Região Encantos do Planalto Central

Um convite para os apaixonados por turismo: a maior cachoeira acessível do país, a maior praia artificial da América do Sul e a Gruta dos Milagres. Estes são alguns dos atrativos da <a href="https://opopular.com.br/cidades/oito-municipios-integram-nova-regi-o-turistica-de-goias-confira-atrativos-1.3091286" target="_blank">Região Encantos do Planalto Central</a>, a mais nova região turística de Goiás, criada para valorizar as belezas do estado.&nbsp;

A Região Encantos do Planalto Central, criada pela Agência Estadual de Turismo (Goiás Turismo), reúne oito municípios próximos ao Distrito Federal: Abadiânia, Alexânia, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Padre Bernardo e Planaltina.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/oito-municipios-integram-nova-regi-o-turistica-de-goias-confira-atrativos-1.3091286" target="_blank">Oito municípios integram nova região turística de Goiás; confira atrativos</a> 
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A região abriga diversos atrativos naturais e culturais, veja a galeria de fotos abaixo:&nbsp;&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3092003" attr-version="policy:1.3092003:1702467087" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3092003" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3092003', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3092003">Região Encantos do Planalto Central (1.3092003)</a></div>

Abadiânia&nbsp;

O centenário Santuário de Nossa Senhora de Abadia e São Roque, guarda uma arquitetura do século XVIII e XVIX e uma igreja que chama à atenção pela sua construção, atraindo milhares de devotos no mês de agosto.&nbsp;

Alexânia&nbsp;

A capital do artesanato goiano, em Olhos D’Água, vilarejo que é distrito de Alexânia, é destaque pela cultura do artesanato, música, teatro de mamulengos, gastronomia e pelo povo simples e acolhedor.&nbsp;

O alambique Cambéba, onde é produzida a Cachaça Cambéba Orgânica, permite aos turistas visitarem a&nbsp;destilaria, onde podem tirar fotos e entender o processo de produção.&nbsp;&nbsp;

Cristalina&nbsp;

A Pedra Chapéu do Sol&nbsp;que&nbsp;é um enorme bloco de granito que pesa mais de 100 toneladas e está equilibrada há milhões de anos em uma base de inexplicáveis 40 centímetros de diâmetro; o maior domo de Cristal Lemuriano do planeta que é conhecido como um agente de cura metafísico; a Lagoa dos Cristais.&nbsp;

Formosa&nbsp;

O Salto do Itiquira que é a maior cachoeira acessível do país com seus 168 metros e que está situado no Parque Municipal do Itiquira; conhecida como “Berço das Águas”, por possuir em seu território importantes nascentes de bacias hidrográficas: Bacias do Amazonas, Bacia do Prata e Bacia do São Francisco.&nbsp;

As rampas de voo livre (parapente e asa delta) são consideradas por muitos, as melhores térmicas do país, recebendo o título de “Havaí do Voo Livre”.&nbsp;

Luziânia&nbsp;

A maior praia artificial da América do Sul, no lago Corumbá IV, o maior clube de pesca esportiva do país e a única propriedade rural do ex-presidente Juscelino Kubitschek.&nbsp;

Merecem destaque as Cavalhadas e as festas do Divino, do Peão de Boiadeiro e do Doce de Marmelo - a marmelada de Luziânia é famosa em todo o Centro-Oeste.&nbsp;

Novo Gama&nbsp;

A cachoeira dos Segredos possui cerca de 100 metros de queda em meio a um lindo cânion com paredão de pedra repleto de verde.&nbsp;

Padre Bernardo&nbsp;

Ecoturismo e Hotéis Fazenda.

