Jessé

Jessé Aguiar Ribeiro, de 21 anos, nasceu em Goiânia, em fevereiro de 2002. O jovem, conhecido como Jessé Aguiar, ficou conhecido como compositor e cantor gospel. Desde a infância, Jessé cantava louvores e durante a adolescência surgiram oportunidades para se apresentar em grandes altares.&nbsp;&nbsp;

Hoje, com milhões de visualizações nas plataformas digitais e divorciado do gênero, o rapaz possui uma das músicas brasileiras mais gravadas da história e se lança no mercado pop.&nbsp;&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/album-postumo-de-cristiano-araujo-e-lancado-com-participac-o-do-pai-do-sertanejo-e-de-jorge-e-mateus-1.3055944" target="_blank">Álbum póstumo de Cristiano Araújo é lançado com participação do pai do sertanejo e de Jorge e Mateus</a> 
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&nbsp;</div>

Segundo um levantamento feito pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), o hit ‘Está Tudo Bem’ ocupa a 10° posição da lista, com 220 gravações. O feito impressiona, já que o artista divide espaço com nomes como Tom Jobim, Cartola, Luiz Gonzaga e Vinícius de Moraes, além do fato da canção do goiano ter sido lançada em janeiro de 2022, com bem menos tempo que os “concorrentes”.&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3055952" attr-version="policy:1.3055952:1691749767" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3055952" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3055952', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3055952">Jessé (1.3055952)</a></div>

Sexualidade&nbsp;&nbsp;

O cantor e compositor goianiense, que cresceu dentro de cultos evangélicos, se assumiu homossexual em junho de 2023 e gerou polêmica nas redes sociais e no meio cristão. Pouco tempo depois, o artista foi convidado a se apresentar em um templo de Goiânia. Durante a apresentação no último domingo (6), o jovem contou que estava com saudade de subir ao altar e cantar.&nbsp;&nbsp;

Contudo, a presença gerou repercussão. Comentários feitos na publicação do Instagram da igreja atacavam a sexualidade do jovem e a postura do templo. Enquanto isso, outros internautas acolhiam e abraçavam Jessé e também a congregação em questão.&nbsp; &nbsp;

Na <a href="https://www.instagram.com/p/Cvn7XpIOziz/" target="_blank">publicação</a>, feita no dia 7 de agosto, um comentário disse: “Jesus acolhe a todos em sua casa! Mas Altar é lugar santo! O rapaz assumiu um Namorado e agora está cantando no altar?! Agora entendo porque muita gente saiu dessa igreja”.&nbsp;&nbsp;

No mesmo post, outro fiel da igreja afirmou que: “Neste momento, quero ressaltar a beleza da graça que vocês têm demonstrado ao receber Jessé de braços abertos, independentemente das circunstâncias”.&nbsp;

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Rompimento com o gospel&nbsp;

Nas plataformas de streaming, dezenas de canções de Jessé ultrapassam a marca de 1 milhão de visualizações. Músicas interpretadas pelo jovem como “Existe Vida Aí” e “Deus Está Te Ensinando” alcançaram, respectivamente, a marca dos 55 e 28 milhões de visualizações.&nbsp;&nbsp;

Em fevereiro deste ano, o jovem anunciou o rompimento com o gênero gospel. Em julho, Jessé lançou sua primeira faixa fora do meio religioso. A canção romântica “Não Sou de Me Entregar”, feita com participação de Caike Souza, já acumula centenas de milhares de visualizações.

Conheça o goiano Jessé Aguiar, fenômeno gospel e gay que tem uma das músicas mais gravadas da história do Brasil

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FENÔMENO

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Casa depois que o fogo foi apagado (Reprodução / TV Anhanguera)

Um homem, de 31 anos, foi preso suspeito de colocar fogo na casa da companheira. O caso aconteceu na segunda-feira (28), em Mineiros, no sudoeste de Goiás. O Corpo de Bombeiros esteve no local para auxiliar a apagar o fogo. Segundo a Polícia Militar (PM), ele havia ameaçado a mulher de morte repetidas vezes durante o dia.

