Começou como um solucionador de dúvidas, um redator preciso e um aliado para organizar rotinas. Aos poucos, porém, a inteligência artificial (IA) avançou para territórios mais íntimos, cruzando a linha que separa conveniência e confiança. Depois de dominar respostas rápidas e produzir textos sob demanda, as plataformas de IA, como o ChatGPT, da OpenIA, e o Gemini, do Google, agora chegam às academias. Elas prometem montar treinos, prescrever dietas e orientar escolhas que, até ontem, eram exclusividade de profissionais da área. O advogado Eduardo Augusto Mendonça Costa, de 38 anos, é um dos que decidiram testar essa nova fronteira. Depois de usar a tecnologia para agilizar tarefas jurídicas, levou a IA para a rotina de cuidados pessoais. “Usei a IA para montar uma estrutura de dieta e treino voltada ao ganho de massa magra e à redução de gordura, com base nos meus exames e na minha rotina”, conta. Ele afirma que os resultados foram positivos, especialmente pelo entendimento que ganhou sobre nutrição e fisiologia, mas faz questão de apontar os limites do método.