Um Paredão totalmente aberto e imprevisível no último mês do Big Brother Brasil 25, da TV Globo. Maike, Aline e Diego estão na berlinda e a disputa pela permanência na casa mais vigiada do País segue intensa e nenhuma parcial das enquetes na internet está conseguindo cravar quem vai deixar o programa. A eliminação será nesta terça-feira (25), após a novela Mania de Você.

O Paredão foi formado assim: A líder Renata indicou Aline. “Acredito que não é uma surpresa nem para a casa, nem para o Brasil. A pessoa que tenho mais conflito aqui dentro é a Aline... No domingo passado, fui questionada sobre não ter votado nela, mas, na verdade, estava esperando uma oportunidade mais precisa. E agora foi o dia. Então, minha indicação é Aline”, justificou a bailarina.

No confessionário, com sete votos, Vilma foi a mais votada pela casa. Em segundo, ficou Diego Hypolito, que recebeu cinco votos. Maike foi emparedado pelo Big Fone, enquanto Eva foi salva pelo Poder Marreta comprado por Delma. “Meu coração ainda tem um sentimento muito especial por ela”, disse Delma, ao retirar Eva do Paredão. Na prova Bate-Volta, Vilma conseguiu escapar da berlinda e ainda ganhou R$ 10 mil.

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Aline (Fabio Rocha/TVGlobo)

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Aline lembrou da infância pobre e do objetivo que a levou a participar do BBB 25. “Brasil, eu sou filha de dois professores da rede pública estadual. Nasci e fui criada num bairro periférico de Salvador. Estou aqui pra mostrar que a favela venceu e vai continuar vencendo. Tô aqui pra buscar qualidade de vida e segurança pra minha família, pra honrar os meus pais e vou lutar por eles até o fim”, disse ela, ao pedir para seguir no jogo.

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Diego (Fabio Rocha/TVGlobo)

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Na sequência, Diego pediu para o público para permanecer na casa. “Nem nos meus maiores sonhos imaginei ter oportunidade de estar no BBB 25. Peço que vocês, me enxergando de outra maneira, filho, moço adulto, que erra, que acerta, mas precisa mais uma vez de vocês. Preciso realizar o sonho da minha família, o meu sonho, e o céu é o maior espaço que temos pras estrelas brilharem! Me ajudem muito”.

Por último, Maike falou porque deve seguir no reality. “Eu vim para cá realizar meu sonho, que é aposentar minha mãe e dar uma vida boa para minha família. Tô aqui por ela, preciso muito da ajuda de vocês. Quem veio de comunidade, da favela, de qualquer lugar e não teve muita estrutura pode chegar longe. Preciso muito da ajuda de vocês para ficar”. ()

Maike, Aline e Diego Hypolito são os protagonistas do 10º Paredão

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BBB 25

Gartota do Momento

Beatriz diz a Clarice que ela não tem direito de lhe pedir para desistir de seu amor. Ana Maria fica reflexiva ao saber que é filha de Orlando. Beatriz decide acatar o pedido de Clarice. Basílio insinua que ficará na empresa até mais tarde. Marlene acredita que Érico e Carlito se reconciliarão. Érico incentiva Carlito a estudar. Beto aceita se casar com Bia, mas impõe suas condições a ela.

Volta por Cima

Marco e Osmar organizam o esquema de ataque. Jão toma posse de seu novo cargo na viação Formosa. Jin se revolta com Ha-Yun. Chico tranquiliza Cacá. Tereza repreende Jayme. Neuza e Rosana se enfrentam. Min-Ji é solidária a Jin. Hana faz Tati ser expulsa do hotel onde Jin está hospedado. Cacá humilha Chico durante um ataque contra Madalena. Jô, Sebastian, Rodolfo e Belisa tentam convencer Roxelle a desistir de se casar com Gerson. Gerson descobre o plano de Marco e se antecipa ao irmão. Madalena conta para Jão como Cacá tratou Chico. Marco é obrigado a atacar a Vila Cambucá, e avisa a Osmar, que se desespera.

