A mistura fina entre jazz, afrobeat, música eletrônica e funk brasileiro resume muito bem o álbum Contrastes, do Coletivo SuperJazz. O trabalho será lançado neste domingo (12), a partir das 16 horas, no Shiva Alt Bar. Já disponível nas plataformas digitais, o disco faz uma homenagem ao trompetista goiano Manassés Aragão, que morreu em 2021 vítima da covid-19 no dia do aniversário de seus 40 anos.

Com formato dinâmico, o Coletivo SuperJazz é fruto do trabalho de DJs, músicos, videomakers, radialistas e produtores que atuam há mais de 25 anos com o propósito de fortalecer e injetar novos ares na cena de jazz e da música instrumental brasileira. O projeto foi criado por Dudão Melo em 2004 e, desde então, promove apresentações, projetos sonoros e experiências musicais.

O show de apresentação do disco Contrastes conta com a presença dos músicos goianos Fred Valle, Front Jr., Stevão Silva, Moises Feitosa, Sérgio Pato, e projeções do artista visual Juliano Moraes. O trabalho foi gravado em Goiânia e Brasília, unindo músicos das duas cidades, e destaca nove faixas inéditas, entre elas a última gravação realizada por Manassés.

Além do show inédito, o coletivo ainda promove a apresentação do multi instrumentista goiano Vita, que está em turnê de lançamento do EP intitulado Você. Com influências do indie minimalista, o artista propõe um olhar no espelho e a necessidade de se enxergar no outro, em um trabalho recheado de camadas.

&nbsp;&nbsp;Serviço 

Evento: Coletivo SuperJazz

Data:&nbsp;neste domingo (12), &nbsp;a partir das 18 horas

Local:&nbsp;Shiva Alt Bar, Alameda das Rosas, nº 1371, Setor Oeste

Ingressos:&nbsp;R$ 10

Informações:&nbsp;@coletivosuperjazz

Coletivo SuperJazz apresenta novo álbum 'Contrastes' neste domingo (12), em Goiânia

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MÚSICA

A cantora goiana Claudia Vieira assume o palco do Teatro Sesc Centro, em Goiânia, para apresentar o espetáculo Divas do Jazz nesta sexta-feira (13), às 20 horas. A apresentação conta com participação da cantora Maria Eugênia. O show é um mergulho visceral na trajetória de lendas como Bessie Smith, Billie Holiday, Dinah Washington, Ella Fitzgerald e Nina Simone — artistas que romperam barreiras sociais, raciais e de gênero em ambientes muitas vezes hostis do início do século 20. A artista será acompanhada por banda formada pelos músicos Nonato Mendes, que assina a direção musical e toca baixo, Jader Gomes, na bateria, Willian Cândido, no teclado, Davi Barbosa, no saxofone, e Sérgio Pato, que além de comandar a percussão, responde pela produção executiva. Os ingressos variam de R$ 15 a R$ 40. Natural de Goiânia, Claudia construiu ao longo de quase três décadas uma sólida trajetória na música. Desde 1992, dedica-se ao jazz e ao blues, explorando também a MPB em interpretações que valorizam não apenas a voz, mas também o contexto e a atmosfera de cada canção. Sua discografia solo inclui álbuns como Sobretudo Encontros (2001), Para Caliandras, Miosótis e Margaridas (2006, com participação de Toninho Horta), e Entre Tantos Entretantos (2015). No currículo, também figura sua participação no disco The Chico Buarque Experience. Em 2013, ela foi eleita uma das 75 Mulheres de Referência em Goiás por sua força cultural.SERVIÇOShow: Divas do Jazz, com Claudia VieiraData: Sexta-feira (13), às 20hLocal: Teatro SESC Centro / Rua 15, CentroIngressos: R$ 15 a R$ 40Informações: www.sympla.com.br

Claudia Vieira apresenta projeto 'Divas do Jazz' no palco do Teatro Sesc Centro

Vozes do jazz

Goiânia recebe o Let’s GO – Instrumental Sessions, um encontro que celebra a versatilidade e a riqueza da música instrumental. No palco do Quinta Urbana, no Setor Marista, nesta sexta-feira (7), a partir das 19 horas, grandes nomes como Fabiano Borges, Júlio Lemos (foto) e DJ Múcio prometem uma experiência sonora única. Do jazz ao rock, passando pelo samba, pop e eletrônico, o evento mergulha em um universo sem fronteiras de estilo.