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O suspeito deve responder pelo crime de incêndio em residência, dano qualificado e ameaça, informou a polícia. Como o nome do homem não foi divulgado, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa dele até a última atualização desta matéria.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/segundo-suspeito-de-matar-jovem-queimar-corpo-em-cisterna-e-filmar-crime-e-preso-1.3192113">Segundo suspeito de matar jovem, queimar corpo em cisterna e filmar crime é preso</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-indiciado-por-incendio-em-apartamento-n-o-era-especializado-em-impermeabilizac-o-e-foi-negligente-diz-delegado-1.3192115">Homem indiciado por incêndio em apartamento não era especializado em impermeabilização e foi negligente, diz delegado</a></div>

Segundo a PM, o homem fugiu do local mas foi localizado e preso. Com ele, ainda foram encontrados dois isqueiros. Os bombeiros não souberam informar se os isqueiros foram usados para iniciar o fogo, e nem em qual objeto ou cômodo o incêndio começou. O suspeito&nbsp; foi encaminhado para a delegacia para as diligências.&nbsp;

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Bombeiros durante operação (Reprodução / TV Anhanguera)

A Polícia Civil (PC) investiga o caso. O POPULAR questionou a PC sobre a motivação do crime, o que foi utilizado para começar o fogo e ainda sobre o grau da relação entre o suspeito e a vítima (se eram casados ou namorados). No entanto, não houve resposta até a última atualização do texto.

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Bombeiros e Polícia Militar estiveram no local (Reprodução / TV Anhanguera)

&nbsp;

Homem é preso suspeito de colocar fogo na casa da companheira

Cidades

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MINEIROS

As mulheres são responsáveis por 50,05% dos lares em Goiânia, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação, 275.006 mulheres são responsáveis pelas casas na capital, contra 274.493 homens. Os dados são do Censo Demográfico 2022.

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Mesmo que mais mulheres sejam responsáveis pelos lares do que homens, em Goiânia, a cidade ainda tem o sexto menor percentual de mulheres como responsáveis dos lares, quando comparada com as outras capitais do país. Dentro do estado, Goiânia e São Luís de Montes Belos empatam com 50,05% de mulheres responsáveis. A diferença com o percentual de homens é a mais baixa dentre as cidades em que as mulheres predominam a função.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/goiania-tem-tendencia-de-queda-no-numero-de-nascimentos-1.3190463">Goiânia tem tendência de queda no número de nascimentos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goiania-tem-acervo-raro-de-arvores-centenarias-e-plantas-exoticas-1.3188702">Goiânia tem acervo raro de árvores centenárias e plantas exóticas</a></div>

<h2>Comparação com 2010</h2>

Em 2010, a título de comparação, o percentual de homens responsáveis pelo lar era de 63,3%, enquanto o de mulheres era de 36,7%.&nbsp; No censo de 2022, 63,7% dos responsáveis tinham acima de 40 anos de idade, enquanto em 2010, 58,1% dos responsáveis estavam nessa faixa etária.&nbsp;

Quando a cor ou raça, em 2022 a maioria dos responsáveis é pardo (53,3%), seguidos por brancos (35,3%), pretos (10,9%) e amarelos ou indígenas (0,5%). Em 2010, os pardos já predominavam com 48%, também com brancos em seguida, com 41,9%, e pretos que representavam 8,1%.

Em Goiás, de 2010 para 2022 houve aumento dos domicílios com responsável e cônjuge sem filhos, passando de 17,7% para 21,7%. Por outro lado, diminuiu o percentual de domicílios com responsável e cônjuge com filho somente do casal, caindo de 38,5% para 28,8%. Os domicílios com responsável e apenas cônjuge(s) de sexo diferente cairam de 65,1% para 58%, enquanto as casas com responsável e apenas cônjuge(s) do mesmo sexo subiram de 0,1% para 0,5%. Os domicílios sem cônjuge subiram de 34,8% para 41,5%.&nbsp;

<h2>Goiás</h2>

No estado havia 7 milhões de moradores em 2022, sendo que 2,6 milhões eram pessoas responsáveis pelo domicílio. Destes, 1,4 milhão eram homens e 1,2 milhão mulheres, o que representa 53,3% e 46,7%, respectivamente. Em Goiás, incluindo Goiânia, 38 cidades têm mais mulheres como responsáveis. Confira abaixo:

<ul>
	<li>Nova Aurora (61,2%)</li>
	<li>Cachoeira de Goiás (61,0%)</li>
	<li>Campo Limpo de Goiás (55,9%)</li>
	<li>Cumari (55,7%)</li>
	<li>Divinópolis de Goiás (55,1%)</li>
	<li>Campos Belos (54,8%)</li>
	<li>Aragoiânia (54,4%)</li>
	<li>Santa Rita do Araguaia (54,3%)</li>
	<li>Teresina de Goiás (54,1%)</li>
	<li>Taquaral de Goiás (54,1%)</li>
	<li>Jesúpolis (54,0%)</li>
	<li>Damianópolis (53,6%)</li>
	<li>Cidade Ocidental (53,4%)</li>
	<li>Mutunópolis (53,4%)</li>
	<li>Abadia de Goiás (53,1%)</li>
	<li>Vila Boa (53,0%)</li>
	<li>Alvorada do Norte (52,9%)</li>
	<li>Pontalina (52,5%)</li>
	<li>Iporá (52,2%)</li>
	<li>São João d'Aliança (52,2%)</li>
	<li>Santo Antônio da Barra (52,1%)</li>
	<li>São Simão (52,0%)</li>
	<li>Iaciara (51,6%)</li>
	<li>Inhumas (51,6%)</li>
	<li>Campos Verdes (51,3%)</li>
	<li>Planaltina (51,1%)</li>
	<li>Brazabrantes (51,1%)</li>
	<li>Monte Alegre de Goiás (50,8%)</li>
	<li>Aparecida do Rio Doce (50,7%)</li>
	<li>Turvelândia (50,7%)</li>
	<li>Mambaí (50,6%)</li>
	<li>Valparaíso de Goiás (50,4%)</li>
	<li>Aurilândia (50,3%)</li>
	<li>Morro Agudo de Goiás (50,3%)</li>
	<li>Israelândia (50,1%)</li>
	<li>Cachoeira Dourada (50,1%)</li>
	<li>São Luís de Montes Belos (50,05%)</li>
	<li>Goiânia (50,05%)</li>
</ul>

<h2>Configuração das casas</h2>

Sobre a quantidade de moradores em cada casa, em 2022, 29,5% dos lares goianos tinham duas pessoas, 23,6% tinham três pessoas e 19,7% tinham só uma pessoa. Isso significa que 49,25% dos domicílios em Goiás possuem dois ou menos moradores. Entenda a configuração das casas no estado:

<ul>
	<li>64,29% nucleares: aquelas que possuem somente um casal, ou somente um casal com filho(s), ou somente uma pessoa com filho(s), sem a presença de nenhum outro membro;&nbsp;</li>
	<li>19,75% unipessoais: apenas um morador;</li>
	<li>14,40% estendidas: aquelas onde existe a presença de algum outro parente (ex: neto(a), avô ou avó, genro ou nora);&nbsp;</li>
	<li>1,56% compostas: aquelas onde existe a presença de algum não parente (ex: agregado, convivente, pensionista).</li>
</ul>

Mulheres são responsáveis por 50,05% dos lares em Goiânia, diz IBGE

CENSO DEMOGRÁFICO

Após ser repaginado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em julho do ano passado, o programa Minha Casa, Minha Vida elevou em 65,9% os lançamentos de residências no Brasil no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2023.

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No mesmo período, os lançamentos totais do mercado imobiliário cresceram apenas 5,7%, segundo dados de empreendimentos verticais levantados pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) em parceria com o Sesi e o Senai. Com isso, o programa social aumentou em 70% sua participação nos lançamentos do mercado imobiliário em um ano.