Mania de Você

Reprise do último capítulo de Mania de Você.

Garota do Momento: Beto aceita se casar com Bia, mas impõe condições

NOVELAS

Aline ficou longe de passar despercebida pelo BBB 25. Além da coragem de sustentar embates com adversários, se jogou sem amarras a uma relação amorosa com Diogo Almeida, independentemente do que diziam a respeito ao seu redor. Hoje, avalia que sua intensidade, que aponta como principal força para permanecer no programa por quase 70 dias, foi também sua maior adversária. A baiana deixou o jogo em uma disputa com Maike e Diego Hypolito, com 51,7% dos votos da maior participação de público da edição: foram mais de 209 milhões de votos, no total, neste Paredão. Ela encara o resultado como uma disputa de torcidas, e conta estar preparada para seguir trabalhando muito fora do BBB para conseguir proporcionar uma situação confortável a seus familiares. Nesta entrevista, Aline ainda fala também sobre ser a Pipoca com maior número de seguidores nas redes sociais, sobre as desavenças com Renata, João Gabriel e João Pedro.

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Você é a participante Pipoca com maior número de seguidores, e já tem mais de 1 milhão de pessoas te acompanhando nas redes sociais. Mesmo assim, foi eliminada do BBB. O que acha que faltou para conquistar o público e vencer o programa? 

Nossa, eu estou muito feliz. Meu sentimento é de pura gratidão. Ser a Pipoca mais seguida do Big Brother Brasil fala muito mais sobre a parte positiva da minha trajetória, e é isso que eu vou levar comigo. Talvez não atender às expectativas das pessoas, muitas vezes, seja uma maneira de elas se decepcionarem comigo. Mas eu fui fiel ao que eu estava sentindo, ao meu coração, e eu não teria feito diferente.

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O que mudou dos três paredões anteriores que enfrentou para este em que foi eliminada, na sua visão? 

Eu acredito que ter entrado em embate com muitas pessoas que eram de um mesmo grupo pode ter contribuído para a minha saída no sentido da união das torcidas terem se fortalecido ao longo desse processo. Mas era um risco que eu já sabia que estava correndo. E, naturalmente, eu precisava expor o que eu pensava, porque eu fui atacada muitas vezes. Eu sentia que eu precisava me defender. Então, não tenho dúvidas de que a união dessas torcidas tenha contribuído para a minha saída da casa.

Em algum momento hesitou sobre a relação com Diogo Almeida? Por que decidiu mantê-la, mesmo após o contragolpe dele em você ?

À medida que o jogo foi fluindo e a gente foi se conhecendo, eu sentia que era isso, de fato, que eu queria viver, sim. Ainda que isso não fosse visto pelos outros jogadores como algo positivo e também pelo Vinícius, que estava ali junto comigo; ele ficava muito preocupado de eu acabar perdendo o foco do jogo. Mas, como eu falei, eu fui fiel ao que eu estava sentindo. Quando eu fui votada por ele por dona Vilma, eu pensei em dar uma quebrada nesse vínculo. E a partir do momento que ele foi se esforçando para reatar, para se reaproximar, eu entendi que eu poderia dar essa oportunidade e foi o que eu fiz.

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O que despertou sua rivalidade com a Renata? 

Aquela postura de se manter em cima do muro, de não expor tanto o que ela pensava, era algo que me incomodava, porque no nosso grupo, em especial, estávamos no meio de pessoas que, a todo momento, diziam quais eram suas prioridades, o que pensavam a respeito do jogo e sobre os outros jogadores. Ela e Eva se mantinham numa posição mais retraída. Isso despertava em mim uma curiosidade no sentido de “o que, de fato, ela está fazendo ainda desse grupo, o que mantém ela aqui?”. Se era uma questão de jogo ou uma questão de relação pessoal... Eu estava tentando entender como a cabeça da Renata estava funcionando. Mas, em diversos momentos, eu percebi que algumas informações que eram faladas poderiam, sim, ajudar um grupo adversário, que era o grupo ao qual ela estava se aproximando. Então, eu acredito que esse tenha sido o ponto-chave para o início do meu incômodo. Depois, eu comecei a perceber algumas expressões que ela não verbalizava, mas deixava evidenciadas. Nos Sincerões, ela se expressava sempre no sentido de dizer que estava com um acúmulo de coisas para serem faladas sobre mim. Então, isso me pegou muito.

