Wesley Cosme da Silva, 21 anos, acusado e preso por homicídio qualificado, reconhecido pelo “catálogo de suspeitos”. No dia de seu julgamento, algumas perguntas vêm à tona: como um veredito pode afetar o futuro de um jovem? Será que a cor da pele tem influência no processo jurídico? Misturando dramaturgia e experimento social, o julgamento de um caso fictício é o fio condutor do especial Falas Negras deste ano, que se propõe a discutir o uso do reconhecimento fotográfico de suspeitos e o encarceramento de pessoas negras. Com apresentação de Clayton Nascimento e direção artística de Antonia Prado, o especial vai ao ar no dia 20, Dia Nacional da Consciência Negra. O protagonista Wesley (Diego Francisco), um rapaz negro, é réu pela morte de Matheus, um adolescente de 16 anos, assassinado no estacionamento de uma loja de construção no Rio de Janeiro. A mãe da vítima o reconhecera em uma fotografia do catálogo de suspeitos, que lhe foi apresentado na delegacia, no momento do boletim de ocorrência. Esta se torna a principal prova para a acusação. No tribunal reproduzido pelo programa, no dia de seu julgamento, todos são atores, exceto os jurados. Formado por cidadãos comuns, o júri tem nas mãos a missão de dar um veredito que vai definir o futuro do réu.