Um retorno simbólico para a casa de seus ancestrais. É assim que os escritores e as escritoras do coletivo literário Goiânia Clandestina resumem o intercâmbio que farão a partir do dia 15 de novembro para Moçambique, país localizado na costa oriental africana. Os artistas levam poesia goiana e literatura periférica para o País até o dia 5 de dezembro, com performances e atividades formativas. Fundado em 2016, o Goiânia Clandestina é formado por um conjunto de ações continuadas, especialmente na periferia de Goiânia e Aparecida. Além de lançar obras literárias, como antologias, também promove festivais de poesia, edição de revista cultural, encontros, oficinas e outros projetos de formação. O compromisso, segundo o poeta Mazinho Souza, é fortalecer a arte enquanto ferramenta de resistência. “Nossa proposta é juntar escritores, artistas e produtores atuais e independentes, publicar e divulgar seus trabalhos, difundir as ações em periferias e descentralizar o fazer artístico”, explica Mazinho, fundador do coletivo. O autor do livro Cobra Criada (2019) prepara as malas para conhecer Moçambique pela primeira vez. O goiano vai acompanhado dos amigos e parceiros Rafael Vaz, Flávia Carolina, Helena Di Lorenza, Thaise Monteiro e Baale.