do diretor mineiro André Novais Oliveira. O espaço conta com 74 assentos e mais um espaço para cadeirante. A partir de sábado (1º), a sala retoma sua programação regular de lançamentos comerciais, com ingressos nos valores de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Babygirl, protagonizado por Nicole Kidman, Baby, novo filme de Marcelo Caetano e Stop Making Sense, dirigido por Jonathan Demme, entram em cartaz também.

O longa de André Oliveira, que já foi exibido e premiado em importantes festivais no Brasil e no mundo, como o Entrevues Belfort 2023, Mar del Plata IFF, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Festival de Brasília e Festival do Rio, gira em torno da relação entre Zeca (Renato Novaes), um bibliotecário que luta para manter sua rotina, e Luísa (Grace Passô), uma colega de trabalho que o ajuda em um momento difícil.

Rodado em Belo Horizonte, Betim e Contagem, André explica que o filme tem uma geografia peculiar marcada pelo deslocamento de Zeca ao seu trabalho todos os dias numa longa viagem de ônibus. “Muita gente trabalha no centro e mora na periferia, mas no caso do Zeca é o contrário. O filme permite pensar o que é centro e o que é periferia quando se fala de morar longe. Longe de quem? De onde?”

Localizado no Centro Cultural Marietta Telles, na Praça Cívica, o Cine Cultura passou por uma reforma completa em sua estrutura, com novas poltronas, carpete, iluminação, sistema de ar-condicionado e sonorização, painéis acústicos, tela e projetor. O restauro teve investimento total de R$ 2,1 milhões, sendo R$ 1,4 milhão da obra e R$ 755 mil dos equipamentos necessários. Os recursos vieram por meio da lei federal Paulo Gustavo, operacionalizados pela Secult Goiás.

Cine Cultura reabre com a exibição do filme 'O Dia Que Te Conheci'

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Sessão gratuita

Após 21 semanas movimentando o circuito nacional, Ainda Estou Aqui se despediu dos cinemas no Brasil. Em sua longa carreira, marcada pelo forte apoio e engajamento do público brasileiro, o longa dirigido por Walter Salles foi visto por 5,8 milhões de espectadores. A produção entra em cartaz no Globoplay, streaming da TV Globo, neste domingo (6).

O filme alcançou importantes conquistas para o cinema nacional, incluindo o primeiro Oscar do Brasil, na categoria de Melhor Filme Internacional, o primeiro Goya, na categoria de Melhor Filme Ibero-Americano, o inédito Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama, com Fernanda Torres, e o prêmio de Melhor Roteiro, no Festival de Veneza, além de sete prêmios de Melhor Filme do júri popular.

Ainda Estou Aqui também trilha uma longa carreira nos cinemas do circuito comercial internacional, e já foi lançado em 42 países, incluindo Itália, Bolívia, Chile, Venezuela, Colômbia, Israel, Argentina, República Dominicana, Nova Zelândia, Paraguai, Peru, Uruguai, México, Romênia, Espanha, Polônia, Austrália, Eslováquia, Turquia, Alemanha e Taiwan, onde estreou nesta semana.

As próximas estreias acontecem na China (17/05), Japão (Agosto/2025), Escandinávia (12/09), Dinamarca (02/10) e Noruega (03/10). A trajetória de Ainda Estou Aqui nas premiações continua no Prêmio Platino, uma das maiores premiações do cinema Ibero-Americano, onde concorre a Melhor Filme Ibero-Americano.

Também no Prêmio Platino, o longa compete na categoria de Melhor Atriz, com Fernanda Torres, e Melhor Direção, com Walter Salles, além de concorrer ao Prêmio do Público nas categorias de Melhor Filme Ibero-Americano de Ficção e Melhor Atriz. A cerimônia de premiação acontece no dia 27 de abril, no Palácio Municipal IFEMA Madrid, localizado na capital espanhola, e terá transmissão ao vivo pela plataforma SmartPlatino TV.

Selecionado para mais de 50 festivais nacionais e internacionais, Ainda Estou Aqui já recebeu 27 prêmios nacionais e internacionais, incluindo sete prêmios de Melhor Filme segundo o Júri Popular: no Festival Internacional de Cinema de Roterdã; na 48ª Mostra de S. Paulo; no Festival Internacional de Cinema de Vancouver, no Canadá; Festival de Cinema de Mill Valley, nos Estados Unidos; Festival de Pessac, na França, onde também recebeu o Prêmio Danielle Le Roy, dado pelo júri jovem; Festival Internacional de Cinema de Miami.

O filme já foi exibido em festivais de mais de 20 países, incluindo Itália, Canadá, França, Estados Unidos, China, Suíça, Inglaterra, Turquia, Áustria, Portugal, Espanha, Marrocos, Egito, Alemanha, Estônia, Eslovênia, Sérvia, Bulgária, Irlanda, Austrália e Holanda.

Globoplay

Neste domingo (6), Ainda Estou Aqui chega com exclusividade ao Globoplay, iniciando uma nova jornada no streaming, após meses de sucesso nas telonas. O primeiro filme Original Globoplay, é baseado no livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva e que conta a história real e emocionante da família Paiva, que viveu o desaparecimento de Rubens Paiva nos anos 1970, quando o Brasil enfrentava o endurecimento da ditadura militar.

