Os temperos realçam o sabor dos alimentos, encantam os olhos e ainda podem fazer bem para a saúde. Na Idade Média e até antes, a principal função das ervas, sementes e raízes de gosto marcante e perfume forte era encobrir o que não cheirava bem. Hoje, as especiarias desbravaram mundos e são essenciais nos pratos brasileiros. O Globo Repórter desta sexta-feira (18) passeia pelo universo dos temperos e revela os poderes e benefícios deles. O programa é uma coprodução com a EPTV.

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“A maior surpresa dessa reportagem foi descobrir o tamanho do poder dos temperos. A ciência já confirma que eles são um componente importante da nossa felicidade devido à sociabilidade que proporcionam, o bem-estar, os tratamentos, o complemento da alimentação. E as curiosidades, como de onde vem uma das especiarias mais caras do mundo, como é a planta da pimenta-do-reino, qual o cheiro do orégano fresco, tudo isso nos mostra que os temperos, na verdade, são personagens de um mundo fascinante”, garante o repórter Dirceu Martins, que conduz as reportagens.

Em Holambra, no interior de São Paulo, cidade famosa pela produção de flores, as pimentas são as estrelas. Um negócio familiar, gerido por dois irmãos, se dedica, há 20 anos, a fazer das pimentas frutos perfeitos em um viveiro, com 50 variedades. Os irmãos chegaram a trabalhar no mercado financeiro, mas hoje cuidam de um sítio do tamanho de seis campos de futebol, onde a pimenta é o prato principal e tudo o que eles produzem vira molho e geleias. No sítio, o repórter Dirceu Martins descobre a diferença entre os vários tipos da especiaria e experimenta a Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo, considerada uma pimenta nuclear.

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A dedo-de-moça, pimenta mais usada no Brasil para fabricação de molhos, e a malagueta, a mais cultivada, entraram na mira da ciência. O programa desta sexta-feira revela uma pesquisa inédita da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas, que investiga as propriedades da ardência das pimentas vermelhas. Os estudos revelam que, quanto mais ardida, maior o benefício para a saúde. Mas os pesquisadores alertam que, devido aos componentes fortes, elas não podem ser consumidas em grande quantidade.

Na viagem pelos temperos, manjericão, alecrim e orégano podem ser importantes aliados para manter uma alimentação balanceada. Por recomendação médica, dona Dedé precisou substituir o sal por outros alimentos e descobriu as melhores composições de especiarias para dar o sabor à comida, como alho, cebola, louro, orégano, açafrão.

Dirceu Martins também descobre as propriedades do alho negro, que é o alho comum, maturado em estufas, descascados, debulhados e cozidos no forno por 14 a 60 dias, a 70 graus de temperatura. O amadurecimento intenso faz com que o alho perca a acidez, fique doce e negro, se tornando um alimento extremamente rico. No Japão, o alho negro é tradicionalmente usado para prevenir doenças como hipertensão e câncer. Pesquisadores também revelam resultados inéditos sobre a força do grão da mostarda e a melhor forma de consumo.

No Brasil, 60% da produção de temperos vem de pequenos produtores. Na região de Cravinhos, em Ribeirão Preto, um casal vive em uma agrofloresta de cinco hectares com pelo menos 60 espécies de legumes, frutas, verduras e especiarias. A cúrcuma é um dos carros-chefes do sítio. No orquidário da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, dois mil vasos de orquídeas são material de estudo do Departamento de Biologia. O programa revela qual gênero da flor produz uma das especiarias mais caras do mundo.

