O gaúcho Fabrício Carpinejar, 50, mantém uma relação de cumplicidade poética com Goiás. Parte de seus autores favoritos são goianos, caso de Cora Coralina, Gilberto Mendonça Teles, José J. Veiga, Gabriel Nascente, Heleno Godoy e o sempre predileto, Bernardo Élis. “São figuras fundamentais em minha formação”, avisa de antemão. O escritor desembarca em Goiânia nesta quarta-feira (30) para participar do projeto Vitrines do Conhecimento, no Flamboyant Shopping Center.

Vencedor por duas vezes do Prêmio Jabuti e autor de livros como Depois É Nunca (2021), Para onde Vai o Amor? (2015) e Te Pego na Saída (2013), Carpinejar profere a palestra Transformações pelo Afeto. Na ocasião, o escritor falará sobre questões humanas que rodeiam a todos, como a necessidade de gentileza em tempos virtuais e a busca pela felicidade em um momento de adoecimento coletivo.

“A palestra se concentra no quanto não podemos permitir a invisibilidade de quem está ao nosso lado. Não importa de onde essa pessoa vem, para onde ela vai, qual é seu sobrenome, jamais podemos deixar alguém desaparecer”, argumenta Carpinejar em entrevista ao POPULAR. Para o autor, a gentileza é uma riqueza crucial e que ninguém pode tirar de alguém. “Sempre temos o direito de ser educados”, completa.

Com mais de 2 milhões de seguidores no Instagram e 1,5 milhão no TikTok, Carpinejar mantém um diálogo aberto com o público nas redes sociais. Abre discussões sobre assuntos cotidianos, prepara cartas de respostas para leitoras e leitores, além de publicar poemas em manuscritos que destacam assuntos reiterados em vídeos, palestras e nos mais de 50 livros publicados.

Frases de efeito como “O mais difícil da conquista é a manutenção dos laços”, “Respeitar a decisão do outro é uma prova de amor” e “A admiração é a alma do amor” são curtidas e replicadas incessantemente pelos seguidores de Carpinejar. “Em tempos virtuais, precisamos recuperar a noção da presença, do olho no olho, o abraço proativo, a conversa despretensiosa”, ressalta o autor, pai de Vicente e Mariana Nejar.

Além dos canais virtuais, uma de suas principais plataformas de conexão com os leitores, o autor conserva uma coluna diária de crônicas para o jornal Zero Hora (RS), semanal para O Tempo (MG) e é comentarista da Rádio Gaúcha e do programa Encontro, da TV Globo. Durante muito tempo, também integrou o time do elenco do programa Amor e Sexo, comandado por Fernanda Lima. “Eu sou essencialmente um poeta. Todas as plataformas que eu faço uso, seja o YouTube, seja o TikTok, tem como base a palavra. Tudo parte do texto e, a partir da questão, articulo a escrita em diferentes linguagens”, explica o autor.

De olhos bem abertos e ouvidos atentos ao que acontece no mundo, o gaúcho de Caxias do Sul sempre que pode discute o que está em constante debate na sociedade. É o caso, por exemplo, das questões atuais relacionadas aos relacionamentos familiares tóxicos, que até então não eram ditas. “Escrevi recentemente um texto comentando o caso da Larissa Manoela a respeito de uma reflexão mais séria sobre pais narcisistas e tutelas precoces no mundo das artes. É o que as pessoas estão discutindo e querem ler”, opina Carpinejar.

O poeta também amplifica discussões sobre as relações interpessoais e saúde mental. De acordo com o autor, há um sinal contínuo de adoecimento coletivo que pode ser revisto no aumento de casos de depressão, ansiedade, estresse e pânico. “A gente não fica mais com o tempo ocioso tão fundamental para a construção de afetos. Passamos o dia todo ocupados e marcando hora para a própria família. Tudo tem de ser agendado. É como se estivéssemos num completo adiamento”, comenta o escritor. 
 
