Reviver o personagem João Grilo, um dos papéis mais icônicos da sua carreira, foi um grande desafio para Matheus Nachtergaele, mas também uma fonte de enorme alegria, segundo ele. O ator, que deu vida ao personagem pela primeira vez no clássico O Auto da Compadecida de 2000, agora retorna ao papel em uma sequência que promete reacender a magia e a crítica social do filme original. Em sua nova jornada, João Grilo surge mais “sofrido” e como uma figura que ainda luta para sobreviver em um Brasil marcado por profundas desigualdades sociais. “Depois de mais de 20 anos, ele, que era um símbolo de esperança, também se tornou um símbolo de resistência”, explica o ator.

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Em entrevista ao POPULAR, Nachtergaele fala sobre como a personagem evoluiu ao longo dos anos, os desafios de reviver essa figura e o que ele trouxe de sua própria trajetória para o novo momento de João Grilo. Confira:

João Grilo é um personagem que mistura esperteza com uma certa ingenuidade. Após tantos anos, como você percebe a evolução desse personagem em sua vida e carreira?

Interpretar o João Grilo é um presente e uma honra. Ele é provavelmente o meu melhor trabalho, me trouxe muitas alegrias e me transformou no palhaço que todo ator sonha em ser. No primeiro filme, além do meu corpo 25 anos mais jovem, eu tinha muita esperança e energia - acho que o Grilo também mudou, ele continua esperto, sagaz e sapeca, mas está mais sofrido com os anos. Depois de mais de 20 anos, ele, que era um símbolo de esperança, também se tornou um símbolo de resistência.

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Existe algo que você trouxe de sua própria visão de vida para esse novo momento do João Grilo?

Procurei me lembrar dos momentos de quando construí o Grilo no primeiro filme, mais de 20 anos atrás. Reli a peça, revisitei a série e o filme e fui com o coração aberto. Depois do primeiro O Auto da Compadecida, fiz muitos trabalhos no cinema, na televisão e no teatro e, ao longo dessa extensa trajetória, sempre me deparo com personagens brasileiros fora da curva. As histórias desses personagens criaram camadas em mim, porque a encenação é uma vivência. Então, tudo isso se acumulou em mim e acredito que aparecerá no Auto 2 de alguma forma.

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O primeiro Auto da Compadecida foi um grande marco para o cinema brasileiro, tanto pela história quanto pela forma como foi produzido. Como foi a experiência de gravar essa tão aguardada sequência?

Nosso desejo foi dar uma injeção de alegria e lembrar a todos como é bom ser brasileiro. Foi uma oportunidade para retomar o meu instrumental de palhaço. Me entreguei à direção inspirada e inquieta de Flávia Lacerda e Guel Arraes e me joguei de volta para esse personagem tão marcante em minha carreira. Acredito que O Auto da Compadecida 2 é mais teatral do que o primeiro filme. Do ponto de vista da orientação artística, é uma produção mais fiel ao procedimento teatral.

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Perfil

Considerado um dos atores mais versáteis de sua geração, Matheus Nachtergaele é conhecido por sua intensidade em cena. Nascido em São Paulo, ele se destacou no cinema, teatro e televisão ao longo de sua carreira. Começou no final dos anos 1980, e seu legado inclui papéis marcantes em filmes como Central do Brasil (1998), Cidade de Deus (2002) e Serra Pelada (2013), além de participações memoráveis em obras como O Auto da Compadecida e Hilda Furacão. Nachtergaele também é reconhecido por seu trabalho como cineasta, diretor e autor, recebendo prêmios como o Troféu APCA, Prêmio Shell e indicações em festivais importantes, incluindo Cannes. Além disso, sua versatilidade na TV, como nas novelas Avenida Brasil (2012) e Da Cor do Pecado (2004), consolidou seu status como um dos maiores talentos da cena artística brasileira.

"João Grilo se tornou símbolo de resistência", diz Matheus Nachtergaele

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Entrevista

Com humor singular, crítica social afiada e personagens memoráveis, O Auto da Compadecida, filme lançado em 2000, se consolidou como clássico atemporal e um dos marcos da retomada do cinema nacional. Não é surpresa, portanto, que o anúncio da sequência, que estreia nesta quarta-feira (25) nas salas de Goiânia e Aparecida, tenha provocado grande expectativa entre os fãs. Baseado na obra de Ariano Suassuna, o novo filme revive a magia do original, trazendo de volta a icônica dupla João Grilo e Chicó, interpretados por Matheus Nachtergaele e Selton Mello, respectivamente.

