Nascida em 1934, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, Dirce Machado da Silva, camponesa vinda de uma família pobre, e que se tornou figura decisiva na revolta de Trombas e Formoso, tem sua história retratada em livro. A obra ‘Dirce Machado: memórias de uma camponesa das lutas de Trombas e Formoso’ será lançada na sexta-feira (15), no Museu da Imagem e Som, em Goiânia. Na infância, Dirce vivia e trabalhava com a família em uma fazenda arrendada, em Rio Verde. Desde cedo, a jovem já manifestava seus ideais revolucionários, não aceitando a exploração a que sua família era submetida. Por conta disso, quando tinha 13 anos, Dirce foi expulsa da fazenda, sendo obrigada a se mudar para Goiânia. Depois, inconformada com a vida na capital, a jovem voltou para o campo, agora em Itumbiara. Em seguida, decidiu seguir para a região onde acontecia um grave conflito agrário: Trombas e Formoso, próximo à Colônia Agrícola Nacional de Goiás (CANG), em Ceres. Lá, Dirce tornou-se uma importante liderança da luta dos posseiros pela conquista da posse da terra e de uma vida digna.