Mudanças 
Em outubro, Carpinejar completa 51 anos. Os últimos anos têm sido agitados para o poeta. As maiores mudanças no jeito de olhar para as pessoas e o mundo do escritor foram acarretadas nos anos de pandemia. “Antes da pandemia você vinculava felicidade quando passeava, viajava. Sem a possibilidade de sair de casa, você teve de resgatar os rituais domésticos como fonte de contentamento. Me tornei mais sereno, mais sóbrio. Aprendi a ficar em silêncio, a não depender tanto da fala para demonstrar o que sinto”, conta o autor. 
 
Janelas de conexão 
Discussões sobre a sociedade embalam o projeto Vitrines do Conhecimento, que já trouxe para Goiás nomes como o maestro e pianista João Carlos Martins, o historiador Leandro Karnal, o filósofo Mário Sérgio Cortella e a psicanalista Ana Suy. Nos próximos meses, o projeto já tem datas e nomes confirmadas em sua agenda: no dia 27 de setembro, a influenciadora e modelo Paola Antonini ministra a palestra&nbsp;Motivação; já no dia 30 de outubro, o escritor do best-seller O Papai é Pop (2015), Marcos Piangers promove o debate&nbsp;Relações Familiares e Conexão com o que Importa. 
 
SERVIÇO 
Palestra Transformações pelo Afeto, por Fabrício Carpinejar 
Data: nesta quarta-feira (30), às 19h30 
Local: Estacionamento coberto do Flamboyant Shopping Center, Deck Sul 1, Jardim Goiás 
Ingresso: um livro de literatura infantil em perfeito estado de conservação 
Informações: 35462058

Fabrício Carpinejar faz palestra em Goiânia nesta quarta-feira (30)

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Vitrines do Conhecimento

Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o professor, escritor, poeta, cronista e apresentador Fabrício Carpinejar é um dos palestrantes do 2º Seminário de Educação Inclusiva que começa na noite desta sexta-feira, 1º de março, no Centro de Convenções de Goiânia. O evento é uma realização do Fórum de Inclusão no Mercado de Trabalho das Pessoas com Deficiência e dos Reabilitados pelo INSS (FIMTPODER) com o apoio do Ministério Público do Trabalho. O seminário tem como tema Inclusão Escolar da Pessoa com Deficiência: A Importância do Profissional de Apoio na Educação Básica e no Ensino Superior.

Antes de chegar a Goiânia para a palestra que irá ministrar no sábado (2) à tarde sobre Como Despertar a Confiança – A Função Terapêutica do Elogio, Carpinejar falou ao POPULAR. Autor de 51 obras que fizeram dele um dos escritores mais premiados da literatura brasileira, ele discorre sobre a importância do elogio, do abraço e da família. Lembra o quanto as redes sociais fazem o nosso tempo improdutivo e mostra um pouco do que é o Manual do Luto, seu último lançado no fim do ano passado.

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No 2º Seminário de Educação Inclusiva em Goiânia você vai falar sobre a função terapêutica do elogio. Como essa ação funciona? 

Nós estamos mais acostumados a responder críticas do que a receber elogios. Se existem comentários em uma postagem sua, você deixa passar todos os elogios e somente responde os contrapontos, os desajustes, as críticas e os comentários negativos. Isso significa que toda a nossa sensibilidade vem sendo trabalhada para apenas dar valor a quem não gosta da gente. Deixamos passar todos que nos valorizam. Apenas relações com amigos ou com mais próximos nós demonstramos intimidade xingando, ofendendo. A gente não percebe que o amigo está precisando de elogios. A gente não diz de forma direta “como você é bonito”, “como você é engraçado”, “como você me faz bem”, “como você é espirituoso”. A gente diz: “você não vale nada”, “você não presta”, e sem perceber empurramos nossos afetos ao precipício. Existe a escola da implicância. Você pensa que ajuda pela implicância. Não, você apenas desenvolve anticorpos para a pessoa ficar aguentando ser maltratada.