Planaltina&nbsp;

A Lagoa Formosa, formadora do Rio Maranhão, com seus vários clubes, balneários e hotéis, que atraem visitantes das cidades da região.&nbsp;&nbsp;

A Rampa de Voo Livre do Vale do Paranã, entre Planaltina e Formosa que é considerada por praticantes do esporte como a melhor rampa de voo livre do país.&nbsp;

A Igrejinha da Nova Goa, construída por portugueses expulsos de Goa, na Índia. Eles pretendiam fundar ao redor da praça paroquial uma cidade para 5 mil habitantes, mas desistiram e voltaram para a Europa. E a igrejinha se perdeu no meio das árvores retorcidas de cerrado.&nbsp;

A Gruta dos Milagres, na área rural de Planaltina, guarda um tesouro, arte rupestre de 11 mil anos, segundo um estudo de uma arqueóloga na década de 1970.

<h3 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif;">Turismo em Goiás</h3>

Agora, o Mapa do Turismo de Goiás é composto pelas regiões: Chapada dos Veadeiros; Chapada das Emas; Estrada de Ferro; Águas Quentes; Lagos do Paranaíba; Negócios e Tradições; Pegadas no Cerrado, Vale da Serra da Mesa; Vale do Araguaia; Terra Ronca (antiga Águas e Cavernas do Cerrado); do Ouro (antiga Ouro e Cristais) e Encantos do Planalto Central.&nbsp;

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Gruta dos milagres e maior cachoeira acessível do país compõem nova rota turística de Goiás, veja fotos

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TURISMO

O Tauá Resort Alexânia inaugura o primeiro parque aquático temático indoor do Centro-Oeste no próximo dia 1º de dezembro. Foram investidos cerca de R$ 45 milhões no Aquapark, que se destaca por seu teto retrátil e ambiente inteiramente climatizado. Ocupando uma área de 5 mil metros quadrados, o parque possui ambiente temático e mais de 2 mil metros cúbicos de água que circulam em seu interior, com mais de dez atrações aquáticas para todas as idades.Uma delas é uma torre de 18 metros, equipada com dois toboáguas, com ou sem boia, ambos tematizados. A CEO do Grupo Tauá de Hotéis e Resorts, Lizete Ribeiro, informa que o resort hoje é muito procurado por turistas de Goiás e do Distrito Federal. “No início, o maior público era de Brasília. Mas, atualmente, o número de frequentadores vindos de municípios goianos já é maior”, destaca. Segundo ela, o investimento atende uma demanda do mercado e a expectativa é que o novo investimento resulte num incremento do número de visitantes, principalmente nos períodos de alta temporada.Outro destaque do novo parque aquático é o rio lento, com 240 metros de percurso e um metro de profundidade, atravessando áreas externas e internas. Para quem gosta de esportes aquáticos, há duas piscinas temáticas de um metro de profundidade: uma para basquete e outra para biribol. O complexo conta, ainda, com dois bares molhados, equipados com lanchonetes para atender os hóspedes.O Grupo Tauá de Hotéis e Resorts possui unidades em Minas Gerais, São Paulo e Goiás. A unidade de Alexânia se tornou conhecida pelas suas jacuzzis ao ar livre com águas quentes. Com tarifas flutuantes e pensão completa, as diárias no hotel custam a partir de R$1.678,50 para dois adultos e até 2 crianças de 0 a 6 anos no mesmo quarto.

Resort investe R$ 45 milhões em parque aquático

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Turismo em Goiás

MURALHA DE PARAÚNA

<img attr-cid="policy:1.3157780" attr-version="policy:1.3157780:1721918444" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3157780/Proporção para foto do site.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Os mais antigos acreditam que as formações rochosas foram construídas por civilizações megalíticas ou Incas (Divulgação Prefeitura de Paraúna)

Um conjunto de rochas alinhadas constituídas&nbsp;por&nbsp;um tipo de rocha vulcânica coladas umas nas outras com óleo de baleia e com cerca de 15 km de extensão no meio do Cerrado instiga a curiosidade de cientistas, pesquisadores e até dos mais desatentos na cidade de Paraúna, localizada a 160 km de Goiânia.&nbsp;&nbsp;

A cidade que fica na região oeste de Goiás e no&nbsp;Vale da Serra da Portaria é cercada de mistérios e misticismo. Na Serra das Galés&nbsp;está localizada a principal atração turística e cartão postal da cidade, a Pedra do Cálice. Enquanto, na Serra da Portaria&nbsp;o misticismo do local atrai a atenção dos turistas, por existirem em suas escarpas supostos portais lacrados.

