Gabriela Lima

Confira três receitas refrescantes para manter o estoque de vitamina C em alta e aproveitar outros benefícios da laranja. Bebidas foram indicadas pelas nutricionistas Renata Guirau, do OBA Ortifruti, e Marcela Teles, do perfil @marcelatelesnutri no Instagram.

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<a href="https://opopular.com.br/magazine/alergias-alimentares-podem-desenvolver-casos-emergenciais-1.3027994" target="_blank">Alergias alimentares podem desenvolver casos emergenciais</a></div>

1- Smoothie de laranja com gengibre

Ingredientes: 
1 xícara de suco de laranja congelado 
1 xícara de água de coco congelada 
1 colher de sopa de gengibre picado 
4 folhas de hortelã

Preparo: 
Bata tudo no liquidificador, até formar um creme homogêneo. Consuma em seguida.

 
2 - Suco de laranja, kiwi e espinafre 
 
Ingredientes: 
2 kiwis maduros 
2 laranjas descascadas 
1 xícara de chá de folhas de espinafre 
500ml de água filtrada 
Gelo a gosto

Modo de preparo: 
Bata tudo no liquidificador e beba em seguida, preferencialmente sem coar.

3 - Suco gaseificado de laranja com hortelã 
 
&nbsp;Ingredientes: 
- suco de laranja fresco 
- água com gás 
- folhas de hortelã&nbsp; 
- gelo a gosto

Preparo: 
Em um copo, misture partes iguais de suco de laranja fresco e água com gás. Adicione algumas folhas de hortelã e cubos de gelo. 
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<img attr-cid="policy:1.3056353" attr-version="policy:1.3056353:1691821200" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3056353/SMOOTHIE DE LARANJA COM GENGIBRE2.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Smoothie de laranja com gengibre (Divulgação/ OBA Hortifruti)

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Confira três receitas refrescantes com laranja para aliviar o tempo seco

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Bebidas

O gengibre é um ingrediente essencial no shot diário da cerimonialista Magda Cristina da Silva, de 56 anos, que o consome em forma de chá. Além da raiz, a mistura inclui cúrcuma, limão, pimenta-preta e mel diluídos em água quente. “Aprendi a receita em 2020 e notei uma melhora significativa na minha imunidade”, conta. Desde então, as crises frequentes de sinusite ficaram no passado, e ela acredita que o shot também contribuiu para a redução das dores articulares. O gosto por produtos naturais ela aprendeu com o pai, Claudio Coelho da Silva, o senhor Claudino, que esbanja vitalidade aos 86 anos.

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Versátil e poderoso, o gengibre é amplamente reconhecido por seus benefícios à saúde e seu uso em diversas tradições medicinais. Raiz originária do sudeste asiático, o alimento atravessa séculos de história pela sua presença marcante na culinária e, principalmente, por suas propriedades terapêuticas. Usado há milênios na medicina tradicional chinesa e indiana, o produto é reconhecido por suas múltiplas funções, desde o alívio de náuseas até o combate à inflamação. Com o crescente interesse por alimentos funcionais e naturais, o gengibre tem se consolidado como um dos principais protagonistas na busca por uma vida mais saudável.

A nutricionista Amanda Amaral afirma que ele é um importante aliado para a saúde. “O gengibre é conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Ele pode ajudar a melhorar a digestão, aliviar náuseas e até reduzir a dor muscular após exercícios intensos”, explica. Além disso, estudos sugerem que a raiz pode também auxiliar no controle dos níveis de açúcar no sangue e na redução do colesterol.

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O gengibre também é frequentemente utilizado para aliviar sintomas de resfriados e gripes, graças ao seu efeito termogênico, que ajuda a aumentar a temperatura corporal e promover o suor. “Isso faz, por exemplo, que ele contribua para a sensação de alívio em casos de gripes”, explica a nutricionista. Além disso, o gingerol, composto bioativo presente no gengibre, é responsável por suas propriedades antivirais e antibacterianas, fortalecendo o sistema imunológico.

O consumo de gengibre em infusões ou como parte de pratos típicos tem sido uma prática constante em países como a China e a Índia. No Brasil, a raiz tem se mostrado um ingrediente versátil na cozinha. Pode ser consumido fresco, seco, em pó, como chá ou até mesmo em cápsulas. Na culinária, ele é amplamente utilizado em pratos salgados, doces e bebidas, como o famoso chá de gengibre, que além de saboroso, é uma ótima opção para dias frios ou para auxiliar na digestão após refeições mais pesadas.