Eunice, sua esposa, representada por Fernanda Torres e por Fernanda Montenegro, inicia a busca pela verdade sobre o destino de seu marido e é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus cinco filhos. Tem ainda no elenco nomes como Selton Mello, Marjorie Estiano, Antônio Saboia, Maeve Jinkings, Humberto Carrão e Dan Stulbach. A produção é da VideoFilmes, RT Features e Mact Productions, em coprodução com Globoplay, ARTE France e Conspiração, com distribuição no Brasil pela Sony Pictures.

'Ainda Estou Aqui' entra no catálogo do Globoplay neste domingo (6)

AUDIOVISUAL

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Estreias

Os filmes de Chantal Akerman são como janelas abertas para o tempo — não o tempo acelerado das rotinas impacientes, mas aquele que se expande nos silêncios, nos gestos cotidianos e na solidão das personagens. Com uma estética rigorosa e um olhar profundamente sensível, a cineasta belga transformou a repetição e a espera em matéria cinematográfica, criando obras que desafiam os limites da narrativa tradicional e convidam o espectador a sentir cada instante.

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Parte dessa filmografia essencial será exibida na Mostra Ao Centro-Oeste, que será realizado no Cine Cultura de quinta-feira (27) a domingo (30). Com apoio da distribuidora Filmicca, o evento reúne 16 filmes da diretora, entre curtas, médias e longas, todos restaurados pela Cinematek de Bruxelas. A programação inclui duas sessões do monumental Jeanne Dielman, 23, quai du Commerce, 1080 Bruxelles, eleito o melhor filme de todos os tempos pela revista Sight and Sound. Todas as exibições terão entrada gratuita, com retirada de ingressos 30 minutos antes.

Os Encontros de Anna, Anos Dourados e Exploda Minha Cidade são alguns dos títulos confirmados na programação. São obras que mostram como Akerman filmava a intimidade como quem esculpe o tempo, revelando a poesia escondida nos espaços domésticos e nas paisagens urbanas. Suas histórias são um contraponto ao excesso de estímulos da era digital, permitindo ao público redescobrir a profundidade do cinema como experiência sensorial e emocional. Na tela, cada plano é um convite à contemplação — um respiro raro em tempos de pressa.

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Nascida em Bruxelas, em 1950, Chantal Akerman foi uma das vozes mais singulares do cinema contemporâneo. Sua relação com a sétima arte começou na adolescência, quando assistiu a O Demônio das Onze Horas, de Jean-Luc Godard, experiência que a levou a abandonar a escola de cinema e partir para uma jornada autoral. Ao longo de sua carreira, dirigiu mais de 40 filmes, transitando entre a ficção e o documentário, sempre com uma abordagem minimalista e profundamente observacional.

Filha de sobreviventes do Holocausto, Akerman trouxe para sua obra uma reflexão sobre identidade, memória e pertencimento. Em filmes como News from Home (1977) e No Home Movie (2015), a ausência e o deslocamento se tornam temas centrais, muitas vezes atravessados por experiências autobiográficas. Sua abordagem inovadora influenciou gerações de cineastas e consolidou sua filmografia como uma das mais relevantes do século 20. ()

Serviço

Evento: Mostra ao Centro-Oeste com Chantal Akerman

Data: 

De quinta a domingo (27 a 30)

Local: 

Cine Cultura - funciona no Centro Cultural Marietta Telles Machado, na Praça Cívica

Entrada gratuita 

&nbsp;

Programação

QUINTA-FEIRA (27)

14h40: 15 de Agosto &nbsp;(1973, 44 min, 14 anos) + A Mudança (1993, 12 anos, 40 min)

16h40: 

O Quarto &nbsp;(1972, 12 anos, 11 min) + Hotel Monterey (1972, 12 anos, 60 min)

18h30: 

Jeanne Dielman &nbsp;(1975, 14 anos, 193 min)

&nbsp;

SEXTA-FEIRA (28)

14h: Do Leste &nbsp;(1993, 12 anos, 110 min)

16h30: 

Com Sonia Wieder-Atherton (2003, 12 anos, 52 min) + Ao Leste com Sonia Wieder-Atherton (2009, 12 anos, 85 min)

19h30: 

Os Encontros de Anna (1978, 14 anos, 122 min)

&nbsp;

SÁBADO (29)

13h40: A Loucura de Almayer (2011, 14 anos, 122 min)

16h10: 

Eu, Tu, Ele, Ela &nbsp;(1974, 16 anos, 82 min)

18h: 

Toda uma Noite &nbsp;(1982, 14 anos, 90 min)

20h: 

A Prisioneira &nbsp;(2000, 16 anos, 114 min)

&nbsp;

DOMINGO (30)

13h45: Exploda Minha Cidade (1968, 14 anos, 13 min) + Notícias de Casa (1976, 12 anos, 86 min)

16h:

Jeanne Dielman &nbsp;(1975, 14 anos, 193 min)

19h50: 

Anos Dourados &nbsp;(1986, 14 anos, 96 min)

Mostra Ao Centro-Oeste dedicada à cineasta belga Chantal Akerman começa nesta quinta-feira (27)

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