Cidade de Goiás, 1906. Imagine uma garota preta, de 17 anos, que dominava como ninguém as formas poéticas. Em um tempo em que as meninas eram preparadas apenas para o casamento, para a serventia ou para a cozinha, Leodegária de Jesus rompeu a estrutura, conseguiu um emprego de redatora de jornal e se tornou a primeira mulher a publicar um livro no Estado goiano. Se estivesse viva, a poetisa completaria 135 anos nesta quinta-feira (8).

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Durante muito tempo o nome de Leodegária ficou no esquecimento e muito pouco se ouvia falar sobre uma autora dona de um lirismo arrojado e cheio de vigor. O nome da artista agora emerge como uma escritora que abriu caminho para que várias outras mulheres pudessem publicar, criar e escrever. Não por menos, o Museu das Bandeiras, localizado no Largo do Chafariz, na cidade de Goiás, recebe a exposição Entre Lyrios e Orchideas, a Pássara Ferida, que entra em cartaz nesta quinta-feira e segue até o final de agosto.

“A ideia é contar a história de Leodegária a partir de imagens, versos e documentos e poder aguçar o interesse para novas pesquisas, filmes e livros para ressaltar a importância dessa grande poeta de Goiás”, explica o curador da exposição e secretário municipal da Igualdade Étnico-Racial, Lázaro Ribeiro. A exposição é apenas um braço de um projeto que já está na segunda edição: a Mostra Goiás - Nosso Patrimônio Tem Cor, com a reunião de diversas linguagens artísticas. Entre as ações estão, por exemplo, a produção de um curta-metragem, oficinas de bonecas, bordado e escrita criativa para meninas da rede pública de ensino.

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De todo o acervo reunido pelos curadores para a exposição, o que não chegará a tempo para a abertura da mostra é a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em junho, o Conselho Federal aprovou por unanimidade a proposta de concessão do título de advogada a Leodegária. “Na época, a escritora foi impedida de cursar Direito. Fizemos todos os trâmites necessários para que houvesse essa reparação histórica. Na semana passada, a sede do Conselho em Brasília pegou fogo, o que atrasou a chegada da carteira para a abertura”, conta a vereadora Elenízia da Mata (PT), que também assina a curadoria da exposição.

Reiterar a negritude de Leodegária e jogar o holofote a uma escritora mulher muito a frente de seu tempo são alicerces que Elenízia quer destacar nas comemorações dos 135 anos da autora. “Nós, pessoas pretas, praticamente não temos símbolos de potência porque nossa história foi apagada. O que desejamos é reposicionar as narrativas e dar visibilidade e transformar parte da história racista em nosso estado”, diz a vereadora.

<h2>Poesia</h2>

Leodegária Brazilia de Jesus nasceu em Caldas Novas em 1889, um ano após a abolição da escravatura no Brasil. Chegou na cidade de Goiás com a família anos depois, onde passou a infância e juventude. Foi na então capital goiana que publicou o seu primeiro livro, Corôa de Lyrios, pela editora Azul. Para a pesquisadora Goiandira Ortiz, que comanda a Secretaria Municipal de Cultura, é possível ver poemas de uma adolescente que tem o vigor e o frescor da juventude.

“Talvez pela formação erudita que teve por meio do pai, José Antônio de Jesus, a escritora dominava muito a forma poética. Todas essas marcas ela leva para o segundo livro, Orquídeas, no qual fala sobre o amor de uma forma elaborada”, conta Goiandira, que tratou de abrir junto com outras duas amigas e professoras a Livraria Leodegária, no Mercado Municipal de Goiás, para homenagear e discutir a obra da autora.

Junto com o espaço criado há oito anos, surgiu também um selo de publicações para difundir e organizar novas edições dos dois livros de Leodegária. “Conseguimos reeditar novas edições das obras e vamos publicar também um livro dos textos dispersos que estamos recolhendo. Tudo isso ajuda a difundir a obra dessa escritora que precisa ser conhecida por todos”, completa Goiandira.

