O filme “Ophir” é o grande vencedor do Prêmio Cora Coralina, que elege o melhor filme do ano no Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA) 2021. O longa-metragem de 97 minutos, produzido na França e no Reino Unido, conta a história de uma revolução indígena pela criação de uma nação independente na ilha de Bougainville, na Papua Nova Guiné.Dirigido por Alexandre Berman e Olivier Pollet, o filme “lança luz sobre o maior conflito do Pacífico desde a Segunda Guerra Mundial, revelando as cadeias visíveis e invisíveis da colonização e seus ciclos duradouros de guerra física e psicológica”, conforme sinopse da obra.Mostra Whasghinton NovaesNa categoria melhor curta ou média-metragem, o brasileiro “Volta Grande”, dirigido por Fábio Nascimento, venceu. Com 26 minutos de duração, o média-metragem conta a história de trezentas famílias ribeirinhas que foram violentamente removidas de suas casas para a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.O Prêmio João Bennio, que escolhe o melhor filme goiano da Mostra Whashington Novaes, foi para o curta-metragem Japão, que narra recordações, angústias e anseios de trabalhadores nas escavações de um poço.O Prêmio Luiz Gonzaga Soares, que elege o melhor filme pelo júri popular, foi para o &nbsp;longa brasileiro “Primavera Púrpura”, dirigido por Silvana Beline. O filme conta a trajetória de luta e sensibilidade de Rosangela Piovezani, mulher camponesa que aos 54 anos decide cursar Direito em uma Universidade pública.Mostra Cinema GoianoUm dos principais destaques da Mostra do Cinema Goiano foi o curta-metragem Hawalari, vencedor de três prêmios. O filme venceu nas categorias melhor filme de ficção, melhor atuação, para Halawari Coxini, e melhor direção de fotografia, para Cássio Domingos.Em entrevista ao POPULAR, Hawalari contou sobre processo de construção do filme, que começou ainda em 2016. “Foi uma produção demorada. O Cássio Rodrigues veio falar comigo para fazer um curta, primeiramente seria sobre minha vida. Decidimos fazer uma ficção e aí foi surgindo o roteiro”, explicou a atriz, roteirista e diretora do filme que leva seu nome na aldeia indígena.O curta foi gravado em Aruanã e chegou a ter oito cortes antes da versão final. Sobre a presença forte das temáticas indígenas no FICA 2021, Hawalari Coxini disse que ficou muito feliz. “As indígenas mostrando que o audiovisual também é o nosso aliado e que a gente reconstrói a nossa luta de outras formas. Não é a visão de pessoas não-indígenas contando sobre a gente, é a gente tomando a nossa iniciativa, falando, produzindo e fico muito feliz com isso”, disse.Confira abaixo os filmes vencedores da 22° edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental.Filmes vencedores da mostra Washington NovaesPrêmio José Petrillo (melhor filme do júri imprensa): Currais Direção: David Aguiar e Sabina ColaresPrêmio Jesco Von Putkamer (melhor filme júri jovem): Mata Direção: Ingrid FadnesPrêmio Luiz Gonzaga Soares (melhor filme júri popular): Primavera Púrpura Direção: Silvana BelinePrêmio Acari Passos (melhor curta ou média-metragem): Volta grande Direção: Fabio NascimentoPrêmio João Bennio (melhor filme goiano): Japão Direção: Henrique Aguiar BorelaPrêmio Cora Coralina (melhor filme do ano): Ophir Direção: Alexandre Berman, Olivier PolletMenções honrosas:Soldados da borracha Direção: Wolney OliveiraA Sad Se Spušta Veče Direção: Maja NovakovićVencedores da mostra de videoclipesMelhor videoclipe goiano: Nós Fiéis Direção: Ana Aquino e Meg GaertnerMelhor videoclipe nacional: Coisa e tal Direção: Eric Andrada e Gerson MarquesVencedores da mostra de filmes goianosMenção honrosa: Relatos Tecnopobres Direção: João Batista SilvaMelhor direção de arte: Carol Breviglibri, por SirumiMelhor trilha musical: Lily's hair Direção: Raphael GustavoMelhor som: Tiago Camargo e Guilherme Nogueira, por SirumiMelhor atuação: Hawalari Coxini, por HawalariMelhor montagem: Rei Souza, por Choveu há pouco na montanha desertaMelhor roteiro: Lily's hair Direção: Raphael GustavoMelhor direção de fotografia: Cássio Domingos, por HawalariMelhor filme de animação: A menina atrás do espelho Direção: Iuri MorenoMelhor filme experimental: Búfala Direção: Tothi dos SantosMelhor filme de ficção: Hawalari Direção: Cássio DomingosVencedores da mostra Becos da minha terraMelhor roteiro e melhor filme: Verde Cor de Rosa Direção: Vincent Glen GielenMelhor direção: A rua do chupa osso Direção: João Dorneles

