Um mergulho nas tradições musicais afro-indígenas do Brasil. É essa a ideia do documentário Ressonâncias e Preservações, idealizado pela cantora, compositora e produtora Sereia do Cerrado. O filme será lançado neste domingo (2), de forma online e gratuita no canal da produtora Laboratório Alquímico, no Youtube. A obra reitera a valorização das expressões culturais que resistem ao apagamento histórico e conta com a colaboração do percussionista Maestro Macambira, referência da música afro-brasileira, e do indígena Txihi Pataxó, entre outros mestres e guardiões da memória ancestral. O projeto nasceu a partir de uma pesquisa realizada entre Goiânia, Salvador (BA) e na Costa do Descobrimento (BA), envolvendo visitas a terreiros, comunidades tradicionais e vivências em uma aldeia Pataxó.Como parte das atividades do projeto, o Maestro Macambira esteve em Goiânia e ministrou uma oficina gratuita de música afro-brasileira no Orum Aiyê Quilombo Cultural, reunindo jovens e admiradores da cultura afrodescendente. Fundador da Escola Internacional de Percussão da Bahia, o mestre já colaborou com artistas como Gilberto Gil, Beto Barbosa, Banda Eva, Sandra de Sá e Tim Maia.

Documentário sobre tradições afro-indígenas, 'Ressonâncias e Preservações' será lançado neste domingo (2)

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CINEMA

Um registro durante 15 anos da vida de Lorenzo Barreto, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). É essa a premissa de Meu Amigo Lorenzo, nova produção do cineasta e músico André Luiz Oliveira, que estreia em Goiânia nesta quinta-feira (2), após entrar em cartaz em cidades como Recife (PE) e por João Pessoa (PB). O filme propõe uma reflexão sobre o papel da música e do acolhimento no desenvolvimento de pessoas com autismo. Premiado como melhor longa-metragem pelo público no Festival Primavera do Cine, em Vigo, na Galícia (Espanha), Meu Amigo Lorenzo começou a ser filmado em 2007, quando Clarisse Prestes convidou seu companheiro de vida, André Luiz, para registrar sessões de musicoterapia com Lorenzo, então com quatro anos de idade. As primeiras imagens, feitas em fita MiniDV, abriram caminho para um acompanhamento contínuo durante 15 anos, resultando em um retrato intimista do desenvolvimento artístico e pessoal do jovem. “Percebi que ele tinha imensas qualidades musicais e enormes impossibilidades psicomotoras. Isso teve um impacto imenso sobre mim. Quando nos conhecemos, Lorenzo tinha 4 anos e não parei de filmá-lo até os 19. Sem nenhuma ideia do que iria fazer, muito menos que resultaria num filme de longa-metragem”, afirma André Luiz. O documentário também questiona a predominância dos tratamentos comportamentais no atendimento a pessoas com autismo. “Nosso trabalho nunca foi impor teorias ou modelos externos. Sempre acreditamos no amor incondicional, no respeito ao outro e no ‘estar junto’ na prática. Afinal, além de um diagnóstico, existe ali um sujeito com sua individualidade e suas preferências”, afirma Clarisse Prestes.DebateO circuito de exibição de Meu Amigo Lorenzo em várias capitais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste é patrocinado pela Petrobras e realizado com apoio da Lei do Audiovisual, por meio da Ancine, do Governo Federal. A programação inclui, na terça-feira (7), às 19h15, uma sessão especial do Circuito Inclusivo Petrobras, no Cine Cultura, com exibição seguida de debate com André Luiz Oliveira, a musicoterapeuta Clarisse Prestes e profissionais especializados. O cinema está localizado na Praça Cívica, no Centro.A atividade busca estimular a criação de uma rede de apoio e troca de experiências entre profissionais e familiares que convivem com indivíduos autistas. A proposta é ampliar o diálogo sobre inclusão e criar conexões entre quem vive ou trabalha diretamente com o autismo.

