Eles se desbravam em diferentes linguagens e pesquisas artísticas e pintam, desenham, constroem ou fotografam o que enxergam, seja a paisagem da cidade ou as relações sociais e de poder. O fato é que os artistas da nova geração de Goiás reiteram temas que ajudam a compreender para onde caminham as artes visuais e os locais de acesso dos seus trabalhos. Muitos deles participam da Fargo - Feira de Artes de Goiás, que começa nesta quarta-feira (15), no Centro Cultural Oscar Niemeyer. O evento serve como janela para se conhecer o trabalho de novos profissionais e expoentes da cena artística. O POPULAR indica cinco artistas que têm muito o que dizer. URUBU Urubu (Diomício Gomes / O Popular) “Me interesso pelo que está na margem, já que é de lá que me percebi como artista. Quero falar sobre dores ancestrais e ocupação de espaços que foram recusados a mim e a tantos outros”, adianta o artista Urubu, 25, que conquistou o prêmio estímulo da Fargo e já participou de exposições coletivas pela Faculdade de Artes Visuais (FAV), da UFG. Fotógrafo, o goiano quer imprimir suas imagens em papelão, “resquício de uma sociedade baseada no consumo”, como ele mesmo enfatiza. A série Banzo, que integra a feira, discute ocupações de espaços, performance e identidade do corpo preto. “O meu trabalho é a minha carta de alforria autoproclamada”, completa.