Filmes de temáticas indígenas são destaques na premiação do FICA 2021; veja resultado completo

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Ainda no Mês do Orgulho LGBTQIAPN+, o documentário Capim-Navalha retorna à cena do cinema brasileiro com força total. A produção passa a ser distribuída nacionalmente pela Descoloniza Filmes. Com uma nova roupagem, a versão definitiva ganha trilha sonora original e montagem ampliada.

O longa, gravado na Chapada dos Veadeiros, foca nas trajetórias de homens e mulheres trans, construindo um retrato sensível e profundo sobre gênero, resistência e pertencimento no Cerrado. O filme tem direção de Michel Queiroz.

Capim-Navalha percorreu um circuito expressivo de festivais nacionais, com exibições no Festival Internacional Rio LGBTQIA, Festival Mix Brasil, Festival DIGO, Festival For Rainbow, Festival de Cinema PiriDoc e FICA – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental.

“O longa nasce de um gesto que começou ainda em 2020, com o curta homônimo, realizado em plena pandemia. A partir dele, construímos essa nova versão, mais ampla, com mais tempo de escuta, novas camadas visuais, sonoras e poéticas”, explica o diretor Michel Queiroz, que atualmente reside na Cidade de Goiás.

O cineasta também conta que “o Cerrado é um personagem também e os lugares das entrevistas foram relacionados ao valor emotivo de cada pessoa, onde ela se sentia mais confortável”. O resultado impressiona.

Como parte das contrapartidas do edital da Lei Paulo Gustavo, o projeto também oferece a oficina gratuita Lâmina e Imagem: à Montagem de Capim-Navalha, voltada ao público LGBTQIAPN+ e interessados em audiovisual, direção e processos criativos.

Realizada de forma 100% on-line e gratuita, entre os dias 25 e 30 de junho, a oficina será ministrada por Michel Queiroz e integrantes da equipe técnica do filme. “A oficina é uma extensão do próprio filme: mais do que ensinar técnicas de montagem e direção, queremos abrir espaço para que outras pessoas LGBTQIAPN+ possam ocupar as narrativas”, reitera Michel.

O foco é compartilhar o processo de montagem do documentário, discutir escolhas estéticas e narrativas e fomentar novas vozes no cinema brasileiro. As inscrições já estão abertas e seguem até 24 de junho, por meio de formulário on-line. O projeto projeto é realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo do Governo Federal operacionalizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado e Cultura (Secult Goiás).

SERVIÇO

Oficina on-line Lâmina e Imagem: à Montagem de Capim-Navalha

Data:&nbsp;25 a 30 de junho de 2025

Ministrantes:&nbsp;Michel Queiroz e equipe do longa

Público prioritário:&nbsp;LGBTQIAPN+ e interessados em cinema

Inscrições gratuitas

Informações:&nbsp;@capim.navalha

Documentário goiano gravado na Chapada dos Veadeiros inspira oficina de cinema

AUDIOVISUAL

Em 2013, quando ganhou sua primeira câmera filmadora, o realizador audiovisual Aristótelis Tothi começou a registrar cenas comuns do seu dia a dia com a mãe, Inez dos Santos, como uma forma de aprender a filmar. Mais tarde, os registros se tornaram pesquisa que o goiano chama de “coreografias do cotidiano no ambiente doméstico”. O resultado pode ser visto no filme Vasta Natureza de Minha Mãe, que foi selecionado para participar do CachoeiraDoc - Festival de Documentários de Cachoeira, importante janela do cinema brasileiro que começa nesta terça-feira (10).

Primeiro longa-metragem assinado por Tothi, o filme tem direção compartilhada com sua mãe, Inez, e teve estreia em abril durante o Panorama Internacional Coisa de Cinema. Com 80 minutos, a produção contou com recursos da Lei Paulo Gustavo, viabilizados pela Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia. Antes de chegar no longa, o cineasta havia assinado um curta na mesma perspectiva, Frescor Marine (2019), em que sua irmã, Liliane, é a personagem central do seu cotidiano.