Documentário 'Meu Amigo Lorenzo' entra em cartaz nesta quinta-feira (2), em Goiânia

ESTREIA

Obra-prima de Wim Wenders que comemora 40 anos, o clássico Paris, Texas ganha versão restaurada e é relançado nos cinemas nesta quinta-feira (25). Em Goiânia, o Cine Cultura, localizado na Praça Cívica, exibe o longa-metragem, reafirmando sua atualidade &nbsp;ao tratar de temas como reconciliação, afeto &nbsp;e laços familiares.

Paris, Texas é uma das obras mais marcantes do cinema contemporâneo, um filme que entrelaça silêncio, vastidão e intimidade. Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, o longa acompanha a jornada de Travis Henderson, interpretado por Harry Dean Stanton, um homem que ressurge misteriosamente no deserto do Texas após anos desaparecido.

A reaparição do personagem inicia uma busca não apenas pela reconexão com o filho e a ex-esposa, mas também pela reconstrução de uma identidade despedaçada pelo tempo e pelas escolhas do passado. A parceria entre Wenders e o dramaturgo Sam Shepard, responsável pelo roteiro, cria uma narrativa que flui entre a crueza da estrada e a delicadeza das relações humanas.

Para muitos, o filme é uma meditação sobre perda, afeto e pertencimento, refletindo também sobre o mito americano das grandes paisagens e da liberdade individual. O deserto, nesse contexto, deixa de ser apenas cenário e torna-se metáfora para o vazio interior de Travis. Outro elemento central é a fotografia de Robby Müller, que transforma estradas, motéis e neon em imagens icônicas do cinema dos anos 1980.

No coração de Paris, Texas está a cena antológica do reencontro entre Travis e Jane (Nastassja Kinski), que condensa toda a intensidade emocional do longa. Mais do que um drama sobre reencontros familiares, o filme é um estudo sobre fragilidade, culpa e a possibilidade de redenção, permanecendo, quatro décadas depois, como um dos grandes clássicos poéticos do cinema mundial.

Cine Cultura exibe o clássico 'Paris, Texas' em versão restaurada

Florestas habitadas por espíritos gentis, castelos que flutuam no ar e jornadas onde a infância e a imaginação caminham de mãos dadas. É esse o clima do Ghibli Fest 2025, que chega nesta quinta-feira (18) em diversas redes de cinema de Goiânia, como Cinépolis, Kinoplex e também no Cine Cultura. A ideia é celebrar os 40 anos do estúdio japonês e trazer de volta à tela grande os sonhos tecidos pelo cineasta Hayao Miyazaki e seus parceiros de criação.

O festival acontece em todo o Brasil como uma oportunidade de revisitar clássicos que marcaram gerações, como A Viagem de Chihiro (2001), Meu Amigo Totoro (1995) e O Castelo Animado (2004), lançados em cópias remasterizadas, em sessões tanto dubladas quanto legendadas. A programação da primeira fase inclui 14 filmes, todos muito aguardados por fãs da animação e pelo público que aprecia as narrativas visuais. A segunda parte da mostra acontece em 2026.

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A Viagem de Chihiro (Divulgação)

Muitos dos títulos apresentados no festival são obras que mesclam fantasia, mitologia, natureza, encontros mágicos e relações humanas muito bem construídas. Essa diversidade é justamente parte do charme do festival. Além de celebrar a trajetória do Studio Ghibli, o evento também reforça o trabalho da Sato Company, que distribui esses clássicos no Brasil, comemorando seus próprios 40 anos de atuação.

Ao longo do festival, o público será convidado a revisitar clássicos que se tornaram eternos — de A Viagem de Chihiro, com suas metáforas sobre coragem e amadurecimento, a Meu Amigo Totoro, onde a doçura da infância se encontra com a magia da natureza. À convite do POPULAR, o diretor do Cine Cultura, Fabrício Cordeiro, selecionou cinco filmes imperdíveis que serão exibidos ao longo do festival. Pegue a pipoca, prepare o coração e divirta-se.

