De acordo com as previsões da revista Variety, Wagner Moura será indicado ao Oscar de Melhor Ator - mas, para a publicação, ele não é o favorito para levar o prêmio para casa.Segundo a revista, a estatueta será de Ethan Hawke. Ele interpreta o compositor Lorenz Hart em Blue Moon, do diretor Richard Linklater.Ethan Hawke e Richard Linklater aguardaram 12 anos para fazer o filme. O diretor queria esperar o ator envelhecer a ponto de se encaixar no papel. Essa não foi a primeira colaboração de longo prazo dos dois: eles já haviam trabalhado juntos em Boyhood: Da Infância à Juventude (2014), que teve filmagens anuais ao longo de 12 anos, e na Trilogia do Antes: Antes do Amanhecer (1995), Antes do Pôr do Sol (2004) e Antes da Meia Noite (2013).O ator já foi indicado ao Oscar quatro vezes, e não venceu nenhuma. Em entrevista à Variety publicada em outubro, ele relembrou um conselho que recebeu de Denzel Washington ao perder seu primeiro Oscar, em 2002: “Ele disse: não se preocupe, você ainda não quer vencer. Vai significar muito mais no futuro. Você ainda vai fazer muitos bons trabalhos”.Essa seria sua primeira indicação ao prêmio de melhor ator. Ethan Hawke foi indicado a Melhor Ator Coadjuvante em 2002 (por Dia de Treinamento) e em 2015 (por Boyhood), e concorreu ao prêmio de melhor roteiro adaptado em 2005 (Antes do Pôr do Sol) e em 2014 (Antes da Meia Noite).Nas estimativas do site The Hollywood Reporter, no entanto, Wagner Moura é o vencedor. A publicação colocou o brasileiro à frente de nomes como Leonardo DiCaprio (Uma Batalha Após a Outra), George Clooney (Jay Kelly), Timothée Chalamet (Marty Supreme) e Michael B. Jordan (Pecadores). Ethan Hawke não foi citado nas principais apostas do veículo, mas está numa lista secundária de “maiores ameaças” aos cinco selecionados. As indicações ao Oscar 2026 serão anunciadas no dia 22 de janeiro. A pré-seleção será divulgada no dia 16 de dezembro. O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, se passa em Recife, em 1977, e é protagonizado por Wagner Moura, que interpreta um pesquisador perseguido por figuras autoritárias. Embora a história não trate diretamente da ditadura militar, o filme denuncia de forma clara a violência institucional e a corrupção que marcaram aquele período no Brasil. A narrativa mescla elementos fantásticos com realismo histórico, criando uma atmosfera inquietante e simbólica que convida à reflexão sobre memória, repressão e reconstrução social.