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João Gabriel e João Pedro também tiveram embates com você ao longo do programa, e mesmo assim você afirmava que gostava muito dos dois. O que te incomodava no jogo deles, então?

O que me incomodava mais, e isso principalmente direcionado ao João Gabriel, era a postura dele, em alguns momentos, desrespeitosa. É inevitável falar sobre isso porque, além do carinho que eu já tinha com ele e o João Pedro, eu percebia que estávamos em grupos opostos, mas eu encarava isso de uma maneira muito mais leve e sadia. E as oportunidades que ele tinha de expressar o que ele pensava sobre mim não eram tão legais, não era a maneira que eu gostaria de ser tratada, ainda que fosse dentro do jogo. Depois de ver alguns vídeos, algumas falas soaram ainda mais pesadas para mim e é isso que eu ainda estou tentando assimilar também. Mas eu, diante das falas e dos ataques que eu recebi, de um comportamento desrespeitoso no qual eles tentaram me enquadrar muitas vezes, acho que ainda passei muito longe de imaginar o que eu estou vendo agora. Então, eu não vou dizer que eu estou decepcionada, mas eu acredito que cada um tem que ser responsável por aquilo que diz e que faz.

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Quem considera ter sido seu maior adversário no BBB 25? Por quê? 

Pra mim, o meu maior adversário foi a minha intensidade. Por muitas vezes, eu senti que as pessoas não conseguiam me compreender no mesmo tanto que eu fazia questão de compreendê-las. E a ideia não era me engolir como eu era, mas não me julgar de uma maneira tão incisiva. Eu nunca tentei impor como cada um tinha que ser. Eu acho que a personalidade de cada um é algo que, querendo ou não, se complementava dentro da casa. Mas eu não me sentia tão compreendida, e a minha intensidade falava muito sobre isso. Eu era vista, muitas vezes, como uma pessoa forçada, que queria aparecer mais do que outras na casa. E eles não conseguiram compreender que era só eu ali. E eu não seria diferente.

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Você já declarou torcida pelo Vinícius. Então, quem você acha que tem mais chances de estar ao lado dele na final?

O Vinícius é uma pessoa admirável, tem uma trajetória linda dentro da casa. Eu pude acompanhar isso de perto e eu só fiz admirá-lo ainda mais. Eu não tenho dúvida de que ele vai lutar por esse resultado. As duas pessoas que eu consigo visualizar na final com ele são a Vitória e a Dani [Daniele Hypolito]. A Dani eu acho que, com o jeitinho dela, pode acabar indo muito longe. E a Vitória é uma pessoa muito espontânea. Eu acabei criando um carinho muito grande por ela dentro da casa e acho que ela está despertando com a evolução do jogo.

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Quais são seus planos profissionais e pessoais para esta nova fase como ex-BBB? 

Eu quero trabalhar muito! O meu foco continua sendo poder oferecer uma qualidade de vida para a minha família e disso eu não vou abrir mão.

"O meu maior adversário foi a minha intensidade", ressalta Aline

Entrevista 

Primeira participante a ver sua dupla deixar a casa, Gracyanne Barbosa se despediu dos brothers duas vezes. Na primeira, acreditou ter sido eliminada, quando na verdade foi escolhida para ir direto ao quarto secreto e teve a oportunidade de assistir ao BBB quase como uma espectadora. Pouco tempo depois, voltou à casa prometendo jogar muito. Ao longo de sua permanência no reality, a sister viu seu quarto esvaziar até que o grupo de aliados chegasse ao fim. Na segunda berlinda que enfrentou, a empresária e musa fitness acabou de fato eliminada, com 51,38% dos votos no paredão que disputou contra Daniele Hypolito e Eva. Na entrevista a seguir, ela avalia sua trajetória no programa, fala sobre os maiores desafios e comenta os atritos que viveu com outros jogadores.