'Globo Repórter' se aventura pelo mundo dos temperos

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Muita pimenta

Em uma jornada pelos sabores e cores da gastronomia brasileira, destacando a riqueza culinária que se espalha pelo País, o Globo Repórter desta sexta-feira (6) promete dar água na boca. O programa viaja pelas cinco regiões do Brasil e mostra os frutos da terra e do mar que, além de renderem ótimas receitas, se transformam em fonte de renda para os brasileiros. Com reportagens feitas por jornalistas da Globo em Minas Gerais e em Brasília e das afiliadas do Pará, Bahia, Ceará e Santa Catarina, o Globo Repórter explora desde a tradicional tapioca até os sabores únicos do Cerrado e do litoral brasileiro.A viagem tem início na cozinha paraense, uma das mais ricas do País. A repórter Jalília Messias mostra como é feita a extração do tucupi, um molho único extraído da mandioca, e fala sobre o tacacá, um lanche de rua popular no Pará. Jalília vai a uma comunidade quilombola e acompanha a produção artesanal do tucupi, tradição aprendida com os índios. “Aqui em Belém, a mandioca é muito mais do que um alimento, é uma parte essencial da nossa identidade cultural. Acompanhar o processo artesanal de fabricação do tucupi em uma comunidade quilombola foi uma experiência imersiva e transformadora. É emocionante ver o esforço dedicado pelos moradores para manter essa tradição, que não só garante renda para as famílias, mas também celebra o orgulho das nossas raízes indígenas. Essa reportagem é, acima de tudo, uma homenagem à sabedoria e à resistência dos povos tradicionais”, afirma a repórter.A tapioca, iguaria derivada da raiz de mandioca, com suas qualidades nutricionais, é um alimento que se popularizou em todo o Brasil e é servida como merenda escolar no Recôncavo Baiano. No Globo Repórter desta sexta-feira, a repórter Camila Marinho mostra como é feita a extração artesanal da goma da tapioca e os diversos produtos derivados como o beiju, bolo de tapioca, cuscuz de tapioca e canudinho de tapioca, famosos na Bahia. “O consumo de raiz e seus subprodutos é parte da cultura brasileira que ganhou muita força no Nordeste. Acompanhar todo o processo de extração da mandioca - desde a colheita no campo até a sua completa transformação - foi uma oportunidade de aprender e se deliciar com tudo o que pode ser criado a partir dela”, conta Camila.Em Goiás, dona Ana e seu Zilas, extrativistas dedicados, cultivam uma variedade de frutas do Cerrado em seu sítio, a 80 quilômetros de Brasília. Eles processam essas frutas em sucos, biscoitos, geleias e licores, e vendem seus produtos na Ceasa de Brasília. Em seu primeiro Globo Repórter, Pedro Figueiredo visita o sítio e mostra as frutas no pé e o processo de produção. “Foi um privilégio participar do Globo Repórter e conhecer os guardiões de um dos nossos biomas mais potentes: o Cerrado. Muitos brasileiros não sabem da força e da vida que essa terra vermelha nos traz. O Cerrado é a savana mais biodiversa do mundo, riquíssimo em espécies que só têm aqui e com sabores únicos. Dona Ana e seu Zilas são símbolos da força do povo do Centro-Oeste e de como é possível valorizar as riquezas com a cara e a diversidade do nosso País”, garante o repórter.As Mestras de Igarapé, um grupo de sete mulheres que participam de uma associação de cozinheiras em Minas Gerais, são responsáveis por preservar a culinária mineira, preparando pratos típicos e receitas familiares passadas de geração em geração. Elas possuem um quiosque na praça principal da cidade onde, a cada semana, uma delas é responsável por cozinhar e vender pratos típicos a preços populares, como galinhada, angu, galinha caipira, costelinha de porco e tutu. A repórter Larissa Carvalho conhece essas cozinheiras e lê algumas de suas receitas, todas escritas à mão em livros de família com vários anos de história. “Gravando com as Mestras de Igarapé aprendi mais que do que receita de comida mineira gostosa daqueles velhos caderninhos de vó. Com toda aquela sabedoria, elas mostram pra gente, sobretudo, como a vida tem mais sentido quando valorizamos as histórias de família, seus afetos e tradições”, diz. No Ceará, a repórter Aline Oliveira conhece o projeto dos Quintais Gastronômicos, nascido da união de mulheres apaixonadas por cozinhar que transformaram os quintais de suas casas em restaurantes especializados em frutos do mar e comida regional. Localizados em Amontada, esses quintais são uma nova promessa do turismo cearense e revelam sabores especiais, onde o frescor dos ingredientes e o toque caseiro se destacam. “Visitar os quintais dos moradores desse pedaço tão especial do litoral cearense e poder mostrar o que eles proporcionam aos visitantes nos enche de orgulho. É dar visibilidade a uma riqueza que passa longe das grandes estruturas turísticas, mas que valoriza a natureza, as tradições e os sabores deixados pelos povos indígenas, que já habitaram a região. A maioria pratos à base de frutos do mar, cheios de temperos, servido com sorriso no rosto e muito afeto. Uma experiência para guardar na memória e no coração”, revela Aline.Aos 79 anos, Zenaide é a primeira mulher pescadora da comunidade de Pântano do Sul, em Florianópolis. Ela comanda um restaurante pé na areia, famoso pelo prato Feijão com Tainha, muito apreciado pelos frequentadores. Ao repórter Jean Raupp, ela conta que aprendeu a pescar com o pai e a cozinhar com a mãe, e hoje encara seu restaurante como um grande navio onde é a capitã. “Eu sou do Pântano do Sul, cresci nessa vila de pescadores, onde tenho muitos amigos e parentes. Foi muito bacana mostrar um pouquinho da pesca da tainha, tradicional para quem vive no litoral de Santa Catarina, e conversar com a dona Zenaide, uma figura que eu conheço desde pequeno. É sempre bom ouvir suas histórias, aprender seus truques na cozinha, aproveitar a Tainha no Feijão”, conta Jean.