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Por que chamar alguém de forte não é um elogio?

Ser forte não é um elogio. Toda vez que você é elogiado de forte é para receber mais tarefas, para aguentar sem pedir socorro, para suportar o excesso de demandas silenciosamente. Ser chamado de forte é um incentivo para a exploração, para a submissão, para não perceber os seus limites, para não solicitar socorro. Você é chamado de forte quando recebe uma tarefa que não será remunerada. Ser chamado de forte é uma cilada, uma armadilha. É quando alguém tem uma segunda intenção com você e não dá o devido reconhecimento.

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Qual é o grande mal da contemporaneidade? 

É a pressa. Ela distorce, finge uma presença, você não escuta o que o outro diz porque não tem tempo para escutar. Você finge que está presente, mas não está e não guarda aquele momento e não registra aquele diálogo. Nós sempre estamos perdendo pessoas mais do que objetos pela pressa. Onde coloquei meu celular, meus óculos, meu cartão de crédito são perdas menores diante de pessoas que perdemos pela velocidade, pela pressa, pela fugacidade. Nós não paramos para olhar alguém nos olhos para perpetuar o que aquela pessoa está querendo.

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Qual é o grande impacto das redes sociais nas relações, em especial nas familiares? 

Você não pode entrar nas redes sociais para navegar porque irá se afogar. Você precisa entrar nas redes sociais por objetivos. Não é assim que você funciona na vida. Você não sai de casa sem saber onde vai. Perdidamente, a esmo para ver onde vai parar. É isso que temos feito com as redes sociais. Entramos nelas sem querer nada. A gente fica duas, quatro horas sem entender onde paramos. Por que eu estou no perfil dessa pessoa? Um post chama outro post e você acaba com três ou quatro horas improdutivas de sua existência sem ter aprendido nada. Passando de página em página numa avalanche da infertilidade, da imobilidade.

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Em suas palestras você tem falado muito da importância da família, mesmo de uma forma paradoxal: “ela é nosso lugar de trauma, mas também um reservatório de memórias”, como mencionou numa entrevista. Como explica isso? 

A família é a base de tudo. Você precisa de um lugar para ser sincero. Entender sinceridade como afeto. Não entender sinceridade como falar de qualquer jeito. A família é o espaço em que você se sente bonito, acreditado e que você vai descobrir que o amor é um filme de baixo orçamento e que não precisa de muito para ser feliz, precisa do essencial. Nós não podemos viver sem um lugar para voltar. Uma viagem só faz sentido se temos um lugar para voltar e a família é esse lugar e a gente sempre volta. A família é o lugar que a gente se sente inteiro, mesmo com nossos pedaços. Não existe força maior do que o amor familiar, que é invencível, é inquebrantável. O amor familiar faz com que você se sinta em paz. É a fonte das primeiras escolhas da vida. É onde você escolheu seu cantinho para pensar, seus livros, suas músicas, o melhor turno do seu dia. A família é a base das suas escolhas.

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Você acredita que o afeto está relegado a um segundo plano no mundo atual? 

O afeto está relegado ao segundo plano porque nós nos abraçamos pouco. Os abraços são destinados a momentos solenes: a uma despedida, a uma confissão, a um choro, a uma perda, a uma comemoração. A gente deveria praticar o abraço, abraçar mesmo quando não tem nada a dizer porque o abraço diz tudo.

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Algo que é recorrente em suas palestras são as lágrimas. A sua sensibilidade coloca o público para chorar. A que atribui essa reação? 

Eu costumo dizer que a saudade parece triste, mas é feliz. Saudade significa que você viveu, que você tem o que lembrar, que a vida não foi em vão, que você esteve presente. As pessoas choram em minhas palestras, não porque falo algo triste, mas porque eu lembro o quanto essas pessoas já foram felizes antes.

