Quando se faz a aproximação entre cinema e literatura uma frase é quase unânime entre o público: “O livro é melhor do que o filme” e outra aparece raramente: “O filme foi fiel ao livro”. Essas e outras questões serão debatidas na palestra Roteiro É Literatura&nbsp;do jornalista, escritor e roteirista Marçal Aquino dentro da programação do Seminário Literatura e Cinema: Pontos de Convergência. Contemplado pelo Fundo de Arte e Cultura de Goiás e realizado pela Academia Goiana de Letras (AGL), o evento será realizado nesta quinta-feira (9), às 17 horas, na sede da AGL, no Centro. Completam o time de palestrantes o diretor de teatro e atuante no cinema, literatura, música e humor Mauri de Castro, e a fotógrafa e cineasta Rosa Berardo. O POPULAR conversou com Marçal, que falou sobre sua carreira, projetos e essa parceria entre cinema e literatura. Confira. 
 
Na sua palestra em Goiânia, você propõe o questionamento: roteiro é literatura? Quais as diferenças entre a escrita de um roteiro e da literatura? 

Tem muita mistificação em torno de livro adaptado e começa aquela história que o livro é melhor que o filme. Isso é bastante comum e o livro é sempre melhor porque ele é outra coisa. Quando você fala de roteiro, está falando de algo técnico, ou seja, existe um padrão que é preciso obedecer, isso é uma forma pronta, a literatura é livre. A liberdade é a principal diferença entre os dois. Eu não considero roteiro literatura porque se eu considerar tenho de também considerar que o de culinária, de receitas, é uma obra literária.

Como você avalia essa relação de roteiro e literatura? Quem depende mais do outro?

A literatura historicamente é matriz para o roteiro. Você transformar roteiro em literatura é muito raro. No geral, você parte de um livro para escrever qualquer outra adaptação. Se eu vou escrever um roteiro tenho de considerar quanto tempo vai ter o filme, se for 1h30, serão 90 páginas, já que a média é de uma página por minuto. O roteiro em geral vai filmar a história que está sendo contada, mas a gente sabe que em literatura não é somente a história que está sendo contada, é a forma como ela está sendo narrada. Existe um certo engessamento na forma, o que a literatura não tem.

Como identificar uma boa história? A melhor fonte de inspiração para captar bons personagens é a rua?

Até hoje eu penso isso e não tenho uma resposta definida. Já aconteceu comigo de ler um quadrinho e falar que dava um grande filme e fiz. Aconteceu também de alguém me contar uma história e na hora ela se tornar o ponto de partida para um roteiro ou livro. Não existe uma fórmula pronta. A boa história é aquela que deixa a pessoa feliz no cinema. Um livro é igual, no entanto, duas pessoas terão impressões totalmente diferentes da obra porque isso tem a ver com o repertório de cada um. Nunca será a mesma leitura. Um roteiro deve propiciar a mesma leitura para todo mundo que se envolve na produção. Um roteiro é uma peça coletiva, um livro preciso de uma caneta e um papel. A pessoa que disser que o roteiro é uma peça literária ela não sabe o que está falando ou nunca pegou um livro na mão.

Adaptação de um livro para o cinema, série ou novela nem sempre agrada o público. O que você pensa sobre isso? É difícil mesmo?

O cinema precisa da sua atenção, a literatura precisa da sua imaginação. Se você senta para assistir um filme você é quase um telespectador passivo do que se passa na tela. Já quando você vai ler um livro o autor está propondo algo para a sua imaginação. Se você não tiver imaginação, vai fazer uma leitura pobre do livro. Na literatura podemos pensar de maneira diferente sobre o personagem, cena e cenário, na hora de concretizar no cinema todo mundo vai sair da sala praticamente com a mesma interpretação do que foi visto. O roteiro é a receita do bolo, mas não é o bolo.

Você é um dos roteiristas mais requisitados do momento no Brasil. De que maneira essa dedicação integral como roteirista impactou na sua literatura?

