Português Expresso: Dengue - dengosa mesmo?

<div attr-cid="policy:1.3107737" attr-version="policy:1.3107737:1707402690" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3107737" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3107737', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3107737">Português Expresso: Dengue - dengosa mesmo? (1.3107737)</a></div>

Inicialmente, cuidado com essa doença!!

Infelizmente, é uma das <a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-registra-sete-mortes-por-dengue-aponta-ses-1.3107430" target="_blank">enfermidades que mais mata em períodos mais chuvosos</a>, nos quais a umidade é muito alta, e o Aedes Aegypt se prolifera.

Vacine-se. Evite água parada. Enfim, cuide-se.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/aedes-aegypt-qual-a-pronuncia-1.3103605" target="_blank">Aedes Aegypt: Qual a pronúncia?</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/batatinha-quando-nasce-1.3101689" target="_blank">Batatinha quando nasce…</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/ano-retrasado-1.3105641" target="_blank">Ano retrasado</a></div>

Quanto à Língua Portuguesa, veja que curiosidade:

A palavra dengue, mesmo com esses sintomas fortíssimos, refere-se à manha, à malícia...

Sim. É isso mesmo. Trata-se da relação com a origem da palavra.

Veja o que diz o dicionário Houaiss:

dengue (1732) 'melindre, trejeitos afetados, enfermidade epidêmica, gripe'; do quimbundo. ndenge no sentido de 'criança, recém-nascido, choradeira, manha';

Na África, o termo era usado, no dialeto quimbundo, para se referir a alguém que estava fazendo dengo, manha.

Provavelmente, o termo passou a ter relação semântica com a forma como a pessoa que contrai dengue fica: amolecido em razão dos sintomas da doença.

Viu que curioso?

Conclusão: Dengosa sim, mas só na origem da palavra.

Então, estude a Língua Portuguesa, mas não se esqueça de sua saúde.

Até a próxima

Fraterno abraço

Professor Carlos André

Dengue: dengosa mesmo?

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PORTUGUÊS EXPRESSO

A partir de agosto, as cidades de Valparaíso e Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, começam a receber mosquitos com a bactéria natural Wolbachia que impede a transmissão, pelo Aedes aegypti, dos vírus da dengue, da zika e da chikungunya. Juntamente com Brasília, que também foi escolhida pelo Ministério da Saúde (MS) para sediar a estratégia, o total de pessoas que serão beneficiadas chega a aproximadamente 760 mil. O método, recomendado pela Organização Mundial de Saúde, é chancelado pela Fundação Oswaldo Cruz, vinculada ao MS, e já foi implantado em 14 países.

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Subsecretária de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Flúvia Amorim explica que há muito tempo vinha solicitando ao MS a implantação do Método Wolbachia em Goiás. Isso só foi possível agora com a instalação em Brasília de uma espécie de entreposto da Wolbito do Brasil, empresa responsável pela maior biofábrica do mundo de Wolbitos – mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia – instalada em Curitiba (PR). “Escolhemos Valparaíso e Luziânia pela proximidade com o entreposto e por uma questão epidemiológica histórica.”

A soltura dos mosquitos com a bactéria em ambos os municípios e também em Brasília está prevista para o início de agosto, segundo o gerente de Implementação da Wolbito do Brasil, biólogo e doutor em parasitologia Gabriel Sylvestre. A etapa inicial do programa, o chamado Engajamento Comunitário e Comunicação, que consiste na capacitação de profissionais de saúde, de educação e de líderes comunitários, já foi feita. “Antes da soltura vamos fazer uma avaliação para saber como a população está recebendo a ideia”, afirma Gabriel. Flúvia Amorim lembra que a SES vai acompanhar de perto todo o trabalho nas duas cidades.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/jovem-de-23-anos-morre-com-suspeita-de-dengue-em-aparecida-de-goiania-1.3278319" target="_self">Jovem de 23 anos morre com suspeita de dengue em Aparecida de Goiânia</a> 
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A subsecretária de Vigilância em Saúde está otimista com os possíveis resultados, mas ressalta que é preciso cautela antes de pensar em expansão. “Acompanho há muito tempo esse trabalho e o Ministério da Saúde vem fazendo estudos de efetividade. Em Niterói, houve uma queda de 70% nos índices de infestação. Precisamos monitorar e ver a nossa realidade.” Conforme Flúvia Amorim, dependendo dos resultados é possível pensar até mesmo na instalação de uma biofábrica em Goiás. Entretanto, ela lembra que não é um trabalho simples, porque o município precisa ter uma boa estrutura de agentes de endemias e de veículos para conseguir manter o projeto.

A soltura dos Wolbitos dura cerca de seis meses, segundo Gabriel Sylvestre. Esse trabalho, necessariamente, precisa ser feito na baixa estação, na época de estiagem. A Vigilância em Saúde da SES vai começar a avaliação já no próximo período sazonal para as doenças provocadas pelo Aedes aegypti, no verão 2025/2026. “Mas os estudos mostram que, em média, são dois anos para haver grande impacto”, salienta Flúvia Amorim. O Método Wolbachia é adotado oficialmente como uma política pública de saúde pelo MS.

