“Na curva perigosa dos cinquenta, derrapei neste...” pudim! O poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu em seu belo poema Quarto em Desordem que, na perigosa virada da meia-idade, derrapou num amor. “Que dor!” Mas, ai de mim, que sou uma mulher na volta do meio século a se surpreender com as mudanças hormonais do caminho. Aliás, “no meio do caminho tinha uma”... lasanha! E uma menopausa. Ando assim. No meio do caminho ou no final das frases, citações de textos literários conhecidos ou ditados ordinários, quando vou falar ou escrever, mete-se do nada ali uma palavra inesperada, ou uma ideia intromissiva e insistente, uma pizza por exemplo. É que estou, dispersiva, ou melhor, de dieta (situação em que, ironicamente, pensamos em comida 24 horas), ou pior, no bendito climatério. Digamos que o último veio primeiro, isto é, o estado em que hoje me encontro, com todas as suas mudanças e sintomas, que variam, claro, de mulher para mulher, com os calores, irritabilidade, desânimo, dificuldade de concentração, ganho de peso e de gordura abdominal. Para lidar com todos esses perrengues, procurei uma nutricionista que me ajudasse a diminuir tais sintomas por meio da alimentação.