Duas das mais consagradas vozes da música goiana, Cláudia Vieira e Maria Eugênia vão pegar a estrada no projeto Circulo Musical para se apresentarem em 12 cidades goianas. O primeiro show será em Goiânia no dia 2 de outubro, às 14 horas, no Centro Cultural Martim Cererê, como parte da programação da 1ª edição da FLIG - Feira Literária de Goiás.

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Depois da capital, as cantoras seguem para as cidades de Campos Belos, Catalão, Ceres, Cristalina, Hidrolândia, Ipameri, Iporá, Morrinhos, Posse, Rio Verde, Trindade e Urutaí. Pelo interior, o projeto conta com parceria do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), que organizará os espetáculos em suas unidades. A direção musical é de Luiz Chaffin.

As artistas serão acompanhadas por uma banda formada pelos músicos Sérgio Pato na percussão, Marcelo Maia no Baixo, Front Júnior no violão e guitarra e Luiz Chaffin, que além de dirigir também se apresenta no violão e guitarra. O repertório do espetáculo percorrerá grandes clássicos da música popular brasileira, assim como canções autorais. O projeto conta com apoio do Programa Goyazes, viabilizado pela Secretaria de Estado da Cultura - Governo de Goiás. Todas as apresentações serão gratuitas.

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<h2>FLIG </h2>

A Feira Literária de Goiás (Flig) será realizada nos dias 1º, 2 e 3 de outubro no Centro Cultural Martim Cererê. Com uma programação pensada para atender a todos os públicos, o evento trará desde atividades culturais, até rodas de conversa, teatro interativo, poesia encenada, shows de artistas locais, performances de dança, coral, entre outras. Haverá ainda espaços dedicados às crianças, com contação de histórias e atividades lúdicas que estimulam o gosto pela leitura desde a infância. Com uma programação gratuita, a feira é organizada pelas principais Instituições Públicas de Ensino Superior de Goiás (IPES-GO).

Cláudia Vieira e Maria Eugênia iniciam temporada de shows por 12 cidades de Goiás

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Vozes goianas

“O legado é feito de coragem. Os obstáculos sempre aparecerão, por isso, faça valer a pena: siga o que ama e acredita, sendo fiel e verdadeiro consigo mesmo”, reflete a cantora Maria Eugênia, que estreia nesta sexta-feira (23), sua turnê internacional na Europa, comemorando 30 anos de carreira. Ela se apresenta na Casa da América Latina, em Lisboa, dando início ao espetáculo Canta Brasil – 30 Anos na Europa. Serão seis shows entre Portugal e Espanha, levando ao público europeu os ritmos, as melodias e a poesia do Cerrado.

Maria Eugênia começou a celebrar essa trajetória ainda em 2022, com uma série de shows em Goiânia já que o marco oficial de sua carreira é o lançamento do primeiro disco, em 1992. Desde então, as comemorações se espalharam por outros lugares como Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins, resgatando momentos importantes de sua história artística. A atual turnê internacional conta com recursos do Programa Nacional de Apoio à Cultura (PNAC) e apoio da Política Nacional Aldir Blanc, viabilizado pelo Governo do Estado de Goiás, por meio do edital Goiás Mundo Afora 2024 da Secretaria de Estado da Cultura.

Maria Eugênia destaca que os shows fora do País não celebram apenas sua trajetória pessoal, mas também a riqueza da música brasileira e sua capacidade de criar pontes culturais pelo mundo. “Ir justamente aos primeiros países que visitei é muito emocionante para mim. Portugal me recebeu diversas vezes, como na Expo Lisboa, em 1998, com o espetáculo Uma Viagem Através da Música do Brasil, e também em trabalhos com o quarteto Corda e Canto, justamente com os músicos que estarão comigo nesta turnê.”

Para a cantora, atuar em outros países amplia exponencialmente a visão sobre o que é a nossa música, o significado do seu trabalho nesse universo artístico e representa um exercício maravilhoso da profissão de artista. “Revisitar Portugal, país que mais frequentei, tem um sabor de colo de avó, emocionalmente, e não deixa de ser um novo desafio, especialmente após oito anos sem fazer shows internacionais”, conta. Ela estará acompanhada pelos músicos Luiz Chaffin (violão), Pedro Braga (violão) e Edilson Morais (percussão).

