Semana passada, enquanto estava parada em um congestionamento na entrada de Brasília, senti uma pancada forte na traseira do carro e ouvi o barulho da colisão. Distraído, conferindo o celular em vez de olhar para frente, o motorista atrás de mim acelerou e bateu no porta-malas. Resultado: automóvel parado por quase dois meses na concessionária e prejuízo financeiro. Dias depois, na consulta com meu médico, comentei o episódio e refletimos sobre o quanto a distração com o celular tem nos feito mal. “Além de acidentes, o uso excessivo do aparelho causa ansiedade, insônia e lesões musculares. Daqui a alguns anos, teremos uma legião de pessoas corcundas, com dor crônica na coluna cervical”, observou ele. Confessei que também perdia o controle do tempo rolando o feed das redes sociais e sentia todos os sintomas que ele havia mencionado. “Pois então, saia da tela dos homens e vá para a tela do criador. Levante a cabeça e olhe para o céu, para os pássaros, para as árvores e as flores. Se fizer questão da criação humana, leia um livro”, recomendou, rindo.