Para o filósofo romano Marco Túlio Cícero (106 a.C. - 43 a.C.), a gratidão não é apenas a maior das virtudes, mas a mãe de todas as outras. Um dos sentimentos mais nobres da humanidade, ela sempre esteve associado a uma questão espiritual. Para os budistas, por exemplo, cultivá-la é uma das principais virtudes do ser humano. Sentir e manifestar gratidão não só faria bem ao coração como também fundamental para melhorar as relações humanas e solidificar o respeito e a confiança mútua. Na fé cristã, uma das características mais importantes é ser agradecido a Deus. Vários versículos da Bíblia falam sobre a importância de ser grato por tudo aquilo que Deus tem feito pelos seus filhos. No Judaísmo e no Islamismo, o significado é bem parecido. Osho, o guru indiano dos novos tempos, ensina que “a infelicidade é impossível com a gratidão”. A maioria ressalta que o sentimento vai bem além do simples uso da palavra “obrigado” em situações formais ao receber algo de alguém.“No Seicho-No-Iê, a expressão ‘muito obrigado’ é comum não apenas como um agradecimento vazio, mas recheado do próprio sentimento. A gratidão é o sentimento que melhor capta as vibrações alentadoras de Deus. Conecta-se com a energia mais pura que permeia o universo. Por essa razão, as pessoas gratas são mais felizes e fluem melhor com a vida. O sentimento de insatisfação leva as pessoas a adoecerem e a atraírem ainda mais razão para reclamar”, explica Mabel Melo, preletora da Seicho-No-Iê do Brasil. Agradecer a todas as coisas do universo é a primeira norma fundamental dos praticantes da filosofia.