Leonardo pede para fã 'dar tapa na orelha' de homem durante confusão em show

<img attr-cid="policy:1.3189219" attr-version="policy:1.3189219:1729440035" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3189219/cantor leonardo 00.PNG?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Cantor Leonardo (Reprodução/Facebook)

&nbsp;

O fã do cantor Leonardo que foi agredido em um show do sertanejo após uma briga, entrou na Justiça e pede uma indenização de R$ 560 mil ao artista. O show aconteceu no mês de julho deste ano, em Aruanã, noroeste do estado, e na ocasião, <a href="https://opopular.com.br/cidades/leonardo-para-show-durante-briga-e-pede-para-f-dar-tapa-na-orelha-de-homem-que-estava-na-confus-o-video-1.3156530" target="_blank">Leonardo interrompeu a apresentação enquanto uma briga acontecia na plateia</a>. Na sequência, o cantor pediu para que um rapaz desse um tapa na orelha do fã.&nbsp;

“A gente está aqui para assistir, a gente paga caro para ver. Oh, grandão de chapéu, dá um tapa na orelha dele”, disse Leonardo à ocasião.

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Um vídeo mostra o momento da agressão. Nas imagens, é possível ouvir o momento em que Leonardo fala ao rapaz que agrediu o fã, e ver quando o rapaz de chapéu acerta um golpe no rosto do homem, que cai no chão e fica desacordado por alguns instantes (assista abaixo).&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3156538" attr-version="policy:1.3156538:1721644744" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3156538" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3156538', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3156538">Leonardo pede para fã 'dar tapa na orelha' de homem durante confusão em show (1.3156538)</a></div>

O POPULAR entrou em contato com a assessoria do cantor Leonardo no final da manhã deste domingo (20) e solicitou um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/leonardo-indenizou-em-r-225-mil-trabalhadores-resgatados-e-pagou-multa-diz-advogado-1.3185645" target="_blank">Leonardo indenizou em R$ 225 mil trabalhadores resgatados e pagou multa, diz advogado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/leonardo-faz-declarac-o-apos-ser-incluido-na-lista-suja-do-trabalho-escravo-n-o-me-misturo-sou-totalmente-contra-1.3184454" target="_blank">Leonardo faz declaração após ser incluído na 'lista suja' do trabalho escravo: 'Não me misturo, sou totalmente contra'</a></div>

<h2>Processo</h2>

No processo, a defesa do fã diz que ele se envolveu em uma discussão com outro homem, que, de maneira inapropriada, havia passado a mão nas nádegas de sua esposa. Após, os dois começaram a discutir a se empurrar, o que acabou por chamar a atenção de Leonardo, que pediu para que outro homem presente no evento o agredisse.&nbsp;

A defesa do homem justifica que o tapa foi dado com tanta força que ele teve sangramento e desmaiou, alegando que Leonardo, após o fato, continuou o show. Além disso, diz que as pessoas que estavam presentes no local aplaudiram a conduta do homem que o agrediu, sem prestar socorro à vítima.&nbsp;

“O cantor teve total responsabilidade pelo ocorrido, como influenciador, um cantor querido pelos que ali o assistia, inclusive pelo fã, deveria ter acionado os seguranças do local, se é que tinha, e não instigar a violência e após o golpe sofrido pelo requerente diante de sua responsabilidade, ao menos ter prestado socorro, não ignorado como fez”, diz a defesa do fã.&nbsp;

Nos autos, a advogada do fã afirma ainda que o incidente gerou grande repercussão negativa na cidade em que ele mora, o que resultou em piadas e constrangimentos, além de um impacto significativo na vida social e emocional dele, sendo que o homem também teve lesões no rosto decorrente do soco que levou, o que o deixou impossibilitado de exercer seu trabalho por dias.&nbsp;

Como o nome do homem que agrediu o fã não foi divulgado, O POPULAR não conseguiu localizá-lo para que se manifestasse.&nbsp;

