Em 26 de setembro, o maior cronista vivo do Brasil completou 88 anos. Refiro-me a Luis Fernando Verissimo. Não poderia deixar a data passar em branco. Afinal, a efeméride é meu segundo Natal. Por isso, dedico esta crônica a ele e à esposa, relembrando um dos momentos mais felizes da minha vida: o dia em que conversei com Deus — o meu e o da Martha Medeiros, conforme ela própria admite na crônica Dê Livros de Natal. Verissimo foi o autor homenageado da edição 2016 de um festival de literatura que acontecia em São Paulo. Da minha parte, não fui capaz de sentar minha ilustre bunda na plateia e contentar-me somente em assistir a sua apresentação. Fiz plantão na entrada do prédio, à espera de Deus. Estava decidido a pedir uma foto. E assim o fiz tão logo o vi, acompanhado da esposa, dona Lucia. Pedi desculpas a ambos pela perseguição e fui acolhido com docilidade. Tirada a foto, adentrei o auditório, feliz feito pinto no lixo.