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Para entender melhor a história e os mistérios da muralha de Paraúna, o&nbsp;POPULAR&nbsp;conversou com a turismóloga Cláudia Garcia, responsável pelo&nbsp;Centro de Atendimento ao Turista do município. Ela contou à reportagem que a formação rochosa foi descoberta na década de 1960.

<cite>A muralha foi descoberta pelo pesquisador Alódio Továr, que andava pelas redondezas aqui de Paraúna e foi encontrando as pedras em meados de 1960. A muralha fica no Vale da Serra da Portaria e é um conjunto de rochas alinhadas que em alguns pontos chega a 2 metros de altura e possui 1,5 metro de largura”, relata.&nbsp;</cite>

“Em 1963, um grupo de pesquisadores, incluindo Alódio Továr, veio para cá e começou a estudar o que seria a muralha. Pois, até então, as pessoas achavam que era uma formação rochosa natural igual a Pedra do Cálice ou a Pedra da Tartaruga. Mas, com a vinda dos estudiosos, constatou-se que é uma muralha feita pelas mãos humanas”, completa.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/cachoeiras-e-trilhas-usina-desativada-se-torna-atrac-o-turistica-em-goias-1.3153879" target="_blank">Cachoeiras e trilhas: usina desativada se torna atração turística em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/goiania-ganha-rota-sertaneja-com-10-bares-e-21-shows-1.3151344" target="_blank">Goiânia ganha Rota Sertaneja com 10 bares e 21 shows</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/territorio-dos-vinhos-tres-vinicolas-para-visitar-em-minas-gerais-1.3151631" target="_blank">Território dos Vinhos: Três vinícolas para visitar em Minas Gerais</a></div>

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Alódio Továr foi um dos precursores dos estudos e pesquisas das origens da Grande Muralha de Paraúna (Reprodução/Alódio Továr)

Os estudos de Alódio Továr a respeito da&nbsp;"Grande Muralha de Paraúna" foram publicados no livro "A Face Oculta da Natureza - O enigma de Paraúna". Em seu livro, Továr afirma que em 1977 a formação rochosa foi considerada como de origem artificial, após geólogos terem examinado os blocos rochosos e constatado a presença de traços de trabalho humano.

De acordo com Tóvar, a muralha&nbsp;de Paraúna parece corresponder a um estilo de construção bastante inferior às dos Incas do período 'moderno' e suscita a frágil hipótese de que Paraúna possa ter sido uma colônia pré-incaica.

Para aumentar ainda mais as especulações a respeito dessa formação rochosa no meio do Cerrado, a muralha de pedra vulcânica é selada com óleo de baleia. Dessa forma,&nbsp;algumas pessoas acreditam que as tais formações foram esculpidas pela ação da água, que em eras remotas ocupava a região.

“Muitas pessoas pensam que foi lá dentro da baleia e tirou o óleo ou porque tinha mar aqui na região. Tem vestígios de que aqui poderia ter sido fundo de oceano ou mar, pois temos marca de água na serra e muita areia. Porém, o óleo de baleia era utilizado como a argamassa na construção civil. O óleo de baleia foi utilizado com o objetivo de conservar a estrutura”, explica a turismóloga.

A muralha que é formada por rochas vulcânicas e óleo de baleia, possui boa parte dela preservada dentro de uma propriedade privada e a Prefeitura dá um apoio ao proprietário da fazenda.

De acordo com Cláudia Garcia,&nbsp;a refeitura junto ao proprietário trabalha com o objetivo de conservar a formação rochosa. Além disso, nos próximos meses, será colocada na trilha uma placa com QR Code que vai contar a história da muralha e no Centro de Atendimento ao Turista&nbsp;terá um QR Code com o caminho para acessar a trilha.