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“Nossa missão foi construir uma narrativa coerente com os dias atuais, assim como o livro do primeiro Auto foi para o Brasil de 1955, quando foi publicado”, explica o diretor Guel Arraes sobre O Auto da Compadecida 2. A essência do novo projeto é justamente atualizar a obra para o contexto contemporâneo, mantendo-se fiel ao trabalho original de Ariano Suassuna. O desafio foi preservar a irreverência e a crítica social que marcaram o sucesso do original, mantendo o humor e a profundidade que tornaram a obra imortal.

Sob a direção de Guel Arraes, idealizador do projeto, e Flávia Lacerda, assistente de direção no primeiro filme, o Auto da Compadecida 2 retoma a história 20 anos após os eventos do primeiro filme. João Grilo retorna à pacata Taperoá, mas dessa vez como uma celebridade, famoso por ter sido ressuscitado após o julgamento divino. Chicó, por sua vez, vive na cidade vendendo santinhos e contando a história da volta de seu amigo. A rotina dos dois é virada de cabeça para baixo quando João Grilo reaparece com planos mirabolantes para enriquecer.

Novos personagens se juntam à trama, como o coronel Ernani, candidato a prefeito, e Arlindo, dono da rádio local, que tentarão usar a fama de João Grilo em benefício próprio. A trama se desenvolve com a esperteza de João Grilo, que busca aplicar um golpe para ter uma vida tranquila e rica, e a ingenuidade de Chicó, que se envolve em um triângulo amoroso com Rosinha, agora uma mulher independente, e Clarabela, filha do coronel.

Em meio a disputas políticas, fake news e a busca por fama, a dupla se vê novamente em apuros, tendo de recorrer à Compadecida para se safar das situações complicadas. Uma novidade é que a Compadecida, papel consagrado por Fernanda Montenegro no primeiro filme, é interpretada por Taís Araújo, marcando a primeira vez que a personagem é representada por uma atriz negra.

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Fábula musical nordestina&nbsp;

A trilha sonora original de Auto da Compadecida 2, composta por João Falcão e Ricco Viana, é um dos grandes destaques da produção Com 19 canções que incluem vozes de Maria Bethânia, João Gomes e Chico César, a música ajuda a criar uma atmosfera que mistura tradição e contemporaneidade. Além disso, o uso de tecnologia LED na recriação da Taperoá mítica, inspirada em obras como Cem Anos de Solidão, confere ao filme um tom quase fabulesco, aproximando-o ainda mais do universo literário de Ariano Suassuna.

Para João Suassuna, neto do autor e entusiasta do projeto, O Auto da Compadecida 2 é uma verdadeira celebração da cultura e da arte brasileira. “O filme resgata a alegria do povo, tratando de temas como sonho, esperança e fé”, enumera sobre os elementos essenciais na obra do avô. Uma sacada importante foi introduzir no roteiro temas contemporâneos, como fake news e a busca incessante por fama. João Grilo, por exemplo, se tornou uma celebridade em Taperoá.&nbsp;

A inclusão de novos personagens, como Clarabela — uma mulher moderna e independente que se apaixona por Chicó — também enriquece ainda mais a narrativa. A química entre os atores, construída ao longo de anos de amizade e colaboração, é um ponto alto da produção. Selton Mello enfatiza o quanto a parceria com Guel Arraes é significativa para ele, considerando-o seu grande mestre. Ele também elogia o trabalho de Flávia Lacerda na direção, destacando sua atenção aos detalhes técnicos.

 
Quem é quem

 
João Grilo 
Matheus Nachtergaele 
Retorna a Taperoá após 20 anos como uma celebridade, famoso por ter sido ressuscitado após um julgamento divino. Continua trapalhão, mas agora usa sua fama para aplicar golpes mais ambiciosos.

Chicó 
Selton Mello 
Vive em Taperoá vendendo santinhos e contando a história da ressurreição de João Grilo. Continua medroso e ingênuo, mas agora é um contador de histórias. Se envolve em um triângulo amoroso com Rosinha e Clarabela.

Compadecida 
Taís Araujo 
Nossa Senhora, a protetora do Brasil. É a primeira vez que a personagem é representada por uma atriz negra no filme.

Rosinha 
Virginia Cavendish 
Retorna a Taperoá 20 anos depois como uma mulher livre e independente. Se envolve em um triângulo amoroso com Chicó e Clarabela.

Coronel Ernani 
Humberto Martins 
Fazendeiro influente que almeja o cargo de prefeito. Contrata Joaquim Brejeiro após a morte de Severino.

Antônio do Amor 
Luis Miranda 
Malandro carioca que usa de criatividade e improviso para conseguir trabalhos informais. Amigo de João Grilo, despertando ciúmes em Chicó.

Arlindo 
Eduardo Sterblitch 
Dono da única rádio de Taperoá. Esperto nos negócios, tenta se aproveitar da ingenuidade de João Grilo e Chicó para ganhar mais poder.

Clarabela 
Fabíula Nascimento 
Filha do Coronel Ernani, apaixonada por artes e interessada em Chicó.

