Ah, a loucura de estar disposto a encarar o show gratuito da Madonna na praia de Copacabana! Uma tragicômica possibilidade de morrer nas areias da princesinha do mar vendo a rainha do pop. É como se fosse uma aventura épica em busca de entretenimento, com um toque de drama e uma pitada de violência urbana que só o Rio de Janeiro proporciona. Nessa cidade onde até as palmeiras têm histórias de assalto para contar, a decisão de me aventurar na praia de Copacabana para um megaevento como esse parece uma espécie de convite irresistível ao caos. E eu bem sei dos perigos daquela área, já sofri tentativa de assalto nessa mesma praia, então a ideia de me aventurar ali novamente é como brincar de voltar ao mesmo ponto do qual fugi há anos. O pior é que a Madonna não é nem a minha diva pop preferida. Não me interpretem mal, eu adoro suas músicas, respeito sua importância histórica e tudo mais, mas deixar minha segurança pessoal pendurada na corda bamba de Copacabana só para vê-la performar ao vivo? Parece uma escolha tão arriscada que tem hora que me dá vontade de desistir.