Dono de hits que fazem parte da história de muitos, como A Grande Família, Porque Não Amar e Camarão que Dorme a Onda Leva, Dudu Nobre leva seu samba para o palco da Expo Favela Innovation Goiás 2025 nesta sexta-feira (26), a partir das 19 horas, no Passeio das Águas Shopping. O evento é considerado a maior feira da América Latina de empreendedores e startups das periferias.

A feira se estende até o sábado (27), com programação que inclui shows, apresentações artísticas e painéis de debates temáticos, com o intuito de apresentar toda a identidade desses territórios. O ingresso gratuito pode ser retirado pelo site goiasexpofavela.com.br.

Dudu Nobre é um dos grandes nomes do samba contemporâneo, cantor, compositor e cavaquinista que se destacou pela habilidade em unir a tradição do gênero a uma linguagem acessível e popular. Carioca, iniciou a carreira ainda jovem, acompanhando artistas consagrados como Zeca Pagodinho. Ao longo da trajetória, lançou sucessos que se tornaram hinos em rodas de samba e carnavais, sempre com letras bem-humoradas.

No sábado, quem agita a Expo Favela é o Baile Black, um dos mais importantes eventos da juventude preta de Goiânia. Os DJs Iara Kevere e Fumas tocam durante o evento e prometem transformar o Passeio das Águas em uma pista de dança. “Vamos trazer uma mistura envolvente de ritmos que passeiam pelo charme, hip hop, funk, afrobeat e brasilidades, com aquele tempero característico que faz o público dançar do começo ao fim“, diz a DJ Iara Kevene.

Serviço 

Evento: Expo Favela Innovation Goiás 2025

Data:&nbsp;nesta sexta-feira (26) e sábado (27), a partir das 9 horas

Local:&nbsp;Passeio das Águas Shopping, Av. Perimetral Norte, 8303, Fazenda Caveiras

Entrada gratuita

Informações: 36021317

Dudu Nobre faz show na Expo Favela Innovation Goiás 2025

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MÚSICA

Começa nesta sexta-feira (28/6) a Expo Favela Innovation Goiás 2024. Considerada a maior feira da América Latina de empreendedores e startups das periferias, ela também conta com shows, apresentações artísticas e painéis de debates temáticos. O evento traz à capital atrações de peso como o rapper Edi Rock, integrante do Racionais MC, e o cantor de rap MV Bill, cofundador da Central Única das Favelas (Cufa).

A Expo Favela segue até sábado (29/6), no Centro de Convenções de Goiânia. Com foco nas oportunidades de negócios, empreendedores das comunidades poderão interagir com os investidores e empresários bem sucedidos, levando em consideração o reconhecido potencial econômico das periferias.

O rapper Edi Rock sobe ao palco da Expo Favela Goiás nesta sexta-feira, às 19h30. Mais cedo, às 14 horas, o artista participa de um dos paineis temáticos da feira.

Já o rapper MV Bill faz show com Kamilla CDD no sábado (29), às 18 horas. No mesmo dia, ele participa de painel temático, às 14 horas.

A cantora goiana Maria Eugênia também participa do evento. Os ingressos para todas as atrações são gratuitos, mas precisam ser retirados pelo site do evento (https://goiasexpofavela.com.br/).

Entre as participações confirmadas para os painéis estão a multi-empreendedora de renome internacional no segmento da beleza, Natália Beauty; o apresentador do Programa Pequenas Empresas, Grandes Negócios (da TV Globo), Pedro Lins; o jogador Bebeto, tetracampeão Mundial de futebol com a seleção brasileira; o cofundador da Cufa e integrante do Domingão do Huck, Preto Zezé; e a presidente nacional da Cufa, Kalyne Lima.

Outros nomes de destaque são a apresentadora do Empreender+ da TV Anhanguera, Lizandra Costa; o influenciador digital Raul Santiago; o humorista, influenciador digital e apresentador do Programa No Balaio (TV Anhanguera), Fidelis Falante; o empreendedor social e presidente da Cufa Goiás, Breno Cardoso; o anjo investidor Davi Braga, um dos maiores investidores de Startups do Brasil. 
 