No segundo trimestre deste ano, as unidades lançadas pelo Minha Casa, Minha Vida corresponderam a 53% do total do mercado imobiliário, ultrapassando pela primeira vez, desde que o programa social foi relançado, o montante do restante do mercado, que lançou 47% no período. No segundo trimestre de 2023, a proporção era de 31% e 69%, respectivamente.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/governo-lula-restringe-compra-de-imoveis-usados-no-minha-casa-minha-vida-e-exige-entrada-maior-1.3161988">Governo Lula restringe compra de imóveis usados no Minha Casa, Minha Vida e exige entrada maior</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/emendas-liberam-predios-em-areas-antes-proibidas-em-goiania-1.3151372">Emendas liberam prédios em áreas antes proibidas em Goiânia</a></div>

No total, foram 83.930 unidades lançadas no período, sendo 44.764 unidades do Minha Casa, Minha Vida.

O quadro regional, porém, mostra que o Minha Casa, Minha Vida segue a mesma lógica do restante do mercado e prioriza a região Sudeste, contribuindo pouco ainda para diminuir o déficit habitacional em regiões onde, proporcionalmente, este é maior.

No segundo trimestre de 2024, o programa social lançou 27.703 unidades no Sudeste, 6.369 no Nordeste, 5.988 no Sul, 2.776 no Norte e 1.928 no Centro-Oeste. Ou seja, 61,8% dos lançamentos do programa foram no Sudeste, 14,2% no Nordeste, 13,4% no Sul, 6,2% no Norte e 4,3% no Centro-Oeste.

O Sudeste corresponde ao maior déficit habitacional do Brasil em termos absolutos. Mas, proporcionalmente ao número de habitantes, a região está com déficit menor do que a média nacional, que é de 8,3%, segundo levantamento da Fundação João Pinheiro (FJP), em parceria com o Ministério das Cidades.

Já o Norte, penúltimo na ordem de prioridade do governo com os lançamentos do programa social, tem três estados no top do ranking de unidades da federação com maior proporção de déficit habitacional. São eles: Amapá, com 18% de déficit, Roraima, com 17,2%, e Amazonas, 14,5%.

Vale ressaltar que a maior parte do déficit habitacional no Norte (42,8%) e no Nordeste (39,9%) é em decorrência de habitações precárias, como domicílios improvisados. Já no Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o predomínio do déficit é de ônus excessivo com aluguel urbano, ou seja, de famílias com renda domiciliar de até três salários-mínimos que gastam mais de 30% de sua renda com aluguel.

Ou seja, até mesmo em termos qualitativos o déficit no Norte e Nordeste é maior.

Apesar dos dados, Celso Petrucci, conselheiro da CBIC, chama atenção para a comparação dos lançamentos por região do Minha Casa, Minha Vida em relação ao restante do setor. No Norte, 86% dos imóveis lançados no segundo trimestre deste ano foram pelo programa social, enquanto o restante do mercado lançou os outros parcos 14% na região.

Mas no Sudeste, local com menor déficit habitacional proporcional, o Minha Casa, Minha Vida foi responsável por 60% dos novos empreendimentos, enquanto o restante do mercado, por 40%. No Nordeste, a proporção é 53% (outros padrões) e 47% (programa social), no Centro-Oeste é 61% (outros padrões) e 39% (programa social) e no Sul, também 61% (outros padrões) e 39% (programa social), respectivamente.

Com base na evolução dos números do programa, Petrucci acredita que, a partir do próximo trimestre, deverá haver uma participação maior do Minha Casa, Minha Vida nos lançamentos dessas últimas três regiões.

"Tenho a impressão de que, quando fizermos a coletiva do terceiro trimestre [de 2024], já vai crescer a participação [do Minha Casa, Minha Vida] também na região Nordeste, Centro-Oeste e Sul", disse durante a entrevista coletiva online de apresentação dos números nesta segunda-feira (19).

A pesquisa destaca que o incremento de orçamento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de R$ 23 bilhões neste ano estimula o desenvolvimento de empreendimentos enquadrados no programa social no futuro.

VENDAS SOBEM MENOS QUE LANÇAMENTOS

As vendas de imóveis estão aquecidas no mercado imobiliário do Brasil como um todo e subiram 15,2% do primeiro semestre de 2023 para o mesmo período deste ano. Somente no Minha Casa, Minha Vida, essa elevação foi de 37,4% nesse espaço de tempo.