'Globo Repórter' explora os sabores do Brasil

Jornalismo

Foi em São Luís do Maranhão, no Grêmio Lítero Recreativo Português, que começou a trajetória de Alcione, uma das maiores vozes do Brasil, quando ela tinha apenas 12 anos. Hoje, aos 77 e mais de 50 anos de carreira, ela soma prêmios e reconhecimento internacional. Conduzida por Sandra Annenberg, a segunda edição do Globo Repórter Personalidades, que vai ao ar nesta sexta-feira (29), revisita a vida e a obra de Alcione Dias Nazareth, uma das mais notórias sambistas do País, também conhecida como Marrom, Dama do Samba e A Voz do Samba. Essa é uma edição especial do programa que conta a história de artistas, atletas e personalidades brasileiras, por meio de relatos de quem faz parte dessa trajetória.Ainda menina, seguindo os ensinamentos do seu pai, que era maestro, Alcione deu os primeiros passos na música. Em um baile de debutantes, em São Luís, ela substituiu o vocalista da Orquestra Jazz Guarani e, ao subir no palco, transformou o baile em um grande show. Seu pai, João Carlos Dias de Nazareth, sonhava que a filha fosse professora e, por isso, a matriculou em uma escola normal. Sandra Annenberg visita o instituto onde Alcione estudou e conhece as colegas de turma que a acompanhavam no dia a dia até ela se formar e seguir para o Rio de Janeiro.A apresentadora vai ao encontro do músico e diretor Roberto Menescal, um dos fundadores da bossa nova, o primeiro a apostar na versão sambista de Alcione nos anos 1970, quando Beth Carvalho e Clara Nunes despontavam no gênero. Ao Globo Repórter Personalidades, Alcione relembra a amizade com Clara. “Ela era parceira mesmo. Em dias de desfile, ela ia lá pra casa para pintarmos as unhas com as cores das nossas escolas e nos maquiávamos com o mesmo maquiador. Ela realmente era uma grande voz, com um repertório maravilhoso e uma grande amiga”, conta.Pouca gente lembra que, na década de 1970, Alcione comandou na TV Globo o programa Alerta Geral, dirigido por Ricardo Cravo Albin, recebendo os principais artistas da música popular brasileira. Um dos maiores conhecedores de MPB do Brasil, Ricardo revela bastidores e conta a Sandra o motivo que levou à escolha de Alcione. “Foi um programa histórico. Era a defesa, dentro da maior emissora do País, da música popular brasileira. Alcione era uma cantora nova, vinda do Nordeste, de grade presença, voz e diversas possibilidades”, conta.Nesta sexta, Marrom revela as histórias por trás de alguns de seus grandes sucessos e conta que desde o início tinha certeza de que o trecho “Você é um negão de tirar o chapéu. Não pode dar mole senão você créu” seria um sucesso. “Quando eu fui mostrar para o meu diretor, ele falou: como você vai cantar uma palavra dessa, créu?”. E Alcione não pestanejou ao responder: “Você não sabe das coisas que eu sou capaz!”Neste ano, a cantora e compositora foi homenageada com o enredo Negra Voz do Amanhã, da Estação Primeira de Mangueira, sua escola de coração. Alcione é uma das fundadoras do projeto Mangueira do Amanhã, uma escola de samba mirim que faz parte do Programa Social da Mangueira e que há quase 40 anos transforma a vida de jovens e crianças por intermédio do samba. O Globo Reporter Personalidades visita a escola, na Zona Norte do Rio, e mostra o legado que é deixado para os novos sambistas. Passando pelo tambor de crioula e pelos sabores maranhenses preferidos de Alcione, Sandra Annenberg ainda faz um mergulho nas origens da cantora. O programa também ouve parceiros, amigos, anônimos e outros artistas que falam sobre a importância e influência da Marrom na música brasileira e na luta das mulheres por meio da sua voz.