A Viagem de Chihiro (2001)

Dirigido por Hayao Miyazaki e vencedor do Oscar de Melhor Animação, o filme conta a história de Chihiro, uma garota de 10 anos, que entra em um mundo de espíritos e magia e precisa encontrar coragem para salvar seus pais transformados e voltar ao mundo real.

Vidas ao Vento (2013) 

Vencedor de diversos prêmios e indicado ao Oscar, o longa apresenta a aventura de Jiro Horikoshi, que sonha em voar em um avião em formato de pássaro. É aí que ele decide construir o avião ele mesmo, até conhecer a jovem Naoko, por quem se apaixona. Tudo acaba mudando de sentido.

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Meu Amigo Totoro (1988)

As irmãs Satsuki e Mei se mudam para o campo para ficar mais perto do hospital onde sua mãe está internada. Lá conhecem os Totoros, adoráveis criaturas místicas e alegres, que só podem ser vistas pelas crianças. Com eles, as duas irmãs viverão mágicas aventuras no campo.

O Serviço de&nbsp;Entregas da Kiki (1989)

Um dos maiores clássicos de Hayao Miyazaki, o filme apresenta a jornada de Kiki, que parte para um aprendizado de um ano, acompanhada por seu gato preto. A um comando de sua vassoura mágica, ela vai parar na charmosa cidadezinha de Moreoastal.

Eu Posso Ouvir&nbsp;o Oceano (1993)

Dirigido por Tomomi Mochizuki, a animação é uma das mais distintas do Studio Ghibli ao contar a história de um triângulo amoroso entre dois amigos de escola e uma aluna nova vinda de Tóquio.

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PROGRAMAÇÃO CINE CULTURA

QUINTA-FEIRA (18)

19h30: A Viagem de Chihiro (legendado, livre)

SEXTA-FEIRA (19) 

17h50: Meu Amigo Totoro (legendado, livre)

19h45:&nbsp;Porco Rosso (legendado, 14 anos)

SÁBADO (20) 

13h45: EU Posso Ouvir o Oceano (legendado, 10 anos)

15h45:&nbsp;A Viagem de Chihiro (dublado, livre)

20h:&nbsp;Nausicaa do Vale do Vento (legendado, 12 anos)

DOMINGO (21)

10h: Meu Amigo Totoro (dublado, livre)

15h35:&nbsp;Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar (dublado, livre)

17h45:&nbsp;Porco Rosso (legendado, 14 anos)

19h40: Vidas ao Vento

SEGUNDA-FEIRA (22) 

14h: A Viagem de Chihiro (legendado, livre)

16h30:&nbsp;Eu Posso Ouvir o Oceano (legendado, 10 anos)

18h:&nbsp;Da Colina Kokuriko (legendado, livre)

19h45: O serviço de Entregas da Kiki (legendado, livre)

TERÇA-FEIRA (17) 

17h: O Castelo Animado (dublado, livre)

19h30:&nbsp;Memórias de Ontem (legendado, 10 anos)

QUARTA-FEIRA (24) 

17h40: Pompoko: A Grande Batalha dos Guaxinins (dublado, 10 anos)

20h:&nbsp;Meus Vizinhos, os Yamadas (legendado, 10 anos)

Ghibli Fest 2025 invade as salas de cinema de Goiânia a partir desta quinta-feira (18)