<h2>Indenização&nbsp;</h2>

Diante da situação, a defesa do fã pede ao cantor Leonardo o pagamento de indenização por danos morais e a imagem no valor de R$ 500 mil, “considerando o sofrimento, constrangimento e a exposição negativa, além da capacidade econômica do cantor”, e o pagamento de indenização por lesão corporal e por omissão de socorro no valor de R$ 60 mil.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3156537" attr-version="policy:1.3156537:1721644602" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3156537/WhatsApp Image 2024-07-22 at 07.30.11.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Cantor Leonardo pede para fã intervir em confusão durante show em Aruanã (Reprodução/Redes Sociais)

&nbsp;

&nbsp;

Homem pede indenização de mais de R$ 500 mil para Leonardo após briga em show do cantor

Magazine

Magazine - título

Assine - Offers Target - 2

Matéria - Magazine

Pedido de indenização 

WebStories: Leonardo tira nome de 'lista suja' do trabalho escravo

WebStories: Leonardo tira nome de ‘lista suja’ do trabalho escravo

O cantor Leonardo conseguiu tirar seu nome de uma lista da Justiça do Trabalho com dados de empregadores que utilizam mão de obra escrava.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

O sertanejo entrou para a lista no ano passado, quando uma fiscalização encontrou funcionários em "condições degradantes" na propriedade do cantor, a Fazenda Talismã, no Goiás. A notícia foi divulgada pela defesa do cantor.

"Ante o exposto defiro o pedido de liminar para determinar a imediata exclusão do nome do requerente no Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas às de escravo. A medida deverá ser cumprida pela União até 20/11/2024 e perdurará até o trânsito em julgado destes autos", diz a sentença.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/leonardo-indenizou-em-r-225-mil-trabalhadores-resgatados-e-pagou-multa-diz-advogado-1.3185645">Leonardo indenizou em R$ 225 mil trabalhadores resgatados e pagou multa, diz advogado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/alojamentos-de-trabalhadores-resgatados-em-fazenda-de-leonardo-tinham-camas-improvisadas-e-faltavam-banheiros-1.3184640">Alojamentos de trabalhadores resgatados em fazenda de Leonardo tinham camas improvisadas e faltavam banheiros</a></div>

A luxuosa propriedade do cantor, avaliada em R$ 60 milhões, foi inspecionada por técnicos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em novembro do ano passado. Seis pessoas, incluindo um adolescente de 17 anos, foram encontradas em "condições degradantes" condizentes a "escravidão contemporânea", segundo o ministério.

O advogado de Leonardo, Paulo Vaz, afirmou à época que o sertanejo não era responsável pelas condições de trabalho da Fazenda Talismã. O cantor pagou as multas e indenizações e o caso teria sido arquivado.

<div attr-cid="policy:1.3199742" attr-version="policy:1.3199742:1731679423" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3199742" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3199742', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3199742">WebStories: Leonardo tira nome de ‘lista suja’ do trabalho escravo (1.3199742)</a></div>

Em suas redes sociais, Leonardo afirmou que, em 2022, arrendou a fazenda, alvo da fiscalização. "Eu não me misturo nessa lista aí que eles fizeram de trabalho escravo. Sou totalmente contra esse tipo de coisa", disse.

A "lista suja" do trabalho escravo, divulgada pelo MTE, divulga os dados de empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão. O documento é atualizado semestralmente -176 nomes foram adicionados, totalizando 727 empregadores.

Leonardo tira nome de 'lista suja' do trabalho escravo após fiscalização em fazenda

Cidades

Cidades - título

Matéria - Cidades

GOIÁS

Uma mulher com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês) deve ser indenizada pela empresa no ramo agroindustrial que trabalhava após ser exposta e demitida de emprego, em Barro Alto, na região central de Goiás. A demissão ocorreu após ela relatar à empresa que sofria perseguição e assédio moral por parte de colegas de trabalho. Com o tratamento, uma pessoa que tem HIV não oferece mais risco de transmitir o vírus, segundo especialistas.&nbsp;

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

Ao POPULAR, o advogado Valteir Marcal, que defende a empresa, afirmou que a empresa repudia qualquer tipo de discriminação em relação à cor, raça, ao estado de saúde. Acrescentou que a empresa havia a demitido por justa causa “porque ela abandonou o emprego” e já havia “tomado duas advertências por ter discutido com outra colega”. Disse ainda que a empresa não tinha ciência do problema de saúde dela.&nbsp;

A reportagem decidiu não revelar o nome da empresa para não expor a funcionária.