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Você lançou recentemente o Manual do Luto. Quais são as mortes que você leva o leitor a entender e a enfrentar? 

Temos que combater mentiras sociais a respeito do luto. É isso que falo em meu manual. A primeira mentira e a mais veemente é que o luto tem hora para acabar. Não, o luto é para toda a vida. Você não tem como se desvencilhar de alguém, se desapegar de alguém. Você vai acomodar aquela dor para doer menos, mas não irá se livrar daquela dor. Por que não podemos extinguir o luto? Porque contraria o próprio sentido da vida. Você vive para ser lembrado. O luto, portanto, é a preservação da memória, a conservação da saudade. Se você extinguir o luto, você está dizimando a saudade, a memória e fazendo com que todos sejam esquecidos.

A segunda mentira a respeito do luto envolve que com o tempo você vai se acostumar com o luto. Você nunca se acostuma com uma despedida. A despedida é parcelada, o adeus é parcelado. Depois de dez anos após uma perda, você pode sofrer ainda mais, ter ainda mais saudade, porque você conhece o outro, tanto que ele se infiltra em sua memória. E quando você é feliz, lembra que o ente querido também estaria feliz se estivesse vivo. Você passa a carregar dentro de você a personalidade de alguém.

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Cuidado inicial é essencial

União para incluir e acolher&nbsp; 
O 2º Seminário de Educação Inclusiva é destinado aos profissionais da educação, das redes pública e privada; às associações de defesa dos direitos da pessoa com deficiência e à sociedade civil em geral. “Precisamos agir já nos primeiros anos da formação educacional da pessoa com deficiência. Para isso, é preciso que estejamos junto tanto dos agentes públicos que formulam as leis, quanto dos profissionais de educação para que as pessoas com necessidades educacionais especiais (NEE) sejam incluídas e acolhidas com qualidade”, afirma Elizabeth Campos, coordenadora do FIMTPODER.&nbsp;

O evento será aberto nesta sexta-feira (1) às 19 horas com a palestra magna Parecer do Conselho Nacional de Educação relativo às Orientações Específicas para o Público da Educação Especial: Atendimento de Estudantes com Transtorno do Espectro Autista – TEA e terá continuidade neste sábado (2). A explanação inicial caberá à Maria Aparecida Gurgel, procuradora do Trabalho e doutora em Direito Coletivo do Trabalho pela Universidade de Roma Tor Vergata (Itália) e autora de diversas obras sobre direitos das pessoas com deficiência.&nbsp; 
Para saber mais: <a href="https://fimtpoder-eventos.com/seminario/">https://fimtpoder-eventos.com/seminario/</a>.

"Ser forte não é um elogio", diz Fabrício Carpinejar

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Entrevista

Liberdade, Melancolia e Dor em um Mundo em Mutação é o tema da conferência do escritor gaúcho Fabrício Carpinejar, que abre nesta segunda-feira, às 19 horas, no Teatro Goiânia, o projeto Diálogos Contemporâneos. Durante cinco semanas, a cidade vai receber dez renomados escritores e intelectuais para discutir literatura e realidade. A entrada é franca e os ingressos serão distribuídos uma hora antes do início da palestra.Poeta, jornalista e mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Carpinejar terá como mediador de sua fala Rafael Magalhães, escritor, ator e palestrante, autor das obras Precisava Escrever 1, 2 e 3, livros que são fenômeno de popularidade e estão na lista dos mais vendidos do País. O objetivo do projeto é aproximar escritores e escritoras brasileiras do público, promover a literatura e dialogar sobre temas que dizem respeito ao Brasil de hoje.“As tramas existenciais da sociedade moderna são marcadas por mudanças significativas, decorrentes da globalização em suas dimensões socioeconômicas, culturais e tecnológicas. As redes sociais, a informação em tempo real, a urgência da vida nas grandes metrópoles, o estresse, a violência, alteram os sentimentos e as relações de amor e afeto”, explica Carpinejar sobre o tema de sua palestra. Para ele, sentimentos como solidão, neuroses, depressão e fobias aumentam o uso de psicotrópicos e alimentam a indústria farmacêutica, religiosa e de autoajuda.Saber lidar com essa conjuntura tem sido o desafio da geração atual. Autor de 47 livros, o escritor recebeu mais de 20 prêmios literários, sendo duas vezes o Prêmio Jabuti. Neste mês, ele lançou Depois é Nunca (Bertrand Brasil), livro sobre luto provocado pela pandemia da Covid-19 no Brasil. “Nunca enxerguei a morte dessa maneira, tão próxima quanto hoje. Então, veio essa urgência de abordar esse assunto, de dar esse abraço. Queria poder falar da morte sem pudor, sem medo”, disse, em entrevista recente.