A literatura é influenciada por tudo, ou seja, a literatura é aberta, se comunica com todas as linguagens, ela incorpora o que for possível, seja a fala da rua, do teatro e da televisão. Quando você faz um roteiro é preciso se ater ao que você vai contar. Para mim, isso é muito claro, fiquei os últimos 15 anos escrevendo roteiros todos os dias e espero ter aprendido alguma coisa porque nunca frequentei escola de roteiro, aprendi tudo na prática. Sou jornalista de formação que virou escritor e roteirista. Eu gosto de escrever roteiro, mas quem me pergunta o que prefiro: claramente prefiro literatura. Costumo brincar que no juízo final espero estar na fila de escritor.

Vivemos um momento bastante positivo no audiovisual. No entanto, se o parâmetro for o Oscar, a nossa última indicação para melhor filme foi em 1999 com Central do Brasil. O que está faltando para o Brasil ganhar uma estatueta?

O Oscar é acima de tudo um prêmio de mercado. Por exemplo, um longa nacional em cartaz que ninguém está vendo, se ganhar ou for indicado para uma categoria, não dá para duvidar que vai formar fila na esquina. O filme brasileiro é sempre meio que deixado de lado pelo público, tem muita dificuldade de exibição pela falta de salas, tem problemas de distribuição. Fazer cinema é complexo e o espaço está disputado. Se você olhar o número de pessoas que assistem um filme brasileiro, é desanimador, mas a gente não faz cinema para isso. Fazemos porque é possível mostrar a cara do País na tela. O cinema brasileiro é estrangeiro dentro do próprio Brasil.

Além da dificuldade em encontrar leitores em um País com baixos índices de leitura, quais são os grandes desafios de viver de literatura e principalmente para quem pretende seguir a mesma carreira?

Um conselho que dou para qualquer um que queira começar a escrever literatura: não tente viver de literatura porque vai ser uma frustração e você vai acabar odiando a literatura. A melhor coisa é ter uma profissão fixa e escrever nas horas que puder. Eu fiz isso a minha vida inteira e foi o grande achado da minha carreira. Eu só escrevo um livro quando tenho uma boa história para contar. Fiquei 16 anos sem publicar e não me impactou. Imagina que inferno seria se faço um livro, ele faz sucesso, consigo pagar as contas, e o próximo? Vai ser igual? É fundamental escrever por paixão.

No ano passado, você relançou Faroestes, e, em 2021, voltou a lançar um romance, Baixo Esplendor. Quais são os seus próximos projetos?

Vou começar a escrever um roteiro de longa. Fiquei três anos apenas na televisão e fora do mercado por conta de problemas de saúde e pandemia. Vou começar a escrever um filme agora em março baseado em uma história em quadrinhos chamada Três Buracos, de um autor paraibano. Vou adaptar isso para o cinema. Também estou escrevendo um livro, mas não tem nem nome ainda, está bem no começo e nem sei direito o que quero contar ainda. No segundo semestre existe um projeto de fazer uma série.

O que você tem lido ou relido e assistindo nos últimos tempos e que o impressionou?

Estou encantado com as mulheres escritoras, uma delas é a argentina Sara Gallardo (1931-1988) e o livro Sacrifícios Humanos, da equatoriana María Fernanda Ampuero. Estou encantado com essas duas. No cinema, vou indicar o mineiro Marte Um, que concorreu a uma vaga para o Oscar e acabou não levando. É um longa espetacular, é uma obra-prima do cinema nacional.

Na sua palestra em Goiânia, você propõe o questionamento: roteiro é literatura? Quais as diferenças entre a escrita de um roteiro e da literatura?