A abertura será com o DJ Múcio, que tem uma carreira de 20 anos, compartilhando palco com ícones como Seu Jorge, Zeca Baleiro, Daniela Mercury e Yamandu Costa. Ele também dividiu a cabine com DJs internacionais, como DJ Hadji e DJ Spin Easy. Sua música combina soul, funk, hip hop, samba, jazz e afrobeat, com técnicas de vinil.

Na sequência, será a vez do duo Fabiano Borges e Júlio Lemos. O repertório percorre os clássicos da música brasileira no violão com uma seleção de obras-primas de compositores como Ernesto Nazareth, Pixinguinha, João Pernambuco, Waldir Azevedo e Raphael Rabello. O mestre em música pela UnB e ex-dirigente da Associação Brasiliense de Violão, Fabiano Borges domina o violão de sete cordas. Com carreira internacional, ele se apresentou em mais de 15 países, recebendo condecorações como a Comenda Dom Pedro I e o prêmio do Instituto Cervantes.

Já Julio Lemos é um renomado violonista de 7 cordas, especialista em música instrumental brasileira, choro e samba. Influenciado por Villa-Lobos, Radamés Gnatalli, Baden Powell e Rafael Rabelo, seu virtuosismo une técnica clássica e ritmo brasileiro. Doutor em música pela UFRJ e San Francisco State University, o goiano é professor da UFG desde 2010. Ele já gravou com Hermeto Pascoal, Marcos Sacramento e outros grandes nomes, e realizou workshops na Europa e China.

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SERVIÇO

Evento: Let’s GO – Instrumental Sessions

Artistas:

DJ Múcio e o duo Fabiano Borges e Júlio Lemos

Data:

Sexta-feira (7), a partir das 19 horas

Local: 

Espaço Quinta Urbana / Rua 1.129, nº 46, Setor Marista

Ingressos: 

R$ 25

Informações: 

99147-0563

Goiânia recebe encontro de música instrumental

Estreia

<h2>ELEGIA CAFÉ</h2>

Um dos poucos espaços específicos para o instrumental em Goiânia, o Elegia promove shows de artistas e grupos autorais e tributos aos mestres do jazz. Aberto todos os dias da semana, exceto às quartas e quintas-feiras. Endereço: Rua 7, nº 188, Setor Oeste. Informações: @elegia.cafe.

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<h2>FREAK STUDIO</h2>

Misto de estúdio de gravação, bar e espaço para ensaios, o achadinho não mantém uma agenda aberta de dias específicos. Tudo depende da agenda semanal. Para saber se há shows, basta ficar de olho no perfil das redes sociais (@freak_studio). O estúdio está na Rua 144, nº 86, Setor Marista.

<h2>ZÉ LATINHAS</h2>

As noites de jazz do Zé Latinhas (@zelatinhas) já se tornaram uma tradição do Centro da capital. Agora às quartas, o bar promove shows com artistas goianos, sempre com a ideia da democratização cultural na região histórica da cidade. O Zé está na Rua 8, 485, Setor Central.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/cena-de-jazz-em-goias-ganha-forca-com-musicos-de-qualidade-1.3165081" target="_blank">Cena de jazz em Goiás ganha força com músicos de qualidade</a></div>

<h2>TREM AZUL</h2>

Carnes e hambúrgueres na parrilla, cerveja gelada e música de qualidade resumem o Trem Azul, que promove sempre às quintas-feiras de agosto uma noite dedicada ao jazz. Aberto de terça a domingo, das 17h às 1h. Rua F-65, QD 194, Setor Faiçalville. Informações: @tremazulbar.

<h2>CASA BARU</h2>

Não existe dia específico, mas a Casa Baru oferece noites de jazz em sua agenda mensal. A ideia é unir música e gastronomia, como o projeto Jazz and Pizza. É preciso ficar atento à programação nas redes sociais (@casabaru.go). Está localizada na Avenida República do Líbano, 2519, no Setor Oeste.

<h2>EVOÉ CAFÉ</h2>

Com shows realizados mensalmente, o espaço promove apresentações de artistas locais que transitam entre a música instrumental. Há ainda um cardápio variado com vinhos, cervejas, drinques e comidinhas. Aberto de quarta a domingo, das 15h às 23h. Informações: @@evoecafe.