Carpinejar abre projeto Diálogos Contemporâneos em Goiânia

Aproximar escritores e escritoras brasileiras do público, promover a literatura e dialogar sobre temas que dizem respeito ao Brasil de hoje são os objetivos principais do projeto Diálogos Contemporâneos, que será realizado pela primeira vez em Goiânia a partir de segunda-feira. Ao longo de cinco semanas, o Teatro Goiânia será palco de dez conferências com nomes como Mary Del Priore, Fernando Morais, Elisa Lucinda e o ex-ministro da Educação e professor de filosofia Renato Janine Ribeiro. Toda a programação tem entrada franca.“Há vários projetos que buscam promover a literatura brasileira e nossos escritores. O que pensamos foi que seria importante refletir sobre temas específicos, relacionando-os a suas obras, num ambiente em que ocorresse uma troca, um diálogo”, explica Nilson Rodrigues, diretor-geral do projeto, que é uma realização da Associação Amigos do Cinema e da Cultura, com o apoio da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo.&nbsp;O escritor, cronista e comentarista de TV Fabrício Carpinejar e o romancista, jornalista e membro da Academia Brasileira de Letras Ignácio de Loyola Brandão abrem a intensa programação do projeto em Goiânia. As conferências serão, respectivamente, na segunda e terça-feira, sempre às 19 horas. A exposição de cada escritor será seguida de debate e sessão para autografar seus livros. Além da abertura do teatro ao público, serão feitas transmissões ao vivo no canal do Diálogos Contemporâneos no YouTube. Os encontros contarão com interpretação em Libras.Apesar da diversidade de convidados, o formato será parecido. Para cada noite de encontro, um tema será aprofundado pelo palestrante e seu mediador. Fabrício Carpinejar trará questões sobre Liberdade, Melancolia e Dor em um Mundo em Mutação. A palestra será mediada pelo escritor Rafael Magalhães, autor das obras Precisava Escrever 1, 2 e 3. No dia seguinte, Ignácio de Loyola Brandão falará sobre Literatura, Pestes, Pandemias e Distopias - Ficção e Realidade.Para a mediação do debate, entra em cena o professor e teatrólogo, ex-secretário de cultura de Goiânia Sandro di Lima. Apesar do ingresso ser gratuito, ele será distribuído na bilheteria do teatro, um hora antes de cada palestra, obedecendo à ordem de chegada das pessoas ao local. Segundo a organização, todas as normas de prevenção contra a Covid-19 serão seguidas, conforme recomendações das autoridades sanitárias de Goiânia. O uso de máscaras pelo público será obrigatório durante todo o evento.“Tivemos de adiar por um ano essa edição do Diálogos Contemporâneos, pois nos interessava apenas fazê-lo presencialmente, embora também façamos a transmissão ao vivo pela internet”, explica Nilson Rodrigues. Os organizadores optaram por não escolher um único tema que pautasse todo o evento. Por isso, cada debate terá uma temática própria. Sérgio Vaz, por exemplo, falará sobre a literatura que vem da periferia, enquanto Mario Prata vai se concentrar na questão do envelhecimento e no lugar das pessoas que não são mais jovens na sociedade.“Buscamos sempre associar as obras dos escritores e o seu pensamento crítico aos temas pré-estabelecidos”, explica o diretor-geral sobre a curadoria dos convidados. Para Nilson, aqueles que produzem literatura, seja ficcional ou documental, refletem sobre os assuntos que estão no cotidiano, que chamam a atenção e inquietam a sociedade. “E é esse diálogo que nos auxilia na compreensão e na busca de caminhos para superar o momento de obscurantismo que vivemos no Brasil”, destaca.  