Quem passou pela Vila Cultural Cora Coralina desde quando foi inaugurada, em 2013, e não entendia o que, de fato, eram os sete postes erguidos na parte superior do complexo, agora pode começar a compreender o projeto inicial da área de convivência do espaço. Concebida como uma espécie de anexo ao Teatro Goiânia e localizada numa região estratégica do Centro de Goiânia – próximo ao Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro, do Bosque dos Buritis e aos museus da Praça Cívica – as obras da Vila Cultural foram concluídas no final de fevereiro, com quase dois meses de atraso.Sob labuta e coordenação da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), foi colocado todo um sistema de iluminação na parte superior do local, com grandes luminárias que trouxeram uma nova paisagem para um local até então esquecido do Centro. Com bancos de madeira que rodeiam todo o espaço, a área está em uso contínuo para os moradores do bairro ou para os transeuntes que passeiam pela região e querem conferir as exposições de arte em cartaz na Vila Cultural.Moradora da Rua 9 com a 3, a estudante de Geografia Graziely Marchese, 23, afirma que a iluminação favoreceu um melhor aproveitamento do espaço. “Mas ainda falta uma certa estrutura, uma cobertura e mais bancos. A grande movimentação acontece quando tem algum evento no Teatro Goiânia ou na Vila Cultural”, avalia.Graziely se locomove, na maioria dos dias da semana, de bicicleta para fazer aula na Praça Universitária e participar dos ensaios de percussão na banda Coró de Pau e também percebeu que um novo público passou a frequentar a Praça Cívica, seu trajeto diário. “Com a reforma, foi possível perceber o movimento de um público que não era frequentador e até de quem mora próximo e não tinha o costume de passear por ali. A praça sempre fez parte da minha rota, depois da reforma ficou bem mais acessível, plana e iluminada”, destaca.