Em tudo que fazia, Elder Rocha Lima era um lorde. Por meio do trabalho com as artes visuais, o vilaboense narrou paisagens e personagens que encontrava pelo caminho. Como arquiteto, deu grandes lições de boa arquitetura em projetos sóbrios, elegantes e autênticos. Nos livros, foi um escritor de mãos afetivas. Morreu aos 96 anos na madrugada desta sexta-feira (25) após ter sido internado com um quadro de infecção urinária. O sepultamento aconteceu no cemitério Campo da Esperança, em Brasília (DF). O Cerrado e suas cores, as formas da Serra Dourada, as personas que perambulavam pela antiga Vila Boa, sua cidade natal, e o contraste entre o bucolismo dos casarios coloniais de Goiás com os prédios enfileirados de Goiânia. Tudo ao seu redor servia de inspiração para o trabalho de Elder, desde a infância, quando cursava o primário no Grupo Escolar Mestra Nhola. O artista deixa a viúva Graça Fleury, fundadora do Instituto Piaget, e os filhos.