O caso aconteceu em junho de 2023, após a mulher, que trabalhava como auxiliar de produção, retornar à empresa depois de necessitar de um atestado médico, conforme o processo. Ela descobriu que tinha HIV há 11 anos.&nbsp;

Na ocasião, uma colega de trabalho relatou que outra funcionária teria se referido a ela, anteriormente, como a “a mulher que tem AIDS” em uma conversa, em voz alta dentro de um escritório. Nesse instante, a vítima foi até a supervisora e relatou o caso. Apesar da promessa que resolveria a situação, a funcionária que denunciou a descriminação acabou sendo demitida sem nenhuma explicação do motivo.&nbsp;

Ao POPULAR, a advogada da funcionária, Layane Chaves, disse que a mulher havia a procurado por não ter recebido os valores do acordo com a empresa. Contudo, a advogada avaliou que se tratava de uma demissão discriminatória pelo fato dela ter a doença.&nbsp;

“Eu disse que ela tinha o direito tanto da rescisão quanto também de pedir indenização por danos morais pela conduta omissiva do patrão dela, que é um assédio moral, uma vez que ele tem a obrigação de proteger a pessoalidade dela. Também pela conduta ativa dele, de ter demitido você sem um motivo plausível para isso. Tudo indica que ele a demitiu por conta da informação de que ela é portadora do vírus HIV”, explicou a advogada.&nbsp;

Na decisão proferida no dia 26 de setembro, o juiz Quessio Cesar Rabelo condenou a empresa a pagar R$ 22.431,06 à funcionária, referente aos seus direitos trabalhistas mais o dano moral. A sentença transitou em julgado.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/empresa-e-condenada-por-homofobia-contra-funcionaria-muito-bonita-para-ser-gay-1.3185137" target="_blank">Empresa é condenada por homofobia contra funcionária: 'muito bonita para ser gay'</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/marceneiro-que-se-feriu-em-acidente-deve-receber-indenizac-o-de-r-100-mil-apos-empresa-alegar-que-ele-furtou-protec-o-1.3147501" target="_blank">Marceneiro que se feriu em acidente deve receber indenização de R$ 100 mil após empresa alegar que ele furtou proteção</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/empresa-tera-de-indenizar-ex-funcionario-com-problema-na-coluna-que-era-chamado-de-tortinho-por-colegas-1.3187057" target="_blank">Empresa terá de indenizar ex-funcionário com problema na coluna que era chamado de 'tortinho' por colegas</a></div>

<h2>Sem risco de contaminação&nbsp;</h2>

Ao POPULAR, o médico infectologista Marcelo Daher afirmou que o HIV é uma doença que pode ser controlada com o tratamento, não oferecendo risco de contaminação.&nbsp;

"A gente considera a doença HIV como uma doença crônica, sob controle, sem risco de transmissão nos pacientes que estão em tratamento, tomando medicamento com carga viral indetectável. O risco de transmissão em situações de trabalho do dia a dia também é zero”, disse o médico.&nbsp;

<h2>Legislação&nbsp;</h2>

Conforme o artigo 1º da Lei 9.029/95, "é proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso a relação de emprego, ou sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade".&nbsp;

Além disso, em 2022, foi sancionada a Lei nº 14.289, que obriga o sigilo sobre a condição de pessoas infectadas pelo vírus HIV e hepatites crônicas. A medida também abrange pessoas com hanseníase ou tuberculose.&nbsp;&nbsp;