“Luiz e Pedro são músicos de grande talento, com uma integração única, apesar dos estilos distintos. Atuar com eles, somado ao apoio do Edilson, é um privilégio”, destaca. O repertório do espetáculo traz uma mistura de clássicos da MPB, fados e canções autorais que homenageiam Goiás. O diplomata e poeta Lauro Moreira também participa da turnê, nos shows em Portugal, interpretando poemas de autores brasileiros e portugueses. Reconhecido pela promoção da cultura lusófona, Lauro traz uma combinação de literatura e música ao show.

“Ele é fundamental nessa história toda. Foi ele quem me ajudou a ir à Expo Lisboa e, a partir de 1999, percorremos juntos 20 países com um espetáculo de grande sucesso e representatividade. Lauro é um artista e uma pessoa de cultura que enriquece qualquer espetáculo. Mesmo sendo musicista de formação, a palavra sempre foi minha guia. A poesia complementa perfeitamente as canções”, explica a cantora.

Além dos shows, a turnê inclui intercâmbios culturais, como na Espanha, onde haverá encontros com músicos locais dedicados à música brasileira. O espetáculo trará no repertório sambas como Brasil Pandeiro e Flor de Lis, o mineiro Chazinho com Biscoito, baiões como Qui Nem Jiló, de Luiz Gonzaga, e Se Correr o Bicho Pega, de Juraíldes da Cruz, além de clássicos como Geni e o Zepelim e Vira Virou, de Kleiton e Kledir.

 
Música pelo caminho

Maria Eugênia começou sua formação musical ainda criança, aprendendo piano aos quatro anos e conciliando aulas de canto erudito durante a adolescência. Formada pela Universidade Federal de Goiás, sua aproximação com a música popular brasileira aconteceu ao participar de um concurso na Praça Universitária. Em 1992, lançou seu primeiro disco, Maria Eugênia, produzido por Ricardo Leão e que recebeu o Prêmio Tiokô de Música da União Brasileira de Escritores, consolidando sua presença no cenário musical de Goiás com um repertório que valoriza as tradições regionais.

Ao longo de três décadas, Maria Eugênia desenvolveu um trabalho que mescla músicas regionais com clássicos da MPB, buscando contar histórias por meio de um repertório cuidadosamente selecionado. Nos shows, ela considera essa escolha uma das partes mais difíceis do processo, já que muitas composições importantes acabam ficando de fora. Para ela, a força das letras e a poesia são elementos essenciais que permeiam suas interpretações, reforçando seu compromisso artístico além da mera execução vocal.

Apesar de ter vivido por seis anos em Niterói (RJ), período em que ampliou sua experiência artística, Maria Eugênia optou por permanecer em Goiás, valorizando a cultura local e acreditando no potencial do mercado musical regional. Para ela, a convivência com a família e a qualidade de vida são fatores determinantes, assim como a missão de contribuir para a valorização da música goiana, em contraponto à ideia de que somente o que vem de fora é relevante.

 
Trilha de novela&nbsp;

Um marco importante na carreira de Maria Eugênia foi a música Companheiro, tema da novela Araguaia da TV Globo, em 2010, que ampliou sua visibilidade nacional. Maria Eugênia conta que busca nas letras bem construídas a força poética que atravessa sua música. Mais do que cantora, ela se define como uma “trabalhadora da arte”, expressão que sintetiza seu compromisso com a profissão e com a cultura. “Não faria sentido pra mim buscar fama pela fama. Tenho compromisso com meu crescimento como pessoa e como artista”, diz. A artista reconhece os desafios de viver da música no Brasil, mas segue firme. Ao longo de sua caminhada, contou com parcerias que considera fundamentais, como o músico Luiz Chaffin, seu companheiro de vida e palco, e nomes como Pedro Braga e Edilson Morais.&nbsp;

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Cantora goiana Maria Eugênia estreia turnê internacional em Lisboa

Pontes com o mundo 

A cantora Maria Eugênia (foto) e a contadora de histórias Creuza Arrais apresentam o espetáculo Prosas Musicais nesta sexta-feira (6), às 20 horas, no Teatro Sesc Centro. Com entrada gratuita, o show será de encerramento da turnê, que teve início em outubro com passagens por cidades como Itaguari, Brazabrantes, Inhumas e Trindade.