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Como descreveria sua participação no BBB 25? 

Eu acho que emocionalmente eu não estava tão preparada. Talvez, se eu tivesse cuidado dessas partes que mexeram comigo lá dentro, eu pudesse ter sido uma jogadora mais atenta e ido para mais embates; se tivesse focado mais nisso e não tantas vezes me perdido por conta dos gatilhos que me despertaram dentro da casa.

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Quais foram os maiores desafios que enfrentou na casa? 

O maior desafio, com certeza, foram esses gatilhos que me relembraram uma fase muito difícil da minha vida. Eu jamais imaginaria que uma prova do líder me remeteria a uma coisa que eu já tinha passado; a questão da divisão de comida... E também provar novos alimentos – essa parte foi muito difícil – porque por mais que eu tivesse disposta a provar tudo o que tinha na Xepa (língua, rabada, etc), eu passava muito mal. Nos primeiros 15 dias, eu me senti fraca. Fiquei com medo de o meu organismo rejeitar e não conseguir ficar ali de forma saudável. Depois o corpo foi se adaptando e melhorou.

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Mais recentemente, a Renata teve a chance de ir para a Vitrine do Seu Fifi e voltou para a casa com informações externas. De que forma essa dinâmica impactou o seu jogo?

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Na relação com o Diego, porque ela trouxe notícias para ele. Talvez eu não fosse conversar com ele lá dentro e, sim, aqui fora. Eu acho que foi bom porque eu deveria ter feito isso antes. Acredito que isso vai impactar mais no jogo de outras pessoas porque, se ela for uma jogadora inteligente, ela deve ter guardado as melhores informações para usar agora. Como eu estava sem grupo eu não sei muitas coisas do que ela falou, já que ela compartilhou com pessoas específicas; acabou que não mudou tanto o meu jogo. Eu soube de uma coisa ou outra, muito pouco. Mas imagino que ela tenha recebido muitas informações e, se souber aproveitar, vai ser ótimo para ela.

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Você teve um grande conflito com o Diogo Almeida na casa em função do contragolpe que deram, em consenso, na Aline e no Vinicius, ainda no início do jogo. Acredita ter sido essa a sua maior rivalidade no programa? 

Eu acho que foi, sim, com o Diogo porque realmente foi algo que me incomodou muito. Eu não tolerei a atitude dele porque ele estava tendo uma relação com a Aline – e eu nem digo por causa de beijo, mas porque eles estavam o tempo inteiro juntos. A gente via que existia um envolvimento, não era só uma ficada ou um beijo. Quando ele a mandou direto para o paredão, eu falei: “Cara, como é que ele manda uma pessoa com quem ele estava se envolvendo romântica e emocionalmente ao paredão tendo a opção de defendê-la? Para mim, foi o meu maior embate. Eu fiquei muito chateada em relação à atitude como homem.

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Do que mais sentiu falta no confinamento? 

Da minha família, das pessoas que eu amo. Na minha rotina, do ovo (risos). A alimentação foi muito complicada para mim. Eu ia comer e já ficava desconfortável. Tudo isso afeta. Eu tive coisas que nunca tinha tido. Alimentação muda muito o funcionamento do organismo. Isso me afetou de várias formas. Eu não falei muito lá dentro porque parece um pouco frescura. Mas tem mais de 20 anos que eu como sempre as mesmas coisas, então meu corpo reagiu de uma forma muito intensa. Foi bem difícil.

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Para quem fica sua torcida? 