Recentemente, o gengibre também ganhou destaque no mundo dos sucos detox e smoothies, sendo combinado com frutas como abacaxi, maçã e limão para potencializar seus efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. Amanda Amaral destaca algumas combinações que reforçam ainda mais os efeitos do gengibre. “Combiná-lo com cúrcuma e pimenta preta intensifica seus efeitos anti-inflamatórios. Já a mistura com limão e mel aumenta a ação antioxidante e pode ajudar no alívio de sintomas de resfriados e tosse”, afirma.

Fresco ou na versão em pó&nbsp;

Na hora de escolher entre gengibre fresco e em pó, muitas pessoas se questionam sobre qual versão oferece mais benefícios à saúde. De acordo com a nutricionista Thamires Lima, do Oba Hortifruti, ambas as formas têm vantagens, mas suas diferenças podem influenciar a eficácia e o uso no dia a dia. O gengibre fresco, por exemplo, é mais rico em gingerol, um composto bioativo com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que ajudam no alívio de náuseas e na melhora da digestão. Já o gengibre em pó, obtido a partir da moagem da raiz fresca, tem um sabor mais intenso e é mais prático, além de ter um prazo de validade maior. No entanto, por ser mais concentrado, exige moderação no consumo.

Apesar de o gengibre fresco preservar melhor os compostos benéficos, a versão em pó não fica atrás em termos de eficácia. Thamires explica que, embora parte dos nutrientes seja perdida durante o processo de secagem e moagem, o gengibre em pó ainda mantém propriedades antioxidantes e pode ser uma opção conveniente para quem busca praticidade. A recomendação é consumir de 1 a 2 gramas de gengibre fresco ou 0,5 a 1 grama da versão em pó por dia, evitando exageros que podem causar desconfortos gastrointestinais, como azia ou diarreia.

 
Sinal amarelo

Embora o gengibre seja um aliado potente para a saúde, seu consumo deve ser moderado por algumas pessoas. Segundo a nutricionista Thamires Lima, crianças, indivíduos com problemas digestivos, como úlceras gástricas, e aqueles que usam anticoagulantes devem evitar ou limitar o consumo. A nutricionista Amanda Amaral alerta que o gengibre pode aumentar o risco de sangramentos em quem tem problemas de coagulação. Gestantes, embora possam usar para aliviar náuseas, devem consultar um médico antes de consumir em grandes quantidades. Pessoas com refluxo ou sensibilidade gástrica também devem ter cuidado, pois a raiz pode irritar o trato digestivo.

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Benefícios do gengibre

 
Alívio de náuseas e enjoos

O gengibre é eficaz no combate a náuseas, incluindo as causadas por enjoos matinais na gravidez, quimioterapia ou viagens.

 
Ação anti-inflamatória e analgésica

Seus compostos, como o gingerol, ajudam a reduzir inflamações e dores, especialmente em casos de osteoartrite e dores musculares.

 
Melhora da digestão

O gengibre estimula a produção de enzimas digestivas, auxiliando no alívio de gases, indigestão e dores de estômago.

 
Fortalecimento do sistema imunológico

Com propriedades antivirais e antibacterianas, o gengibre ajuda a combater gripes, resfriados e infecções.

 
Efeito termogênico

A raiz acelera o metabolismo, contribuindo para a queima de gordura e auxiliando no controle de peso.

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Gengibre: um aliado natural no controle do açúcar no sangue e do colesterol

Raiz de soluções

Pequenas bolinhas vermelhas ou com pus, podendo causar coceira e dor - a temida foliculite -, pelos encravados, irritação e vermelhidão são alguns dos problemas mais comuns que a depilação causa na pele. Foi para tentar fugir deles que a influenciadora digital Bia Alves, de 24 anos, deixou o medo de lado e partiu para o método a laser, realizado em sessões a cada 30 dias. Nos intervalos entre os procedimentos, ela opta pelo uso da lâmina por ser uma alternativa prática e indolor, além de contribuir para a continuidade do tratamento a laser.