Num evento comemorativo de dez anos de atuação da Wolbito do Brasil, em novembro do ano passado, o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente do MS, Rivaldo Cunha, disse que o Método Wolbachia “é um marco na luta contra as arboviroses”. Desde o início dos estudos no Brasil, em 2012, o número de pessoas contempladas pela tecnologia cresceu de 5 mil para mais de 4 milhões, com expectativa de alcançar 5 milhões este ano. Em cinco anos, a estratégia deve atingir mais de 70 milhões de brasileiros.

Mosquito Aedes com bactéria vira arma no combate à dengue

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SAÚDE

Que atire o primeiro pão de queijo ou a primeira pamonha um mineiro ou um goiano que não tenham usado essa expressão. Uai, sô! é patrimônio imaterial das terras de Carlos Drummond e de Cora Coralina.

Mas... você sabe a origem da expressão?

Inicialmente, é um importante destacar – para os menos avisados – que Uai, sô! pode indicar dúvida, surpresa, espanto, admiração, etc.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/deputado-1.3284363" target="_self">Deputado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/sofomania-1.3281596" target="_self">Sofomania</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/arraial-1.3278945" target="_self">Arraial</a></div>

 
Sobre a origem, o filólogo e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), Amadeu Amaral (1875-1929), explica-nos. Amaral dedicou-se aos estudos folclóricos e, sobretudo, à dialectologia (estudos sistemáticos dos dialetos). Segundo a ABL, no Brasil, foi o primeiro a estudar cientificamente o dialeto regional.

O imortal escreveu obras como “Dialeto caipira”, publicado em 1920, escrito à luz da Linguística. Segundo ele, há duas possíveis teorias para o surgimento de Uai, sô! :

A primeira é que a expressão viria da alteração fonética da palavra “olhai” (com o sentido de “preste atenção”).

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; outline: 0px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

A segunda remonta à construção de estradas de ferro, com a ajuda dos ingleses, quando os caipiras teriam aportuguesado a palavra why, no momento em que questionavam o “porquê” de todo aquele esquema de construção das redes ferroviárias.

Eu torço para que a segunda teoria seja a certa. E você?

Apenas para lembrar: escreva Uai, sô! (com vírgula e com exclamação). Não estrague a expressão.

 
Até a próxima

Fraterno abraço

Professor Carlos André

Uai, sô!

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<div attr-cid="policy:1.3284371" attr-version="policy:1.3284371:1751584029" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3284371" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3284371', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3284371">vídeo (1.3284371)</a></div>

A palavra deputado deve ser grafada com inicial maiúscula ou minúscula?

Em verdade, digo: a inicial é minúscula. Repito: minúscula.

Embora existam alguns manuais legislativos que grafam com inicial maiúscula (geralmente a pedido dos parlamentares), o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, o Manual do Senado e a Fundação Alexandre Gusmão, aliada ao Ministério das Relações Exteriores, indicam que o substantivo deputado é comum e que, portanto, deve gravado com a inicial minúscula.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/sofomania-1.3281596" target="_self">Sofomania</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/arraial-1.3278945" target="_self">Arraial</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/brigadeiro-1.3276398" target="_self">Brigadeiro</a></div>

Evidentemente, outros substantivos que representam cargos como, por exemplo, prefeito, senador, vereador etc também são grafados com a inicial minúscula.

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Até a próxima

Professor Carlos André

&nbsp;

<p style="color: rgb(36, 36, 36); margin-bottom: 0px; font-stretch: normal; font-size: 13px; line-height: normal; font-family: &quot;Helvetica Neue&quot;; font-size-adjust: none; font-kerning: auto; font-variant-alternates: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-east-asian: normal; font-feature-settings: normal;">&nbsp;

Deputado

Português Expresso

Conhece aquela pessoa que “dá pitaco” em todos os temas? Não é médico, mas quase prescreve o medicamento a você. Não é jurista, mas dá aula de processo até ao advogado, se tiver oportunidade. Não estudou qualquer coisa de política ou de economia, mas faz palestra sobre o assunto nas reuniões de família e de amigos, e na empresa. Não é professor de Língua Portuguesa, mas daria aula de gramática na Academia Brasileira de Letras, se fosse convidado.&nbsp;

Isso incomoda, não é?

Pois bem, saiba que a Língua Portuguesa reserva um substantivo para nominalizar esse comportamento desagradável: SOFOMANIA (sof (i/o) = conhecimento; -mania = hábito ruim, loucura, demência).&nbsp;

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; outline: 0px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Sofomania significa o hábito de se passar por sábio; afetação. É uma confiança exagerada na frágil sabedoria que tem.&nbsp;&nbsp;

Um comportamento muito comum entre eles é que não gostam de ser contrariados. Quando se demostra que eles estão errados acerca de uma afirmação sobre um fato comprovadamente científico, dizem sempre: “é a minha opinião”.

Com as redes sociais, muitos sofomaníacos passaram a ter ainda mais voz.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/arraial-1.3278945" target="_self">Arraial</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/brigadeiro-1.3276398" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Brigadeiro</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/dolo-1.3267290" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Dolo</a></div>

Concorda?

Até o próximo Português Expresso, do Jornal O Popular

Professor Carlos André&nbsp;