A muralha de Paraúna foi o tema de um episódio de uma webserie produzida pelo perfil Vida de Mochila e apoiada pelo governo estadual.

<img attr-cid="policy:1.3157808" attr-version="policy:1.3157808:1721924437" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3157808/image/aaf5bc836dca0d71c19b032d16df28ec.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
(Divulgação Prefeitura de Paraúna)

<h2>Objeto de estudo</h2>

A&nbsp;&nbsp;"Grande Muralha de Paraúna" já foi objeto de estudos de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Brasília (UnB). Inclusive, o trabalho desenvolvido pelo grupo de cientistas da UnB rendeu um artigo intitulado "Caracterização petrográfica dos xenólitos mantélicos e kamafugitos da região de Paraúna, Goiás, Brasil" que foi apresentado no&nbsp;50º Congresso Brasileiro de Geologia.

O&nbsp;POPULAR&nbsp;entrevistou o&nbsp;geólogo Felipe Rodrigues Martins, pesquisador do&nbsp;Serviço Geológico do Brasil (SGB) e membro do projeto Geologia do Oeste de Goiás, a respeito dos estudos científicos realizados na região da "Grande Muralha de Paraúna".

<cite>No estudo da USP, eles comentam que receberam as amostras e chegou à conclusão de que a rocha era um Piroxenito. O Piroxenito é uma rocha plutônica ultramáfica que o principal constituinte dele é o piroxênio que é um mineral. E nesse trabalho, eles comentam que não sabem se a estrutura é natural/geológica ou antropológica, isso é, se foi um muro construído por alguém em um tempo mais antigo”, disse o geólogo.</cite>

<div attr-cid="policy:1.3157807" attr-version="policy:1.3157807:1721924292" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3157807" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3157807', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3157807">MURALHA DE PARAÚNA (1.3157807)</a></div>

De acordo com Felipe Martins, a primeira dúvida que os pesquisadores tem é: a Muralha se trata de uma estrutura geológica ou não?&nbsp;Nesse sentido, o geólogo menciona uma dissertação de mestrado do&nbsp;Instituto de Estudos Socioambientais da Universidade Federal de Goiás (IESA/UFG), intitulada&nbsp;"Geodiversidade no município de Paraúna", que considera a formação como uma estrutura geológica e composta por rochas basálticas negras.

A solução para o mistério de qual tipo de rocha compõe a muralha, segundo Martins, seria necessário realizar análises de geocronologia que permitiria determinar a idades dos materiais geológicos e forneceria informações valiosas sobre a cronologia dos eventos geológicos e biológicos que ocorreram no passado.

Segundo Cláudia Garcia, diversos grupos de pesquisadores sempre estão na região de Paraúna para coletar dados, porém até então a Prefeitura nunca havia tomado conhecimento do resultado dos estudos a respeito da muralha.

“Os pesquisadores sempre vieram para cá estudar a muralha, mas nunca nos entregaram nenhum material com o resultado. Sempre há estudiosos marcando presença na região. Porém, a partir de agora estamos oferecendo todo apoio e suporte a esses grupos, mas em contrapartida pedimos que nos entreguem os resultados da pesquisa para que possa nos ajudar a explorar o potencial turístico”, afirma a turismóloga.

Fato é que a muralha chama a atenção pelo seu formato, que se parece com degraus, e ainda como cada uma daquelas pedras colossais foram colocadas ali e além de tudo, coladas umas nas outras, com óleo de baleia.

Muralha de pedra vulcânica e óleo de baleia no meio do Cerrado: conheça construção misteriosa em Paraúna

PAREDÃO MISTERIOSO

Em Goiás, são várias as motivações para a entrada de turistas. O estado possui municípios que atraem muitas pessoas por conta do turismo religioso (como é o caso de Trindade, com a Romaria do Divino Pai Eterno), em busca de serviços de saúde, eventos de negócios ou para aquisição de produtos para revenda em outras localidades.