Como o crescimento da venda total de imóveis no setor imobiliário brasileiro foi maior que o dos lançamentos (5,7%), a oferta final de empreendimentos reduziu em todos as regiões do país no primeiro semestre, para 274.303 unidades, ante 309.789 há um ano.

No Minha Casa, Minha Vida, por sua vez, a alta nas vendas foi menor que nos lançamentos, por isso a oferta final de novos empreendimentos no programa cresceu 5,6% no período.

Apesar da importante participação do Minha Casa, Minha Vida no total dos novos empreendimentos lançados, nas vendas, essa participação ainda é tímida. No segundo trimestre, 69% dos empreendimentos verticais vendidos não são do Minha Casa, Minha Vida, que representou, nesse quesito, apenas 31%.

Um novo decreto do Ministério das Cidades, porém, deve impulsionar as vendas de novos empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida ao limitar a compra de imóveis usados, reduzindo o valor de venda máxima desse produto na faixa 3 (renda bruta entre R$ 4.400 e R$ 8 mil) de R$ 350 mil para R$ 270 mil.

O governo Lula já havia sinalizado a intenção de adotar a medida com o objetivo de permitir que o orçamento do FGTS seja direcionado principalmente para a aquisição de imóveis na planta, em construção ou recém-construídos, que têm maior geração de empregos.

Elson Póvoa, representante da CNI (Confederação Nacional da Indústria) no conselho do FGTS, afirmou em julho que a média de 2014 até 2022 do percentual de aplicação do fundo nos imóveis usados ficou na faixa de 12%. Mas, em 2023, subiu para 29% e, em 2024, para 32%.

"Nós não podemos deixar o usado desenfreado e prejudicar o financiamento dos novos. Senão, nós vamos ter um problema muito sério agora no final do ano, que é exatamente o financiamento dos novos", disse, na época.

Novo Minha Casa, Minha Vida tem boom de lançamentos e ultrapassa restante do setor pela primeira vez

Economia

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Matéria - Economia

Uma casa construída no estilo modernista, no Setor Sul de Goiânia, foi demolida nesta última semana. O imóvel, localizado na esquina entre a Avenida Assis Chateaubriand e a Rua Dona Gercina Borges Teixeira, estava acautelado até dezembro de 2022, após ser incluído em um inventário da Prefeitura de Goiânia pela possibilidade de tombamento do bem diante do valor histórico. A Secretaria Municipal de Cultura (Secult) não divulga publicamente o parecer que aponta os motivos à exclusão da lista de bens tombáveis.

O inventário produzido entre 2015 e 2016 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Universidade Federal de Goiás (UFG), após solicitação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), listou as residências históricas construídas entre as décadas de 1930 e 1970. Em dezembro de 2019, a casa construída em 1959 pelo arquiteto Luis Osório Leão foi posta em acautelamento provisório, um processo prévio ao tombamento e que impede qualquer alteração no imóvel.

<img attr-cid="policy:1.3104135" attr-version="policy:1.3104135:1706316682" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3104135/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Linhas retas compõem a fachada do imóvel de traços modernistas (Márcio Leijoto)

A residência de dois pavimentos é parte do espólio do médico Eduardo Jacobson, que foi um dos fundadores do antigo Hospital Santa Luíza. Dois familiares próximos, que não serão identificados, informaram ao POPULAR que a casa não pertence mais a eles há anos e que não há informações sobre um possível novo projeto. A última utilização do espaço foi como comitê político. Conforme um dos herdeiros, o local estaria abandonado há cerca de oito anos. Após ficar sem uso, se tornou ponto de ocupação para pessoas em situação de rua. Em 2017, um incêndio destruiu parte do imóvel.

A reportagem questionou à Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação (Seplanh), nesta quinta-feira (25), se havia autorização da administração pública para a demolição. Também, se já há aprovação de outras intervenções estruturais naquela área. Até o fechamento desta matéria, não obteve retorno. A Secult diz apenas que a residência foi demolida pelo proprietário, e que já estava fora da lista de acautelamento. Conforme a pasta, o parecer sobre os motivos para a recusa do tombamento é concedido apenas ao dono do edifício.