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“Para evitar irritações na pele, tenho cuidados específicos, utilizando cremes calmantes após a depilação, especialmente aqueles com ingredientes como aloe vera e camomila, que ajudam na regeneração e hidratação”, explica. Segundo Bia, um dos problemas mais comuns da depilação com lâmina em sua pele é justamente a foliculite, que costuma ser evitada com esfoliação regular e hidratação adequada. Assim como a moça, tanto homens quanto mulheres devem adotar cuidados específicos antes e depois da depilação para manter a pele saudável, evitando desconfortos e possíveis inflamações.

Independente de qual seja o método de depilação - lâmina, cera ou laser -, todos eles vão exigir cuidados para evitar problemas. A médica dermatologista Isadora Rosan, do Hospital Israelita Albert Einstein Goiânia, explica que os principais danos causados pela depilação são realmente a foliculite, a irritação e o escurecimento da pele devido ao atrito constante. Métodos como lâmina, cera e creme depilatório podem desencadear ou agravar esses problemas, cada um com suas vantagens e desvantagens. “A lâmina é prática, barata e indolor, mas tem curta duração e pode escurecer a pele. A cera oferece um resultado mais duradouro, mas é dolorosa e pode causar foliculite. Já o creme depilatório não causa dor e é de fácil aplicação, mas também tem efeito passageiro”, diferencia.

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Para minimizar os efeitos adversos, a médica recomenda uma rotina de cuidados que inclua a higienização adequada da pele antes da depilação, preferencialmente com sabonetes esfoliantes. Embora os cuidados ajudem a reduzir o risco de foliculite e irritações, a única forma realmente eficaz de evitar pelos encravados é a depilação a laser. “Esse método impede a formação dos pelos, tornando-se a opção mais segura para quem busca uma solução definitiva. No entanto, é mais eficaz em pessoas com pele clara e pelos escuros, pois o laser age pela captação da melanina. Em peles muito morenas, há um risco maior de queimaduras, e em pelos muito claros ou brancos, a eficácia é reduzida”, destaca.

Além de ser o método mais duradouro, a depilação a laser também pode clarear manchas causadas por outros métodos depilatórios, já que elimina o atrito constante na pele. No entanto, deve ser realizada por profissionais habilitados para evitar riscos, como queimaduras. “A reclamação mais comum das pacientes devido à depilação são os pelos encravados. Esse pelo encravado provoca uma inflamação local, uma resposta inflamatória da pele, que provavelmente vai levar à formação de uma pústula, que é uma pequena lesão com pus, e depois ainda leva a uma mancha, que pode demorar até meses para sumir”, explica a dermatologista Paula Azevedo.

Para quem deseja uma pele lisa e saudável, a escolha do método de depilação deve levar em consideração não apenas a praticidade, mas também os impactos a longo prazo na pele. Além da hidratação e esfoliação regulares, é essencial, de acordo com a dermatologista, observar como a pele reage a cada técnica e, se necessário, buscar a orientação de um dermatologista para evitar complicações. O uso de produtos calmantes e a preferência por roupas leves após a depilação também podem contribuir para reduzir irritações.

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Aposta em novos produtos&nbsp;

Creme depilatório, creme deslizante para lâmina, sérum uniformizador, esfoliante e loção hidratante são alguns dos novos produtos voltados aos cuidados na hora de depilar que a indústria da beleza tem colocado no mercado. “Atualmente, as tendências no mercado de depilação estão focadas em oferecer produtos que aliam praticidade, eficácia e conforto, atendendo a uma demanda crescente por soluções mais suaves e eficientes”, explica Bruna Nunes, diretora da categoria Corpo &amp; Banho do Grupo Boticário. Recentemente a marca lançou uma linha de cuidados específicos com a pele antes e após a depilação.&nbsp;

"Os cuidados essenciais para ter antes e depois da depilação com navalha e com cera, basicamente, são manter a higienização da pele. Temos que estar com a pele limpa, de preferência usar até um antisséptico, que pode ser clorexidina, álcool, sabonete antibacteriano. E também, no caso da navalha, essas lâminas deveriam ser de uso único, então, usou uma vez, descarta", ensina a dermatologista Paula Azevedo. Já para a cera, é importante garantir que o produto não seja reaproveitado e escolher opções de qualidade, com ativos que não irritam a pele, além de se certificar de que está na temperatura adequada.