“O mais desafiador de sair de uma proposta de um curta para o longa, se tratando de narrativas tão íntimas e pessoais, é construir uma proposta consistente e inventiva, que respeite e possibilite apresentar a história da minha família”, conta Tothi. “A proposta de longa-metragem começou a ganhar mais força quando tive a percepção de trazer gravações mais antigas, como do meu aniversário de 2 e 5 anos de idade, em que minha mãe contrata um profissional pra fazer a cobertura da festa”, completa.

Vasta Natureza de Minha Mãe é a descoberta de mãe e filho, juntos, de como filmar a vida dentro de casa. Inez é o fio condutor de uma narrativa que atravessa diferentes tempos e espaços, enquanto o filho, Aristótelis, registra o cotidiano e a intimidade do lar e é ali que ele tem a oportunidade de reinventar e capturar a natureza da mãe. Ambientado no Cruzeiro do Sul, bairro que a família reside há mais de 50 anos, na periferia de Aparecida de Goiânia, sendo 11 anos dessa vida sendo captados em filmagens. No filme, é a câmera que parece ser o elo entre o tempo e o espaço e o elo que permite aos dois a possibilidade de continuar sonhando.

“A intenção era de cruzar essas imagens atravessando o tempo, numa perspectiva em que eu e minha mãe tomássemos essa contação de sua trajetória de vida”, reflete o cineasta goiano. “É importante ressaltar que o filme também procura colocar em evidência essa natureza artística de Inez, que apresenta e se representa ao longo da narrativa. O longa se estrutura nessa encruzilhada da linguagem documental com confabulações de cenas que são propostas na perspectiva de uma ficção”, diz.

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Aristótelis Tothi é formado em Cinema pela Universidade Estadual de Goiás (Aristótelis Tothi / Divulgação)

Roteirista e diretor dos curtas-metragens A Câmera de João (2017), Frescor Marine (2019) e Búfala (2021), Tothi é formado em Cinema e Audiovisual pela Universidade Estadual de Goiás (UEG). É também produtor e diretor dos longas-metragens Vasta Natureza de Minha Mãe (2025) e Tião Personal Dancer, que está em finalização. Além disso, ele também é um dos sócios-fundadores da Dafuq Filmes, uma produtora audiovisual e locadora de equipamentos cinematográficos.

O longa marca também a estreia de Inez na direção, mas não na atuação, que ela chama de representação, já que representa a si mesma. Estar no set de filmagem não é uma novidade para ela. A baiana começou sendo a responsável pela alimentação dos sets que seu filho Aristótelis compunha a equipe. A observação é uma característica muito forte em Inez, que aprendeu sobre atuação, linguagem cinematográfica e qualidade do audiovisual.

Filme do realizador goiano Aristótelis Tothi participa do CachoeiraDoc

Exibições de filmes produzidos em Goiás marcam a programação do Cine Cultura deste sábado (16), a partir das 20h30, durante a Mostra Labareda. O destaque fica por conta da sessão première do curta-metragem Um Homem Nu, da roteirista e diretora Viviane Goulart, fruto da adaptação do livro Memórias do Submundo, do escritor e poeta marginal goiano Marco Coimbra.

O filme narra os mistérios por trás da figura de um homem que caminha nu pelas ruas de Goiânia. “Toda a narrativa destaca a curiosidade do escritor Marco Coimbra em saber quem é aquele homem e por quais motivos ele está nu no meio da rua. Trata-se de um dos contos do livro do autor que precisa ser conhecido por todos os goianos”, diz a diretora.

Ao longo da história, o espectador escuta os relatos que a protagonista, Jenny, faz a Marcão. Conhecida como a “rainha da confusão”, a personagem narra sua noite cheia de surpresas e encontros com outras figuras, como Gilberto, Rato e Primo. O roteiro da produção é inspirado nas obras do cineasta e fotógrafo iraniano Abbas Kiarostami, diretor de Gosto de Cereja (1997) e Um Alguém Apaixonado (2012) e que conquistou importantes prêmios, como a Palma de Ouro e o Leão de Ouro.