SERVIÇO 
Expo Favela Innovation Goiás 2024 
Quando:&nbsp;sexta e sábado (28 e 29/6) 
Onde:&nbsp;Centro de Convenções de Goiânia - Rua 4, nº 1.400, Setor Central 
Ingressos:&nbsp;entrada gratuita, mas com retirada pelo site goiasexpofavela.com.br 
Informações:&nbsp;@expofavelago

Edi Rock e MV Bill fazem show na Expo Favela, em Goiânia

A potência da periferia

Considerada a maior feira da América Latina de empreendedores e startups das periferias, a Expo Favela Innovation Goiás 2024 promete ajudar a impulsionar o empreendedorismo criativo que existe nas periferias. O evento, que será realizado nos próximos dias 28 e 29 de junho, no Centro de Convenções de Goiânia, deve receber cerca de 20 mil visitantes, com a expectativa de realização de R$ 3 milhões em negócios, por meio de revelação de talentos, ampliação de conhecimentos e possibilidade de parcerias.

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O grande objetivo da Expo Favela, que tem a segunda edição em Goiás, é dar oportunidade para que empreendedores das periferias mostrem suas ideias e se conectem com potenciais parceiros e investidores. Organizado pela Central Única das Favelas (Cufa), com o apoio do Governo de Goiás e da Prefeitura de Goiânia, tem promoção do Grupo Jaime Câmara (GJC).

A primeira edição do evento recebeu cerca de 15 mil visitantes e movimentou mais de R$ 1,6 milhão em negócios. O presidente da Cufa Goiás, Breno Cardoso, lembra que a feira é voltada para empreendedores das favelas e periferias, visando revelar talentos e impulsionar seu empreendedorismo. Por isso, a ideia é trazer para o evento grandes empresários, dirigentes classistas, personalidades e artistas, que conhecerão de perto as iniciativas deste território.

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“Quando se trabalha com território periférico, que é muito criativo, você não fica restrito só aos negócios, mas também valoriza toda uma identidade territorial”, destaca Cardoso.

Segundo ele, a meta é furar a chamada “bolha social”, fazendo a periferia se encontrar com a elite, para que dali saiam boas conexões, redes de relacionamentos (network) e investimentos. “Os investidores participam para conhecerem as iniciativas que têm potencial para se tornarem negócios inovadores no mercado”, explica o presidente da Cufa Goiás.

Para participar do evento, estes empreendedores também podem ser de áreas como inovação, tecnologia e de startups, desde que tenham saído das periferias. “Teremos empreendedores, startups, grandes empresários, investidores, artistas, shows e apresentações culturais, tudo no mesmo ambiente”, ressalta.

Ele lembra que a Expo Favela também demonstrará a identidade de expressão da periferia, tanto a cultural, como a artística. Por isso, o evento será realizado em diversos ambientes, como a feira dos empreendedores, espaço da cultura urbana, uma área tecnológica onde acontecerão apresentações das startups e um espaço de capacitação para a realização de workshops.

No espaço Arena Talk, serão apresentados diversos painéis de grandes empresários e personalidade regionais e nacionais. Breno Cardoso lembra que a Expo Favela já tem edições em 20 estados brasileiros.

<h2>Nacional</h2>

Os dez maiores potenciais negócios que serão revelados durante o evento de Goiás serão escolhidos como os top 10 de Goiás e irão para a terceira edição nacional da feira, no mês de novembro, em São Paulo. O presidente da Cufa Goiás diz que os 10 empreendedores que se destacaram na primeira edição da Expo Favela em Goiás ampliaram suas visões e conseguiram dar um novo patamar para seus negócios.

Um deles foi a artesã Maria da Silva Oliveira, conhecida como Maria do Cerrado, que produz bijuterias de frutos secos do Cerrado, como pau-terra, guatambu, peroba rosa e caroba. Ela conta que a participação no evento mudou sua visão de trabalho, pois aprendeu muitas coisas novas, fez importantes contatos e aumentou muito seus seguidores nas redes sociais, o que a obrigou a dobrar a produção para atender o incremento das vendas.