 
Dicas para depilação&nbsp;

Escolha o método adequado para sua pele 
A depilação a laser é considerada a mais eficaz para evitar problemas como foliculite e pelos encravados, especialmente para peles claras com pelos escuros. No entanto, é importante avaliar o tipo de pele e pelo. Para peles sensíveis ou com tendência à acne, o laser também é recomendado, sempre realizado por um profissional qualificado.

Higienização e cuidados antes e depois da depilação 
Antes de realizar qualquer tipo de depilação, a limpeza da pele é fundamental para evitar irritações e infecções. Usar um sabonete antisséptico ou uma loção calmante após o procedimento, com ingredientes como aloe vera ou camomila, ajuda a regenerar a pele e prevenir ressecamentos e inflamações.

Evite o uso repetido de lâminas e ceras 
O uso de lâminas e ceras pode ser prático, mas o reaproveitamento desses materiais pode ser perigoso, pois eles abrigam bactérias. Lâminas devem ser de uso único, e ceras devem ser descartadas após uma aplicação para evitar o risco de infecções. Certifique-se de usar ceras e lâminas de boa qualidade e na temperatura adequada.

Esfolie a pele regularmente 
A esfoliação ajuda a prevenir pelos encravados, que são comuns após a depilação. Ao remover as células mortas da pele, você facilita o crescimento saudável dos pelos. Realizar a esfoliação algumas vezes por semana mantém a pele suave e menos propensa a inflamações.

Considere alternativas para maior conforto e durabilidade 
Se a depilação com lâmina ou cera não estiver oferecendo os resultados desejados, ou se você está em busca de uma solução definitiva, a depilação a laser é a escolha mais eficaz. Além de eliminar os pelos de forma duradoura, ela também reduz os riscos de irritações e manchas, proporcionando resultados mais seguros e satisfatórios.

Fontes: Dermatologistas &nbsp;Isadora Rosan e Paula Azevedo

Depilação: que cuidados tomar para evitar irritações e manchas na pele?

Para não errar

Uma dos principais cautelas para evitar a infestação pelo greening é tomar cuidado com material genético vindo de outros lugares, principalmente mudas, e manter monitoramento constante do inseto e pulverizar com certa regularidade. O segundo ponto, segundo o engenheiro agrônomo e consultor Leandro Fukuda, seria a vistoria de pomares a cada três meses, pelo menos. Além disso, é preciso erradicar as plantas sintomáticas imediatamente.&nbsp;

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Ele lembra que o setor público também deve criar regras rígidas para o cuidados com os pomares, mas isso pode ser feito enquanto ainda houver poucas plantas doentes no campo. “Depois, não há mais como fazer isto. O combate da doenças é um tripé, que começa com mudas sadias, controle do vetor e erradicação de plantas contaminadas. Se não tivermos plantas doentes no campo, teremos o psilídeo mas sem transmitir a doença”, alerta o agrônomo.

A Agrodefesa realizou um monitoramento em 64 propriedades, de 51 municípios, e 10 viveiros de mudas, localizados na capital e entorno em 2024. A medida buscou atualizar o status fitossanitário das pragas no estado. A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, reconhece que a doença é preocupante, mas garante que a agência está em constante alerta e monitorando as áreas.&nbsp;

O primeiro foco, numa propriedade comercial de Quirinópolis, já foi erradicado. Em Campo Limpo, três propriedades tiveram 500 plantas erradicadas. Daniela afirma que o inseto infectado pela bactéria transmite a doença para a planta, que chega em mudas de viveiros não registrados e não inspecionados. “Por isso, o maior risco é a compra de mudas clandestinas, vendidas em caminhões, que podem estar contaminadas. Foi o caso da transmissão em Campo Limpo”, adverte.&nbsp;

Como a praga já causou destruição em outros estados, Goiás se tornou local promissor para a produção e a gerente da Agrodefesa garante que o serviço de defesa sanitária está atuante. Mas se sociedade não colaborar, a praga se alastra e a única forma é erradicação é eliminando o pomar. “Nos municípios e Campo Limpo e Anápolis, são pequenos produtores que têm dificuldade de aceitar a erradicação, por conta do prejuízo. Outra propriedade, em Anápolis, com 100 plantas, está em fase de erradicação das plantas”, conta.&nbsp;

