São duas histórias parecidas as que vou contar aqui. Em 2017, enquanto fazia o Caminho de Santiago, conheci Maitê, uma peregrina de Barcelona. Foi no meio da Espanha, na saída de Burgos, que nos cruzamos. Ainda não eram 7 horas da manhã quando, ao chegar numa bifurcação, avistei-a parada à minha frente, procurando pelas setas que indicavam a direção certa. Antes de me aproximar, ela seguiu pela direita. Eu também fiz uma pausa para me certificar da direção, quando vi uma seta amarela apontada para a esquerda. Ei, peregrina, é para cá!, gritei, enquanto ela caminhava firme rumo à direção errada. Ei, peregrina, és por aqui!, falei com sotaque espanhol, para ver se me ouvia. Então ela se virou e eu insisti, es por aqui! Assim ela voltou e verificou a seta. Si, és por aqui! Aquele era o seu primeiro dia no Caminho, eu soube em seguida.