Alcione tem sua história e obra revisitadas no 'Globo Repórter Personalidades'

Um tira-gosto, uma bebida gelada e uma boa conversa para acompanhar. Que goiano adora um boteco a gente já sabe. Entre os meses de maio e setembro, a capital ganhou quatro bares que fazem releituras não só da cozinha como da atmosfera dos clássicos botequins brasileiros. Elementos como o balcão, azulejos e quadros decorativos, chão de cacos e estufa de petiscos trazem a alma repaginada desses espaços. E se você, leitor do POPULAR, ainda não conhece os novos bares, eles mesmos se apresentam por intermédio do que interessa: o cardápio. Afinal, o boêmio se conquista também pelo estômago.

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Na Rua 4, no Centro, próximo ao cruzamento da Avenida Araguaia, existem alguns comércios que são velhos conhecidos da cidade. Desde o mês de julho, eles ganharam uma nova fachada de azulejos brancos, azuis e verdes como vizinha. Quando o Boteco do Pedro abre, às 17 horas, a estufa do balcão já está carregada com especialidades da casa: moela na cerveja preta, rabada, panceta, batata com alecrim, linguiça de frango, disco de carne, tropeiro da casa e bolinhos de arroz e de galinhada. “Para mim, não tinha outra opção que não fosse abrir no Centro”, conta Pedro Oliveira, proprietário do local.

Petiscar algo da estufa com uma cerveja gelada é a certeza de estar em um legítimo boteco, e Pedro não esconde a inspiração nos tradicionais bares de Belo Horizonte, referência nacional no assunto. Se você está chegando na casa pela primeira vez e ficou em dúvida do que escolher, Pedro sugere começar pelo bolinho de galinhada com molho especial da casa. “Ele é feito com arroz arbóreo, com o mesmo processo do arancini, receita italiana. Outro diferencial é a farinha de pequi que usamos para o empanamento junto com a panko”, explica. Para acompanhar, caipirinha de limão- china com caju é a sua indicação.

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<a href="https://opopular.com.br/magazine/globo-reporter-se-aventura-pelo-mundo-dos-temperos-1.3188332" target="_blank">'Globo Repórter' se aventura pelo mundo dos temperos</a></div>

<h2>Gercina</h2>

Não muito longe dali, na Rua 104, no Setor Sul, o Gercina Bar aposta nas conservas e acepipes para abrir o apetite enquanto se decide entre petiscos, panelinhas, espetinhos e carnes grelhadas para compartilhar. Aberto desde o mês de maio, o espaço traz opções como o bolinho de milho com queijo meia cura empanado na farinha de milho, que é servido com conservas de maxixe e cebola. Se gostar de pimenta para acompanhar, não hesite em pedir ao garçom. Para beber, o Pequi Mule pode aguçar a curiosidade com sua mistura de cachaça da posse, limão-china, xarope de cajá, água tônica de gengibre, água com gás e espuma de pequi.

Entre as conservas, é possível escolher entre maxixe, gueroba e jiló. Porções de fígado acebolado, moela com farofa de milho e língua ao molho, que é servida com um pãozinho para “chuchar”, trazem uma atmosfera de nostalgia e tradição, assim como a batidinha de graviola da casa. Quem chega ao local, inclusive, deve achar familiar: o Gercina ocupou o espaço deixado pelo antigo Bar do Gaúcho 104.

<h3>Quiabo Frito</h3>

A próxima parada é no Setor Marista, na Rua 132, com o estabelecimento mais novo entre todos. O Quiabo Frito abriu as portas de seu casarão em setembro com cores que saltam aos olhos, decoração que remete à brasilidade e eventos como rodas de samba. “Buscamos fazer combinações que remetem a nossa cultura e que misturam o rústico com o moderno, o que casou perfeitamente com a ideia de espaço acolhedor que queríamos”, diz Lilian Carneiro, sócia da casa. No menu, opções como chips de jiló empanado, queijo de trança com maxixe e sambiquira dão o tom da proposta.

A sugestão para conhecer a essência do cardápio é um prato que leva o fruto que dá nome à casa. Isso mesmo: mesmo que muitas pessoas o considerem um legume, o quiabo é um fruto. A pedida é a porção de coração de frango salteado com temperos acompanhado de quiabo frito, uma opção de petisco para compartilhar. “Sugerimos o Bicho da Goiaba para beber, drinque que leva gim orgânico, xarope de goiaba, limão-taiti e espuma de gengibre”, explica.

