A gente segue no automático, sem prestar atenção a como sobrevive. Vai indo assim, até que um desajuste qualquer faz lembrar do quão fantástica é a engrenagem. Daí, nos fechamos a estímulos externos e perdemos um tanto da noção do corpo completo para concentrar todas as energias no ponto que lateja. Quem já teve dor de dente sabe bem do que estou falando. Pois vinha eu focada no joelho, que nos últimos dias decidiu prevalecer com alarmes de dor aguda em um ou outro momento, ou ficar me lembrando da sua existência, como se destacado do seu lugar e meio dilatado. Uma inflamação decorrente da estupidez de insistir em correr com tênis gasto, sem amortecimento, e para piorar aumentar de um dia para outro a distância, alheia aos riscos. Veio a conta. Na segunda-feira, mal dei os primeiros passos após a arrancada e percebi que era melhor desistir.