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O elenco do curta-metragem é formado pelo próprio autor, Marco Coimbra, além da atriz Juliana Dalle e dos atores Arthur Cintra, Fred Prachedes, João Batista e Allan Jacinto – este integra o elenco de Felipa e o Foguete (2017), exibido no especial de fim de ano da TV Anhanguera. “O filme bebe muito da linguagem do documentário em um jogo de realidade e ficção”, completa Viviane.

Janela

Além da estreia de Um Homem Nu, a Mostra Labareda serve de janela para a exibição de outros curtas-metragens de Goiás. É o caso, por exemplo, dos documentários Xica (2019) e Presente de Casamento (2021) e a ficção Codinome Meu Amor (2022). Todas as produções são dirigidas também pela diretora goiana, que atua na Labareda Cinematográfica e na Mostra Clandestina.

Natural de Belo Horizonte (MG) e radicada em Goiás desde 2016, Viviane é formada em Cinema e Audiovisual no Instituto Federal de Goiás (IFG), na cidade de Goiás. Em 2019, dirigiu o documentário Xica, em que assina também a direção de fotografia, edição e produção. Durante a pandemia, a artista dirigiu dois curtas-metragens: Presente de Casamento e Codinome Meu Amor, realizando, além da direção e produção, a fotografia, edição, e distribuição das obras. Em 2023, desenvolveu e produziu o seu primeiro longa-metragem intitulado Vulgo Jenny.

Além da exibição dos filmes, a mostra conta também um debate com a presença de Marco Coimbra, toda a equipe técnica de Um Homem Nu e o público participante encerra a programação da Mostra Labareda. O projeto foi contemplado pelo Edital de Fomento aos Novos Artistas do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás de 2017.

Serviço&nbsp;

Mostra Labareda

Exibição dos filmes Xica (2019), Presente de Casamento (2021) e a ficção Codinome Meu Amor (2022) e estreia do filme Um Homem Nu

Neste sábado (16), a partir das 20h30

Local: Cine Cultura, Centro Cultural Marieta Telles, na Praça Cívica&nbsp;

Entrada gratuita&nbsp;

Informações: 32014670

&nbsp;

Mostra Labareda exibe produções goianas neste sábado no Cine Cultura

CINEMA

O cachorrinho Pocó, mistura de labrador com bulldog, é brasileiro e não desiste nunca. O personagem é o protagonista da animação goiana A Ilha dos Ilús, que entra em cartaz nos cinemas no dia 14 de setembro, sendo que, na capital, a primeira semana será exclusivamente no CineMais Bougainville. O filme também estreia simultaneamente em oito praças, como São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Manaus. Com produção de Mandra Filmes, direção de Paulo G. C. Miranda e distribuição da Elo Studios, o longa abraça uma faixa etária de 3 a 12 anos, o que é cada vez mais raro em produções desse gênero.

“São poucos os filmes que atendem apenas crianças pela questão mercadológica, isso porque quando você classifica como família engloba um público gigante. O problema é que nem sempre uma produção desse tipo é infantil. Por conta disso, optamos por fazer uma trama simples, mas num universo rico por conta do desafio que é segurar um pequeno durante 1h30. Mas os pais também não vão se decepcionar”, confia o diretor da animação, Paulo Miranda. Para sair do papel, a animação conta com recursos do governo federal, da Secult Goiás, por meio da Lei Aldir Blanc e da Lei Goyazes, além de outros patrocinadores.

Com bom humor, o filme remonta a fábulas, em que personagens fantásticos apresentam temas importantes desse universo infantil, mostrando, principalmente, como a diversidade é peça-chave para ampliar o olhar sobre o mundo. A obra aborda ainda temas como amizade, companheirismo e força de vontade. A exibição de A Ilha dos Ilús conta com acessibilidade por meio do aplicativo MovieReading. O app gratuito é compatível com IOS e Android e possibilita ao usuário baixar legendas, libras e audiodescrição em português, de forma sincronizada com a exibição do longa.

A Ilha dos Ilús começou a ser produzida há cinco anos, com um orçamento considerado baixo para esse tipo de projeto de longa-metragem – cerca de US$ 350 mil. Para se ter uma ideia, Elementos (2023), da Pixar, custou US$ 200 milhões para ser concluído, sem contar gastos com marketing. Apesar disso, a animação goiana vem fazendo bonito por onde passa. Depois de rodar por festivais nacionais, como no Rio de Janeiro e Florianópolis, e internacionais, como no Peru, Havaí e México, o filme ganhou prêmio de melhor animação infantil no Moscow International Children’s, na Rússia.