Erradicações

Cerca de 1,8 mil plantas já foram erradicadas no estado. Por isso, ela diz que é preciso alertar a sociedade a não adquirir mudas que não sejam de viveiros registrados para evitar a proliferação. O trabalho, agora, é visitar as propriedades e, onde a praga for constatada, determinar a destruição. “Os produtores precisam se unir para adoção das medidas e ajudar a alertar a sociedade”, diz Daniela Rézio.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que Goiás está em processo de criação de um fundo emergencial e indenizatório, que atenderá os produtores afetados. Segundo ele, em breve, a nova lei, que já tem o aval do governador Ronaldo Caiado, irá para a Assembleia Legislativa. “Estamos reforçando nossa estrutura de pessoal, técnica e de equipamentos, como armadilhas para capturar o psilídeo”, informa. O fundo indenizatório será voltado para a defesa de toda agropecuária goiana. Os recursos virão da própria arrecadação da Agrodefesa. Já existe um cronograma de ações e a estimativa é que o fundo seja realidade ainda neste primeiro semestre.&nbsp;

A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), no Mato Grosso do Sul, também já alertou os produtores rurais e a população geral sobre o perigo da compra de mudas irregulares, que podem trazer graves problemas aos pomares do estado, em função da HLB. A recomendação foi para que sejam feitas as aquisições de mudas de qualidade e combatida a comercialização irregular, como a feita por ambulantes.

“A Iagro emite alerta fitossanitário sobre o risco de comprar e plantar mudas sem origem. Elas não têm garantia de identidade e nem de qualidade para utilização em pomares domésticos ou comerciais e representam um perigo”, alertou Glaucy Ortiz, gerente de inspeção e defesa sanitária vegetal da Iagro.

Em Goiás, 1,8 mil plantas foram erradicadas até agora

Economia

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Matéria - Economia

Citricultura

Produção cítrica em Goiás

Produtores goianos de laranja e tangerina estão preocupados com os prejuízos econômicos causados por uma praga a muitos pomares no Brasil. A doença Huanglongbing (HLB), conhecida como greening, que hoje é a principal ameaça à citricultura mundial, causou a erradicação de milhares de plantas pelo País e registrou os primeiros casos em Goiás, num momento de mercado aquecido e bons preços do produto. Só em território goiano, 1,8 mil plantas já foram erradicadas para evitar a proliferação.

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Os pomares de laranja e tangerina afetados estavam em Quirinópolis, Campo Limpo de Goiás e Anápolis. “Os sintomas são folhas amarelas entremeado com o verde, nervuras mais grossas, manchas assimétricas, que não correspondem ao outro lado de mancha igual. Os frutos, quando cortados longitudinalmente, tem seu eixo central deslocado e podemos ver sementes abortadas”, diz o engenheiro agrônomo e consultor em citricultura da Farm Atac, Leandro Fukuda.

No Brasil, o greening chegou entre 2004 e 2005 na região de Araraquara (SP) e provocou um dano muito grande aos pomares locais. Segundo Fukuda, ao longo dos anos ela foi se espalhando por todo estado de São Paulo. “Hoje, temos mais de 50% de plantas contaminadas, que perdem de 60% a 70% da sua produção em sua fase final”, destaca. Ele explica que o problema de ter muitas plantas contaminadas no campo é que fica impossível formar novos pomares, resultando em perda da capacidade de produção.

“Já chegamos a produzir 400 milhões de caixas de 40,8 quilo de laranja em São Paulo, mas a safra que está terminando deve ficar entre 220 a 230 milhões de caixas”, ressalta o consultor. Além da perda de produtividade, a doença faz com que os produtores percam muitos pomares recém implantados. “Ainda podemos dizer que é uma doença que provoca uma perda de patrimônio, se levarmos em conta o valor de uma planta adulta e o seu lucro cessante”, afirma.

Para Fukuda, os pomares goianos estão em situação confortável no momento, por não terem o greening em volume. Mas ele acredita que é preciso ficar alerta, pois somente no início é possível criar mecanismos para controle. “A erradicação de plantas doentes é a chave junto com controle do vetor com pulverizações. Se isto não for feito agora, com certeza o caminho será o mesmo de São Paulo”, alerta.