<h3>Amante do mistério</h3>

A professora Bianka Cristina Dias Alves, de 24 anos, foi conhecer Leodegária de Jesus em 2017, durante as aulas de literatura brasileira na Universidade Estadual de Goiás (UEG). "Fiquei impressionada por ter descoberto a poesia de Leodegária nas aulas da universidade, sendo vilaboense, e por não ter estudado ela no Ensino Médio, onde o destaque era apenas a figura de Cora Coralina. A descoberta da poesia de Leodegária só ocorreu quando eu tinha 18 anos", conta.&nbsp;

Desde a descoberta que Bianka nunca mais abandonou a poesia de Leodegária. No Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), a professora pesquisou e analisou a primeira publicação de Leodegária. A vilaboense também trabalhou durante anos na Livraria Leodegária, onde ficou imersa na sua poesia. "Faço parte do grupo Mulheres Coralinas há mais de 3 anos, que também valoriza e trabalha com Leodegária", explica a pesquisadora.&nbsp;

Quem é a secretária executiva do grupo Mulheres Coralinas é a doutora em Literatura Brasileira pela UEG, Ebe Maria de Lima Siqueira. Para a professora, a poesia de Leodegária é, inegavelmente, um marco. "Além da importância de ter sido a primeira a publicar livros em Goiás, seus versos têm uma força muito própria, muito consistente. Pelo que encontramos em seus livros, ela se interessava pela beleza e pela dureza da vida, pela crueldade e pela calmaria da morte, pela exuberância da natureza e pela energia misteriosa do amor", reitera.&nbsp;

Ebe Maria explica que toda a complexidade da vida de Leodegária está transcrita em seus versos, muitas vezes de formas pouco óbvias, "já que a poeta era amante dos segredos". "Sua obra, para nós goianas e para todas as pessoas interessadas por literatura, é um manancial", reflete a professora.&nbsp;

Leodegária de Jesus ganha exposição para celebrar 135 anos de seu nascimento

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Ainda e sempre

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informou, nesta quinta-feira (26), que continua monitorando a qualidade da água do Rio Vermelho, manancial que corta a cidade de Goiás, antiga capital, Patrimônio da Humanidade e um dos pontos turísticos mais importantes do Estado. No dia 17, um grave acidente na GO-164, entre um caminhão carregado de defensivos agrícolas e um carro de passeio, que causou a morte de duas pessoas, contaminou o manancial após uma chuva torrencial levar para o leito uma quantidade não definida de agrotóxicos.

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De acordo com a Semad, o alerta à população para não utilizar a água do Rio Vermelho, nem para banho nem para consumo de qualquer natureza, se mantém depois que os técnicos encontraram peixes mortos a 23 quilômetros da sede da cidade, no distrito de Buenolândia. A mesma situação já tinha ocorrido entre sábado (21) e domingo (22) na área urbana. Técnicos da empresa Ambipar, contratada pelos fabricantes dos produtos – Bayer e Basf – para remover os resíduos dos defensivos na região, concluíram suas atividades nesta quinta-feira (26). Conforme a Semad, foram gerados oito grandes sacolas de resíduo sólido, aproximadamente 400 litros de resíduo líquido e uma bombona (tipo de barril de plástico) com peixes mortos. Tudo, diz a pasta, foi levado “para destinação ambientalmente adequada”.

O Grupo de Agroecologia e Educação do Campo (Gwatá), da Universidade Estadual de Goiás (UEG), que desde o surgimento dos peixes mortos ao longo do Rio Vermelho manifestou preocupação com os efeitos ambientais da contaminação, aguarda uma resposta da prefeitura do município para formar um grupo institucional que faça um estudo mais aprofundado. O pesquisador Murilo de Souza está certo de que não há como retirar todo o agrotóxico que atingiu a região. “Os impactos são visíveis, muita coisa penetrou no solo e já está no lençol freático. Me preocupa saber que o caso não foi registrado no Sistema Nacional de Emergências Ambientais (Siema), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).”

A Semad informou que, além do monitoramento diário, manterá as barreiras instaladas pelo Corpo de Bombeiros e técnicos ambientais. As análises químicas da água do Rio Vermelho estão com o Centro de Análises Ambientais e Laboratoriais (Ceamb) da pasta, que ainda não divulgou resultado. O pesquisador Murilo de Souza disse que o Gwatá, que integra coletivo nacional que estuda os efeitos de agrotóxicos para o meio ambiente e para a saúde humana, aguarda laudo sobre possíveis efeitos dos defensivos encontrados para o homem.

O acidente

Na manhã do dia 17, um caminhão com uma carga de defensivos agrícolas roubada em Marcelândia (MT), atingiu a traseira de um carro de passeio na GO-164, próximo a um dos trevos de acesso à cidade de Goiás. O acidente provocou a morte de duas pessoas do veículo pequeno e o tombamento da carreta a 15 metros do Rio Vermelho, dentro da Área de Preservação Ambiental (APA) Dr. Sulivan Silvestre, criada em 1998 para ajudar a proteger o Parque Estadual da Serra Dourada. Após uma forte chuva, parte da carga chegou ao Rio Vermelho, que é usado para banhos no Parque da Carioca, nas imediações. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente interditou o acesso ao rio.