Joaquim Brejeiro 
Enrique Diaz 
Após a morte de Severino, trabalha para o Coronel Ernani.

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'O Auto da Compadecida 2' traz de volta o humor irreverente da dupla João Grilo e Chicó

Estreia

O ator Matheus Nachtergaele não esconde a alegria de ver Cine Holliúdy no ar novamente – ela é exibida às terças-feiras, na Globo. Na série, Matheus interpreta a autoridade máxima de Pitombas, o prefeito Olegário, a quem define como um vilão cômico. “Temos muitos motivos para rever a série com olhos muito críticos para além da diversão pura e simples. Como sou um ator principalmente de cinema, adorei essa coisa da série passar pelos gêneros todos”, diz. Nesta entrevista, o ator comenta sobre a volta da série à TV.Como foi receber a notícia da volta da série?Recebi a notícia com alegria! Essa reexibição indica duas coisas: que a série entrou no coração das pessoas e que a ela conseguiu fazer o que eu imaginei que faria: homenagear o Brasil que a gente gosta e ama. É uma série carinhosa para toda família e de ensinamento para gente gostar da gente mesmo.Qual a importância do Olegário na sua carreira? Tem alguma característica ou algo que tenha aprendido com o personagem que possa ser destacado?Eu me senti extremamente honrado em estar com o elenco cearense, em ser chamado a participar, em dividir a cena com a Heloísa Perissé, que eu admiro muito como artista popular brasileira, como comediante e como mulher. Olegário é um vilão cômico, um típico político da pior espécie brasileira, extremamente ignorante e autoritário, vaidoso e se tiver alguma virtude é saber amar a Maria do Socorro, personagem da Heloísa. Acho que todos os personagens nos ensinam muito. O Olégario traz para mim a possibilidade de construir um personagem que homenageia o Odorico Paraguaçu e Dias Gomes. Também é um personagem para, de forma brincante, se fazer uma crítica à política brasileira. Eu aprendi muito fazendo o Olégario e estou muito feliz em poder rever o trabalho.Que cenas te marcaram? Quais você mais gostou de fazer?Eu tive muito prazer em todas as cenas. Adoro a Heloísa (Perissé) e a gente conseguiu uma química muito bonita. Foi muito prazeroso trabalhar com ela. Ressalto também as cenas com o Gustavo Falcão, que interpreta o Seu Jujuba, assessor do Olegário. As cenas são todas muito saborosas e é muito difícil destacar alguma, mas eu amo as cenas de palanque do Olegário. Para me relacionar com Odorico do Dias Gomes, que inventa palavras difíceis justamente para não ser entendido pela população - como é comum nos políticos brasileiros -, eu inventei um tipo de português absolutamente errado. No palanque, ele começa o discurso dizendo: “Meus povo e minhas pova”. É hilário, a gente sempre ria muito depois das cenas de palanque.A série homenageia os gêneros do cinema. Mais do que nunca, as famílias estão vendo muitos filmes, séries e programas de entretenimento de maneira geral. Como você avalia a importância da arte nesta fase de quarentena?O argumento de Cine Holliúdy é lindo! Uma televisão é instalada pela primeira vez em uma cidade interiorana do Brasil e ela começa a ameaçar o sonho de fazer um cinema brasileiro criativo, que é o sonho do Francis. Essa discussão me interessa muito. Temos muitos motivos para rever a série com olhos muito críticos para além da diversão pura e simples. Como sou um ator principalmente de cinema, adorei essa coisa de passar pelos gêneros todos. Fizemos filme de vampiro, de terror, de ficção cientifica; tudo de uma jeito tupiniquim, divertido e com uma produção que imita com muita beleza a falta de recursos do cinema brasileiro. [AGENIA](Rede Globo)

'Uma série para o Brasil fazer as pazes consigo', diz Matheus Nachtergaele sobre nova produção