O que aumenta ainda mais esse feito é que A Ilha dos Ilús é o primeiro longa de animação infantil da produtora goiana Mandra Filmes, que completou 21 anos de funcionamento em 2023. Na trajetória, o estúdio coleciona quatro séries de animação, mais de dez curtas-metragens e vários filmes produzidos em parceria. Já teve ainda mais de 400 participações em eventos de cinema, entre eles o 63° Festival Internacional de Cinema de Berlim (Berlinale), Festival de Cinema de Havana em Cuba, cinco participações no Animamundi, concorrendo por duas vezes ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/confira-a-programac-o-de-cinema-em-goiania-e-aparecida-de-7-a-13-de-setembro-de-2023-1.3063667" target="_blank">Confira a programação de cinema em Goiânia e Aparecida de 7 a 13 de setembro de 2023</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/exposic-o-de-siron-franco-em-s-o-paulo-fala-da-destruic-o-em-terras-indigenas-pelo-garimpo-1.3063666" target="_blank">Exposição de Siron Franco em São Paulo fala da destruição em terras indígenas pelo garimpo</a> 
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Paulo Miranda reforça que as animações goianas vêm sendo bastante festejadas pelo Brasil e no exterior. “Estamos conseguindo uma presença forte nacionalmente por conta da nossa vocação e lá fora o pessoal já sabe que aqui está acontecendo coisas boas nessa área.” O que vem se confirmando nos últimos anos. Recentemente, A Menina Atrás do Espelho, disponível para exibição gratuita no Porta Curtas e dirigido pelo goiano Iuri Moreno, venceu o prêmio Grande Otelo de melhor curta-metragem durante a 22ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro realizado no Rio de Janeiro, o Oscar nacional.

O Micronauta, dirigido por Emerson Rodrigues e desenvolvido pelo estúdio goiano Gabinete de Curiosidades Macaco Hábil, é outro exemplo. Resultado de quase dois anos de trabalho, o filme que conta a história de um explorador espacial que acabou de pousar em um universo microscópico, foi selecionado para o projeto Petrobras Cultural para Crianças. Em 2019, o curta de animação Saturn Voyager (O Explorador de Saturno), do Província Studio, colecionou vários prêmios, como de melhor animação no Festival de Hollywood, em Berlim (Alemanha) e exibido numa mostra paralela em Cannes (França). 
 
Trama 
Pocó está pronto para nascer e viver seu melhor dia de cachorro, mas alguma coisa deu errado no destino, e ele é enviado para uma família de avestruzes. Cansado da rejeição, o protagonista quer conhecer a sua verdadeira origem e decide procurar uma passagem secreta para voltar para a Ilha de Ilus, local mítico onde todos os animais vivem antes de nascerem. 
 
Lá funciona como uma espécie de escola. Todos nascem como ilus e, durante o desenvolvimento, vão para a casa de entrega, lugar onde aprendem tudo que precisam para ser o animal que serão na Terra. Nesta aventura, ele contará com a ajuda de outros bichos que passaram pela mesma confusão. &nbsp; &nbsp; 
 
Somente Rinco, o líder do clã dos animais rejeitados, sabe encontrar a passagem secreta. Pelo caminho, ele encontrará muitas surpresas. A melhor amiga de Pocó, Oli, o ajuda nessa jornada, mesmo ele nem imaginando que ela é uma espiã da Gakra, uma réptil maligna que pretende invadir a ilha e sacudir todo o reino animal. 
 
A proposta da trama é explicar vários conceitos tão falados na infância e que permearam a imaginação das crianças, como a origem da palavra cegonha; porque os avestruzes escondem a cabeça dentro da terra; de onde veio a lenda do patinho feio; porque o ornitorinco é um animal tão esquisito, entre outros temas. 
 
A trama surgiu ao acaso. O diretor conta que estava passeando com o seu filho, então com três anos de idade, por vários parques de Goiânia, quando começaram a falar sobre a origem dos animais antes de nascerem. “Começamos a brincar, imaginando histórias malucas, como onde estavam os animais antes de chegar na Terra e como eles já nascem sabendo de tantas coisas. A partir daí, pensei numa história com uma mensagem de inclusão, da importância da diversidade e a compreensão do que nos une. Apesar de parecer profundo, tudo é tratado de forma simples. Temos observado que as crianças têm entendido bem esse universo”, conta. &nbsp;