Eu me considero um grande entusiasta do bate-papo. Saio conversando com pessoas que acabei de conhecer e, se a troca de ideias é estimulante, posso ficar falando até o sol raiar, como se já fosse super íntimo da pessoa. Para mim, é uma delícia sentir uma nova pessoa subindo na escala do meu queridômetro. O que dói é quando alguém que você colocou no seu Panteão dos Amigos de Fé te dá motivos para ser removido desse círculo íntimo. A doce facilidade de criar intimidade se transforma numa espessa nuvem de dissabor, que, na mesma intensidade, transforma nosso âmago. Apesar desse processo ser difícil, às vezes me pego pensando que ele é necessário. Quando olho para as amizades a longo prazo de pessoas ao meu redor, vejo que muitas já deveriam ter acabado há tempos. Elas já estão manchadas pelas emoções negativas, mas, com o comodismo, as pessoas mantêm aquela relação mesmo com sentimentos adversos pelo seu suposto amigo.