<h2>MUZZA JAZZ CLUBE</h2>

Esse não é em Goiânia, mas é só pegar estrada e chegar em Pirenópolis para viver a experiência de jazz no meio do Cerrado. O Muzza Jazz (@muzzajazzclube) é o mais novo espaço para ouvir música instrumental na região da Serra dos Pireneus. Fica localizado na rodovia GO 225, km 2.

Confira lugares para ouvir um bom jazz em Goiânia

Roteiro

Uma coisa é unânime: há muitos bons músicos em Goiás que tocam de tudo sem medo de inovar. E quando se fala em jazz não tem outra, o improviso e o inesperado são duas palavras de ordem que comandam as frequências sonoras. A cena da música instrumental goiana ganha força com projetos, festivais, espaços e profissionais que se destacam pela alta excelência do som.

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“De 20 anos para cá tem muita gente tocando, bandas se formam e diversos espaços abrem suas programações para a música instrumental. Prova de que existe um público que deseja ouvir música de qualidade”, adianta o baterista Fred Valle, um dos nomes mais requintados da cena musical goiana. O profissional é um dos curadores da 2ª edição do Saga Jazz Festival, que toma conta neste sábado (17) do espaço cultural Santa Dica, em Pirenópolis.

Com um line up formado por nomes como Pablo Fagundes, Christylez Bacon, Félix Júnior, Filó Machado, Michael Pipoquinha e o Joabe Reis, a ideia do evento é promover uma ode ao jazz, gênero que atravessa gerações. O projeto é idealizado pela Criô Projeto e Ação e conta com apoio do Governo Federal por meio da Lei Rouanet, e da Prefeitura de Pirenópolis. “Houve uma atenção e cuidado em destacar artistas que fazem trabalhos autorais na cena nacional. Há um misto de músicos experientes junto a jovens que se despontam”, completa o curador.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/fabiola-morais-esta-com-a-exposic-o-vis-es-psicodelicas-do-cerrado-aberta-na-vila-cultural-cora-coralina-1.3165057" target="_blank">Fabíola Morais está com a exposição 'Visões Psicodélicas do Cerrado' aberta na Vila Cultural Cora Coralina</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/edic-o-do-pequenas-empresas-e-grandes-negocios-estreia-quadro-que-exalta-a-criatividade-dos-empreendedores-brasileiros-1.3165052" target="_blank">Edição do Pequenas Empresas e Grandes Negócios estreia quadro que exalta a criatividade dos empreendedores brasileiros</a> 
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Baterista e produtor musical, Fred se divide em diversos projetos e acompanha de perto as transformações da cena goiana. O profissional tomou gosto pela música instrumental ainda criança, quando passava horas e horas ouvindo em casa seus LPs de clássicos do jazz, como John Coltrane e Miles Davis, e, depois, na bateria do irmão mais velho. “É preciso entre os músicos goianos se aprofundar na criação, pensar conceitos e criar algo autoral”, sinaliza.

Não é a primeira vez que Pirenópolis recebe um projeto exclusivo de música instrumental. Por lá circulam diversos eventos que colaboram para a diversidade musical, caso do Wine Jazz Piri, que teve uma edição em junho, no Largo da Matriz. A proposta, segundo o seu idealizador, o produtor de eventos Ricardo Trick, é mostrar que existe em Goiás uma aglutinação musical e um público que deseja ouvir música instrumental, além de artistas que querem desbravar novas frequências.

“Em termos de música, há em Goiás excelentes profissionais que dão um baile em nível nacional. Também existem diversos lugares que começaram a enxergar a música instrumental e que agitam a agenda de Goiânia, caso do que ocorre no Centro”, destaca Trick, que também é um dos produtores do Goyaz Festival, projeto que teve sua última edição em 2022, no Centro Cultural Oscar Niemeyer. “Falta, na verdade, um apoio financeiro, para que esse tipo de música cresça ainda mais no estado”, diz. 
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O músico Fabiano Menezes destaca que existe um público ávido por jazz (Wesley Costa / O Popular)

<h2>Diversidade</h2>

A improvisação sempre esteve presente na vida do músico Fabiano Menezes, que toca guitarra e violão. “Eu sou músico há pelo menos 7 anos”, destaca o mineiro que mora em Goiânia há mais de 20 anos. Em 2019 o profissional criou o perfil nas redes sociais Jazz em Goiânia (@jazzemgoiania) para ajudar na divulgação dos eventos e projetos de música instrumental da cidade.