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No palco, Maria Eugênia e Creuza Arrais serão acompanhadas pelos músicos Luiz Chaffin, que assina também a direção e atua como violonista, e Front Jr., no violão. O projeto é realizado com recursos do Programa Goyazes do Governo do Estado de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura.

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O repertório do show entrelaça contos de Cora Coralina, Gilberto Mendonça Telles, Lygia Fagundes Telles, Mia Couto, Bariani Ortêncio, Manoel de Barros, Marina Colasanti, com melodias de cantores como Juraildes da Cruz, Fagner, entre outros. Rua 15, esq. com a Rua 19, Centro.

Maria Eugênia e Creuza Arrais se apresentam no Teatro Sesc Centro

Prosa musical

A cantora goiana Maria Eugênia foi vítima de um furto dentro da garagem de sua própria casa, no setor Santa Genoveva, em Goiânia, na última sexta-feira (28). Segundo a artista, o criminoso entrou de forma silenciosa na residência e levou o veículo, que pertence ao marido dela, Luiz Chaffin, enquanto eles dormiam. A Polícia Militar (PM) informou ter recuperado o carro no dia seguinte, sábado (29), em posse de um homem com sinais de embriaguez e que dirigia em alta velocidade.

Ao POPULAR, Maria Eugênia contou que o sumiço do carro só foi notado após ela acordar para levar a filha para a escola, por volta de 6h30 de sexta. Inicialmente, a artista chegou a pensar que o marido havia deixado o carro no lava a jato. Mas depois, descobriu que eles haviam sido vítimas de um furto.

A situação deixou a cantora e o marido intrigados, uma vez que, que segundo ela, nem a família e nem os dois cachorros que vivem na residência ouviram nenhum baruho suspeito durante a noite.

"A gente não sabe se foi um, ou vários [ladrões], mas são profissionais. Não fizeram nenhum barulho. Assustador", comentou Maria Eugênia, que deduz que o criminoso abriu o portão da propriedade manualmente para tirar o carro, que estava com a chave e controle dentro.

Leia também:

<a href="https://opopular.com.br/magazine/o-canto-de-maria-eugenia-1.84936" target="_blank">O canto de Maria Eugênia</a>

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A cantora, que revelou ter reforçado a segurança de sua casa após o ocorrido, contou ter registrado o caso na Delegacia de Roubos e Furtos e também acionado a PM, corporação a qual teceu elogios e que conseguiu recuperar o carro 24 horas após o furto. Conforme o subtenente Paulo Adriano, um homem foi abordado após ser flagrado o dirigindo em alta velocidade no sentido Vila Santa Helena, em Goiânia. Um cerco foi feito para deter o motorista, que acabou batendo contra o meio-fio.

Após consulta à placa, os policiais descobriram que o veículo que ele conduzia era, na verdade, justamente o que havia sido furtado da casa de Maria Eugênia.

No carro, ainda segundo o subtenente, a equipe encontrou duas latas de cerveja e verificou que o suspeito tinha “um forte odor” de álcool e “dirigia embriagado”. O militar destacou que ele havia sido preso anteriormente pelo crime de receptação e estava em liberdade condicional havia apenas dois dias.

Ele foi autuado pelos crimes de receptação e direção alcoolizada. Já o veículo foi recuperado para ser devolvido à cantora Maria Eugênia, que agradeceu a corporação.

Cantora Maria Eugênia tem carro furtado dentro de casa enquanto dormia com a família

"Assustador"