<h3>Boêmios profissionais</h3>

A última parada é na Avenida T-2, no Setor Bueno. O Na Xinxa Bar e Lanches criou expectativa ao longo de meses até abrir as portas e, pelo visto, não decepcionou: o local se tornou um ponto de encontro disputado, desafiando os botequeiros de plantão a conseguirem chegar cedo para garantir a sua mesa. Recentemente, eles dobraram a aposta e passaram a abrir também às segundas-feiras. A calçada que remete ao mosaico de Burle Marx, o calçadão de Copacabana, adianta a inspiração nos botequins cariocas. Azulejos azuis e brancos, mesas e cadeiras vermelhas de plástico, engradados de cerveja empilhados e samba de trilha sonora completam a atmosfera.

No cardápio, sanduíches, frios, pastéis, bolovo, torresmo e o clássico goiano disco de carne dividem espaço com porpetas ao molho de tomate, que podem ser acompanhadas ou não de espaguete. A sugestão para o POPULAR, repassada pelo sócio Mateus Villa Verde, é o arroz de moela com quiabo. Para acompanhar, o Netuno Sour, drinque feito com a bebida alcoólica de gengibre com nome de planeta fabricada na Bahia.

Novos bares de Goiânia recriam atmosfera de boteco com menus "raiz" repaginados

Roteiro

O Globo Repórter desta sexta-feira (22) mostra como a inteligência artificial já faz parte do cotidiano dos brasileiros, não só na educação, mas também na saúde e nas tarefas domésticas. Em Goiás, o programa conhece de perto o primeiro curso de graduação nessa tecnologia do País na Universidade Federal de Goiás (UFG), que já desenvolveu mais de 60 projetos, entre eles um carro autônomo que funciona por intermédio da IA.

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Pedro Schindler, aluno da terceira turma do curso de Inteligência Artificial do Centro de Excelência em Inteligência Artificial da (Ceia-UFG), desenvolveu sua própria Inteligência Artificial, a Samantha, uma assistente virtual capaz de pensar e falar livremente, aprendendo e evoluindo de acordo com o uso. O projeto foi inspirado no filme Ela (Her), de 2013, dirigido por Spike Jonze e protagonizado por Joaquin Phoenix, cujo personagem se apaixona pela voz (da atriz Scarlet Johansson) de um sistema operacional de computador.

Durante o programa, os repórteres Ben-Hur Correia e Janaina Lepri ouvem especialistas que, apesar de terem diferentes pontos de vista e previsões sobre o seu futuro, concordam em um ponto: é preciso aprender a usar ou ao menos entender o que é a Inteligência Artificial para lidar com as mudanças do mundo atual.

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<a href="https://opopular.com.br/economia/desindustrializac-o-cede-com-avancos-em-tecnologia-e-ia-1.3191685" target="_blank">Desindustrialização cede com avanços em tecnologia e IA</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/industria-que-e-referencia-em-inovac-o-1.3191683" target="_blank">Indústria que é referência em inovação</a></div>

O que estava no imaginário das pessoas desde os filmes de ficção científica hoje já é parte da rotina dos brasileiros. “É um programa para tirar dúvidas sobre IA e mostrar como o brasileiro está se relacionando com ela. Trata-se de uma tecnologia que evolui muito rápido e está em todo lugar, então precisamos conhecer e discutir todos os seus aspectos”, diz Ben-Hur Correia.

“Confesso que sempre fui mais do time do ‘pé atrás’ com a Inteligência Artificial, mas foi legal demais entrevistar quem entende do assunto e tirar minhas dúvidas. Saio com a certeza de que estamos vivendo o começo de uma nova era, empolgante, mas que precisa ser usada com muita responsabilidade”, complementa a repórter Janaina Lepri.

Em uma escola de Guaribas, no sertão do Piauí, os alunos aprendem as primeiras lições sobre Inteligência Artificial com muita criatividade. A atração mostra também como a tecnologia, associada à saúde, está salvando vidas, como a de dona Roseli, uma das mais de 400 pessoas monitoradas pelo InCor com um relógio que registra os batimentos cardíacos por intermédio de IA, acusando possíveis arritmias mesmo quando o paciente está distante do hospital.

Mas nem só de exemplos positivos vive o uso da Inteligência Artificial. Especialistas mostram aos repórteres Janaína Lepri e Bem-Hur Correia as preocupações que surgem com o mau uso dessa novidade. Entre elas, a proliferação de deep fakes, mensagens produzidas por intermédio de IA com imagens ou áudios falsos; e o racismo algorítmico, objeto de estudo da carioca Nina da Hora, pesquisadora na área de pensamento computacional.