O presidente da Associação Goiana dos Citricultores (Agocitros), Almir Cavalcante Bastos, que tem 60 mil plantas em Palmeiras de Goiás, sendo 51 mil em produção, estima que o investimento para formar um hectare seja de cerca de R$ 45 mil para implantação.&nbsp;

Segundo ele, uma planta de 12 anos já teria um custo de R$ 450 e um único produtor goiano precisou erradicar 1.200 plantas. Mas ele também concorda que o maior prejuízo é o lucro cessante. “Cada planta produz cerca de 5 caixas de tangerina ponkan de 25 quilos por ano e poderia dar um lucro bruto de R$ 200. O prejuízo se torna gigante”, avalia.

<div attr-cid="policy:1.3226772" attr-version="policy:1.3226772:1738546153" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3226772" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3226772', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3226772">Produção cítrica em Goiás (1.3226772)</a></div>

Na Flórida (EUA), um dos maiores produtores mundiais, a produção despencou de 350 milhões de caixas para entre 12 a 15 milhões por causa da doença. A queda na produção de São Paulo deve prejudicar o abastecimento das indústrias brasileiras, que já buscam novas fronteiras para implantação de laranjais, inclusive no Sudoeste Goiano, o que trouxe oportunidades para o estado com a expansão do plantio. A expectativa é que a área cultivada em Goiás passe de 12 mil para 18 mil hectares até meados deste ano.

A boa rentabilidade atual da cultura também tem incentivado a expansão dos pomares no estado. O preço de mercado da caixa com 40,8 quilos chegou aos R$ 140, efeito da produção menor no Sudeste por conta da doença e da seca em Goiás. Hoje, está em cerca de R$ 110.&nbsp;A comercialização de 41,6 mil toneladas de laranjas movimentou R$ 91,1 milhões na Ceasa em 2023, mas os produtores não têm seguro. “As seguradoras não pegam. É cultura de risco e vulnerável a problemas climáticos”, destaca o presidente da Agocitros.

Para ele, que produz 3,1 mil toneladas ou 76,5 mil caixas anuais, São Paulo perdeu o time, pois muitos produtores não faziam o controle necessário. Alguns até intensificavam pulverizações para matar o vetor, mas outros não. “Nossa maior preocupação hoje é não deixar o que aconteceu em São Paulo, Minas Gerais e até na Flórida chegar até aqui e termos prejuízos semelhantes”, afirma. Hoje, Goiás tem 129 produtores, sendo 86 médios e grandes, com mais de 25 mil plantas cada.

Para o produtor de laranjas há 30 anos, com quatro propriedades e 150 mil pés em produção nos municípios de Itaberaí e Mossâmedes, Fábio Soares, é preciso ficar em alerta para o problema sanitário no Estado. “A preocupação é grande, mas temos que agir a partir das experiências de São Paulo e do Paraná, estados que perderam o controle absoluto da situação. Mas com grandes estudos a nos oferecer para que possamos continuar a produzir”, adverte.

Soares lembra que todo investimento para iniciar a produção a partir do quarto ano tem custos elevadíssimos de implantação dos pomares. Por isso, diz ser urgente a criação de um fundo privado, dentro de uma lei estadual específica sobre o tema, para auxiliar na execução de tarefas, ao lado da Agrodefesa, garantindo eficiência e agilidade na erradicação dos focos.&nbsp;

Outro ponto importante, segundo ele, é a exigência de responsável técnico (RT) em todos novos projetos, mesmo que sejam de pequenos produtores ou chacareiros para garantir melhor controle com assistência técnica. “Reconhecemos o importante trabalho feito pela Agrodefesa, através de sua Gerência Vegetal, mas também precisamos alertar os produtores que o trabalho técnico tem que ter o apoio deles, junto com estratégias para enfrentar o problema”, diz o citricultor.&nbsp;

Ele lembra que, em oito anos, metade dos pomares de São Paulo foram contaminados e perderam o controle da praga, o que não será diferente em Goiás se as ações necessárias não forem tomadas com rapidez. Isso se torna mais importante num cenário de oportunidades para Goiás. Leandro Fukuda confirma que grandes indústrias de suco estão procurando áreas de escape para implantação de novos pomares, de preferência sem pressão da doença, por conta da inviabilização de plantios em São Paulo.