Tem muita mistificação em torno de livro adaptado e começa aquela história que o livro é melhor que o filme. Isso é bastante comum e o livro é sempre melhor porque ele é outra coisa. Quando você fala de roteiro, está falando de algo técnico, ou seja, existe um padrão que é preciso obedecer, isso é uma forma pronta, a literatura é livre. A liberdade é a principal diferença entre os dois. Eu não considero roteiro literatura porque se eu considerar tenho de também considerar que o de culinária, de receitas, é uma obra literária.

Como você avalia essa relação de roteiro e literatura? Quem depende mais do outro?

A literatura historicamente é matriz para o roteiro. Você transformar roteiro em literatura é muito raro. No geral, você parte de um livro para escrever qualquer outra adaptação. Se eu vou escrever um roteiro tenho de considerar quanto tempo vai ter o filme, se for 1h30, serão 90 páginas, já que a média é de uma página por minuto. O roteiro em geral vai filmar a história que está sendo contada, mas a gente sabe que em literatura não é somente a história que está sendo contada, é a forma como ela está sendo narrada. Existe um certo engessamento na forma, o que a literatura não tem.

Como identificar uma boa história? A melhor fonte de inspiração para captar bons personagens é a rua?

Até hoje eu penso isso e não tenho uma resposta definida. Já aconteceu comigo de ler um quadrinho e falar que dava um grande filme e fiz. Aconteceu também de alguém me contar uma história e na hora ela se tornar o ponto de partida para um roteiro ou livro. Não existe uma fórmula pronta. A boa história é aquela que deixa a pessoa feliz no cinema. Um livro é igual, no entanto, duas pessoas terão impressões totalmente diferentes da obra porque isso tem a ver com o repertório de cada um. Nunca será a mesma leitura. Um roteiro deve propiciar a mesma leitura para todo mundo que se envolve na produção. Um roteiro é uma peça coletiva, um livro preciso de uma caneta e um papel. A pessoa que disser que o roteiro é uma peça literária ela não sabe o que está falando ou nunca pegou um livro na mão.

Adaptação de um livro para o cinema, série ou novela nem sempre agrada o público. O que você pensa sobre isso? É difícil mesmo?

O cinema precisa da sua atenção, a literatura precisa da sua imaginação. Se você senta para assistir um filme você é quase um telespectador passivo do que se passa na tela. Já quando você vai ler um livro o autor está propondo algo para a sua imaginação. Se você não tiver imaginação, vai fazer uma leitura pobre do livro. Na literatura podemos pensar de maneira diferente sobre o personagem, cena e cenário, na hora de concretizar no cinema todo mundo vai sair da sala praticamente com a mesma interpretação do que foi visto. O roteiro é a receita do bolo, mas não é o bolo.

Você é um dos roteiristas mais requisitados do momento no Brasil. De que maneira essa dedicação integral como roteirista impactou na sua literatura?

A literatura é influenciada por tudo, ou seja, a literatura é aberta, se comunica com todas as linguagens, ela incorpora o que for possível, seja a fala da rua, do teatro e da televisão. Quando você faz um roteiro é preciso se ater ao que você vai contar. Para mim, isso é muito claro, fiquei os últimos 15 anos escrevendo roteiros todos os dias e espero ter aprendido alguma coisa porque nunca frequentei escola de roteiro, aprendi tudo na prática. Sou jornalista de formação que virou escritor e roteirista. Eu gosto de escrever roteiro, mas quem me pergunta o que prefiro: claramente prefiro literatura. Costumo brincar que no juízo final espero estar na fila de escritor.

Vivemos um momento bastante positivo no audiovisual. No entanto, se o parâmetro for o Oscar, a nossa última indicação para melhor filme foi em 1999 com Central do Brasil. O que está faltando para o Brasil ganhar uma estatueta?

O Oscar é acima de tudo um prêmio de mercado. Por exemplo, um longa nacional em cartaz que ninguém está vendo, se ganhar ou for indicado para uma categoria, não dá para duvidar que vai formar fila na esquina. O filme brasileiro é sempre meio que deixado de lado pelo público, tem muita dificuldade de exibição pela falta de salas, tem problemas de distribuição. Fazer cinema é complexo e o espaço está disputado. Se você olhar o número de pessoas que assistem um filme brasileiro, é desanimador, mas a gente não faz cinema para isso. Fazemos porque é possível mostrar a cara do País na tela. O cinema brasileiro é estrangeiro dentro do próprio Brasil.