“Passei a vender para revendedores de outros estados, como São Paulo. Foi uma grande troca de experiências”, conta a artesã, que também montou uma loja colaborativa no Shopping Cidade Jardim, através de parcerias.

Tudo isso ela atribui à visão mais empreendedora que ganhou. Hoje, Maria do Cerrado precisa até limitar os pedidos que recebe para conseguir atender todos.

Sua meta é montar um ateliê e repassar seus conhecimentos para que outras mulheres também possam empreender e incrementar a renda familiar. “Meu objetivo maior sempre foi este: ter espaço para comercialização de meus produtos em parceria com outros colegas que também precisam. Assim, reduzimos custos”, justifica a empreendedora. Para ela, muita gente ainda não tem noção da realidade das periferias.

O evento também conta com o apoio da Piracanjuba, por meio da Lei Goyazes da Secretaria de Estado da Cultura, do Sebrae, Sesc, Senac, Equatorial, do Sistema OCB e de outros incentivadores que acreditam no potencial das periferias.

Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados pelo site goias.expofavela.com.br até a próxima sexta-feira (28).

Expo Favela prevê R$ 3 milhões em negócios

Economia

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Matéria - Economia

Empreendedorismo

Como surgiu a ideia de realizar a Expo Favela?

Dentre as inovações que implementamos na Expo Favela Innovation, estão o fato de a gente, naquele espaço, durante três dias, ter conseguido implementar uma verdadeira democratização de riquezas. A compra de ingressos das pessoas do asfalto proporcionou a ida de moradores de favelas, convidados do evento, sem pagar nada, que puderam ter acesso a um conteúdo que muitos nunca tinham tido contato, desfrutando de tudo que uma feira oferece. E com essa atmosfera tivemos a ideia de levar para os demais estados, além de dar a oportunidade para que mais pessoas tenham a possibilidade de participar da Expo Favela em seu estado.

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Quais as expectativas sobre o que vem por aí com o lançamento da Escola de Negócios da Favela, a partir de sua experiência e também como legado da Expo Favela?

A parceria teve início na realização da primeira edição da Expo Favela, em abril de 2022, no WTC, em São Paulo, que reuniu 30 mil pessoas em três dias de feira. Foram 20 mil inscritos, dois mil empreendedores selecionados e 300 foram classificados para estarem presencialmente na Expo Favela. Durante o evento, um rigoroso processo de avaliação identificou os dez empreendedores para formarem a primeira turma da Escola de Negócios da Favela, e premiados com uma jornada híbrida de educação empreendedora e mentoria. A primeira turma piloto da Escola de Negócios da Favela foi um sucesso. Nossa expectativa é atingir vários empreendedores de favela do Brasil com a linguagem que eles já conhecem o faveles.

Em que a cultura, as artes podem contribuir na redução da desigualdade e como via de realização pessoal nas comunidades mais carentes?

A favela é um território pulsante culturalmente, samba é cultura, o futebol é cultura e são meios que, sim, muitos moradores da favela conseguem alcançar sucesso. Temos os exemplos dos talentos revelados na Taça das Favelas, atletas que hoje brilham em times profissionais como: São Paulo, Flamengo entre outros.

Em 2021, o senhor foi o brasileiro, o primeiro negro, escolhido como Empreendedor Social do Ano pela Fundação Schwab para integrar a comunidade de inovadores sociais ligada ao Fórum Econômico Mundial. Como vê esse reconhecimento, ele favorece apoios em novos projetos?

Fui para Davos, mas a favela estava junto comigo. Sou apenas uma figura representativa, estou dando voz para 17,1 milhões de pessoas que moram nas favelas de todo o Brasil. Isso só reforça que a favela não é carência, a favela é potência.

Durante a pandemia, o senhor esteve à frente do projeto Mães da Favela, mitigou os efeitos da crise sanitária, social e econômica em 5 mil comunidades brasileiras. Como avalia o protagonismo da mulher, chefe de família, em vários setores?

Desde o início da pandemia sabia-se que a favela seria a mais afetada pelo vírus. Não poderíamos ficar de braços cruzados, fomos à luta e ajudamos com o mínimo que as pessoas precisam e com essa iniciativa nasceu o Mães da Favela, que neste ano completou três anos.

