“Nem te respondi, me perdoe. É que teu pedido chegou em um período mezzo complicado para mim, que estava com um trabalho atrasado. Agora tudo bem, começo a responder, mas vou fazê-lo aos poucos para que fique bem.” Foi assim que Marina Colasanti, que morreu na última terça-feira (28), aos 87 anos, respondeu a um e-mail em janeiro de 2017, após pouco mais de um ano de conversas esporádicas trocadas sobre sua literatura e outros temas da arte. O contato se iniciou por ocasião de um artigo científico que estava produzindo à época do Mestrado em Estudos Literários na Universidade Federal de Goiás, analisando “Ana Z. Aonde Vai Você?”, uma Novela de Formação, como ela mesma classificou, que venceu o Prêmio Jabuti de 1994 (uma das nove estatuetas do prêmio conquistadas por ela), e que mostra, de maneira forte, porque Marina é um dos maiores nomes da literatura infantil e juvenil brasileira.