Para arquitetas e urbanistas ouvidas pelo POPULAR, faltam políticas públicas de incentivo à preservação de imóveis com valor histórico na capital. “Não vamos ter memória nunca se não preservarmos e não termos essa cultura de memória”, aponta a conselheira federal do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-BR) por Goiás, Lana Jubé. “Não temos incentivo do poder público, porque para preservar um casarão, por exemplo, é preciso ter incentivos de impostos. Aí vão deixando arruinar (os edifícios históricos) para demolir e entrar outra coisa”, pondera.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/castelinho-vai-ser-palco-de-eventos-culturais-no-lago-das-rosas-1.3103794" target="_blank">Castelinho vai ser palco de eventos culturais no Lago das Rosas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/setor-bueno-tem-so-12-de-area-permeavel-1.3102137" target="_blank">Setor Bueno tem só 12% de área permeável</a> 
<a href="https://opopular.com.br/infomercial/ambientes-em-foco-como-a-arquitetura-pode-melhorar-o-dia-a-dia-1.3090839" target="_blank">Ambientes em foco: como a arquitetura pode melhorar o dia a dia</a></div>

Conforme Lana, além da falta de incentivos, como os fiscais, não há uma educação voltada à cultura. “Tem que ser uma política como um todo. Política de preservação cultural, e de educação cultural”, destaca. Além disso, acrescenta, a conservação dos imóveis históricos deve ocorrer não de forma isolada, mas de todo um conjunto. “Uma educação, uma política do município e do estado, que deve ser construída.”

Para a pesquisadora e professora de Arquitetura e Urbanismo Sandra Pantaleão, há um desconhecimento “do que é de fato a preservação”. Ela explica que, ao se falar de tombamento de propriedades privadas, há receio por parte dos proprietários de que não seria possível fazer modificações necessárias. “É uma rede complexa de interesses de várias partes. Não existe política pública efetiva para o processo de conscientização (da sociedade). Aquele edifício está no cotidiano da cidade, não é importante só porque é histórico e tem arquitetônica”, comenta.

Por isso, acrescenta, incentivos públicos são fundamentais para a conservação da história da capital. “São várias manifestações arquitetônicas que vão contando a história da cidade. Não só um imóvel mas um conjunto. Tem que mostrar os benefícios de preservar a história, uma perspectiva de preservação da cidade. E não estabelecer o tombamento como única forma de atuação, mas não existe uma legislação para mostrar que os caminhos são esses.”

<img attr-cid="policy:1.3104134" attr-version="policy:1.3104134:1706316682" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3104134/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Abandono expõe vizinhança ao risco de criatório do mosquito da dengue (Márcio Leijoto)

Demora prejudica proteção de locais

A lista de bens tombáveis é de 2011, mas a demora para o processo de preservação se estendeu e foi alvo de uma ação civil pública do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). A Prefeitura de Goiânia entrou com recursos, com o processo indo parar até o Supremo Tribunal Federal (STF). Após perder em todas as instâncias, foi obrigada a dar prosseguimento ao processo de tombamento. Um novo inventário foi então elaborado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pela Universidade Federal de Goiás (UFG) entre 2015 e 2016, sendo que 392 imóveis foram acautelados apenas em 2019. Neste período, parte dos edifícios sofreu alterações nas características originais, e outros foram demolidos.

Conforme a autarquia voltada à preservação, foram 339 residências identificadas durante a elaboração do inventário de residências unifamiliares construídas entre as décadas de 1930 e 1970. “O objetivo do trabalho foi oferecer subsídios e instrumentos para a identificação, reconhecimento e a proteção dos bens do município de Goiânia, não significando, necessariamente, o tombamento”, diz, em nota.

O POPULAR solicitou à Secretaria Municipal de Cultura (Secult) a lista atualizada dos imóveis já excluídos, dos ainda acautelados, e dos que foram tombados, de forma parcial ou total. A pasta diz que está atualizando o inventário e, por isso, não seria possível fornecer as informações. A reportagem, entretanto, já mostrou em outras ocasiões que a secretaria não divulga quantos imóveis acautelados já foram analisados, e nem quantos foram excluídos ou tombados.