O sigilo é obrigatório no âmbito dos serviços de saúde, estabelecimentos de ensino, locais de trabalho, administração pública, segurança pública, processos judiciais e mídias escrita e audiovisual.&nbsp;

Mulher com HIV deve ser indenizada por empresa após ser exposta e demitida de emprego em Barro Alto

DISCRIMINAÇÃO

Um trabalhador que era chamado de “tortinho” pelos colegas de trabalho por causa de uma escoliose receberá indenização do restaurante Madero, onde o homem trabalhava em Goiânia, no valor de R$ 4 mil. A decisão da Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região aumentou o valor definido em sentença pelo Juízo da 2ª Vara do Trabalho de Goiânia.&nbsp;

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Em nota,o Grupo Madero afirmou repudiar qualquer forma de discriminação. "A empresa adota políticas rigorosas e realiza treinamentos constantes para assegurar um ambiente de trabalho ético, inclusivo e respeitoso, bem como possui Canais de Denúncia totalmente sigilosos para tratamento de qualquer conduta incompatível com as regras trabalhistas e políticas internas da empresa" diz o comunicado.

Inicialmente, o trabalhador recorreu ao Tribunal para aumentar o valor da condenação por dano moral para R$ 20 mil, argumentando que os R$ 3 mil fixados na sentença eram insuficientes para reparar o dano sofrido com o assédio moral.&nbsp;

A empresa também recorreu para tentar excluir a condenação ou diminuir o valor da indenização. O restaurante rebateu o trabalhador afirmando ser falsa a alegação de que ele era chamado de “tortinho”. Segundo a empresa, se isso ocorreu, “nunca sequer serviu de causa de aborrecimento para o reclamante, pois o contrato de trabalho teve duração de quase sete anos”.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/empresa-e-condenada-por-homofobia-contra-funcionaria-muito-bonita-para-ser-gay-1.3185137" target="_blank">Empresa é condenada por homofobia contra funcionária: 'muito bonita para ser gay'</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/bar-deve-indenizar-garconete-de-15-anos-que-sofreu-assedio-sexual-do-chefe-em-caldas-novas-determina-justica-1.3184706" target="_blank">Bar deve indenizar garçonete de 15 anos que sofreu assédio sexual do chefe em Caldas Novas, determina Justiça</a></div>

<h2>Assédio moral&nbsp;</h2>

Narra a decisão que o trabalhador exercia a função de “cumim”, que é um auxiliar do garçom no atendimento, servindo refeições e bebidas aos clientes em restaurantes, bares, clubes e eventos.&nbsp;

De acordo com o desembargador Gentil Pio de Oliveira, relator do processo, desde o início das atividades do homem no local, ele recebeu o apelido de “tortinho”, mesmo sempre informando aos demais colaboradores e à chefia imediata que não era de seu agrado ser chamado de tal forma, uma vez que ele possuía nome.&nbsp;

Segundo afirma o desembargador, a atitude dos colegas nunca foi repreendida pela empresa, o que tornou o homem motivo de chacota por parte dos colegas. Para Gentil Pio de Oliveira, a situação “trata-se de um caso clássico de assédio moral no ambiente de trabalho, ao passo que o autor esgotou todas as possibilidades de tentativas de sanar tal assédio em seu ambiente laboral”, afirmou o desembargador.

O magistrado apontou ainda que a testemunha do trabalhador, um churrasqueiro, confirmou que o colega era tratado com deboche por conta do problema na coluna. Ele também confirmou que o fato foi reportado à chefia, mas nada mudou.&nbsp;

“Ficou comprovado que o reclamante recebeu o apelido pejorativo por parte dos colegas ante sua condição física e que manifestou irresignação perante os superiores hierárquicos, que nada fizeram para findar a situação”, concluiu o relator.