Além disso, conta com recursos e belezas naturais diferenciadas, como águas termais, cavidades subterrâneas naturais e diversas paisagens naturais vocacionadas para realização de atividades ao ar livre e ecoturismo, tais quais o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, Parque da Serra dos Pireneus e o Parque Nacional das Emas.

Nesta perspectiva, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE atestam que as atividades turísticas empregam relativamente mais do que outras importantes atividades econômicas em Goiás. Em 2022, tais atividades reuniam 4,3% do total de pessoas ocupadas no estado, porcentual que é próximo da média nacional (4,6%) e coloca Goiás na 12ª posição dentre os 26 estados e o Distrito Federal.

Além da sua relevância do ponto de vista econômico, o turismo é um setor que se vale dos recursos e das belezas naturais sem necessariamente consumi-los, nem esgotá-los. Adicionalmente, pode estar associado ao desenvolvimento local por meio da valorização das atrações históricas e dos patrimônios naturais e culturais existentes em alguns municípios, como naqueles que compõem a Região do Ouro em Goiás.

Foi justamente essa relevância que me motivou a realizar um trabalho com o objetivo de analisar os principais determinantes da demanda de turismo de Goiás. Os principais resultados desse trabalho dão pistas de que as variáveis representativas dos custos de viagens (distância, preços das passagens aéreas e fronteira comum entre os estados) se mostram relevantes para explicar a entrada de turistas em Goiás, assim como a existência ou não de linha direta de ônibus das capitais de outros estados para Goiânia.

Como a distância aumenta o custo da viagem e, por conseguinte, o preço da passagem aérea, muitos turistas acabam tendo que realizar suas viagens de ônibus. Quando existe uma linha direta de ônibus, essa viagem se torna mais fácil, rápida e mais barata, estimulando o setor turístico goiano.

Outras variáveis utilizadas como proxies do tamanho dos mercados dos estados de origem dos turistas (PIB e população) também são importantes para explicar a dinâmica das atividades turísticas do estado de Goiás. A indicação para as empresas e instituições públicas do ramo de turismo em Goiás é de que suas campanhas de divulgação do turismo podem ser mais eficientes se forem feitas nos estados maiores e mais ricos do país. Os resultados indicam também que pode ser interessante intensificar tais campanhas durante as crises econômicas, haja vista que tais crises deprimem a demanda de turismo em Goiás.

Edson Roberto Vieira, professor adjunto&nbsp;da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis&nbsp;e Ciências Econômicas da UFG e&nbsp;doutor em economia pelo Instituto de Economia e Relações Internacionais&nbsp;da UFU.

O setor de turismo para Goiás

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Edson Roberto Vieira

Destinos na temporada do Araguaia em Goiás

O turismo impulsiona muito a economia dos municípios do Vale do Araguaia, aumentando a oferta de empregos e melhorando as infraestruturas locais. O Anuário Estatístico do Ministério do Turismo aponta para um aumento de mais de 120% na demanda por restaurantes e hotéis, por exemplo, o que se reflete diretamente numa maior taxa de ocupação e num aumento no volume de negócios.

O presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral, lembra que, apesar da temporada começa efetivamente em julho, a maior movimentação econômica ocorre de maio a setembro. “São hotéis, pousadas e casas de veraneio lotados, gerando muitos empregos, e muito trabalho e renda para barqueiros, construtores de ranchos e faxineiros nas cidades do Vale do Araguaia”, lembra. Os turistas também geram uma grande movimentação em estabelecimentos como supermercados, postos gasolina, açougues e distribuidoras de bebidas.&nbsp;

Dos 1,5 milhão de turistas aguardados para o mês de julho, a maioria deve ir para Aruanã (1 milhão). “É um momento importante para geração de empregos na região, quando se trabalha todos os dias durante 60 dias e muitos ganham dinheiro que vira renda para o ano todo”, diz Amaral. Ele lembra que o governo também está investindo em infraestrutura e shows para todos os municípios.