O motorista e o passageiro do caminhão, Márcio Souza da Silva e Valdinei da Silva Barbosa, ficaram feridos e foram atendidos inicialmente no Hospital São Pedro D’Alcântara na cidade de Goiás, depois transferidos para o Hospital Estadual de Emergências Governador Otávio Lage (Hugol), em Goiânia. O cruzamento de informações entre as forças de segurança de Goiás e do Mato Grosso mostrou que o volume de agrotóxicos era produto de roubo. Até a tarde desta quinta (26), os dois suspeitos continuavam internados no Hugol sob custódia da Polícia Militar e deverão ser ouvidos pela Polícia Civil na próxima semana.

O delegado Gustavo Barreto, que está com o caso, disse que as perícias foram realizadas e o inquérito apura tanto a responsabilidade do acidente quanto do dano ambiental. O proprietário da carga, Adilson Francisco Fistarol, veio de Mato Grosso e conseguiu recuperar a maior parte dos defensivos, disse o delegado. O produtor e os demais envolvidos deverão ser ouvidos também na próxima semana.

Agrotóxico no Rio Vermelho ainda causa preocupação

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Cidade de Goiás

VÍDEO SEMAD

<div attr-cid="policy:1.3212859" attr-version="policy:1.3212859:1734820416" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3212859" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3212859', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3212859">VÍDEO SEMAD (1.3212859)</a></div>

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) atua, neste sábado (21), para conter a contaminação do Rio Vermelho e reduzir os danos ambientais causados pelo vazamento de defensivos agrícolas após o&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/motorista-e-passageiro-morrem-apos-carro-e-caminh-o-carregado-com-agrotoxico-baterem-e-cairem-de-ribanceira-na-go-164-1.3211133" target="_blank">acidente que matou duas pessoas e deixou outras duas feridas na GO-164</a>, na cidade de Goiás. Segundo a Semad, quase todos resíduos químicos já foram retirados do local e barreiras foram construídas às margens do rio. Parte do solo contaminado será removido.

<cite>É uma área de difícil acesso [...] Já foi retirado 95% dos resíduos químicos, restando apenas resíduos que foram espalhados no solo. A empresa vai fazer a retirada desse material de solo contaminado e encaminhamento para incineração”, explicou Maurício Veiga, agente da Semad, que trabalha no monitoramento da área.</cite>

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A Semad informou que foi constatada&nbsp;a morte de peixes no Rio Vermelho na manhã deste sábado, mas situação teria ocorrido por conta da chuva que levou os defensivos para dentro da água. “Ocorreu a morte de pequenos peixes, mas com o volume de água do rio, logo o produto químico diminuirá”, afirmou Maurício.&nbsp;

Como mostrou O POPULAR,&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/motorista-e-passageiro-morrem-apos-carro-e-caminh-o-carregado-com-agrotoxico-baterem-e-cairem-de-ribanceira-na-go-164-1.3211133" target="_blank">o acidente aconteceu na terça-feira (17) e envolveu um carro e um caminhão.</a>&nbsp;O motorista e o passageiro morreram e os dois ocupantes do caminhão estão hospitalizados. A Semad informou que a carga do caminhão era roubada e não tem licença ambiental, com as devidas condicionantes, para o transporte do produto, como determina a lei.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/motorista-e-passageiro-morrem-apos-carro-e-caminh-o-carregado-com-agrotoxico-baterem-e-cairem-de-ribanceira-na-go-164-1.3211133" target="_blank">Motorista e passageiro morrem após carro e caminhão carregado com agrotóxico baterem e caírem de ribanceira na GO-164</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/policia-investiga-morte-de-peixes-no-meia-ponte-1.3159224" target="_blank">Polícia investiga morte de peixes no Meia Ponte</a></div>

Por não terem os nomes divulgados, O POPULAR não conseguiu atualizar o estado de saúde dos ocupantes do caminhão até a última atualização desta reportagem. &nbsp;

<h2>Qualidade da água</h2>

Conforme a Semad, equipes do Centro de Análises Ambientais e Laboratoriais (Ceamb) da Semad e a Companhia Saneamento de Goiás S/A (Saneago) trabalham no monitoramento de parâmetros de qualidade da água. Por precaução, a Semad recomenda que os moradores não banhem ou utilizem água do Rio Vermelho.&nbsp;

Em nota enviada ao POPULAR, a Saneago disse que a população pode ficar tranquila, pois&nbsp;a captação de água no Rio Vermelho é feita, "exclusivamente, como reforço hídrico no período de estiagem, ou seja, não está sendo utilizada neste mês de dezembro, visto que já estamos no período chuvoso".