Assim como a seca, que castiga o sertão nordestino, a caatinga é quase como um dos protagonistas de O Auto da Compadecida, minissérie lançada em 1999 pela Rede Globo. Gravada em Cabaceiras, interior da Paraíba, a história se tornaria um ano depois filme dirigido por Guel Arraes, baseada na peça de teatro homônima assinada por Ariano Suassuna. Em homenagem ao seriado, o Globoplay relança a produção 20 anos depois com materiais inéditos em versão remasterizada.São duas décadas de imersão nas desventuras de João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello), dois nordestinos pobres que enfrentam fome e seca. Espertos e embromadores, tramam mentiras, passam a perna em coronéis, padres, cangaceiros e até no diabo, para tentarem, de alguma forma, corromper a miséria da vida no sertão. Corajosos, sonham com um futuro menos desvalido.Com elementos de O Santo e a Porca (1957) e Torturas de um Coração (1951), ambos de Suassuna, e influências do clássico Decameron (1958), de Giovanni Boccaccio (1958), O Auto da Compadecida conquistou a maior bilheteria em 2000, sendo visto por mais de 2 milhões de espectadores. Agora, na versão já disponibilizada pela plataforma de streaming da Globo, a produção ganha um formato de série dividida em capítulos, com o adicional de uma hora de materiais inéditos e exclusivos. A proposta, de acordo com Guel Arraes e Selton Mello, que participaram do lançamento da reedição da série na Comic Con Experience, em São Paulo, é brindar os 20 anos da história. Também desejam conquistar um público mais jovem e que não teve contato com a produção quando ela foi apresentada pela primeira vez na virada do século. “O que eu acho muito bonito é que a gente vai inaugurar uma nova geração de fanáticos pelo Auto da Compadecida”, celebrou Selton.Escrita por Adriana Falcão, Guel Arraes e João Falcão, a série foi reprisada em 2014 no Canal Viva. Além do lançamento exclusivo no Globoplay, a produção será exibida em janeiro na Globo depois da novela Amor de Mãe, em comemoração aos 55 anos de emissora carioca. Marco para a carreira de muitos atores do elenco, além de diretores, fotógrafos e técnicos, O Auto da Compadecida marcou época por apresentar um sertão dos anos 1930, marcado pela política do café com leite, e que décadas depois ainda persistiria em tal situação.Como caricaturas, os personagens, ora com desvios de caráter, ora tentando sobreviver de todas as formas possíveis à exploração e pobreza do campo, passam pelo julgamento final e precisam enfrentar os fantasmas e medos que lhes foram atribuídos. Há no elenco nomes como Rogério Cardoso como o padre João, Lima Duarte como o bispo, Denise Fraga como Dora, Diogo Vilela como Eurico, Virgínia Cavendish como Rosinha, Marco Nanini como Severino de Aracaju e Fernanda Montenegro como Nossa Senhora.“É o personagem mais popular da minha carreira. Não existe comparação com nenhuma novela que eu tenha feito”, contou Selton Mello durante Comic Con. Com bordões famosos, como “não sei, só sei que foi assim”, Chicó vive no mundo da lua, entre sonhos e devaneios. Já o amigo João Grilo é um sobrevivente da seca e da fome, que vive se metendo em encrencas. Com o personagem, Matheus Nachtergaele conquistou reconhecimento nacional. “Sua atuação é impecável, pois consegue passar toda a esperteza do personagem, que luta contra o patriarcado”, afirmou Suassuna na época.

Celebração de 20 anos: Globoplay relança O Auto da Compadecida com materiais inéditos

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Drama argentino de 2017 selecionado para representar o país no Oscar de melhor filme estrangeiro, Zama volta ao século 18 para falar sobre espera e conquista em terras longínquas. O filme, outra estreia da semana em Goiânia, é a mais recente produção da cineasta argentina Lucrecia Martel, que participou da Mostra Oficial do Festival de Cannes com seu segundo longa-metragem, A Menina Santa (2004), que conta com a produção executiva dos irmãos Almodóvar. No roteiro, um oficial da coroa Espanhola, Don Diego de Zama, nascido na América do Sul, aguarda sua transferência para Buenos Aires. Os anos passam e quando Zama percebe que tudo está perdido, junta-se a um grupo de soldados à caça de um perigoso bandido e parte para explorar terras distantes habitadas por índios selvagens.Em um misto entre forma e conteúdo, Martel foca na qualidade fotográfica e sonora. Resgata também uma parte esquecida da história da América do Sul, na época do poder colonial, com símbolos burocráticos que até hoje integram as nações latino-americanas. O choque cultural entre as civilizações europeias e os nativos, a exploração e o colonialismo são ilustrados de forma integral nas características do protagonista, interpretado pelo ator Daniel Giménez Cacho. O elenco de Zama também é composto por ninguém menos que o ator brasileiro Matheus Nachtergaele, que interpreta o personagem Vicuña Porto, bandido que todos da Coroa estão à procura. Há ainda os atores Lola Dueñas, Rafael Spregelburd, Juan Minujín e Daniel Veronese. Outro nome brasileiro no longa é o da atriz Mariana Nunes, que esteve em produções como Febre do Rato (2012), de Cláudio Assis. Premiado pelos críticos de cinema no Festival de Roterdã 2018, Zama é uma adaptação do livro homônimo de Antonio Di Benedetto. O foco é o resgate à história da formação territorial e identitária da América do Sul. Coprodução entre Brasil, Argentina e Espanha, a obra teve participação da produtora brasileira Bananeira Filmes, que assina filmes como O Palhaço (2011) e O Filme da Minha Vida (2017), de Selton Mello, e Deserto (2016), de Guilherme Weber.