Uma das obras de G. Fogaça em exibição na mostra em Miami (Divulgação) Em um enredo de idas e vindas, a exposição O Sangue no Alguidá, criada pelo artista plástico goiano G. Fogaça em colaboração com o escritor cubano Pedro Juan Gutiérrez, enfrentou desafios tortuosos em solo brasileiro em 2019. Após ser alvo de censura no Museu dos Correios em Brasília, a mostra encontrou refúgio no Museu Nacional da República, também na capital federal. Passados esses momentos duros de tensão, a montagem segue no circuito e o próximo destino será o Museum of Contemporary Art of the Americas (Mocaa), em Miami, nos Estados Unidos, com abertura nesta sexta-feira (10). A expectativa é que, depois do período em exibição nos EUA, a mostra siga para outros cantos do mundo. Com curadoria assinada pela crítica de arte e escritora cubana Dayalis González Perdomo e produção da goiana Malu da Cunha, a exposição mergulha no realismo sujo latino-americano ao retratar os paralelos sombrios entre as narrativas de Gutiérrez e as pinturas de Fogaça. A coleção conta com 28 obras que combinam pintura, colagem e fotografia, evocando temas como a degradação social e a sensualidade por meio de um submundo que ressoa com a literatura de Gutiérrez.