Também informou que atualmente, no município, a Saneago realiza a captação de água apenas nos córregos Bacalhau e Pedro Ludovico, "que estão com todos os parâmetros adequados, sem qualquer tipo de contaminação, permitindo o devido tratamento"&nbsp;(confira a nota na íntegra ao final da reportagem).

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Equipes trabalhando para conter contaminação no Rio Vermelho após acidente (Divulgação/Semad)

<h2>Protocolo&nbsp;&nbsp;</h2>

A Semad informou que foi comunicada&nbsp;sobre o&nbsp;acidente duas horas depois de ele ocorrer. Então, acionou o protocolo de emergências ambientais, que prevê a comunicação imediata da Saneago, Defesa Civil e do Batalhão Especializado em Operações com Produtos Perigosos do Corpo de Bombeiros.&nbsp;&nbsp;

A secretaria afirma que&nbsp;também enviou uma equipe da gerência que cuida de emergências ambientais e outra do seu próprio Centro de Análises Ambientais e Laboratoriais (Ceamb) para o local.&nbsp;&nbsp;

Enquanto bombeiros trabalhavam na contenção e recolhimento de embalagens e frascos de defensivos, que foram acomodados em sacos "big bag", e na remoção das ferragens para retirar o corpo de uma das vítimas fatais, a Semad usou a placa para chegar no responsável pelo caminhão, a quem cabe a obrigação legal de contratar uma empresa para atender a emergência ambiental.&nbsp;

<h2>Responsabilidade&nbsp;</h2>

Valendo-se do que diz a lei federal 6938, que atribui responsabilidade indireta aos fabricantes dos produtos vazados, a Semad acionou a BASF e a Bayer. Ambas contrataram a Ambipar, que desde então trabalha no local.&nbsp;&nbsp;

&nbsp;A Semad destacou que continua a monitorar a região e a trabalha no monitoramento da qualidade da água do Rio Vermelho. Segundo a secretaria, as sanções administrativas cabíveis ao caso serão aplicadas.&nbsp;&nbsp;

<h2>Nota da Saneago na íntegra:</h2>

A Saneago tranquiliza a população da Cidade de Goiás em relação à qualidade da água distribuída pela rede de abastecimento público. Como amplamente noticiado pela imprensa, na manhã da última terça-feira (17), um acidente automobilístico na GO-164 provocou o derramamento de agrotóxicos nas margens do Rio Vermelho. Entretanto, a captação de água da Companhia no Rio Vermelho é acionada, exclusivamente, como reforço hídrico no período de estiagem, ou seja, não está sendo utilizada neste mês de dezembro, visto que já estamos no período chuvoso.

Atualmente, no município, a Saneago realiza a captação de água apenas nos córregos Bacalhau e Pedro Ludovico, que estão com todos os parâmetros adequados, sem qualquer tipo de contaminação, permitindo o devido tratamento. Vale ressaltar ainda que, antes de ser distribuída à população, a água é tratada e obedece, rigorosamente, todos os padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

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Equipes trabalhando para conter contaminação no Rio Vermelho após acidente (Divulgação/Semad)

Semad tenta conter contaminação no Rio Vermelho após acidente

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O senegalês-canadense Zal Sissokho e o brasileiro Lucas Trigueiro, ambos conhecidos por explorar as raízes da música africana, são as principais atrações da penúltima edição do projeto Goiás Cidade Musical, que será realizado neste sábado (16), na cidade de Goiás. A programação começa às 17 horas com os Diálogos Musicais, na Associação Mulheres Coralinas, e segue às 21h30 no Instituto Biapó. A curadoria do encontro musical é de Andrea Teixeira.

Zal Sissokho é um músico senegalês radicado em Montreal, Quebec. Ele ganhou destaque com o trabalho Kora Flamenca (2020), que explora a fusão do kora africano com o flamenco espanhol e foi premiado como Álbum de World Music do Ano no 42º Prêmio Félix. No evento, ele traz a tradição dos Griots, com canções em malinké e wolof, abordando temas ancestrais da África Ocidental e conectando-os ao mundo contemporâneo.