O desembargador Gentil Pio considerou a ofensa de natureza leve, com previsão de valor de até três salários do autor da ação. Assim, aumentou o valor definido na sentença de R$ 3 mil para R$ 4 mil. Os demais desembargadores da Turma acompanharam o relator na majoração do valor da indenização.&nbsp;

<h2>Nota do Grupo Madero na íntegra</h2>

"O Grupo Madero repudia qualquer forma de discriminação. A empresa adota políticas rigorosas e realiza treinamentos constantes para assegurar um ambiente de trabalho ético, inclusivo e respeitoso, bem como possui Canais de Denúncia totalmente sigilosos para tratamento de qualquer conduta incompatível com as regras trabalhistas e políticas internas da empresa." 
&nbsp;

&nbsp;

&nbsp;

Empresa terá de indenizar ex-funcionário com problema na coluna que era chamado de 'tortinho' por colegas

Assédio moral 

WebStories: Cantor Leonardo é incluído na 'lista suja' do trabalho escravo do Governo Federal

LEONARDO_LISTA_TRABALHO_ESCRAVO

<img attr-cid="policy:1.3184647" attr-version="policy:1.3184647:1728386462" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3184647/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2024-10-08T082055.464.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Imagem mostra cama improvisada encontrada em alojamento de trabalhadores na fazenda do cantor Leonardo (Montagem/O Popular)

O cantor Leonardo indenizou em R$ 225 mil os seis trabalhadores resgatados em <a href="https://opopular.com.br/cidades/cantor-leonardo-e-incluido-na-lista-suja-do-trabalho-escravo-do-governo-federal-1.3184360" target="_blank">condições análogas à escravidão em uma fazenda dele</a>, em Jussara, segundo o advogado de defesa do sertanejo Paulo Vaz. O pagamento consta no acordo feito pela Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o cantor. Além da indenização, Leonardo também pagou uma multa de R$ 94.063,24.

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp </a>

“Nós resolvemos todos os problemas da fazenda, mesmo estando arrendada. Foram pagas todas as indenizações a essas pessoas e nós aceitamos o acordo proposto pelo Ministério Público", detalhou o advogado Paulo Vaz.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/alojamentos-de-trabalhadores-resgatados-em-fazenda-de-leonardo-tinham-camas-improvisadas-e-faltavam-banheiros-1.3184640" target="_blank">Alojamentos de trabalhadores resgatados em fazenda de Leonardo tinham camas improvisadas e faltavam banheiros</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/alem-do-cantor-leonardo-28-pessoas-e-empresas-goianas-est-o-em-lista-suja-do-trabalho-escravo-1.3184635" target="_blank">Além do cantor Leonardo, 28 pessoas e empresas goianas estão em 'lista suja' do trabalho escravo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/cantor-leonardo-e-incluido-na-lista-suja-do-trabalho-escravo-do-governo-federal-1.3184360" target="_blank">Cantor Leonardo é incluído na 'lista suja' do trabalho escravo do Governo Federal</a></div>

O pronunciamento da defesa se deu após o<a href="https://opopular.com.br/cidades/cantor-leonardo-e-incluido-na-lista-suja-do-trabalho-escravo-do-governo-federal-1.3184360" target="_blank"> nome do cantor ser adicionado na 'lista suja' do trabalho escravo</a>. O cadastro feito pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) torna públicos os nomes de pessoas físicas e jurídicas que tenham propriedades investigadas por explorar o trabalho análogo à escravidão.

De acordo com o documento do acordo, que está no relatório produzido pelo MTE, ao qual a reportagem teve acesso, Leonardo foi multado a indenizar cinco dos trabalhadores em R$ 35 mil. Além disso, ficou acordada uma indenização de R$ 50 mil ao adolescente de 17 anos que foi encontrado realizando trabalho proibido no local.&nbsp;

Em nota, o Ministério Público do Trabalho confirmou que o caso foi arquivado em abril deste ano (veja nota na íntegra ao final do texto).

A reportagem não encontrou o arrendatário da Fazenda Lakanka para se manifestar sobre o caso até a última atualização deste texto.

