Controlar os níveis de colesterol sempre foi uma preocupação para Danilo Justino de Faria, 39 anos, gerente de mineração. Após o nascimento da filha, ele percebeu que o excesso de peso dificultava até pequenas atividades do dia a dia com ela. A cirurgia bariátrica foi a solução que trouxe, além da redução do peso corporal, melhora de todos os índices glicêmicos, colesterol e outros fatores associados à obesidade e ao sedentarismo. Uma nova relação com a alimentação e a prática de exercícios físicos passou a fazer parte da rotina de Danilo. “Como sempre foi um desafio manter o colesterol controlado, espero conseguir ficar dentro das novas metas. Talvez pequenos ajustes sejam necessários, mas nada que me assuste”, afirma. As novas metas foram divulgadas recentemente pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). A atualização da Diretriz de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, que substitui a versão de 2017, endurece os limites de LDL, o colesterol “ruim”, e incorpora novos marcadores, como colesterol não-HDL, apolipoproteína B e lipoproteína(a), um marcador genético que ajuda a identificar quem tem maior predisposição a problemas cardiovasculares. A principal mudança é a criação da categoria de risco extremo, voltada para pacientes que já tiveram múltiplos eventos cardiovasculares, cuja meta de LDL é inferior a 40 mg/dL.