A secretária de Turismo de Aruanã, Priscilla Godoy, lembra que, no ano passado, o município recebeu cerca de 750 mil visitantes. Nesta temporada, a estimativa é de um recorde de R$ 1 milhão de turistas. “A alta procura surpreendeu. Já estamos com grande lotação e poucos hotéis, pousadas e casas de veraneio ainda têm algumas vagas em alguns dias”, alerta. A Secretaria do Patrimônio da União (SPU) está responsável pelo controle de ocupação da praias, com maior fiscalização. Para construir um rancho, é preciso ter a guia de autorização de União para permanecer lá por três meses, ficando responsável pela manutenção do local.&nbsp;

A secretária afirma que o governo, por meio da Goiás Turismo, tem incentivado muito os municípios do Vale do Araguaia, inclusive com ações de incentivo à pesca esportiva fora do período de alta temporada. “Mas o grande fluxo de pessoas é agora. As pousadas já estão lotadas até para agosto, ou seja, a temporada será estendida até setembro”, diz Priscilla. Por isso, a expectativa é de grande movimentação econômica.&nbsp;

João Luiz Busnardo, secretário turismo e meio ambiente de Nova Crixás, também aposta numa temporada recorde em São José dos Bandeirantes, principalmente por conta do apoio recebido do governo estadual, que finalizou o asfaltamento de 100% dos 70 quilômetros da GO-239, que ligam o distrito à GO-164. “Esta deve ser nossa melhor temporada. Quem tem carro baixo, poderá virá com mais facilidade”, prevê. Segundo ele, hotéis e pousadas já estão com reservas esgotadas.

Ocupação

O município também terá shows patrocinados pelo governo estadual e já tem até dificuldade para acomodar os artistas. “A partir de agora, esta melhor infraestrutura deve incentivar novos investimentos na região”, acredita o secretário. Para esta temporada, a estimativa pe de um aumento de pelo menos 50% no número de visitantes. “A temporada ajuda a movimentar a economia e melhorar a renda da população”, diz.

Donizeth Alves da Silva, secretário municipal de Turismo de São Miguel do Araguaia, lembra que a região de Luiz Alves é muito propícia para pesca esportiva, com muitos peixes grandes, natureza preservada, praias exuberantes e boa rede hoteleira. Na terceira semana de julho, a cidade realizará o Carna Araguaia, com apresentação de três bandas. “No decorrer do mês de julho, teremos mais cinco shows, em parceria com a Goiás Turismo”, conta.

Segundo o secretário, a procura por hotéis, pousadas e casas de veraneio está bem mais aquecida neste ano e a maioria não têm mais vagas. “Toda administração municipal se volta para a temporada nesta época. Esperamos entre 100 mil e 150 mil pessoas”, estima.

Aragarças espera receber até 80 mil pessoas só na praia Quarto Crescente, que é urbana. O assessor de Comunicação do município, Octavio Wilquer, afirma que o comércio na cidade foi incrementado com a reforma feita na avenida Ministro João Alberto. “A praia tem 11 barracas, mas, na avenida Beira Rio, também houve uma procura maior por pontos de comércio ambulantes e também empresas”, conta.&nbsp;

Segundo Wilquer, a estimativa é que esta temporada resulte numa movimentação econômica 20% a 30% acima do ano passado. Hotéis e pousadas já estão lotados para julho. A oferta de casas de veraneio também aumentou e a procura é grande. “Esta temporada deve ser a melhor dos últimos anos porque a do ano passado já foi muito boa. Teremos shows também em parceria com governo do Estado”, prevê.

<div attr-cid="policy:1.3148166" attr-version="policy:1.3148166:1719025531" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3148166" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3148166', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3148166">Destinos na temporada do Araguaia em Goiás (1.3148166)</a></div>

Ampliação no setor de serviços na temporada pode superar os 120%

Araguaia 2024

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