DIVERSÃO

Ele está nas principais premiações e tapetes vermelhos internacionais, protagoniza alguns dos filmes mais aguardados do ano e segue como o queridinho da internet. Pedro Pascal é o homem que todo mundo quer. O ator chileno protagoniza o filme Amores Materialistas, dirigido pela cineasta Celine Song e que é a principal estreia dos cinemas nesta quinta-feira (31). O queridinho também surge em Quarteto Fantástico - Primeiros Passos, que estreou na última semana. Enquanto o governo Trump afunila suas políticas migratórias contra os latinos, o atual rosto cobiçado de de Hollywood é de um ator sul-americano. Nascido em 1975 em Santiago, no Chile, Pascal só estreou como ator no século 21, mais especificamente no ano 2000. E no teatro. Ele se formou em artes cênicas na New York University, uma universidade prestigiosa, onde conheceu e ficou amigo de Sarah Paulson, que sempre o incentivou e praticamente o impediu de desistir, mesmo quando nada parecia acontecer em sua vida.O boom de Pedro Pascal é recente e veio após seus papéis em séries de sucesso como Game of Thrones (HBO), Narcos (Netflix) e O Mandaloriano (Disney). Antes de emplacar seu nome nos seriados, o ator fazia pontas em séries de sucesso como Buffy: a Caça-Vampiros e Law and Order, mas nada levava o público a lembrar de seu nome nem de sua cara. Foram 14 anos de uma longa espera até ser escalado como o príncipe Oberyn Martell, a Víbora Vermelha, na série-fenômeno Game of Thrones, em 2014. A adoração ao artista veio mesmo com o seu papel no sucesso The Last of Us, também da HBO, baseada no game homônimo. Joel Miller, seu personagem na série, é um dos responsáveis por Pascal ter o apelido de Daddy, papai, na internet. Na história, Pascal vive um herói durão e paternal, um dos últimos sobreviventes da raça humana depois de uma pandemia destruir quase toda a civilização. O sucesso foi tanto que o ator está novamente na lista de indicados ao Emmy 2025 de melhor ator em série dramática por seu papel em The Last of Us. A premiação acontece no dia 14 de setembro, em Los Angeles, na Califórnia. Essa é a segunda indicação dele ao Emmy na mesma categoria pelo mesmo papel, após ter sido indicado em 2023. Na ocasião, ele perdeu para Kieran Culkin, de Succession. Enquanto o prêmio não vem, Pascal também não para de trabalhar. Em Amores Materialistas, o ator divide a cena com Dakota Johnson, um dos rostos mais caros da atual Hollywood. O filme acompanha uma casamenteira chamada Lucy (Johnson), que se envolve num triângulo amoroso complicado. Apesar de ainda nutrir sentimentos pelo garçom aspirante a ator John (Chris Evans), a jovem começa a se relacionar com um homem rico chamado Harry (Pascal).“Eu conheço e amo o Pedro há algum tempo, mas um dia estávamos tendo uma conversa muito profunda sobre a santidade do amor — e a dificuldade insana do amor, o amor como um desafio — e eu simplesmente percebi naquele momento que estava falando com o Harry”, explicou a diretora Celine Song durante a coletiva do filme nos Estados Unidos. A cineasta dirigiu o elogiado Vidas Passadas (2023), que concorreu ao Oscar de melhor filme e melhor roteiro original. Ainda no segundo semestre entra em cartaz também o faroeste Eddington, dirigido por Ari Aster, com Joaquin Phoenix e Emma Stone, que têm três Oscar entre eles. O filme teve sua estreia mundial no último Festival de Cannes, e Pascal também assume um dos papéis principais. A obra se passa em maio de 2020, em uma pequena cidade do Novo México, durante a pandemia de Covid-19, e explora a tensão e o conflito entre vizinhos, desencadeados por uma disputa entre o xerife e o prefeito.E ainda tem o queridinho dos indies Freaky Tales, sucesso no Festival de Sundance do ano passado, que chegou aos cinemas dos EUA em maio deste ano e deve aportar no Brasl em algum momento. A comédia se passa na Califórnia dos anos 1980, e Pascal vive Clint, um agiota que luta para mudar de vida quando descobre que vai ser pai. Sim, só tem Pedro Pascal em 2025.