Pelo Brasil O projeto Diálogos Contemporâneos nasceu em Brasília. A primeira edição foi em 2018, em Campo Grande e em Brasília. A segunda edição foi em 2019, somente na capital federal. Como a aceitação do público foi muito boa, os organizadores resolveram ampliar e levar o ciclo de palestras para outras capitais do País Em 2021, além de Goiânia, serão realizados eventos em Maceió, Curitiba e Porto Alegre.  PROGRAMAÇÃO  Local: Teatro Goiânia, sempre às 19 horas Ingressos: Gratuitos liberados na bilheteria do teatro 60 minutos antes de cada palestra Segunda-feira Palestrante: Fabrício Carpinejar Tema: Liberdade, melancolia e Dor em um Mundo em Mutação  Terça-feira Palestrante: Ignácio de Loyola Brandão Tema: Literatura, Pestes, Pandemias e Distopias - Ficção e Realidade  Dia 25 de outubro Palestrante: Sérgio Vaz Tema: A Literatura que Vem da Periferia  Dia 26 de outubro Palestrante: Xico Sá Tema: Mundo Digital e Sociedade em Rede - As Mídias Tradicionais e os Novos Espaços de Informação e Comunicação  Dia 15 de novembro Palestrante: Mary del Priore Tema: A Construção da Violência contra a Mulher na Sociedade Brasileira  Dia 16 de novembro Palestrante: Fernando Morais Tema: Guerras Culturais - Corações e Mentes em Tempos de Fake News, Negacionismo e Pós-Verdade  Dia 22 de novembro Palestrante: Elisa Lucinda Tema: Empatia e Solidariedade: Antídotos contra a Banalização da Maldade e do Preconceito  Dia 23 de novembro Palestrante: Renato Janine Ribeiro Tema: Espiritualidade, Metafísica e Religiosidade no Brasil Contemporâneo  Dia 29 de novembro Palestrante: Mário Prata Tema: O Envelhecimento e o Espaço Social dos que Não São Mais Jovens  Dia 30 de novembro Palestrante: Tereza Cruvinel Tema: Cenários para um Mundo Pós-Pandemia - O Fim do Século 20 e o Futuro que nos Espera  As normas de segurança contra Covid-19 serão rigorosamente respeitadas. Portanto, a capacidade do espaço será reduzida e será obrigatório o uso de máscaras por todos os presentes.<div attr-cid="policy:Image_1.2337749" attr-version="policy:Image_1.2337749" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:Image_1.2337749" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'Image_1.2337749', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:Image_1.2337749">Imagem (Image_1.2337749)</a></div><div attr-cid="policy:Image_1.2337750" attr-version="policy:Image_1.2337750" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:Image_1.2337750" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'Image_1.2337750', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:Image_1.2337750">Imagem (Image_1.2337750)</a></div>

Projeto 'Diálogos Contemporâneos' será realizado pela primeira vez em Goiânia

Os agentes de combate às endemias da Secretaria Municipal da Saúde (Semus) começaram passar nas propriedades da zona rural de Palmas para aplicação da vacina antirrábica em cães e gatos nesta semana.&nbsp;&nbsp;

O cronograma foi iniciado na região do Água Fria e permanecerá até o dia 18 de dezembro para imunizar cães e gatos contra a raiva. A programação completa segue até 19 de fevereiro de 2025 passando por todas as regiões rurais da Capital.