Além da dificuldade em encontrar leitores em um País com baixos índices de leitura, quais são os grandes desafios de viver de literatura e principalmente para quem pretende seguir a mesma carreira?

Um conselho que dou para qualquer um que queira começar a escrever literatura: não tente viver de literatura porque vai ser uma frustração e você vai acabar odiando a literatura. A melhor coisa é ter uma profissão fixa e escrever nas horas que puder. Eu fiz isso a minha vida inteira e foi o grande achado da minha carreira. Eu só escrevo um livro quando tenho uma boa história para contar. Fiquei 16 anos sem publicar e não me impactou. Imagina que inferno seria se faço um livro, ele faz sucesso, consigo pagar as contas, e o próximo? Vai ser igual? É fundamental escrever por paixão.

No ano passado, você relançou Faroestes, e, em 2021, voltou a lançar um romance, Baixo Esplendor. Quais são os seus próximos projetos?

Vou começar a escrever um roteiro de longa. Fiquei três anos apenas na televisão e fora do mercado por conta de problemas de saúde e pandemia. Vou começar a escrever um filme agora em março baseado em uma história em quadrinhos chamada Três Buracos, de um autor paraibano. Vou adaptar isso para o cinema. Também estou escrevendo um livro, mas não tem nem nome ainda, está bem no começo e nem sei direito o que quero contar ainda. No segundo semestre existe um projeto de fazer uma série.

O que você tem lido ou relido e assistindo nos últimos tempos e que o impressionou?

Estou encantado com as mulheres escritoras, uma delas é a argentina Sara Gallardo (1931-1988) e o livro Sacrifícios Humanos, da equatoriana María Fernanda Ampuero. Estou encantado com essas duas. No cinema, vou indicar o mineiro Marte Um, que concorreu a uma vaga para o Oscar e acabou não levando. É um longa espetacular, é uma obra-prima do cinema nacional.

Leia também:

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SERVIÇO 
Evento: Seminário Literatura e Cinema: Pontos de Convergência 
Palestrantes: Marçal Aquino: Roteiro é Literatura? | Mauri de Castro: A Arte Poética de Atuar | Rosa Berardo: Literatura Adaptada para Cinema 
Data: Quinta-feira (9/), Às 17 horas 
Local: Sede da Academia Goiana de Letras / Rua 20, c/ Rua 15, nº 175, Centro 
Entrada gratuita

Marçal Aquino: "O cinema precisa da sua atenção, a literatura precisa da sua imaginação"

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Roteiro é Literatura

Proibir é a melhor forma de divulgar

Deixa de ser Universidade a instituição que cede à pressão de censores. Já se lê tão pouco neste país, ainda assim há quem faz campanha para impedir o uso de livros para vestibulares. No caso da proibição do livro<a href="https://opopular.com.br/magazine/livro-barrado-em-vestibular-de-universidade-goiana-reacende-debate-sobre-censura-a-obras-literarias-1.3025647" target="_blank"> “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”</a>, ela acaba, como de costume, tendo o sentido contrário pretendido pelo censor, que não aprende que proibir é a melhor forma de divulgar. Eu mesmo, que nunca tinha visto o filme baseado na obra literária, vi a película no mesmo dia da notícia do POPULAR. Em breve vou comprar o livro na Rua 4. Esse episódio só serve para realçar o que é muito contraditório: os que se preocupam com obras literárias podem ser os mesmos que são a favor da “liberdade de expressão” das fake news que entram, sem filtro, pelo celular dos seus filhos. Proibir livros parece ser missão mais fácil.