<div attr-cid="policy:1.3185888" attr-version="policy:1.3185888:1728596397" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3185888" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3185888', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3185888">WebStories: Cantor Leonardo é incluído na 'lista suja' do trabalho escravo do Governo Federal (1.3185888)</a></div>

<h2>Entenda o caso</h2>

Ao POPULAR, o advogado do cantor explicou que o processo corresponde a um pedaço de terra da Fazenda Lakanka, na região noroeste de Goiás, que foi arrendado, por meio de contrato, para outra pessoa plantar soja.&nbsp;

Porém, no dia 23 de novembro de 2023, após uma fiscalização do MTE, seis trabalhadores que foram encontrados em condições degradantes, um dos elementos que configura a escravidão contemporânea no Brasil. Conforme Paulo, os funcionários dessa área não são de responsabilidade direta de Leonardo, que segundo a defesa, não tinha conhecimento das práticas de trabalho escravo.

<img attr-cid="policy:1.3040723" attr-version="policy:1.3040723:1687368515" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3040723/WhatsApp Image 2023-06-21 at 13.54.03.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Local onde os trabalhadores em situação semelhante à escravidão se abrigavam, em Goiânia (Foto: Reprodução / MTE)

No entanto, o relatório do MTE descreve que o cantor tinha como obrigação contratual entregar uma parte da Fazenda Lakanka pronta para o plantio, garantindo que o solo estivesse limpo e preparado. Já o arrendatário, segundo o documento, era responsável por executar o plantio e o manejo das atividades agrícolas, uma vez que a área estivesse adequada para isso.

Por isso, embora o arrendatário tivesse responsabilidades sobre o plantio, as etapas de preparação do solo, como a catação de raízes e plantação de grama, ainda eram de responsabilidade de Leonardo, tanto em termos de execução quanto de pagamento aos trabalhadores envolvidos​.

<div attr-cid="policy:1.3184461" attr-version="policy:1.3184461:1728334818" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3184461" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3184461', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3184461">LEONARDO_LISTA_TRABALHO_ESCRAVO (1.3184461)</a></div>

Ao todo, a fiscalização identificou 18 trabalhadores nas fazenda Talismã e Lakanka. Seis foram resgatados em condições semelhantes às de trabalho escravo, e os outros 12 estavam em atividades diversas, como preparo do solo para o plantio de soja e manutenção de cercas.

Segundo o documento, apesar de também trabalharem de maneira informal, sem registro e direitos trabalhistas garantidos, as condições de vida e trabalho deles não foram consideradas tão degradantes a ponto de configurar uma situação de trabalho análogo ao de escravo.

<h2>Fiscalização</h2>

No relatório os fiscais descreveram os <a href="https://opopular.com.br/cidades/alojamentos-de-trabalhadores-resgatados-em-fazenda-de-leonardo-tinham-camas-improvisadas-e-faltavam-banheiros-1.3184640" target="_blank">alojamentos onde os funcionários dormiam como “precários”</a>, sem banheiros, com camas improvisadas, infestação de morcegos e fezes.

<img attr-cid="policy:1.3184637" attr-version="policy:1.3184637:1728383335" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3184637/WhatsApp Image 2024-10-08 at 07.25.35.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Banheiro disponibilizado aos trabalhadores (Reprodução/MTE)

Os seis funcionários resgatados dormiam em uma casa abandonada, localizada a 2km da sede da Fazenda Lakanka. Segundo o documento, o dormitório foi improvisado pelos empregados, que usaram tábuas de madeira encontradas jogadas pelos arredores para usarem como suporte para os colchões. Além disso, eles também não tinham acesso à água potável.&nbsp;

A equipe de fiscalização verificou que existia uma infestação de morcegos, com fezes dos animais em todos os cômodos, além da existência de muitas formigas no local e histórico de presença de outros animais, como cobras e escorpiões. Inclusive, no dia da inspeção, havia uma cobra morta perto do alojamento.

