28 de julho de 1996. Foi na calada da noite que duas esculturas de arte sacra foram furtadas da Igreja Matriz de São José, em Mossâmedes, a 150 km de Goiânia. Associadas aos ritos católicos da região desde o século 18, as imagens feitas em madeira com pintura policrômica jamais foram encontradas. Passados quase 30 anos, a Aldeia Associação tenta buscar pistas do paradeiro das relíquias em razão do êxito em ações similares deflagradas pelo Ministério Público de Minas Gerais e do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A comunidade junta informações que possam solucionar o crime e devolver as esculturas ao altar da igreja secular. “Na época, nos anos 1990, foi aberto inquérito policial. No entanto, não se chegou a nenhuma conclusão sobre a autoria”, explica o mossamedino Sebastião Filho, presidente da associação. O grupo foi criado como uma forma de preservar e assegurar o patrimônio de Mossâmedes, maior aldeamento criado pela Coroa Portuguesa na então Capitania de Goiás.