João Batista Moraes Vieira |&nbsp;Setor Oeste – Goiânia

Empregos em Goiás

Causa estranheza a reportagem do POPULAR <a href="https://opopular.com.br/economia/polo-de-confecc-o-perde-folego-e-importa-mais-1.3025757" target="_blank">deste fim de semana</a> (superedição, dias 6 e 7) sobre o polo confeccionista, em que é apresentada como uma das causas da desestruturação do setor, a falta de mão de obra, quando vemos nos noticiários os políticos falando de fome e desemprego e propondo a criação de novos benefícios para auxiliar a população que não consegue emprego. Talvez a acusação dos políticos que estão fora do governo, alegando que os benefícios que são concedidos têm interesse eleitoral dos que estão no governo, seja procedente.

Marcos de Luca Rothen |&nbsp;Setor Bueno - Goiânia

Serviço com qualidade

Quando alguém vê um funcionário público trabalhando mal, logo vem no seu pensamento: “e eu estou contribuindo para pagar o seu salário”. Quem nunca ficou pra lá e pra cá tentado resolver um problema num órgão público? O famoso bate e volta. Quem nunca ouviu esta frase: “Não é aqui, é lá no...” A pessoa vai lá no... e volta na origem falando: “disseram que é aqui mesmo”, e acaba sendo. Hoje em dia parece que a qualidade do serviço prestado melhorou um pouco. Será que acabou o “cantinho do café”? A diminuição do número de fumantes pode ter contribuído também para que houvesse melhoria no atendimento. Quem paga tributos quer retorno. A Polícia Federal é uma instituição que nos enche de orgulho. Realmente trabalha. O contribuinte se sente recompensado. Parabéns, PF!

Jeovah Ferreira |&nbsp;Taquari-DF

Cartas dos leitores

Opinião

Opinião - título

Carta dos Leitores

Matéria - Opinião - Carta dos Leitores

Desculpe-nos, Marçal Aquino

Sr. Marçal Aquino,

Tomo a liberdade de escrever esta carta para, em nome dos goianos (pelo menos, os mais sensatos), pedir-lhe desculpas pelo lamentável episódio ocorrido recentemente, na seleção literária do vestibular de uma certa IES (instituição de ensino superior) goiana que, pressionada, acabou censurando uma obra de sua autoria. Gostaria que soubesse que esse episódio vergonhoso não nos representa e que somos contra esse moralismo hipócrita. Nos preocupa muito ver instituições de ensino cederem a esse tipo de pressão que, geralmente, parte de pessoas que possuem um entendimento muito limitado do que seja literatura, educação, cultura etc. e também sobre o papel social das escolas e universidades. Infelizmente, em tempos de redes sociais e sociedade do espetáculo, essas posições medíocres e extremistas se espalham muito rápido, cooptando incautos. Sobre esse tipo de “influencers” não preciso dizer muito. Basta lermos a excelente análise feita pelo leitor Roberto Célio Silva, publicada nesse espaço na última sexta-feira (28/4/2023). Sugiro ainda ainda a charge da personagem Magazilda, de Mariosan, veiculada nesta segunda-feira (1º/5/2023). Resumindo: em conjunto, denunciam o perigo da polarização política e do discurso de ódio, da propagação de fake news e desinformação, que não contribuem de forma concreta para melhorar a vida da população. Servem apenas para confundir, gerar discórdias e ameaçar a democracia.

Quanto ao papelão feito pela referida IES, penso que ao ceder a uma pressão tosca e retrógrada, de um extremista de direita, não merece o nome de “universidade”. Ao ceder a esse jogo sujo, abriu mão de seu importante papel social, como espaço de produção e divulgação de conhecimento científico e cultural, de formação de pessoas e profissionais que possam ajudar a construir uma sociedade mais justa, inclusiva e democrática. Como um egresso e alguém que ainda tem laços afetivos com essa IES (e amigos!), torço e sei que refletirão sobre o ocorrido e que isso não se repetirá.