O senhor costuma se definir como executivo social e afirma que a favela não usa nomenclatura de empreendedor, “a gente se vira”, diz. Seria um empreendedorismo bem próprio do brasileiro, esse “se virar”?

Quem nasce na favela não tem fácil acesso em escutar as expressões do mercado ou da ESPM. Não é essa a realidade. Então, o desafio para empreender nas favelas é maior, seja por falta de informação ou pela escassez de recursos para investir ou dos consumidores. Somos empreendedores por necessidade de sobrevivência, não por vocação. No percurso acabamos descobrindo as dores e o amor de empreender e seguimos. Temos que parar de criar estereótipos de empreendedores de favelas como se fossem exóticos por sobreviverem com pouco. Se o asfalto acreditar em nós e investir em nós as favelas serão celeiros de craques e as favelas altamente sustentáveis. Isso será para o Brasil, logo para todos quando a Favela Holding cria a Expo Favela Innovation, que teve sua primeira edição em 2022, em São Paulo.

Como o senhor define a Expo Favela Innovation?

A Expo Favela Innovation é uma feira de negócios cujos expositores são empreendedores e startups das favelas com o objetivo de dar visibilidade para estas iniciativas e promover um palco para o encontro destes empreendedores com grandes empresas do asfalto, gerando grandes oportunidades e permitindo a aceleração destes negócios. Garantimos a potência do nosso olhar sobre nós e agora cabe aos asfálticos nos verem assim também.

Com base na experiência de ter nascido na Favela do Sapo, no Rio de Janeiro, e chegado a Davos, na Suíça, pelo êxito em iniciativas que promovem benefícios sociais, o que diria para incentivar quem quer ter seu próprio negócio, mas enfrenta difíceis barreiras?

A prestação de serviço na favela é bastante ligada em questões práticas do próprio dia a dia. Tanto que as soluções que os empreendedores da favela buscam é melhorar o que não está funcionando dentro da favela como delivery e entrega de contas de consumo, coisas básicas que fazem a diferença na vida dos moradores. Não desista, dificuldades, obstáculos irão surgir, porém com eles você se torna mais forte e consegue ter forças para conquistar seus objetivos.

"Favela não é carência, a favela é potência", diz Celso Athayde

Entrevista

O encontro entre favela e asfalto, que já rendeu muito samba, tem inspirado bons negócios que representam não apenas lucros para os envolvidos, como também redução de desigualdades sociais e perspectivas de melhores condições de vida. Boas ideias e iniciativas de empreendedores da periferia ganham visibilidade na Expo Favela, que representa oportunidade de contato com investidores e grandes empresários.

Depois de um megaevento em São Paulo, em março, Goiânia será a segunda capital a sediar a Expo Favela, nos dias 19 e 20 de maio, no Centro de Convenções, onde haverá palestras, workshops, exposições, rodadas de negócios, apresentação de startups, debates, cursos, shows, filmes, desfiles, praça de alimentação e a Feira Goyazes, na qual serão comercializados produtos com identidade regional, como artesanato.

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Outra importante atração da Expo Favela são as conferências, painéis com três ou quatro participantes e um mediador, sempre com tema relacionado a empreendedorismo.

Breno Cardoso, presidente da Central Única das Favelas em Goiás (Cufa Goiás), explica que ainda está confirmando os nomes dos convidados, mas adianta as presenças de Grazi Mendes, Thelminha, Celso Athayde, CEO da Favela Holding, MV Bill, Fidelis Falante, José Garrote, presidente da Adial e da São Salvador Alimentos (Super Frango), Breno Machado, CEO do Grupo Jaime Câmara, e Orlando Faria, diretor da TV Anhanguera.

Serão selecionados cem expositores de negócios e projetos. Os interessados em expor podem se inscrever até o dia 26, no site goias.expofavela.com.br. Basta ter um negócio, que nem precisa ser formalizado, ou seja, ter CNPJ ou o dono ser microempreendedor individual (MEI), esclarece o presidente da Cufa Goiás.