<img attr-cid="policy:1.3184636" attr-version="policy:1.3184636:1728383273" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3184636/WhatsApp Image 2024-10-08 at 07.26.21.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Cama improvisada pelos trabalhadores (Reprodução / MTE)

<h2>'Lista Suja'</h2>

<a href="https://opopular.com.br/cidades/alem-do-cantor-leonardo-28-pessoas-e-empresas-goianas-est-o-em-lista-suja-do-trabalho-escravo-1.3184635" target="_blank">Além do cantor Leonardo, outras 28 pessoas e empresas goianas estão na&nbsp;'lista suja'</a> do trabalho escravo.&nbsp;Ao todo, foram incluídos mais 176 nomes na&nbsp;atualização&nbsp;divulgada no último dia 7.&nbsp;Em Goiás, na maior parte dos casos listados os trabalhadores atuavam em serviços rurais ligados ao agronegócio, como lavouras, carvoarias e fábricas de cerâmicas. Também foram listadas quatro empresas de Goiânia.

<h2>Resgate</h2>

O POPULAR&nbsp;mostrou, em janeiro deste ano, que&nbsp;Goiás é o estado brasileiro onde&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-e-o-estado-onde-mais-trabalhadores-s-o-resgatados-em-condic-es-analogas-a-escravid-o-1.3099571" target="_blank">mais trabalhadores são resgatados em condições análogas à escravidão</a>. O dado, relativo ao ano de 2023, é do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Na época, o estado liderava o ranking com 739 resgates de trabalhadores feitos.

<h2>Maior número registrado</h2>

Em abril deste ano, 248 empregadores foram adicionados ao Cadastro, representando o maior número de inclusões já registrado na história. Dentre esses, 43 foram inseridos devido à constatação de práticas de trabalho análogo à escravidão no âmbito doméstico.&nbsp;

A atualização ocorre de forma semestral e tem o objetivo de dar transparência aos atos administrativos que decorrem das ações fiscais de combate ao trabalho análogo à escravidão, segundo o MTE. A lista suja contém, 727 pessoas física ou jurídicas.

As ações são realizadas por auditores fiscais do trabalho do MTE, que podem contar com a participação de integrantes da Defensoria Pública da União (DPU), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre outras forças policiais.&nbsp;

&nbsp;Denúncias sobre trabalho análogo à escravidão podem ser feitas pelo&nbsp;<a href="https://ipe.sit.trabalho.gov.br/#!/" target="_blank">Sistema Ipê</a>.

<h2>Fazenda Talismã</h2>

<img attr-cid="policy:1.3184386" attr-version="policy:1.3184386:1728321567" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3184386/WhatsApp Image 2024-10-07 at 14.19.01.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Fazenda Talismã do cantor Leonardo (Reprodução/Redes Sociais)

A Fazenda Talismã, localizada em Jussara, é uma&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/magazine/fazenda-milionaria-de-leonardo-veja-detalhes-dos-quartos-dos-filhos-de-virginia-e-ze-felipe-1.3154150" target="_blank">propriedade de Leonardo avaliada em R$ 60 milhões</a>.&nbsp;

A propriedade possui uma mansão, quadras esportivas, cavalos, lago, moto-aquática, piscina, área de jogos e até uma igreja. O imóvel recebeu o nome de um dos maiores sucessos da dupla Leandro &amp; Leonardo, refletindo o legado e a paixão do cantor pela música sertaneja.

Maria Alice, de 3 anos, e Maria Flor, de 1, filhas da influenciadora Virginia Fonseca e do cantor Zé Felipe, agora têm um quarto compartilhado na Fazenda Talismã, onde também mora a esposa do cantor, a influenciadora Poliana Rocha. Além disso, José Leonardo, o terceiro filho de Virginia e Zé Felipe, também ganhou um espaço exclusivo.

Nota Ministério Público&nbsp;

"Informamos que o Ministério Público do Trabalho abriu inquérito civil em 2023. O procedimento correu em sigilo e foi arquivado em abril de 2024. A inclusão na lista suja é uma atribuição do Ministério do Trabalho e Emprego."

&nbsp;