A aplicação de vacina é realizada de forma gratuita e deve ser feita anualmente em cães e gatos, a partir dos três meses de vida, que estejam saudáveis.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/tocantinense-aguarda-ha-quase-30-dias-por-cirurgia-ginecologica-pelo-sus-1.3201696">Tocantinense aguarda há quase 30 dias por cirurgia ginecológica pelo SUS</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/banco-de-leite-esta-com-estoques-baixos-para-amamentar-mais-de-30-bebes-saiba-como-doar-1.3200633" target="_blank">Banco de leite está com estoques baixos para amamentar mais de 30 bebês; saiba como doar</a></div>

Confira aqui o cronograma completo:&nbsp;

<ul>
	<li>18 a 28 de novembro - Água Fria/Dertins</li>
	<li>19 a 28 de novembro - P.A São João&nbsp;</li>
	<li>29 de novembro - Chácaras/Belo Horizonte e Vista Alegre&nbsp;</li>
	<li>29 de novembro a 11 de dezembro - Água Fria</li>
	<li>2 a 5 de dezembro - Santa Fé Rural&nbsp;</li>
	<li>6 a 13 de dezembro - Santa Fé Chácaras&nbsp;</li>
	<li>11 de dezembro - Benta Galvão/Vale do Sol</li>
	<li>16 a 18 de dezembro - Buritirana Distrito</li>
	<li>19 e 20 de dezembro - Coqueirinhos</li>
	<li>19 e 20 de dezembro - P.A. Entre Rios/Escola Entre Rios&nbsp;</li>
	<li>6 e 7 de janeiro de 2025 - P.A. Entre Rios/Escola Entre Rios&nbsp;</li>
	<li>6 a 8 de janeiro de 2025 - Taquaruçu Grande KM 3 ao 6 da TO 020&nbsp;</li>
	<li>8 e 9 de janeiro de 2025 - Grota D’Água&nbsp;</li>
	<li>9 a 13 de janeiro de 2025 - Taquaruçu Grande KM 12 a 30 da TO 020&nbsp;</li>
	<li>13 a 15 de janeiro de 2025 - Vão do Mutum&nbsp;</li>
	<li>14 e 15 de janeiro de 2025 - Taquaruçu Grande KM 31 a 38 da TO 020&nbsp;</li>
	<li>16 e 17 de janeiro de 2025 - Leão de Judá KM 7 e 9 da TO 020&nbsp;</li>
	<li>16 e 17 de janeiro de 2025 - Piabanha&nbsp;</li>
	<li>20 a 22 de janeiro de 2025 - Taquaruçu Grande&nbsp;</li>
	<li>23 e 24 de janeiro de 2025 - Vão do Lajeado&nbsp;</li>
	<li>20 e 21 de janeiro de 2025 - Santa Fé II e Condomínio Verde Vida</li>
	<li>27 a 29 de janeiro de 2025 - Jaú&nbsp;</li>
	<li>22 e 23 de janeiro de 2025 - Fazendas Piabanha&nbsp;</li>
	<li>24 a 30 de janeiro de 2025 - Chácara Taquarussu</li>
	<li>30 de janeiro a 5 de fevereiro de 2025 - Taquaruçu Grande</li>
	<li>31 de janeiro a 3 de fevereiro de 2025 - Taquaruçu Grande</li>
	<li>6 a 10 de fevereiro de 2025 - Brejo Comprido&nbsp;</li>
	<li>4 e 5 de fevereiro de 2025 - Vila Agrotins</li>
	<li>11 a 14 de fevereiro de 2025 - Água Fria&nbsp;</li>
	<li>6 e 7 de fevereiro de 2025 - Taquari Chácaras&nbsp;</li>
	<li>17 e 18 de fevereiro de 2025 - Chácara da Arno 71 (603 Norte)&nbsp;</li>
	<li>19 de fevereiro de 2025 - Chácaras Santo Amaro</li>
</ul>