Após mudar-se para o Canadá em 1999, Sissokho fundou a banda Buntalo em 2004. Além de Kora Flamenca, ele lançou três álbuns solos e outro projeto em trio com Marcus Viana e Ibrahima Gaye. Ao seu lado, estará Lucas Trigueiro, violonista e produtor musical de Belém, radicado em Brasília, e graduado na Berklee College of Music em Trilha Sonora e Engenharia Musical (2006). Trigueiro é um especialista em flamenco e na música ancestral africana.

Lucas Trigueiro estudou flamenco com os maestros Arturo Martinez, de Nova York, e o brasileiro Flávio Rodrigues. Aprendeu a tocar kora (harpa africana) com o maestro Griot Zal Sissokho. Na carreira, já acompanhou nomes como Vanesa Dominguez, Yara Castro, Patrícia Weingrill, Fernando de la Rua, Danny Souza, Diego Zarcón, entre outros. Ele gravou para mais de 130 artistas internacionais. O repertório do duo inclui composições originais e clássicos Mandinka.

Encerrando a programação, às 23 horas, haverá uma concentração no Largo do Rosário para o evento Um Luar, Um Violão, Uma Serenata. A curadoria é de Marlene Vellasco, e a caminhada pelo Centro Histórico da Cidade Patrimônio Mundial será embalada por um repertório de canções clássicas do cancioneiro popular.

Serviço

Evento: Diálogos Musicais - Zal Sissokho e Lucas Trigueiro

Data: 16 de novembro

Horário:&nbsp;17h e 21h30

Local:&nbsp;Associação Mulheres Coralinas (Rua Benedita Lemes Assis, qd. 35, lt.5, sede das Mulheres Coralinas, Rio Vermelho) e Instituto Biapó (Rua Dom Candido Penso, n. 25, qd. 12, lt. 1, Centro)

Goiás Cidade Musical apresenta neste sábado (16) shows de Zal Sissokho e Lucas Trigueiro

RITMOS ANCESTRAIS

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Sala de aplicação da prova remota teórica, na sede do Detran-GO, em Goiânia. (Sylvester Carvalho/O Popular)

O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) iniciou um projeto para aplicar provas teóricas remotas dentro do processo de tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A nova modalidade já está sendo aplicada na sede do órgão, que fica no Setor Cidade Jardim, em Goiânia, mas a ideia é levar o teste remoto para todos os 246 municípios do estado. O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (10) no Detran-GO.&nbsp;

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Segundo o presidente do órgão, delegado Waldir Soares, o objetivo da medida é aumentar a agilidade no processo de tirar a CHN e reduzir custos, tanto para o Detran-GO quanto para o candidato. O presidente destacou ainda que o órgão pretende&nbsp;realizar a prova teórica remota todos os dias, acabando assim com a fila&nbsp;de espera, que atualmente conta com cerca de três mil pessoas. &nbsp;

Conforme explicado pelo Detran-GO, o exame remoto teórico será aplicado em um ambiente monitorado, sem a presença de um examinador. As salas contêm baias, e em cada baia há um computador com câmera e detector de movimentos. Caso o candidato faça algum movimento fora do padrão, o sistema emite um alerta e o teste dele poderá ser bloqueado.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/prazo-para-pagamento-do-ipva-2024-termina-em-outubro-veja-datas-1.3184252" target="_blank">Prazo para pagamento do IPVA 2024 termina em outubro; veja datas</a> 
 
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<a href="https://opopular.com.br/cidades/veiculos-abandonados-desafio-para-gest-o-das-cidades-1.3169396">Veículos abandonados, desafio para gestão das cidades</a></div>

A aplicação da nova modalidade da prova começou na última sexta-feira (4), na sede do Detran-GO. Até o final deste mês, o projeto será ampliado para a Região Metropolitana de Goiânia. Ainda segundo o órgão, a previsão para que o formato chegue nas cidades do interior depende de parcerias que serão firmadas, mas a previsão é que os exames possam ser aplicados em prefeituras e unidades do Vapt-Vupt. &nbsp;

O delegado Waldir revelou também que, no caso de cidades que não possuem estrutura física, o Detran-GO irá adaptar dois ônibus que funcionarão como salas, com o mesmo esquema de segurança. Tendo 16 computadores em cada ônibus, esses veículos realizarão as aplicações de forma itinerante.&nbsp;&nbsp;

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Fachada do Detran-GO, em Goiânia. (Divulgação/Detran-GO)

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