“É a chance de apresentar seu negócio ou até mesmo a própria ideia, o projeto, fazer um pitch, apresentação do seu negócio, e quem sabe atrair investimento e se tornar case de sucesso”, incentiva Breno. Segundo ele, muitos moradores da periferia empreendem, têm ideias de negócios, fazem os chamados “bicos”, e precisam de incentivo, apoio.

No Brasil, a renda movimentada pela população destas comunidades já atinge R$ 202 bilhões, conforme pesquisa do Instituto Data Favela, empresa de pesquisa do Grupo Favela Holding (leia entrevista com CEO na pág.5). Segundo esse levantamento, feito em março, se as favelas brasileiras formassem um estado, seria o terceiro maior do Brasil em população, com 17,9 milhões de habitantes.

Ainda de acordo com os dados da Data Favela 2023, o número de favelas dobrou na última década, totalizando 13.151 mapeadas pelo país.

Em Goiás, o instituto aponta 382 Comunidades, com 1,2 milhão de habitantes. No estado, 41% afirmam sonhar em ter um negócio próprio. Os interesse maior é pelos setores de restaurantes/ lanchonetes/ vendas de refeição, cuidados com a beleza e comércio de roupas e acessórios.

Ideia original

Na Expo Favela, qualquer iniciativa própria é bem-vinda. Como exemplo, o presidente da Cufa Goiás cita alguém que vende cachorro quente, mas tem proposta diferente, uma receita original. “Vale apresentar qualquer tipo de negócio em qualquer segmento, alimentício, artesanato, roupas, serviço”, enfatiza o presidente.

Já inscrita, Beatriz Rodrigues Pereira, a Bia trancista, conta que sempre gostou de fazer tranças e penteados. “Comecei fazendo nas minhas tias, primas, as pessoas foram vendo, perguntavam quem fez. Começaram a procurar, uma amiga indicava... aí comecei a postar em redes sociais”, conta sobre o início da atividade em salão, que ajuda no sustento da família. Ela é casada e tem três filhos.

Na expectativa de estar entre os cem expositores da Expo Favela, Bia conta que soube do evento porque tem uma amiga que é líder comunitária e informou sobre as inscrições. Se conseguir apoio, a jovem que aprendeu a trabalhar de forma autodidata, assistindo a vídeos no YouTube, comenta que tem vontade de ensinar o que agora já sabe fazer bem.

O envolvimento coletivo, a preocupação em compartilhar com a comunidade conhecimento e oportunidade, marcam ações de empreendedores na periferia. A pesquisa do Instituto Data Favela mostra que sete em cada dez moradores que pretendem abrir um negócio, querem abrir dentro da favela/periferia.

Perfil ao qual corresponde o empresário Sidney Araújo Lopes, de Águas Lindas de Goiás, cidade localizada no Entorno do Distrito Federal. Dono da Área 51 Street Wear, loja de street wear, voltada a um público urbano e focada em cultura pop, ele também se inscreveu para tentar apresentar na Expo Favela seu negócio, iniciado no final de 2021, ainda na pandemia.

Sidney, que é DJ, desenvolve na cidade um projeto social. “Dou aulas de dança, hip hop, convivo com pessoas interessadas em nossos artigos, que têm a ver com a realidade local. O projeto é muito sincero, algumas estampas são criadas por jovens da região, tenho amigos tatuadores que fazem desenho, um trabalho autoral”, descreve o DJ, confiante em estar entre os selecionados.

Etapa final em SP

A escolha dos cem expositores em Goiânia será feita pela Fundação Dom Cabral, que em seguida realizará mentoria durante 20 dias, com orientações básicas. Depois da exposição, os dez melhores negócios apresentados participarão de um reality produzido pela TV Anhanguera. O vencedor receberá prêmio de R$ 20 mil.

A exemplo de São Paulo, em Goiânia também serão selecionadas dez melhores ideias e negócios, o que se repetirá em cada etapa a ser realizada em cerca de 20 capitais. Essas propostas serão levadas à última fase da Expo Favela innovation Brasil, que será na Expo Center Norte, em São Paulo, em dezembro deste ano.

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