Minha torcida é para o Vinícius. Além de ele ter um coração maravilhoso, eu o acho inteligentíssimo, tem muita empatia. É uma pessoa que focou num objetivo – era o sonho dele entrar no BBB, estava tentando há quatro anos – e se preparou muito. Eu não digo se preparou estudando o programa, não, embora ele assista muito e isso traga um conhecimento maior. Mas eu digo que ele se preparou mental e emocionalmente. Eu acho muito bonito você ter um objetivo, seja ele qual for – fazer uma faculdade, uma viagem, etc – e você seguir o caminho, mesmo que demore, para conquistar. Ele faz isso e é brilhante vê-lo falar sobre. Eu acho que ele merece muito. ()

"Emocionalmente eu não estava tão preparada", ressalta Gracyanne Barbosa

Entrevista

O uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a consequências irreversíveis. O número de dependentes ao álcool atinge hoje mais de 6 milhões de brasileiros. Nesta terça-feira (18), o Profissão Repórter vai às ruas para mostrar a luta de pacientes e familiares contra essa dependência e os caminhos para enfrentar essa que é considerada uma doença pela Organização Mundial de Saúde.

Um dos caminhos para a reabilitação é o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Álcool e Drogas, cujo tratamento contra a dependência de álcool pode ser feito por intermédio do SUS. A videorrepórter Nathalia Tavolieri e o técnico Carlos de Oliveira acompanham a rotina de atendimentos no Caps AD III da Capela do Socorro, zona Sul de São Paulo. “O Caps é um serviço porta aberta para a população e nossas políticas não incluem internação. O tratamento precisa ser voluntário”, afirma Jandson Ribeiro, gerente da unidade. Ele relata ainda que mais de 85% dos usuários atendidos são homens. “Pela sobrecarga histórica que as mulheres costumam ter em casa e no trabalho, percebemos que elas têm mais dificuldades não só de procurar atendimento, mas de continuar no tratamento”, complementa.

A repórter Esther Radaelli acompanhou projetos de igrejas que se propõem a ajudar dependentes de álcool. No Projeto Vida, braço da Igreja Evangélica Videira e que existe há 14 anos, quem recepciona os integrantes para a reunião do grupo semanal é Rosemberg Nascimento. A primeira vez que ele entrou no espaço foi procurando ajuda para superar a dependência de álcool e de cocaína. Agora, há 11 anos longe do consumo dessas substâncias, trabalha para ajudar outras pessoas a se livrarem da doença. “Pessoas chegam aqui sem perspectiva de vida nenhuma, família destruída, vida profissional”, conta.

A Igreja Católica criou há 25 anos a Pastoral da Sobriedade. Os repórteres acompanharam o trabalho da Paróquia Imaculada Conceição, no Ipiranga, em São Paulo. Um grupo da igreja sai duas vezes por semana para ajudar pessoas em situação de rua. E a Pastoral da Sobriedade fez um chamado para que os dependentes de álcool que estão na rua compareçam às reuniões de mútua ajuda que acontecem semanalmente. Também em São Paulo, na Igreja Batista Água Branca, outro projeto atua com um programa de 12 passos vinculados à Bíblia para ajudar diferentes dependências. O programa Celebrando a Recuperação foi criado em 1991 em uma igreja dos EUA. Roseni Welmerink, líder do programa, explica como a religião pode auxiliar na dependência: “Não condenando. Trazendo a verdade de que eles são pessoas amadas. Nesse lugar do amor, é o lugar em que eu me abro”.

A equipe de reportagem percorreu duas terras indígenas para entender de perto os impactos do consumo abusivo de álcool dentro dessas comunidades. Por lá, histórias como a de uma mãe que sustenta os filhos sozinha, enquanto o marido passa dias fora de casa por conta da bebida, mostram bem a realidade enfrentada. A violência também é uma consequência desse problema: um jovem recém-operado conta como foi brutalmente atacado por um homem embriagado. Uma garrafada perfurou seu intestino, e ele precisou passar por uma longa cirurgia.