Encerro enfatizando nosso pedido de desculpas.

Adriano de Melo Ferreira |&nbsp;Setor Coimbra – Goiânia

&nbsp;

FCO

Peço a gentileza do responsável pela manutenção da página da Secretaria de Indústria e Comércio de Goiás na internet para atualizar a página relacionada às cartas aprovadas do FCO.

Agradeço desde já pela atenção

Ataíde Henrique Duarte Jr. |&nbsp;&nbsp;Setor Bueno - Goiânia

<div attr-cid="policy:1.1742371" attr-version="policy:1.1742371" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.1742371" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.1742371', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.1742371">Imagem (1.1742371)</a></div>O escritor Adalberto Queiroz foi eleito na noite de quinta-feira, 28, para a Academia Goiana de Letras (AGL). Lá, ocupará a cadeira 32, substituindo o também escritor José Mendonça Teles, que morreu em 28 de abril do ano passado e foi presidente da AGL por dez anos.&nbsp;O crítico literário recebeu 30 votos e foi eleito por unanimidade. Poeta, crítico literário e jornalista, Adalberto é autor de obras como O Rio Incontornável e Frágil Armação, ambos de poemas. Com forte atuação na internet, ele publica desde 2002 blogs com temas culturais, religiosos e filosóficos.

Escritor Adalberto Queiroz é o novo membro da Academia Goiana de Letras

O Atlético Clube Goianiense, time de coração do escritor e historiador José Mendonça Teles, postou uma mensagem em homenagem ao torcedor ilustre morto na noite desse sábado (28) em Goiânia.O clube lamenta profundamente a morte do autor goiano e afirma que ele deixa como herança uma enorme contribuição para a cultura goiana.&nbsp;Ex-jogador e torcedor do Atlético, José Mendonça Teles marcou um belo gol ao jogar, com sentimento e glória, o cotidiano de um time de futebol, o realismo do dia-a-dia do jogador dentro e fora do campo em diversas crônicas reunidas no livro 'Atlético Sentimento &amp; Glória'.Veja a postagem do Atlético Clube Goianiense:<blockquote class="twitter-tweet" data-lang="pt">O Atlético Clube Goianiense lamenta profundamente a morte do escritor goiano José Mendonça Teles, que deixa como herança uma enorme contribuição para a cultura goiana. Nossos sentimentos à família e amigos. <a href="https://twitter.com/hashtag/ACG?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#ACG</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/ClubeDaFam%C3%ADlia?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#ClubeDaFamília</a> <a href="https://t.co/JR5bFm7jCL">pic.twitter.com/JR5bFm7jCL</a>— Atlético Goianiense (@ACGOficial) <a href="https://twitter.com/ACGOficial/status/990610011482218496?ref_src=twsrc%5Etfw">29 de abril de 2018</a></blockquote><script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>MorteJosé Mendonça Teles morreu na noite deste sábado (28), aos 82 anos. Ele estava internado há uma semana no Hospital do Rim, em Goiânia, para se tratar de uma broncopneumonia, doença que surgiu em decorrência do Mal de Parkinson. Nos últimos anos, ele vinha lidando com a enfermidade e deixou de fazer muitas atividades que eram sua paixão, como escrever. Por mais de 30 anos ele foi cronista do POPULAR dono da coluna Crônicas &amp; Outras Histórias..Filho de João Alves Teles e Celuta Mendonça Teles, ele nasceu em Hidrolândia, no dia 25 de março de 1936 e é irmão do também escritor e professor Gilberto Mendonça Teles. O escritor deixa as filhas Alessandra e Geovana, seis netos e um bisneto.EnterroJosé Mendonça Teles será sepultado no dia em que a Academia Goiana de Letras, casa que presidiu entre 1985 a 1995. Seu corpo está sendo velado no Cemitério Jardim das Palmeiras, onde será sepultado às 17 horas.&nbsp;&nbsp;