As raízes e a ancestralidade embutidas em versos e sons. As conexões criadas e que se mantêm intactas através do tempo. As relações que se fortalecem e que criam novos significados. É em ode ao amor que a cantora Cláudia Vieira apresenta o seu mais novo trabalho, Laços, um compilado de nove canções que celebram a vida e os encontros certeiros. O disco está disponível nas plataformas digitais.“Acredito que todo trabalho artístico seja resultado do momento que estamos vivendo. Do sentimento que, de forma quase que onipresente, toma conta de nossas vidas”, reflete Claudia, dona de uma elegante voz e que acompanha as transformações da música goiana há décadas. Além de beber de diferentes fontes sonoras, como Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia, a cantora cria uma identidade própria por meio de um timbre apolíneo e letras embutidas de sentimentos. Laços nasceu em 2020, no auge do isolamento social ante a pandemia do coronavírus. A impossibilidade do toque e do abraço, o momento político conturbado para a classe artística e o cancelamento de shows e eventos musicais foram alguns dos motivos para a criação do novo disco. Em linhas gerais, o trabalho resume, de forma pessoal, a trajetória da cantora ao longo dos últimos meses.“Falar de laços durante esta pandemia e neste atual momento político tornou-se primordial para mim. A gente cria laços que duram, que se fortalecem e laços que se desfazem”, explica Cláudia. Psicóloga, a cantora enxerga em Laços questões sobre a ambivalência do ser humano e o contraponto a sociedade contemporânea. “É preciso compreender que os laços existem, os laços que a gente estabelece enquanto seres sociais e a valorização e o respeito às diferenças e contra o preconceito”, diz.Para a elaboração do disco, a cantora contou com a participação de diversos músicos que a acompanham na carreira desde Sobretudo Encontros, disco de 2002. Há a presença, por exemplo, de nomes como Fred Valle e Front Jr, que produziram o disco, e de Florian Pelissier, Marcelo Mariano, Sérgio Pato, marido da cantora, e de Manassés Aragão, trompetista morto aos 40 anos em abril deste ano vítima da covid-19.“Manassés deixa para nós este legado, com a canção Sentimento, que abre o disco. O trabalho fala muito sobre essas relações humanas, de vida”, destaca a cantora. Em tom mais introspectivo, cada canção de Laços cria nuances diferenciadas sobre um mesmo tema. Com compositores de diferentes gerações, a exemplo de Bruna Mendez, Bebel Roriz, Débora di Sá, Chaul e Fernando Perillo, o trabalho exprime um encontro de artistas de distintas épocas em uma obra atemporal. “A arte pode levar a uma reflexão e é necessário experimentar as pluralidades e os caminhos da música”, sugere.Sintonia O disco foi gravado na sala do apartamento da cantora, no Setor Oeste, e contou com o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Com produção executiva de Gilberto Correia, o trabalho marca uma nova etapa na carreira de Cláudia Vieira. “É preciso entender que as leis de incentivo são fundamentais para a democratização do fazer arte e do acesso à cultura. Em tempos em que os artistas estão sendo tão atacados, é preciso mostrar que arte é uma questão política”, explica a artista.A última vez que Cláudia subiu aos palcos para uma apresentação foi semanas antes do início da pandemia no País. A saudade, para a cantora, é do contato com a plateia e da troca sincera com o público. “Ainda não sabemos quando retornarei com shows. Fizemos algumas lives, mas falta aquela relação amistosa com o público. Vamos aguardar um pouco mais para, quando a situação estiver melhor, fazermos um show lindo e seguro para todos”, adianta. &nbsp;Ela por ela Confira outros três discos de Cláudia Vieira disponíveis no streaming&nbsp;Sobretudo Encontros (2002)&nbsp; Disco de estreia de Cláudia Vieira, o trabalho concorreu ao Prêmio Caras de Música com a composição Triste Papel, de João Caetano. Com foco na música popular brasileira com toques de blues e jazz, o trabalho exprime a força e a necessidade dos encontros da vida. Destaque para as canções Lua e Sol, Último Sopro, Algum Dia e Tempero de Hortelã.&nbsp;Para Caliandras, Miosótis e Margaridas (2006)&nbsp; Em seu segundo disco, Cláudia Vieira apresenta 12 canções escritas por compositores como João Caetano, Nars Chaul, Dulce Abreu e Fernando Perillo. O trabalho também presta homenagem a Luiz Melodia. Como um recorte da música popular feita no País, o disco celebra as relações humanas, o papel da liberdade e o amor. Destaque para as canções Sumo de Espera, Química e O Não Esquecido.&nbsp;Entre Tantos Entretantos (2014)&nbsp; Após hiato de quase uma década, Claudia Vieira apresenta o disco Entre Tantos Entretantos, produzido por Henrique Reis e Fred Valle. Há participação, por exemplo, de compositores como Bruna Mendez e Orlando de Morais. Mais acústico e introspectivo, o trabalho flerta com a intimidade da artista em canções como Viver, Agora, Dentro e Noite Negra.&nbsp;