“É preciso acabar com a ideia de que jazz não dá público. Tem muita gente ávida por ouvir os artistas do gênero, o que se comprova cada vez mais na abertura das agendas dos espaços da capital”, comenta Fabiano. Mostrar que existe um público diferente e que é viável promover noites de jazz nas casas noturnas foram alguns dos alvos do artista na hora de divulgar as agendas dos lugares, seja em Goiânia ou no interior do Estado, caso de Pirenópolis e cidade de Goiás.

A comprovação do crescimento do gênero vem em espaços da capital que abrem para a cena instrumental. Um dos exemplos mais recentes é o Freak Estúdio, localizado no Setor Marista. Quem toma conta do local é o músico e produtor Lucas Ribeiro, que tratou de abrir um estúdio de ensaios e gravações para o público que deseja ver de perto as bandas e artistas da cidade. “É para movimentar e fazer girar toda a vasta gama de artistas que existem em Goiás”, reitera Lucas.

<h4>Serviço</h4>

2º Saga Jazz Festival 
Neste sábado (17), entre as 16h e 22h 
Endereço:&nbsp;Espaço Cultural Santa Dica (Rua da Aurora, 25), em Pirenópolis 
Ingressos:&nbsp;R$ 70 (meia social) 
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A artista goiana Adriana Losi já se apresentou em eventos como o Wine Jazz Piri e faz uma imersão ao jazz abrasileirado (Mayara Varalho)

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Harmonia encantada 
 
Os ícones femininos da música instrumental, como as matriarcas Léa Freire e Tânia Maria, são grandes inspirações para a flautista Adriana Losi. A artista goiana cursou bacharelado em Música na Universidade Federal de Goiás (UFG), tocou na Orquestra Jovem e na Orquestra Filarmônica e foi também professora da rede pública. Para a profissional, existe uma mulherada que está quebrando tudo sem receio de experimentar.

“Comecei na música de orquestra, depois no choro e fiz uma imersão ao jazz mais abrasileirado. O que eu percebo é que a música pode transformar vidas”, diz Adriana, que se apresentou em julho no Wine Jazz com um repertório misto, inclusive com versões instrumentais de ninguém menos que Dona Ivone Lara. “Buscar a representatividade nos eventos é de total importância para que novos públicos possam se reconhecer nos palcos. Tudo isso impacta no ambiente musical, que é hostil para as mulheres”, completa a artista.

Adriana faz shows em muitos espaços de Goiânia que tem ofertado noites específicas para o jazz. No caso do Elegia Café, localizado no Setor Oeste, a música instrumental é a grande protagonista da agenda. O idealizador do local, Roberto Villela Neto, mais conhecido como Beto, explica que a ideia inicial foi sempre destacar a arte, seja em exposições, cine clubes ou nos sons.

Há cinco anos que o point se tornou um dos endereços mais benquistos por músicos e, também, pelo público. “Realmente há muita gente talentosa de Goiás, mas também existe uma ponte de ação entre a galera de Brasília que sempre toca no café. Há um verdadeiro intercâmbio cultural”, pontua. 
 
Clube secreto de jazz 
​Pra entrar, câmera de celular não pode. O acesso é exclusivo para sócios e convidados. O serviço de concierge é parecido com o de hotéis, mas não há quartos. No Frédéric Jazz Club, mistério, descrição e qualidade são as três palavras de ordem em seus cômodos e espaços.

“Nossa ideia remonta os clubes londrinos dos anos 40, com uma estética meio Londres e Nova York. É privado, intimista. Existem critérios de seleção para participar”, explica o idealizador do local, o empresário e músico Daniel Passaglia. Toda semana há dias e noite de shows. Cada membro deve pagar uma anuidade para ter acesso ao serviço all inclusive. “Não posso divulgar a quantia, mas é um valor considerável”, completa.

O Frédéric Jazz, nome em homenagem ao pianista polonês, fica em uma dessas mansões gigantescas erguidas no final dos anos 70 na região do Marista. Há uma sala de charutos, um piano bar, jardim. A estrutura cabe entre 40 e 50 casais. “Também há cafés da manhã com música erudita e concertos clássicos aos domingos. Queremos agora criar um outro cômodo dedicado ao blues”, continua o mentor.

Agora o que você está pensando é: como é que faz para entrar no clube? Passaglia responde: “Existem pré-requisitos, pessoas com certo perfil. Um deles é a paixão pela música. São grandes artistas e empresários que têm essa sensibilidade com a arte. A experiência é completa como nos anos 1940, quando não existiam smartphones e todo mundo prestava atenção na música”, sugere.